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Blind por Bruna DX

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Palavras: 3967
Acessos: 3163   |  Postado em: 12/09/2018

Capítulo 18

 

 

Movi o corpo estranhando a cama. Abri os olhos lentamente deixando minha visão se acostumar, identificando o lugar. Sorri ao reconhecer os móveis e algumas fotos que estavam sobre a escrivaninha. Ergui um pouco o lençol e encarei minha nudez. Voltei a sorrir quando as lembranças da noite passada vieram como uma enxurrada. Suspirei.

 

O outro lado da cama estava vazio, mas eu podia ouvir pequenos ruídos que vinham do lado de fora do quarto. Preguiçosamente me virei sobre os lençóis macios, ficando de bruços.  Agarrei fortemente o travesseiro da loira e aspirei aquele cheiro tão característico. Ah meu Deus, era possível ter se apaixonado ainda mais por aquela mulher?

 

Eu estava certa de que estava perdida, gostosamente perdida por aquela inglesa que chegou tão de mansinho e chegou me arrematando. “Não há como não se apaixonar por ela...” foi o que Samanta disse, e eu concordava com ela em número e grau. Era impossível!

 

Tinha certeza de que logo mais o meu rosto doeria ou ficaria dormente tamanha era a insistência daquele sorriso que não me abandonava em segundo sequer. Efeitos de Adele!

 

-- Bom dia meu anjo.

 

Olhei para trás e a loira estava parada junto à porta, vestindo uma camiseta longa e uma calcinha preta. Os pelinhos loiros brilhavam sob a luz fraca dos poucos raios de sol que invadiam timidamente o cômodo pelas frestas das cortinas. Uma maravilhosa visão para aquele início de manhã. Aliás, que horas eram?

 

Adele se aproximou da cama e só então fui capaz de reparar na bandeja que ela carregava. Ela me deu um beijo, sentou-se de frente pra mim e colocou a bandeja entre nós. Minha barriga deu sinal de vida ao ver a variedade de coisas que havia ali.

 

-- Bom dia. – respondi tardiamente.

 

-- Fiz um café pra você.

 

Aquela inglesa era a coisa mais fofa desse mundo quando tentava me agradar, e eu já vinha dizendo, ia acabar engordando com isso. Era sempre tão prazeroso perceber aquele sorrisinho contente que ela exibia quando fazia algo assim, que na maioria das vezes eu acabava sorrindo, mas era basicamente por vê-la exibindo aqueles dentinhos branquinhos e alinhados.

 

-- Alguém já te disse que você é perfeita?

 

As bochechas da loira ruborizaram e eu achei a coisa mais fofa do mundo. Não resisti e fui até ela para roubar um beijo. Com o movimento o lençol que cobria minha falta de roupa revelou parcialmente um de meus seios. Adele pareceu ter ficado hipnotizada com o que viu.

 

-- Não sabia que você era tarada assim. – comentei displicente enquanto levava uma torrada à boca.

 

-- O que disse?

 

É, ela parecia realmente hipnotizada.

 

-- Eu disse que não sabia que você era tarada assim.

 

-- Ah Bia – coçou a nuca – me dá um desconto, não dá pra ser indiferente a você, é incontrolável, não resisto.

 

Com ideias nada inocentes eu afastei para o lado a bandeja que estava no meio da cama. Retirei de vez o lençol e aquele olhar devorador de Adele já caia sobre mim. Lambi o dedo sujo com a geleia de morango e ela se remexeu na cama sem deixar de me acompanhar.

 

Empurrei-a pelos ombros para a cama até que ela deitasse.

 

-- Você precisa tomar o seu café...

 

-- E quem disse que eu não vou comer? – dei um duplo sentido à última palavra propositalmente.

 

Ela pareceu entender a minha intenção e sorriu de lado. Montei sobre seu quadril e levantei a camiseta revelando a pele macia. Beijei cada pedacinho exposto e lá estavam os pelinhos arrepiados.

 

Alcancei o pote com geleia de morango e prendi o lábio inferior entre os dentes quando toquei o fundo da pequena colher em sua barriga e ela retesou-se. Desenhei um coração com a geleia, beijei sua barriga e logo me dediquei a tirar todo o conteúdo com a ponta da língua. O corpo dela correspondia ora arqueando-se e ora enrijecendo.

