Capítulo 68
... a boca quente lhe envolvia o bico de um dos seios em uma ch*pada audaciosa, a corrente originada ali arrepiou todo seu corpo percorrendo um caminho em um só destino, seu centro, que, já pulsava em agonia prazerosa. Os lábios ardentes e sedentos atravessaram seu colo e capturaram com vontade e maestria o outro seio, gem*u completamente acordada a ponto de não ousar interromper aquele delicioso bom dia. Pelo contrário, levou sua mão aos cabelos claros incentivando o prazer, e de olhos ainda fechados, cobiçava ardentemente por mais... E como resposta, sentiu sua amante descer, lhe preenchendo o corpo em beijos, ch*padas, toques... carícias que só aumentava seus anseios. E assim que, obteve o toque molhado e quente da língua da outra em seu sex*, arfou forte abrindo-se em oferecimento e busca do deleite, moveu-se ritmada de encontro aos beijos que lhe arrancavam gemidos prazerosos e ao corpo proporcionavam tremores impulsivos. A boca entre suas pernas conhecia bem suas vontades, e então sentiu os dedos dela lhe invadir fácil, deliciosamente prazerosos, e eles prosseguiram apressados num entrar e sair unido as ch*padas. E no almejar da última perfeição, deixou suas mãos pousarem nos cabelos dela e ali permanecerem, ajudando naquele bailado, que os quadris também seguiam, até que, o gozo se apresentou intenso, o grave gemido e espasmos denunciavam a quão arrebatador ele fora. O líquido típico daquela entrega, era pacientemente solvido pela bela mulher ainda entre suas pernas, sorriu deixando suas mãos pousarem ao lado do corpo que respirava acelerado, posteriormente, guiou uma delas ao seu rosto, a seguir aos cabelos negros os arrumando.
-- Bom dia. -- O som soou melosamente carinhoso.
Samantha sorriu olhando sua noiva lhe sorrir próxima, e lhe beijar demoradamente, pode sentir seu gosto ainda ali, nos lábios dela.
-- Deliciosamente um bom dia. -- A morena constatou, ainda tendo o coração levemente ligeiro pelo gozo de instantes.
-- Não resisti te ver assim, nua, e não aproveitar. -- Confessou com olhar safado.
-- Ah, por favor, pode usar e abusar quando quiser. -- Samantha afirmou sorrindo.
-- Você é uma delícia, sabia? -- Amanda advertiu em um sorriso deixando seus dedos percorrerem ao redor de um dos seios de Samantha que, sorriu.
-- Você que é uma delícia. -- A médica avisou se pondo em cima dela, sorriu encarando de bem perto o rosto de Amanda, especialmente os lábios que lhe sorriam sedutores, a beijou. -- E me acostumou mal. -- Afirmou.
-- Quer que eu pare? -- Amanda questionou deixando seus dedos tocar o rosto da mulher sobre ela.
-- Jamais! -- Samantha sorriu intencionalmente deixando sua coxa roçar a intimidade dela. Amanda proferiu um tímido suspiro com aquele massagear malicioso. -- Mas, agora quero saber de você, o que deseja? -- Samantha indagou, à medida que, beijava o pescoço e descia para o colo onde deu mais atenção aos seios. Amanda também estava nua, o que facilitava bem o percurso da mão de Samantha que atravessou o corpo macio e naquele momento apertava a coxa de sua noiva.
-- O que quiser. -- Amanda anunciou já em vontade, com as mãos guiou a boca da médica dos seios para colar na sua em um beijo cheio de paixão e tesão.
Samantha guiou sua mão até o sex* já molhado em desejo e o tocou despertando em Amanda um gemido abafado pelo beijo delas e ali ficou em uma fricção demoradamente temporária, a seguir, adentrou-a com dois dedos, e afastou-se para observar sua noiva, esta, gemia com a boca entreaberta, os olhos fechados e a cada estocada sua a expressão dela denunciava seu agrado.
-- Ainda não. -- A morena avisou retirando sua mão da fonte molhada, para completo desacordo da outra. -- Quero de outro jeito. -- Samantha afirmou e após um sorriso maroto ela desceu e sem enrolação alguma abocanhou o sex* dela em um beijo ambicioso, bebendo o gozo lhe oferecido e proporcionando o prazer prometido. Amanda não conseguia manter os quadris quietos, e em estimulo sua boca abria liberando o som de seu êxtase apetitoso. Em abstração do controle, com ambas as mãos forçou a cabeça de Samantha a favor de seu auge, sentindo todo seu corpo se retesar em consternação exultante... Deu um suspiro ainda recorrente de espasmos e sorriu sentindo a outra lhe beijar a coxa e, assim, subir até encontrar seus lábios em um beijo lânguido. E assim elas ficaram, curtindo o carinho uma da outra em silêncio, e este, estava longe de ser constrangedor, pelo contrário, era uma conversa íntima e sincera, entre corpos que se amavam... Momento que só foi interrompido pelo toque do celular despertando.
-- Olha a hora que era pra eu acordar. -- Samantha avisou baixinho próximo do ouvido de Amanda que, riu entendendo, mas sem a menor vontade de sair daquele abraço quentinho.
-- Não tenho culpa se ele é atrasado. -- Advertiu se encolhendo mais no corpo da morena.
-- Posso conviver perfeitamente com meu despertador particular. -- Alegou para um riso de sua noiva que, definitivamente, não iria sair dali no momento. -- Fique na cama, vou acordar a Agatha. -- A médica sugeriu e beijou o rosto dela que concordou prontamente se acomodando a cama.
Samantha levantou, vestiu-se e dirigiu-se ao quarto da filha.
-- Ei? -- Samantha proferiu acariciando o corpo completamente desenrolado da pequena. -- Está na hora de acordar, amor. -- Informou tocando agora o rosto da menina, esta, recusava abrir os olhos, mas moveu-se tentando se arrumar melhor na cama. -- Não, não. Levante! -- Samantha avisou e sorrindo lhe fez cócegas.
-- Ahh não, mãe. -- Agatha disse e a olhou rindo.
-- Já sabe, tem que ser agora, mocinha. -- Samantha avisou e depois de uma certa enrolação da filha, esta, levantou e logo estava pronta.