 

Subi mais a sua blusa deixando livre os seus seios, e nas auréolas rosadas despejei mais um pouco do conteúdo doce e vermelho. Ela suspirou pesadamente enquanto me encarava, talvez ansiosa pelo que eu iria fazer.

 

Mas antes de dar atenção aos seios, passei as unhas arranhando a lateral de sua barriga. Adele fechou os olhos e suspirou novamente. Beijei sua boca dividindo com ela o gosto da iguaria e desci beijando seu pescoço, dando leve mordidas até chegar aos montes que imploravam por atenção. Com a ponta da língua os limpei e em seguida os coloquei dentro da boca, sugando com força, ora um, ora outro.

 

Nunca havia provado geleia tão gostosa quanto aquela. Definitivamente não!

 

Tentei tirar a sua camisa e com a ajuda dela que ergueu os braços a tirei e joguei ao lado da cama. Alcancei a tigela que tinha pequenas frutas e levei uma uva à boca. Docinha. Comi duas, e na terceira que coloquei na minha boca, dividi com Adele em um beijo.

 

Rebolei em cima dela quando ela agarrou meu bumbum. Mãos firmes e quentes! Meu sex* nu tocava o tecido de sua calcinha. Precisava me livrar dela.

 

Peguei novamente o pote com a geleia e desci o corpo da loira, parando quase em cima de seus joelhos. Desci um pouco da calcinha e ali coloquei geleia, lambendo. Fui descendo sempre mais um pouco do tecido e despejando mais um pouco do conteúdo para lamber.

 

Passei a colher sobre a parte visível de seus grandes lábios. Me dediquei a essa parte, lambendo sem pressa. Adele estava cada vez mais inquieta debaixo de mim e resolvi parar de tortura-la até porque eu mesma não aguentava mais. Afastei um pouco o corpo e retirei a calcinha dela, onde ela fez companhia à camiseta.

 

Apoiei-me na cama e encaixei nossos sex*s. Estremeci com aquele contato íntimo. Meu sex* estava muito molhado, assim como o dela, e isso facilitou quando comecei a me mover sobre ela. A loira agarrou um de meus seios, puxando com a ponta dos dedos o biquinho enrijecido. Ah droga! Concentra.

 

O som do vai e vem do contato se espalhava pelo quarto acompanhado de meus gemidos nada discretos. Adele movia o quadril de encontro ao meu. Sua face afogueada e as pequenas gotículas de suor entre o vale de seus seios prendiam a minha atenção. Parecia uma bela obra de arte aquela mulher!

 

O orgasmo veio rápido e intenso. Arrasador, levando com ele toda a força que eu tinha. Deixei meu corpo cair sobre o dela e seus braços firmes me envolveram. O coração dela batia descompassado, em sincronia com o meu que ainda tentava voltar ao ritmo normal.

 

-- Acho que vou trazer café da manhã na cama sempre que dormirmos juntas.

 

-- O melhor café da manhã em tempos.

 

Ficamos deitadas por um longo tempo, e quando finalmente nos recuperamos tomamos banho – separadas – e comemos o que ela tinha preparado na singela bandeja, repondo algumas coisas que já haviam perdido a temperatura Ideal. Já era tarde, hora do almoço, mas optamos por tomar apenas o café da manhã.

 

Depois disso voltamos a nos deitar, mas dessa vez, com os dedos entrelaçados, conversávamos sobre diversos assuntos. A loira gargalhava quando lhe contava sobre às vezes em que havia passado uma vergonha ou me estabanado no meio da rua. Adorava arrancar aquela gargalhada dela.

 

Adele me contava das aventuras que ela viveu desde o dia em que chegou aqui, do modo como teve que se adaptar e se acostumar com a enorme diferença que havia entre os dois países e das vezes em que passou vergonha por não compreender uma expressão ou por usar palavras inadequadas sem saber.

 

Aproveitamos esse tempo para ficar de preguiça na cama ou no sofá da sala onde finalmente terminamos de assistir o filme “A incrível história de Adaline”. Próximo da hora do jantar pedi o carro de Adele emprestado para ir ao mercado comprar ingredientes para fazer um bom jantar pra ela, mas ela não me deixou ir sozinha.