Samantha lhe fez companhia no café da manhã e após sua pequena sair, retornou ao quarto para onde estava a outra mulher de sua vida, completamente nua, e, dormindo, sorriu sentando na cama a observando com amor, mas não quis acordá-la, então foi tomar seu banho...
-- Oi? -- Samantha atendeu seu celular o mais rápido que pode, não queria que sua noiva acordasse. -- Não, pode falar. -- Proferiu retornando ao closet, era seu colega de trabalho. -- Não, tudo bem, dou uma passada aí. -- Avisou. -- Tá ok... Nada. -- Sorriu e desligou.
-- Quem ousa te tirar de mim, tão cedo? -- Amanda indagou abraçando a morena por trás.
Samantha sorriu virando-se e a abraçando.
-- Deliciosa. -- Amanda constatou sentindo o aroma que vinha da morena já banhada e vestida em um short e regata. -- E gostosa! -- A Advogada observou gostando da visão das pernas quase todas descobertas.
-- Ui. -- Samantha proferiu ao ter as mãos de Amanda em sua bunda e sem vergonha nenhuma ser apalpada ali e puxada para mais próximo dela.
-- Então? -- Amanda indagou a olhando e tendo suas mãos no mesmo lugar em uma carícia.
-- Um colega quer minha opinião em um diagnóstico. -- Informou. -- Precisa pra uma cirurgia. -- Completou.
-- Agora?
-- Agora pela manhã, vai ser rápido. -- Disse deixando uma de suas mãos subir para o rosto de Amanda. -- Se você ir comigo, de lá vamos na mamãe, meu vestido ficou pronto. -- Sorriu em aviso.
-- Ai não acredito! -- Amanda sorriu em pulos. -- Vai trazer pra cá?
-- Não, tua sogra não vai te deixar ver. -- Advertiu e riu ao ver a careta de decepção dela. -- Bem justo, já que não me deixou ver o seu. -- Lembrou.
-- Ah não, dá azar, seguiremos com a tradição. -- Afirmou para um sorriso de ambas. -- O meu fica pronto só semana que vem. -- Lembrou e suspirou, estava ansiosa.
-- Calma, tudo vai dar certo, já está dando. -- Samantha assegurou. -- Vai comigo?
-- Vou. -- Respondeu e a trouxe para um beijo. -- Vou banhar. -- Disse já indo para o banheiro deixando a morena sorrindo.
Elas tomaram café da manhã juntas e como planejado seguiram para o hospital.
* * * *
Caroline arrumava seu cabelo, ajustando-o ao seu boné, quando algo lhe chamou a atenção. -- Que porr* é essa, Jean? -- Ela indagou ao ver o amigo se remexer enquanto se apalpava com a mão na região das partes íntimas. Estavam em um ponto fixo no centro da cidade, era um trabalho rotineiro, e tecnicamente fácil.
-- Essa farda aperta meu saco. -- Ele confessou rindo.
Caroline não queria rir, mas foi inevitável conter a gargalhada.
-- É sério. Não te incomoda não? -- Ele indagou realmente incomodado.
-- Lógico que não, não tenho saco. -- Declarou. -- E é tu que tá gordo. -- Caroline advertiu o fitando rindo.
-- É nada. -- Ele riu.
"Magalhães teu dia de pagar o lanche, e não esquece que te amo, viu!?"
Caroline e o colega ouviram pelo rádio da viatura ali ao lado deles.
A loira riu, era um outro colega e amigo, foi até o rádio.
-- Paguei semana passada. -- Informou. -- Deixa o coronel de pegar passando recadinhos do coração por aqui. -- A loira avisou e ouviu uma gargalhada. -- Não ocupa o rádio idiota, cambio desligo. -- Disse rindo e não ouviu mais nada.
-- Falando em lanche, estou com fome. -- Jean confessou. -- Quer algo? -- Indagou a loira.
-- Depois disse que não está gordo, como igual um porco. -- Caroline riu e se esquivou de um tapa no ombro. -- Olé. -- Ria. -- Agora que é nove e meia. -- Verificou.
-- Fica com fome então. -- Ele disse rindo e deu as costas.
-- Ei? -- Caroline o chamou rindo. -- Eu compro dessa vez. -- Ela avisou. -- O de sempre?
-- Com certeza. -- Ele sorriu.
-- Beleza. -- Caroline proferiu rindo e tomando a direção de uma lanchonete, no entanto, não observou que o sinal estava aberto, quando deu dois passos sobre a faixar, ouviu uma brusca freada, em reflexo pulou um pouco para trás deixando a mão a frente como proteção, e com ela segurou firme sobre o farol da moto, levantou o olhar em completo susto e agradecimento, ainda sem sair do lugar, encarou a origem de todo aquele assombro, aparentemente era uma mulher sobre a moto, que devido ao capacete, não via seu rosto, e assim, ambas ficaram por segundos, cada uma com seus corações em sobressaltos.
-- Machucou? -- Jean correu até ela.
-- Me desculpa! Se machucou? -- A mulher também obteve a reação de sair da moto e ir até a loira. -- Bateu forte?
-- Eu... -- Caroline proferiu encarando a mulher lhe tocando ambos os braços, enquanto esperava uma resposta de sua parte. Mas a tendo ali tão próxima, verdadeiramente aflita, olhos aflitos olhando os seus, não conseguiu responder, só conseguia pensar em como estava sendo bom revê-la de novo, sorriu internamente.
-- Por Deus, Carol, responde. -- Lauren insistiu praticamente a sacolejando, já estava aflita, e a outra não falava nada. -- Esta machucada?
-- Não. -- Caroline finalmente retornou a realidade. -- Eu estou bem, foi só um susto. -- Afirmou.
-- Ai graças à Deus! -- Lauren proferiu em alivio.
Elas ainda estavam paradas ali no meio da rua, carros buzinavam.
-- Leva ela “prali”. -- Jean pediu à até então desconhecida mulher para ele. Em seguida, foi retirar a moto de Lauren da rua.
-- Vem. -- Lauren institivamente cuidadora rodeou com uma das mãos a cintura de Caroline e a acompanhou até o local próximo a viatura. Caroline a fitou, Lauren encarava o chão a guiando com atenção, sorriu gostando daquilo, claro que estava perfeitamente bem e podia andar sem apoio, mas jamais iria dispensar aquele toque e cuidado, pelo contrário, ousou levar seu braço e pousar sobre os ombros da outra mulher. -- Desculpa, mas você surgiu do nada, e... -- Gesticulou em explicações.
-- Ei? Está tudo bem, a culpa foi minha. -- Caroline confessou a olhando.
-- Você está bem mesmo? -- Lauren insistiu realmente preocupada.
-- Estou sim, obrigada. -- Caroline afirmou e sorriu tentando demonstrar que de fato estava bem e estranhamente feliz.
-- Que bom. -- Lauren sorriu feliz e grata.
-- Sim. -- Caroline concordou da mesma forma e elas ficaram, ali, em silencio, por alguns instantes.
-- Então você é policial!? -- Lauren observou em um riso, tinha ambas as mãos sobre os bolsos do jeans.
-- Sim. -- Caroline proferiu em um sorriso. Nos poucos contatos delas havia sido bem reservada, lembrou desviando o olhar, mas rapidamente voltou para onde queria, Lauren. -- Mas nas horas vagas eu escapo de atropelamentos por ai. -- Completou e Lauren riu.
-- Profissional em escapar de balas e quer morrer carimbada por borracha, menina? -- Jean observou encarando a amiga e parceira com um sorriso também aliviado.
-- Não foi dessa vez. -- Caroline afirmou rindo. -- Jean, essa é Lauren, Lauren Jean.
-- Prazer. -- Ele disse apertando a mão dela. -- Então já se conheciam?
-- Pode se dizer que sim. -- Caroline confessou, sem desviar o olhar de Lauren e vice versa.
-- É...
-- Ótimo. Sem ferimentos, sem ressentimentos, sem prisão. Eu tô feliz. -- Ele relatou e elas riram.
-- Certeza que está bem? -- Lauren questionava mais uma vez.
-- Absoluta. -- Caroline disse, e sorriu, era a primeira vez que haviam tido uma conversa sem que trocassem ofensas. -- Não se preocupe. -- Acrescentou.
-- Ok... eu preciso ir. -- Avisou e sorriu sem sair do lugar.
-- Ah sim, claro. -- A policial disse, com sentimentos por ter que encerrar aquele momento.
-- E desculpa... -- Lauren pediu. -- Tchau. -- Ela sorriu para a loira, em seguida, acenou para o colega dela.
-- Tchau. -- Caroline proferiu e a viu subir na moto que, Jean, tinha posto bem próximo dali.
-- Cuidado nisso ai menina. -- O policial mais experiente advertiu.
-- Eu até tento. -- Ela advertiu pegando o capacete. -- Mas tem pessoas que não facilitam. -- Sorriu olhando diretamente os olhos de Caroline que, sorriu a observando. Lauren colocou o capacete, abriu a viseira e lhe sorriu com os olhos, parecia piada, Caroline pensou, mas intimamente sabia que ela lhe sorria, e mais uma vez entrava em conflito com seus sentimentos, mas ao contrário das várias outras vezes, estava decidida a não resistir mais.
-- Me liga! -- Foram as palavras da policial loira que, em expressão e olhar serenos encarava especificamente os de Lauren. Esta, lhe pareceu sorrir mais aberto, ela levou a mão a viseira escura e antes de fecha-la, piscou, e então arrancou com a moto. Caroline riu, sabendo que aquilo era um sim, Lauren definitivamente era sedutora de todas as forma, a simples piscada pareceu ter lhe atingido o corpo.
-- Contatinho?
Jean fez Caroline lembrar dele.
-- Não. -- Ela respondeu o olhando.
-- Ela é tua namorada?
-- Não! -- Ela negou rindo.
-- Então o quê? -- Ele abriu os braços em questionamento.
-- O que o quê? -- Caroline riu.
-- “Me liga!” -- Ele proferiu a imitando e levou um tapa na costa. Além de parceiros eram muito amigos. -- Quem diria não? Está derretendo... -- Ele proferiu desviando o olhar como se não fosse com ela. Caroline sorriu, na verdade seu pensamento estavam viajando com a mulher montada em uma moto.
* * * *
-- Oi, posso ajudar? -- Amanda ouviu uma voz um tanto melosa, mas simpática atrás de si e, de imediato girou buscando a origem dela. -- Ah... Você. -- Isis não pode deixar de se surpreender e abalar-se ao ver de quem se tratava. Sorriu tentando se reajustar mediante Amanda que, lhe sorria.
-- Na verdade, não. Obrigada. -- Amanda disse a fitando de forma curiosa. – Desculpa. Nos conhecemos? -- Questionou verdadeiramente sem acreditar naquela possibilidade.
-- Ah não, não, imagina. -- A estagiária negou de pronto, mas o seu sorriso agora era de deboche.
-- Certo. Pensei ter notado você agir de tal forma. -- Amanda deu um sorriso ligeiro e tirou o celular do bolso, esperava sua noiva que, havia ido pegar o jaleco com a chave do carro, esquecido na sala do amigo.
Inevitavelmente o seu anel pareceu mais brilhante aos olhos da jovem a sua frente. Isis pressionou o maxilar, sua natureza duvidosa no caráter aflorou em forma de inveja e irritação, mediante ao pequeno objeto tão lindo aos seus olhos no dedo anelar de Amanda, buscou o rosto dela e sorriu de forma atrevida a maléfica.
-- Lindo anel. -- Elogiou com sinceridade e falsa solidariedade. -- Samantha realmente tem um excelente bom gosto. -- Destilou demonstrando um largo sorriso e fazia questão que o mesmo repassasse confiança desaforada no que dizia.
Amanda a encarou com várias dualidades em pensamentos. Era evidente que aquela garota lhe demonstrava total atrevimento, e não podia negar que suas palavras lhe deixou sem reação por alguns instantes. Como aquela petulante se atrevia referir à sua noiva, pelo primeiro nome, em lugar de trabalho e demonstrando intimidade daquela forma?