 

Eu estava de frente para o frigorífico, aguardando o moço trazer o meu pedido. A loira havia ido até a seção para escolher um vinho para o nosso jantar. Senti meu celular vibrar no bolso de trás do meu short (que ela havia me emprestado).

 

Era uma mensagem de Samanta.

 

Samanta: Viada você está me matando de curiosidade. E aí? Me conta como foi a festa, por favor. Rolou? Até a Roberta está roendo as unhas aqui do meu lado.

 

Eu: Deixem de ser curiosas. Eu sei bem que no fundo você só quer saber se rolou ou não.

 

Samanta: Ainda bem que você me conhece. Mas anda, diz logo, rolou ou não rolou?

 

Senti minhas bochechas esquentarem. Olhei para os lados para me certificar de que Adele não estava por perto.

 

Eu: Rolou! E como rolou!

 

Samanta: Eu sabia que ela não resistiria aos seus encantos e nem aquele vestido bafônico. Foi bom?

 

Eu: Não, não foi bom, foi mais que isso, foi magico. Ela é incrível, uma mistura perfeita. Ela é doce, delicada, mas ao mesmo tempo, tem AQUELA pegada. Só de pensar sinto minhas pernas amolecerem feito gelatina.

 

Samanta: Aquela carinha engana hein? Mas me diz outra coisa, vocês ainda estão trancadas no quarto?

 

Eu: Ah não, estamos no supermercado. Quero fazer um jantar pra ela e viemos comprar algumas coisas.

 

O moço do outro lado do balcão chamou a minha atenção com um “psiu" enquanto me estendia o meu pedido. Será que fazia tempo que ele me chamava? Acho que sim, ele não parecia muito paciente. O agradeci e dei as costas, voltando minha atenção para o aparelho celular.

 

Samanta: Hum, já estão fazendo programinha de casal? Ai eu quero ser a madrinha desse casamento, entendeu? Tem um dedo meu ai nesse romance, e eu vou ficar irada com vocês se não me chamarem pra madrinha.

 

Eu: Deixa de ser louca Samanta, ainda nem namoramos e você já está falando de casamento.

 

Samanta: Se eu fosse você deixava de lerdeza e pedia logo essa mulher em namoro.

 

Sorri de orelha a orelha. Sim eu queria namorar a Adele, queria oficializar e poder apresentá-la da maneira devida para todo mundo. Mas deixa as coisas acontecerem com calma. No momento certo.

 

Despedi-me de minha amiga de qualquer maneira quando avistei a loira que caminhava lentamente na minha direção. Alta. Sorridente. Linda!

 

Os cabelos dourados acompanhavam fielmente o movimento de seus quadris, balançando de um lado para o outro.

 

Parecia uma propaganda televisiva onde uma mulher aparece caminhando, com cabelos esvoaçantes  chamando a atenção de todos a sua volta. No entanto, era na minha direção que ela vinha, era pra mim aquele sorrisinho maroto.

 

Ah! Minha cara devia estar muito parecida com a cara de um cachorrinho que sentava na calçada de frente para aquelas máquinas de assar frango.

 

Como eu não fiquei louca por essa mulher antes? Só podia estar cega! Pra variar um pouquinho.

 

Próxima o suficiente, Adele segurou minha cintura e deu um beijinho estalado em minha bochecha, despertando a curiosidade de pessoas que estavam próximas.

 

-- Gosta desse? - ela pergunta me mostrando a garrafa de vinho que tinha nas mãos.

 

-- Bom, eu não sou  nenhuma especialista em vinhos, mas confio no seu gosto.

 

-- Eu tenho bom gosto, não é mesmo?

 

-- Boba.

 

-- Já temos tudo o que precisamos?

 

-- Sim, já podemos ir.

 

-- Ah! - diz levando a mão a testa - Esqueci se pegar uma coisa. Podemos nos encontrar no caixa?

 

-- Tudo bem.

 

Direcionei-me para o caixa e a loira saiu na direção  contrária. Estava quase terminando de passar os produtos quando Adele põe um pote de sorvete de chocolate sobre a esteira e me olha arteira.

 

Ja no apartamento ela foi para o quarto arrumar a bagunça que havíamos deixado enquanto eu cuidava do jantar. Logo depois ela veio me auxiliar, me distraindo por diversas vezes ao dar beijinhos na nuca e pescoço. Ela havia encontrado um dos meus pontos fracos.

 

A música tocando na sala, Sherlock nos encarando com olhinhos pidões, pausas para afagos singelos e braços envolta de minha cintura enquanto eu mexia o conteúdo de uma panela. Parecia familiar e estranhamente me senti em casa, parecia estar  vivendo uma rotina com ela. Nada monótona e gostosa.

 

Fizemos nossa refeição na mesinha de centro da sala, com Sherlock a espreita, esperando algum momento de distração e fazendo uma carinha digna do gato de botas do Shrek, mesmo sendo ele um cachorrinho.

 

Levamos o restante da garrafa de vinho e as nossas taças para a varanda e a esvaziamos enquanto olhávamos o movimento de carros e pessoas lá embaixo. Ali do alto elas pareciam formiguinhas.

 

A garafa secou e nós estávamos deitadas confortavelmente em uma rede. A brisa fresca soprava gostosamente. Adele me mantinha em seus braços e fazia carinho em minhas costas. Aquilo tava tão bom que eu estava quase adormecendo.

 

A vontade de ir para casa era quase nula, mas eu sabia que tinha que ir, não queria trazer preocupação para a minha mãe ficando fora de casa um dia além do que eu disse que ficaria.

 

-- Tenho que ir pra casa baby. - digo beijando sua bochecha.

 

-- Tem mesmo?

 

-- Tenho. Minha mãe anda meio grilada ultimamente e eu não quero preocupa-la.

 

-- Sendo assim, tudo bem. Não quero perder pontos com a minha sogra que ainda nem sabe que é minha sogra.

 

Sem querer ela trouxe a tona algo que eu tinha que resolver. Precisava esclarecer as coisas com a minha mãe.

 

-- Ela ainda acha que eu estou com a Daniele. - comentei.

 

-- Hum. - disse emburrada.

 

-- Mas não fique chateada, pretendo fazer um almoço em breve lá em casa e desfazer esse mal entendido. Quero te apresentar.

 

-- Acha que ela vai gostar de mim?

 

-- Tenho certeza que sim, você é cativante.

 

Nos demoramos um pouco mais naquela rede, e quase nos perdemos entre beijos e carícias, mas a loira estava mesmo decidida a não perder pontos com a sogra, e pediu um Uber para me levar. Porém, ela fez questão de ir junto mais uma vez.

 

Quando o carro estacionou na frente de minha casa notei que meu irmão estava sentado na calçada na casa vizinha. Estava acompanhado de mais quatro homens, dos quais eu não conhecia nenhum. Eles eram estranhos, vestiam-se com roupas escuras e tinham uma postura mais estranha ainda. Até Diego vestia roupas parecidas.

 

Vi quando Diego sussurrou algo no ouvido do cara mais corpulento e também mais “sombrio” e ele olhou na direção do carro.

 

-- Bia?

 

-- Oi baby.

 

-- Algum problema? - perguntou olhando na direção que antes eu olhava.

 

-- Não. - respondi dedicando minha atenção a ela - Quer entrar um pouco?

 

-- Melhor não meu anjo, está tarde e eu não quero incomodar, além disso, não quero causar nenhum estranhamento em sua mãe ao ver uma branquela que ela nunca viu na vida dentro da casa dela.

 

-- A branquela mais linda!

 

Nos despedimos com alguns discretos selinhos e com um pouco de dificuldade já que nenhuma das duas parecia ter vontade de ficar longe.

 

Adele prometeu avisar quando chegasse e eu entrei em casa sentindo que eu não pisava no chão, e sim flutuava. Se algum vento mais forte soprasse, ele me levaria, de tão leve que eu me sentia.

 

A sala estava escura, e nenhum sinal de minha mãe por ali. Devia estar assistindo a novela em seu quarto. Fui até lá para avisar que tinha chegado e dar uma conferida nela, mas ela já dormia. Desliguei a TV e esperei alguns segundos para ter certeza de que ela não acordaria e deixei o seu quarto.