-- Sam, me falou do noivado de vocês. -- Ela ainda proferiu em meio ao mesmo sorriso.
-- Sam? -- Amanda riu, em nervosismo pôs a mão esquerda na cintura e a outra na testa, literalmente na consciência. Aquilo era um absurdo! Pensava tentando não demonstrar toda a sua descompostura diante daquela garota que, evidentemente, queria a descontrolar.
-- É, eu e ela não temos tantas formalidades aqui. -- Isis declarou literalmente rodeando Amanda, enquanto acreditava narrar um fato natural de seu dia a dia ali. -- Sam é excelente com todos claro, mas comigo ela é mais atenta, agora não muito, porque, você sabe, tem esse noivado no meio, mas antes me ajudava em tudo, dúvidas... -- Amanda ouvia ela falar e as palavras faziam sua cabeça latejar, sabia que a criatura ridícula mentia, obviamente, mas estava conseguido desestruturá-la. -- Depois das aulas, sempre ficávamos a sós e...
-- Cala essa boca menina. -- Amanda advertiu em seriedade.
-- Que foi? -- Isis indagou. -- Está com medo de ouvir a verdade? -- Completou erguendo a cabeça em um riso de lado, parando novamente à frente de Amanda.
Amanda olhou para o lado, suspirou tentando manter a calma. Pensando na petulância e cinismo da garota, entretanto, não podia demonstrar-se abalada.
-- Que verdade? -- Amanda mostrou um sorriso. -- A que você se humilha duas vezes? Uma, porque Samantha não te enxerga e outra por estar tentando me fazer acredita do contrário!? -- Cruzou os braços em sorriso ao conseguir o efeito desejado.
Isis ficou ali encarando Amanda por um instante, na expressão cínica e persuasiva escondia seus pensamentos, mas Amanda sabia que ela estava tramando, em vez de, temendo.
Então Isis riu, fitou o chão e ergueu a cabeça em olhar traiçoeiro. Por mais que tentasse, Amanda não sabia o que esperar dela, mas não iria se abater, não diante dela.
-- Ah isso não, mas como sou boazinha vou te contar mesmo assim. -- Isis deferiu encarando sem pudor algum os olhos de Amanda. -- Deve ser ruim, saber que sua noiva tem um caso por ai, ou melhor, comigo. -- Isis sorriu afetando Amanda que retribuía o olhar em irritação e fúria.
-- Escuta aqui sua insolente, não se atreva a continuar! -- Amanda advertiu com dedo em riste.
Isis por sua vez, gargalhou por um instante e a fitou em zombaria séria.
-- É, deve estar sendo humilhante mesmo pra você agora né? Última a saber. -- A estagiária sorriu contente e provocante. -- Saber que uma mulher bem mais jovem, bonita, sabe dá o prazer que ela merece... -- Isis disse e soltou um riso sarcástico.
-- Cala essa boca sua vádia! -- Amanda esbravejou pegando no braço de Isis e apertando com força, por sorte elas estavam longe das demais pessoas. -- Escuta bem, porque vou falar só uma vez ... Estagiária Isis. -- Amanda disse pegando com a mão livre a borda do jaleco da outra apenas o suficiente para ver o nome dela, em seguida, o agarrou com fervor a segurando. -- Acha mesmo que vou cair nesse teu joguinho? Não duvido que você seja uma daquelas meninas que morrem de amores pela professora e nesse caso também chefe. -- Sorriu em superioridade. Isis a olhava com evidente raiva, mas não conseguia rebater a dominação de Amanda. -- Mas como a Minha Noiva não deve ter dado a você a "atenção" que queria. -- Amanda enfatizou as palavras Minha Noiva e atenção e riu. -- Resolveu ser mais baixa e vir até mim inventando mentiras? -- Questionou. -- Acha mesmo que minha noiva e logo esposa não me conta as coisa? -- Amanda advertiu sem afrouxar as mãos e contato visual.
-- Ela... ela falou? -- Isis estava deveras surpresa.
-- Que você estava feito urubu rodeando carniça? Com toda certeza meu bem. -- Amanda disse pensando rápido. Samantha tinha muito o que lhe explicar. Seus pensamentos estavam a mil, mas precisava se manter firme e continuar. -- A diferença é que Samantha não é carniça e muito menos é pro seu bico. Mas caso ainda não tenha notado eu vou te dizer. -- Amanda afirmou levando uma de suas mãos até a nuca dela e, em um ato bastante bruto a puxou para próximo, e com a boca rente ao ouvido de Isis, proferiu. -- Aqui nunca teve, não tem e nunca terá nenhuma carniça. Você está no lugar errado, ouviu bem? -- Amanda advertiu entre dentes. Revelava sua irritação, sim, mas ao contrário do que a outra queria, ela tinha conseguido retomar uma compostura, tanto corporal quanto consciente de si, mesmo diante daquela provocação. -- Então queridinha, vai rondar outro lugar, que aqui não é lugar de urubu! -- Avisou a soltando em um empurrão forte, mas sutil.
Isis deu um passo para trás em busca de equilíbrio, estava verdadeiramente descontrolada, tanto na raiva quanto no medo que sentiu após aquela postura de Amanda. Ergueu a cabeça a encarando com ódio e depois o medo foi seu presente apavorante. Samantha surgia a poucos metros atrás de Amanda. E já tinha a visto ali com ela. Buscou o rosto de Amanda agora em súplica.
-- Por favor, não conta isso pra Doutora. Ela vai me demitir. -- Seu pedido era suplicante e sincero, ao menos naquele momento. Sabia que se Samantha soubesse que tentou envenenar sua noiva seria demitida com toda certeza, estava perdida. Precisava fazer algo para evitar aquilo.
Amanda olhou para trás buscando o que ela olhava e sorriu em entendimento a encarando de volta, logo viu que ela era do tipo de pessoa impulsiva e maliciosa, só o momento importava. Mas ao contrário do que Isis esperava, ficou em silêncio, tentando repassar toda a calma que ela não tinha.
-- Tudo bem aqui? -- Samantha questionou se pondo ao lado de Amanda.
-- Tudo ótimo! -- Amanda quem proferiu sem desviar os olhos de Isis.
Era impossível não notar o clima tenso entre elas, Samantha observou, principalmente o de sua própria noiva, que reagiu um tanto estranha ao seu toque na cintura. Sabia reconhecer quando Amanda estava irritada principalmente com ela, nada ótimo, pensou preocupada e encarando Isis, tinha quase certeza que ela havia aprontado algo, precisava saber.
-- Você não tem algo pra fazer não? -- Amanda questionou à estagiária, gesticulando uma das mãos se referindo ao ambiente.
-- Com licença. -- Ela proferiu e saiu a passos largos e rápidos.
-- Vamos amor. -- Samantha sugeriu carinhosa.
-- Vamos. -- Amanda disse retirando a mão de Samantha de sua cintura e saindo na frente. Estava extremamente chateada e irritada com sua noiva.
-- Droga! -- Samantha proferiu ao saber que estava certa. -- Amor? -- Correu atrás dela. -- Olha eu sei que você está brava comigo. -- Confessou assim que a alcançou, já no elevador. -- Mas será que posso saber o motivo? -- A olhava em indagação, enquanto pensava no que poderia ser a razão daquilo, e por mais que torcesse para não ser o que achava, sabia que era improvável.
Amanda a fitou imediatamente, nos olhos a raiva e a mágoa por Samantha ter escondido a verdade dela.
-- Sua estagiária veio me insinuar que você estava gostando do assédio dela, ainda acrescentou aulinhas particulares, beijos, prazeres e apelidos carinhosos. -- Amanda praticamente cuspiu tais palavras encarando Samantha e em fúria desviou o olhar.
-- Desgraçada! -- A morena proferiu dando um murro no metal com ódio da estagiária. -- Você não pode ter acreditado nisso. -- Olhou Amanda em expectativa.
-- Claro que não, Samantha! -- Amanda advertiu para alívio de ambas. Sua raiva não era pelas mentiras contadas pela menina, era pela verdade escondida dela por sua própria noiva.
-- Amor... -- Samantha proferiu a tocando.
-- Agora não! -- Amanda advertiu cruzando os braços, seu corpo estava quente em furor e dor, seus olhos já não aguentavam mais conter aquilo.
Samantha suspirou em angústia. O elevador abriu e então viu a mulher que tanto amava sair em lágrimas.
-- Inferno! -- Samantha bradou odiando Isis, não sabia do que era capaz se tivesse ela a seu alcance naquele momento. Mas antes precisava se entender com Amanda, correu até ela que, já tomava a direção oposta de onde estava o carro. -- Amor aonde vai? -- Questionou se ponto na frente dela.
-- Samantha sai da frente. -- Amanda pediu e desviou o olhar.
-- Não. -- Samantha proferiu lhe tocando o rosto. Sentia uma dor tremenda ao vê-la chorar por um erro idiota de sua parte.
-- Então me diz o que realmente aconteceu, para que aquela piranha se achasse no direito de vir até mim, revelar uma verdade que deveria ter sido dita pela minha noiva? -- Questionou a encarando em espera.
Samantha suspirou. -- Ela estava dando em cima de mim, um dia ela tentou me beijar, mas eu a cortei logo, cheguei a dizer que ela estava demitida, mas ela implorou pra ficar e eu a deixei ficar. -- Samantha resumiu ainda segurando com ambas as mãos o rosto de Amanda a olhando nos olhos. -- Não aconteceu nada!
Amanda fechou os olhos, as lágrimas caiam, lógico que acreditava nas palavras de sua noiva, o seu abalo maior era por ela ter escondido aquilo dela, depois de ter prometido não mentir mais.
-- Me deixa passar. -- Amanda a fez soltá-la. -- Eu quero sair daqui. -- Falou tomando agora uma outra direção, ainda assim, contrária de onde estava o carro de Samantha.
-- Não vou deixar você sozinha. -- Samantha a deteu novamente. -- Vem comigo, por favor. -- Pediu em voz branda.
Amanda sabia que ela não a deixaria sozinha, não ali, daquele jeito. E já sem forças, resolveu atendê-la, seguiu em silêncio para o veículo. Samantha entrou no carro, o ligou e em total silêncio elas seguiram para casa. A médica a contragosto respeitava a postura de sua noiva. Amanda estava a seu lado, mas era como se não estivesse, o silêncio era doloroso para ambas... Pela enésima vez Samantha a olhou, estava da mesma forma, cabeça recostada no banco, mão sobre o queixo e com olhar perdido através da janela do carro, não chorava mais, mas era notória sua tristeza. Foram os 20 minutos mais estranhos de toda a sua vida durante aquele percurso do hospital para a casa.
-- Amor vamos conversar. -- Samantha disse assim que entraram no apartamento, não suportando mais aquilo. -- Eu juro, nunca dei sequer esperança para ela acreditar que teria algo comigo, nunca! -- Samantha afirmou. -- Eu jamais faria isso com você, com a gente. -- Advertiu seguindo sua noiva aflita.
-- Ah é? -- Amanda se virou já no meio da escada olhando a médica ainda lá embaixo, estava furiosa pela descoberta e triste pela omissão da morena. -- Então me diga que você não escondeu isso de mim Samantha, diga que é Tudo um mal entendido. -- Pediu, mas já sabendo que não era.
-- Eu... -- Samantha queria muito que fosse um engano, só agora se arrependia profundamente por ter omitido aquele fato da mulher que amava e que sabia que confiava nela e agora aquela confiança estava abalada. -- Quando aconteceu eu não vi necessidade de te aborrecer.
-- Me aborrecer? -- Amanda questionou irritando-se mais ainda. -- Como acha que estou agora, Samantha? -- Gritou a encarando. -- Como acha que me senti em saber pelos outros, coisas que a minha mulher deveria ter me contado? Eu fiquei parecendo uma idiota na frente daquela imbecil, a última a saber, foi humilhante! -- Advertiu em lágrimas. -- O que houve com nossas promessas de contar tudo uma a outra? Eu confiei em você e olha o que fez!? -- Disse e deu as costas.
-- Meu Deus o que está acontecendo aqui? -- Cida surgiu vindo da cozinha ao ouvi-las.