 

Entrei em meu quarto e joguei sobre a cama a sacola de papel em que eu trazia as roupas da festa. Estava da cabeça aos pés vestida com roupas de Adele, que obviamente ficavam um pouco grande ou folgada. Elas cheiravam tão bem!

 

Tirei as roupas e dobrei com carinho cada peça para guardar dentro da minha gaveta de camisas.

 

Saia do banho enrolada em uma toalha quando meu irmão entra no quarto sem bater e sem nenhuma permissão da minha parte.

 

-- Não sabe bater antes de entrar?

 

Ele não respondeu, e quando dei por mim, ele tinha se materializado diante de mim, muito próximo. Tão próximo que foi possível sentir o cheiro de nicotina misturado ao cheiro forte de álcool.

 

-- Andou bebendo com seus amiguinhos?

 

-- Você é mesmo uma puta! Além de sapatão, é uma puta.

 

-- Diego eu nunca te dei o direito de falar assim comigo.

 

-- Eu falo o que eu quiser, quando e como quiser.

 

-- O que é? Por que ta se achando o fodão de repente? Te enxerga Diego.

 

Dei as costas e a mão de meu irmão agarrou meu braço me fazendo olhar pra ele. Atônita com o ato apenas segurei com uma das mãos a toalha impedindo que ela caísse.

 

-- Acho melhor você não trazer a sua sapatão aqui. A galera fica falando e eu não gosto disso. - seu rosto estava quase colado ao meu.

 

O aperto em meu braço doía, mas eu me esforçava para não demonstrar isso. Mantinha a cabeça ereta e devolvia a ele o olhar duro.

 

-- Eu trago quem eu quiser. Quem você pensa que é pra dizer alguma coisa quanto a isso?

 

-- Estou lhe avisando. - ele apertou ainda mais meu braço.

 

-- Tá me ameaçando Diego? - perguntei com a voz querendo falhar.

 

-- Entenda como quiser. Só não quero que apontem novamente o dedo pra mim e digam “O irmão da sapatão”. Não quero ver nenhuma dessas mulherzinhas com quem você costuma andar aqui nas redondezas e nem nessa casa. Os caras também não gostam de ver essa pouca vergonha pelo bairro, então toma cuidado...

 

-- Você é ridículo! E essa casa tambem é minha, aliás, é mais minha do que sua. Cuida da sua vida que da minha cuido eu.

 

-- Fiz minha parte Beatriz…

 

Diego me jogou sobre a cama e deixou o quarto. Tão rápido que fez parecer que eu havia delirado e imaginado coisas. Mas as marcas de seus dedos em meus braços só afirmavam que aquilo tinha mesmo acontecido.

 

Encarei a porta sentindo meus olhos queimarem, eram as lágrimas que queriam a liberdade. Não me permiti chorar e sucumbir àquela dor fina que se instalou não só em minha pele, mas em meu coração.

 

Fui até o banheiro e encarei meu reflexo no espelho. As marcas vermelha eram bem visíveis. Cinco dedos bem marcados. Queimavam.

 

Larguei a toalha no chão e voltei a entrar no box ligando o chuveiro. Ainda não me permiti chorar. Eu tinha uma vontade demasiada, mas me neguei a deixar.

 

Perdi o tempo debaixo daquela água morna que parecia acariciar meu corpo. Só deixei o banheiro quando me senti mais calma e menos fragilizada. Afinal eu não era muito corajosa, pelo contrário, me considerava muito molenga e sensível, do tipo que chora ao bater o dedinho do pé e fica extremamente chateada quando falam grosseiramente.

 

Poxa, era meu irmão. O caçulinha que há alguns anos sorria me mostrando a janelinha que seu dente de leite tinha deixado ao cair. E agora usava de sua força para me ameaçar, pra me subjugar.

 

Não conseguia compreender o comportamento do meu irmão, e nem encontrar o que eu tenha feito para despertar esse lado dele. Será que eu fiz algo contra ele sem ter percebido?