-- Amor? -- Samantha chamou por Amanda subindo a escada correndo. -- Amor espera. Am... -- Samantha proferiu dando quase que literalmente com a cara na porta. -- Amanda! -- Gritou batendo na porta. -- Mas que droga! -- Samantha proferiu em irritação agoniante.
-- Querida? -- Cida a chamou, estava atrás da morena.
Samantha suspirou forte tentando se acalmar um pouco, não iria conseguir conversar com sua namorada naquele momento, então olhou a mulher que sabia estar preocupada.
-- O que houve? -- Cida a olhava em comoção e preocupação.
-- Uma confusão Cida e a culpa é toda minha. -- Samantha disse e olhou a porta sentida, sabia que Amanda estava triste e com raiva dela, e com razão.
-- Vem, você precisa se acalmar. -- Cida a chamou já a rodeando em um abraço de lado e assim desceram a escada se acomodando no sofá. -- Quer algo? Uma água? Um...
-- Não, Cida. -- Samantha negou logo. -- Nada me desce agora. -- Confessou.
-- Quer me contar o que aconteceu? -- Cida perguntou a olhando, queria ajudar.
-- Ela descobriu que uma estagiária lá do hospital estava dando em cima de mim. -- Samantha disse e pausou a olhando.
-- Samantha você não correspondeu a... -- Cida proferiu em uma leve dúvida.
-- Não! -- Samantha negou firme a olhando. -- Eu cortei na hora.
-- Ah graças à Deus. -- Cida disse levando a mão direita ao coração. -- Desculpa, mas confesso que por um instante eu pensei que você... enfim, deixa pra lá. -- Sorriu contente por estar errada. -- Amanda está com raiva porque você omitiu isso dela não é? -- Indagou.
Samantha narrou tudo que havia acontecido, tanto o episódio com a estagiária e o daquela manhã entre ela e Amanda também causado pela mesma pessoa, Isis. Que quando lembrava, a vontade que Samantha tinha era de matar a menina pela audácia e mentiras contadas por ela.
-- É óbvio que essa menina não tem escrúpulo nenhum. -- Cida disse após ouvir tudo. -- Ela fez de propósito e inveja pura.
-- A vontade que tenho é de matar esganada. Ahrhr. -- Samantha disse e levantou impaciente olhando em direção ao quarto que Amanda estava trancada. Como ela estava? O que fazia? Estava bem? E isso só a fazia ter mais raiva e culpa.
-- Ah isso não vai ficar assim! -- A morena afirmou levantando, fitou o quarto. -- Cuida dela, Cida, por favor. -- Pediu seguindo para a porta de saída.
-- Aonde vai? -- Cida perguntou a acompanhando.
-- Pro hospital, fazer o que tinha que ter feito da primeira vez. -- Samantha afirmou abrindo a porta e a batendo na saída.
-- Oh senhor ilumina essa menina para que não faça nenhuma besteira. -- Cida proferiu encarando a porta a sua frente. Lembrou de Amanda e olhou para o quarto, suspirou, seguindo para lá.
-- Querida? -- Cida chamou batendo na porta. -- Se tiver me ouvindo, não vou entrar sem sua permissão, só quero saber se preci...
Cida pausou ao ver Amanda abrir a porta e a encarar, o rosto vermelho e olhar triste. Sem demora Amanda foi abraçada com carinho pela outra mulher, retribuiu precisada, Cida se tornara quase como uma mãe para ela.
-- Vai ficar tudo bem, querida. -- Cida afirmou. -- Só o tempo de se acalmarem e conversarem, tudo bem? -- Completou a olhando.
Amanda acenou em acordo, pensando em sua morena.
-- Para aonde ela foi? -- Indagou voltando a sentar na cama.
-- Voltou para o hospital. -- Cida a seguiu. -- Seja lá o que for que foi fazer lá, ela não foi com as melhores das intenções. -- Disse, mas logo se arrependeu, pois lembrou que aquilo poderia preocupar Amanda.
-- Se for com aquela desgraçada atrevida eu nem me importo. -- Amanda advertiu sincera e deitou na cama abraçando uma almofada, fechou os olhos ao sentir nela o cheiro perfeito de sua noiva, estava magoada pela omissão, e triste por ter brigado com a mulher que tanto amava, era tão doloroso aquela sensação, mas doloroso que o próprio motivo do desentendimento delas, notava. Cida não disse nada, apenas ficou ali velando-a com um carinho nos cabelos.
* * * *
-- Vem comigo. -- Samantha disse séria passando igual bala por Sheila que, só virou sobre os calcanhares a seguindo. Sabia que a amiga não estava nada bem, e sabia que tinha que esperar para que ela mesmo falasse o que se passava no momento. Calada ela seguiu, Samantha. Esta, suspirou forte tentando se acalmar, por mais raiva que sentisse no momento, ali era um local de trabalho, o seu trabalho e seus atos teriam que seguir as devidas precauções.
-- Isis, sala de reunião, agora! -- Samantha disse a Isis, assim que, a avistou. Isis evidentemente ficou nervosa, olhou os rostos curiosos ali na sala, abaixou a cabeça e a seguiu já sabendo do que se tratava.
Assim que alcançaram o local, Samantha suspirou mais uma vez e fitou a estagiaria. -- Suponho que já imagina o porquê de estar aqui. -- Samantha lhe chamou a atenção a fazendo olhá-la.
-- Não, senhora. -- Isis negou sem a menor vergonha.
Samantha a encarou por alguns instantes e disse. -- Você está demitida.
-- Mas, Doutora, por quê? -- Questionou fingindo inocência. -- O que foi que fiz? -- Isis evidentemente quis intervir.
-- Ah, por favor, não se faça de inocente Isis, porque isso é uma coisa que você não é. -- Samantha advertiu. -- Está demitida! – A médica a fez calar-se antes de falar algo. -- Demitida por assediar sua tutora e chefe, infligindo com isso as regras morais, profissionais e éticas desde hospital. Portanto, me dando assim, a justa causa para usufruir dos direitos desde hospital e pessoal.
-- Mas já tínhamos resolvido isso, Doutora, não entendo por...
-- Não me faça perder o restante do meu controle garota. -- Samantha advertiu em tom alto. -- Mas vou refrescar a sua memória. Agora a pouco inventou mentiras para a minha noiva, lembra? -- Samantha proferiu seria. -- Olha só que burrice de sua parte né? Está Demitida, agora dê o fora daqui. -- Samantha aumentou o tom de voz apontando a porta, estava perdida em raiva.
-- Doutora deve ser engano. -- Isis declarou olhando Samantha em súplica. -- Eu somente quis ser gentil, a vi parada lá, pensei ser uma paciente, fui ajudar, ai você chegou, só isso. -- Falou rápido. Samantha a deixava falar para ver até onde ela iria com aquilo, se não conhecesse a peça, seria enganada facilmente. Isis não tinha escrúpulo ou pudor algum. -- Ela deve ter inventado coisas sobre mim, mas não fiz nada...
-- Já chega! -- Samantha bradou. -- Está demitida, sem exceção. -- Permaneceu aumentando o tom de voz coisa que até assustou Isis. -- Não voltarei atrás novamente, você foi advertida, agora basta. -- Completou no mesmo tom enquanto a fuzilava com o olhar severo, caminhou até ela. -- Achou mesmo que depois de fazer o que fez, tudo iria ficar como estava? -- Indagou com fervor nos olhos, mas dessa vez, calma na fala. -- Que eu iria ter pena de você e recuar como da primeira vez? -- Questionou a olhando furiosa.
-- Só está me demitindo por causa dela!? -- Observou. -- Noivinha fofoqueira você tem. -- Isis declarou em um relapso de manifestação de personalidade.
-- Não abra essa boca suja pra falar da minha mulher. -- Samantha voltou a proferir em voz alta deixando sua mão agarrar firme sobre o queixo dela e apertar.
-- Sam? -- Sheila interviu, não deixando-a seguir adiante naquilo. Sabia bem o motivo de estar ali, Samantha precisava de um suporte amigo para não fazer nenhuma besteira, coisa evidente que estava muito a fim de fazer, principalmente naquele momento. Samantha a soltou, logo levando o dedo da mesma mão em riste.
-- Você errou em pensar que eu cairia nos seus joguinhos de sedução. -- Samantha proferiu séria. -- Errou feio ao tentar envenenar Amanda contra mim e mais ainda ao pensar que ela cairia no seu jogo baixo e sujo. -- Disse e a viu abaixar a cabeça. -- Olha pra mim. -- Ordenou levando a mão ao queixo dela e rispidamente a fazendo levantar o rosto. -- Mas seu pior erro foi pensar que tinha o direito de se dirigir à Amanda, inventar mentiras e achar que ficaria impune. Fica longe de Amanda entendeu? -- Bradou voltando a por força na mão sobre o queixo dela a forçando encará-la nos olhos.
-- Pode deixar. -- Isis falou com certa dificuldade, mas cheia de cinismo. -- Ela é até bonitinha, mas não quero a fofoqueira vagabunda, e sim a noiva dela. -- Sorriu em pura provocação.
Samantha levantou a mão em completo desacordo e ódio, mas deteve-se de imediato.
-- Vai doutora, bate. -- Isis provocou mantendo um riso cínico.
-- Samantha! -- Sheila interviu novamente e logo a viu se afastar consideravelmente de Isis que, levou sua mão ao local onde estava a mão de Samantha a instantes.
-- Covarde! -- Isis gritou encarando-a. -- Quer saber a verdade? -- Riu em mudança de postura. -- Eu falei mesmo, tudo que sua mulherzinha provavelmente deve ter ti dito. -- Confessou em um sorriso descarado de ódio e deboche. -- Falei que você gostava dos meus assédios, beijos, que te dava muito prazer, como merecia. -- Explanava em tom macio e ousado mantendo o mesmo sorriso venenoso. -- O que poderia ser verdade se realmente me deixasse provar... -- Isis advertiu caminhando na direção de Samantha, abriu mais o sorriso, a seu ver sedutor e malicioso, aos de Samantha, totalmente desprezível e odioso, fato que a estava fazendo perder novamente o controle. -- É, eram mentiras, mas ela não sabia não é? -- Notou parando ainda a uma certa distância. -- Já que você escondeu a verdade dela. -- Isis proferiu a olhando, então soltou uma risadinha sonora. -- Como deve estar a... -- Fingiu pensar e completou. -- Amanda, né? Depois de ser enganada por você e ser a última a saber da verdade, e por mim. -- Sorriu.
-- Desgraçada! -- Samantha esbravejou chegando a dar um passo na direção de Isis, mas foi segurada por Sheila.
-- Calminha doutora. A verdade dói né? -- Falou cínica.
-- Você tem sorte. -- Samantha notou tentando permanecer calma, ainda tinha as mãos de Sheila sobre sua cintura e braço, mas logo foi solta. -- Sorte de eu ser muito, mais muito diferente de você e não te fazer passar a maior vergonha de sua vida. -- Advertiu. -- Uma pessoa fútil, dissimulada, desprezível, sem escrúpulos, que quer viver à custa do sofrimento dos outros. -- Observou. -- Não merece nem que eu perca meu tempo com isso, você é desprezível menina. -- Samantha colocou.
-- Desprezível? -- Isis riu nervosa. -- Que se dane você, sua mulherzinha e toda essa corja de bajuladores a sua volta! -- Gritou descontrolada, totalmente desestruturada, claro nas lágrimas que começaram a cair por seu rosto, que, só de ódio se mantinha firme encarando Samantha. -- Eu não tenho e nunca vou ter medo de você, nunca! -- Isis gritou e partiu para cima de Samantha conseguindo lhe atingir um tapa que, pegou no braço devida a reação da morena, esta, a seguir, conseguiu facilmente segurar ambas as mãos da garota. -- Me larga! -- Falou alto se debatendo.
-- Sheila. -- Samantha proferiu e rapidamente a loira já sabia o que fazer. -- Parou! -- Samantha gritou para Isis a fazendo parar segurando-a mais firme. Isis praticamente bufava, olhos vidrados e um tanto vermelho como o rosto dela também banhado pelas lágrimas de um choro raivoso. Essa era a visão que Samantha tinha de perto.