 

Eu continuava sendo a mesma Ana Beatriz, em nada mudei. E o Diego passou de um cara que parecia nem existir dentro de casa, para um cara rude.

 

Aqui em casa todos sempre souberam da minha orientação sexual, nunca escondi isso e relevei tal fato na frente de todos, inclusive meu irmão. Ele nunca disse nada. Pedro até dizia que ele era um parasita e tudo pra ele era “tanto faz”. E agora ele cuspia em minha cara as palavras sapatão e puta na tentativa me ofender, me ferir.

 

Deitei em minha cama e me deixei ser levada por pensamentos e lembranças antigas e outras não tão antigas que ainda marcavam meu braço.

 

Aquela paz, aquela leveza que eu carregava comigo quando cheguei em casa ja não era a mesma. Minha bolha foi ameaçada e eu estava me sentindo frágil e desprotegida. Triste e incomodada.

 

O celular ao lado da cama emitiu um som e depois de alguns segundos processei o que aquilo significava. Adele!

 

Alcancei o aparelho rapidamente e ao ler as primeiras mensagens a paz em minha bolha pareceu ser restaurada. Efeitos Adele.

 

Adele: Cheguei meu anjo.

 

Adele: Essa casa está tão vazia sem você.

 

Adele: Ah não! Acabei de me dar conta de que isso aqui sem você nunca mais ver ser a mesma coisa.

 

Adele: Piegas dizer que ja estou com saudade de você? Posso voltar pra te buscar?

 

Eu: Ah baby, eu também já estou com saudade de você. Se for piegas seremos piegas juntas.

 

Adele: Juntas é bom!

 

Eu: Juntas é muito bom!

 

Adele me pediu alguns minutos para tomar um banho rápido e eu disse que a esperaria. Enquanto isso, voltei a conversar com Sam que tentou arrancar de mim detalhes de tudo que havia acontecido. Curiosa!

 

A loira realmente foi rápida e voltou em menos de 20 minutos.

 

Adele: Terei uma noite maravilhosa!

 

Eu: Ue! Tem alguém na sua cama? - brinquei.

 

Adele: Não! NINGUÉM em minha cama.

 

E como prova, eis que ela manda uma foto onde aparece parte de seu corpo e a cama. Não sei se foi proposital, mas ela exibia a barriga desnuda e a calcinha preta que ela trajava. Acho que ela estava sem blusa. Arrepiei ao imaginar!

 

Adele: Vou dormir muito bem porque seu cheiro está impregnado por toda a minha cama. Adoro o seu cheiro.

 

Eu: Injusto! Não tenho nada com o seu cheiro…

 

Adele: Tem sim, minhas roupas. Acho que ainda deve ter algum resquício.

 

Saltei da cama e agarrei a blusa dela que estava dentro da gaveta. Também terei uma ótima noite de sono baby!

 

Eu: Baby como você costuma dormir?

 

Adele: kkkkk Pensou bobagens com a foto?

 

Eu: Muitas!

 

Adele: Durmo do jeito que você viu na foto, só de calcinha e algumas vezes, nua.

 

Gente do céu! Eu li, mas quem respondeu foi o meu sex*. Senti aquela pontadinha dolorida e ao mesmo tempo gostosa no meio de minhas pernas. A respiração deu aquela falhada básica e eu já estava imaginando Adele nua, em minha cama.

 

Nos provocamos mutuamente por algum tempo e resolvemos dormir quando já era madrugada.

 

O que havia acontecido poucas horas atrás com o meu irmão agora me parecia uma lembrança muito distante, não me incomodava mais. O que estava vívido em mim era o cheiro, o gosto e o beijo da minha loira.

 

 

 

Continua...

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Não sou a Ludmilla, mas...

Cheguei (cheguei)
Cheguei chegando, bagunçando a zorra toda

 

Tudo bem com vocês?
Meninas, infelizmente não alncaçamos a meta que eu coloquei, o que me deixou um pouco triste. Porém, para não deixar na mão as meninas que participaram e deixaram aqui o carinho, resolvi postar mais um capítulo. Obrigada meus amores. Só estou pensando se continuo com as postagens diárias...será?