-- Essa sua resistência toda deve ser pra esconder o desejo que sente por mim né. -- Isis sorriu. Samantha a encarava sem acreditar naquilo, ela mudava do ódio a petulância rapidamente.
-- Eu tenho é pena de você, pena! -- Samantha afirmou tais palavras com sinceridade sem a soltar.
-- Me solta! -- Ela disse puxando os braços sendo solta. -- Não preciso da sua pena. -- Advertiu. -- Vai pro inferno! -- Bradou.
-- Sam. -- Sheila voltou acompanhada de um segurança.
-- Acompanhe a senhorita Isis, até a saída. -- Samantha avisou ao segurança.
-- Não toca em mim, idiota. -- Isis proferiu se esquivando do homem, olhou Samantha em pura odiosidade e saiu às pressas.
Samantha suspirou forte e sentou-se na cadeira a seu lado. Levou ambas as mãos ao rosto e depois aos fios pretos em um cansaço emocional. Sheila sentou ao lado dela a observando em silêncio.
-- Amanda descobriu que ela estava dando em cima de mim. -- Confessou ainda com as mãos na cabeça fitando a mesa. -- Pior, por Isis. -- Avisou e encarou Sheila que a olhava sentida. -- Você estava certa, eu devia ter evitado tudo isso, se tivesse contato a verdade à Amanda. -- Falou pensando em sua amada, estava decepcionada consigo mesmo, triste pela discussão com sua noiva, respirou pesadamente.
-- Tente ter calma, meu anjo. -- Sheila disse pondo sua mão sobre a de Samantha. -- Converse com Amanda, após a raiva, ela vai compreender os seus motivos, tenho certeza. -- Disse lhe dando ânimo.
-- Preciso voltar pra casa. -- Samantha levantou-se.
-- Não. -- Sheila a seguiu e lhe pegou o braço em detenção amiga. -- Amanda está nervosa. Você está nervosa, dê um tempo, umas duas hora no mínimo é o tempo que vocês duas põem a cabeça no lugar. -- Explicou a olhando calma.
-- Não dá Sheila, não suporto ficar assim com Amanda, é terrível. -- Confessou angustiada, sua vontade era de chorar, mas estava tão atribulada que não conseguia.
-- Eu sei, Sam. Mas me escuta, olha o seu estado. -- Observou. -- Vai chegar lá e dizer o que pra Amanda? -- Indagou séria. -- Que não foi sua culpa? Que não contou pra não magoa-la? Coisa que acabou acontecendo. -- Completou calma.
Samantha então percebeu que sua amiga estava completamente certa, já havia dito aquilo e nada dera certo.
-- Ela vai entender seus motivos e te perdoar, mas ela precisa de tempo pra pensar neles, dê esse tempo a ela, a vocês duas. -- A loira pediu.
-- Você está certa, mas até lá eu faço o quê? Aflita desse jeito? -- Samantha indagou voltando a sentar na cadeira. -- Ah não dá. -- Levantou de novo e Sheila riu.
-- Você falou que iria na sua mãe. -- Sheila lembrou. -- Foi? -- Indagou já sabendo que provavelmente não.
-- Não, depois de tudo isso até esqueci.
-- Então vá agora. -- Sheila sugeriu. -- Não conheço ninguém além de dona Regina, para fazer essa cabecinha esfriar rápido... Amanda, mas ela não é uma opção agora. -- Sorriu.
-- Obrigada, Sheila. -- Samantha sorriu grata. -- Farei isso. -- Afirmou e a abraçou com carinho.
– Te amo viu? -- Sheila afirmou.
-- Eu também me amo muito. -- Samantha brincou e riram se separando.
-- Besta.
-- Eu também te amo. -- Samantha disse em seguida sorriu. -- Vou lá sim.
-- Se cuida. -- A loira avisou a observando sair.
Fim do capítulo
Olá amores,
Um excelente domingo a todas!
Grande beijo e até o próximo capítulo.
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Andreia
Em: 18/11/2020
Arrasou Anny como sempre parabéns.
Boa m que falei que Isis iria aprontar com Amanda e só mexer com ela que Samantha toma providências e foi demitida. E a!guem ver que ela não ta bem da cabeça.
Foi muito legal o encontro da Carol e Lauren, pelo menos não se mataram desta vez.
Abraços.......
crisguimaraes
Em: 04/09/2018
Oi, boa tarde tranquilo?
Mais uma vez gostaria de parabeniza-la pelo excelente capítulo. Muito bom, show!
Abs,
Cris
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cris05
Em: 26/08/2018
Finalmente a Sam percebeu a cobra que é essa Isis, pena que acabou magoando a Amanda.
Autora, parabéns. Essa é uma história que amo muito. Estou aqui na torcida pra que você volte logo com mais um capítulo pra nos brindar com a sua escrita perfeita.
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Olá Anny, saudades de voce linda!
Vejo na figura dessa Isis, alguns profissionais da saúde que cometem atrocidades com pacientes e colegas, são discompensados psicologicamente, apesar de inteligentes, visto que, no caso dela chegar a uma resdencia médica desse jeito, significa que em algum momento esse fator passou despercebido, ou mesmo pode ter se agravado no próprio ambiente de trabalho.
Aconteceu com samantha, mas poderia ser com a Alex.
Enfim, que possamos ver mais a frente o que de fato vai acontecder com a estagiaria.
Você continua sendo D+!
besos!
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Mille
Em: 26/08/2018
Olha aí a Isis atacando pelo menos agora a Sam tomou a decisão de demitir ela. Mais acho que ela não irá desistir capaz de querer processar a Sam.
Caroline e Lauren quase se esbarrando pelo menos agora não teve trocar de gentilezas entre elas.
Bjus e até o próximo capítulo
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Cleide
Em: 26/08/2018
Gente pq presinto q essa isis n vai dar paz para a Sam e a AMANDA mesmo dwmitida? Cobra viu essa minina, so me falva ela se juntar com o outro demônio. Kkkkkkmmmk n faça isso autora.
Sam aprende dessa vez a n esconder ou omitir nada da sua noiva.
CA se joga miga.
Autora minha linda beijos no core.
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