Já vou pedindo desculpa caso encontrem algum errinho por ai, mas é que terminei de escrever o capítulo dentro do ônibus, no celular, então pode ter passado alguma coisinha.

 

Ah, daqui a pouquinho eu mostro pra vocês como eu imagino a Adele. Vamos ver se alguém imaginou o mesmo que eu. Querem me dizer como imaginam a Ana Beatriz? Podem dizer, dai mostro as duas ao mesmo tempo.

Beijos e até o próximo.


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Comentários para 18 - Capítulo 18:
Raisa
Raisa

Em: 16/09/2018

Ah mas com crtz estarei aqui acompanhando vc...rsrs.Quer dizer essa estoria. Parabéns.


Resposta do autor:

Que bom que terei a sua presença Raisa! Vou checar isso em cada capítulo, olhe lá viu?

Beijos 

Responder

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Raisa
Raisa

Em: 16/09/2018

Boa tarde meninas, tow achando show essa estória. Adele é uma princesa realmente. E a Bia que mulher deliciosa na cama..Rsrsr. Com perdão da palavra. Vc autora esta de parabéns.


Resposta do autor:

Olá Taisa! Tudo bem? Muito bom lhe "ver por aqui!

Acho que Adele é literalmente a princesa que muita menina aí espera. Eu bem que queria uma Adele em minha vida . Kkkkk pode falar, Boa arrasa mesmo na cama, e essas duas juntas são combustão pura. Até na cama se encaixam.

Obrigada pelo elogio flor! Te espero aqui no próximo capítulo.

Beijos e até o próximo.

Responder

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LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 13/09/2018

Opaaaa, mais um capítulo hot. Maravilha! hahaha

Esse Diego ja passou de todos os limites. Não trabalha, não faz nada que preste e ainda incomoda e agride fisicamente a irmã. Ai,ai,ai... 

Quanto à Bia, imagino ela de uma maneira mas sem associar a nenhuma pessoa específica. Vou adorar ver as suas “modelos”. Aliás, no momento não lembro bem da sua descrição da Bia, mas pra mim os cabelos são castanho escuros, nao muito longos e meio ondulados. Sei lá:)

Maratona, sim, continuamos querendo. Obrigada por postar regularmente e sempre capítulos bem escritos, bons de ler. 

Beijo grande!

 


Resposta do autor:

Um pitadinha hot aqui e outra acolá faz bem, né? hahaha

O Diego é ótimo em fazer nada, e deveria continuar fazendo o que ele costuma fazer tão bem. Porém, ele resolveu que quer fazer da vida da irmã dele um tormento, e vai se empanhar bastante nisso. 

Oh, as modelos eu mostro já já. Vou montar uma capa legal pra vocês. No início, quando comecei a montar a personagem eu também não conseguia chegar a uma pessoa específica, mas procurei, procurei, procurei até que encontrei uma que muito me lembrava a imagem que eu tinha dela. Acho que você vai gostar...

Eu que agradeço por cada comentário e cada palavra de carinho.
P.S.: Já percebeu que eu adoro carinho né?

Beijo grande!

 

P.S.:² Se ler a resposta do seu comentário anterior, por favor descondidera o corretor ortográfico do meu celular ¬¬
(Scarlett Johansson - agora saiu certo)

Responder

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Thaci
Thaci

Em: 13/09/2018

Bom dia,Bruna!!!

Gente,que irmão sem noção. É melhor Adele e Bia,tomar cuidado com o Diego. Na minha humilde opinião a Bia,se parece com a Eva Mendes ou também com a Anne Hatwey. Elas são lindas. 

A Adele e Bia,ambas formam um casal tão fofo. E você compre está arrazando na escrita. Nota mil vezes mil.


Resposta do autor:

Oi amore! Bom dia, boa tarde e boa notie (pra desculpar pelo atraso na resposta)!

Diego é muito sem noção, de repente se acha o dono da razão e chegou se achando o rei da cocada preta. Eita que essas meninas só falam dos meus crushs. Ai ai Eva Mendes...Anne Hathaway são duas mulheres belíssimas, lindas mesmo.

Elas são mesmo muito fofinhas juntas. 

Obrigada por cada nota mil que você me dá viu? Obrigada

Beijos e até o próximo.

Responder

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