Capítulo 5 - A Balada.
No sábado cedo, Arthur pediu para Milena não ir de carro, porque Felipe que iria levar todos no seu carro. E disse que ele teria que ir antes para poder arrumar os equipamentos, mas pediu para as meninas não irem tão tarde para a balada.
À noite, Milena bateu na porta e mais uma vez Duda quem foi lhe recepcionar. Quando Duda abriu a porta Milena ficou surpreendida e encantada, pois Duda estava estonteante. Como sempre Milena via Duda com roupas folgadas e de pijama toda largada ficou boquiaberta quando viu pela primeira vez Duda com um vestido vermelho bem colado ao corpo, um salto, uma maquiagem perfeita que deu contraste a toda sua beleza. Aquele modelito exalou todo o mulherão que Maria Eduarda era. Não se via mais aquela moça ingênua e delicada, mas sim uma mulher furacão. Milena ficou paralisada, pasma, surpresa com tanta beleza. Ela não sabia nem como elogiar pois, todos elogios que apareciam em sua mente seriam modestos e não conseguiria descrever o que seus olhos estavam vendo.
- Gostou? Ficou bom né? Fui eu que fiz a maquiagem e montei o look, mas a Duda é tão linda que eu nem tive trabalho. - Disse Fabiana vindo da cozinha em direção à porta.
- Você está realmente muito linda Duda. Está encantadora.
- Obrigada Milena, você também está.
Milena ficou encantada com a beleza de Duda, pois nunca tinha visto ela assim antes, foi algo muito surpreendente para ela, porém ela não ficava para trás em relação a beleza, porque Milena também estava extremamente linda. Porém sedutora como sempre, com um vestido preto bem colado, com salto combinando com a cor do seu vestido. Cabelo bem arrumado com a franja caindo sobre seus olhos. O seu busto à mostra e sua tatuagem de touro no peito chamando a atenção para ele. Ela estava com um batom vermelho maravilhoso que deixou o seus lábios volumosos e com brilho. Quem via seus lábios já sentia automaticamente uma vontade imensa de beijá-la. Milena reparou que o batom de Duda também era vermelho combinando com a cor do seu vestido. Duda estava bem sedutora também.
Duas mulheres maravilhosamente lindas, apenas duas não, eram três, pois Fabiana também representava esse time de garotas esbeltas. Fabi não tinha um corpo tão sexy quanto o de Milena porém seu rosto angelical e seus olhos verdes eram seu charme, ela estava com um vestido meio cinza meio branco porém tinha um detalhe em azul que realçava muito seus olhos e a deixava ainda mais linda.
- Cadê sua amiga Mi?
- Já tá chegando Fabi. Eu estou sem carro, então passei o endereço e o ônibus que ela tem que pegar pra chegar até aqui.
- Ótimo, o tempo dela chegar aqui é o mesmo do Felipe chegar.
- O Lipe é homem, mas demora mais que a gente se arrumando. -Disse Duda e todas começaram a rir.
Chegando na balada, antes de entrar, Paloma cochichava com Milena.
- Amiga que ex gata é essa? Já entendi porque você estava com tanta paranoia e insegurança.
- Calma que o meu desespero não é pela beleza exterior e sim pela interior. Repara bem amiga.
E Fabiana também cochichava com Duda:
- Fica de olho no Felipe não deixa ele beber tanto, porque ele se transforma, vira outra pessoa.
- Sério? Não sabia que ele tava assim. Ele não era assim antes.
- Sim. Foi depois que você foi embora que ele ficou alcoólatra, teve até que fazer tratamento, agora ele está bem melhor, mas temos que tomar conta dele.
- Nossa! Sim pode deixar eu cuido sim e nem vou beber, porque se algo acontecer eu dirijo. Minha CNH está vencida, mas ainda dá para salvar a gente.
- Não precisa, quem vai dirigir é o Arthur, ele não pode beber enquanto trabalha, tá no contrato dele. Nós viemos aqui pra se divertir mesmo. Você tá tão certinha, precisa de um porre pra libertar a Duda "Vida Loka" de antes.
- Você sabe que eu nunca fui tão vida loka assim.
- Quando estava comigo sim.
Enquanto isso mais cochicho entre Paloma e Milena:
- Amiga você nunca me disse que esse seu amigo Felipe era tão gato. Eu adoro caras negros e fortes faz totalmente meu tipo.
- Ué! Você nunca me perguntou, e outra pra mim ele é normal eu não posso ficar achando essas coisas dos amigos do meu namorado e nem de homem nenhum né Paloma. E qualquer cara faz seu tipo. Você é muito piranha.
- Piranha não amiga. Eu só quero aproveitar e se for pra aproveitar com um cara gostoso desse, eu quero.
- Tá bom, te arrumo um esquema, só não se apaixona, porque ele é meio galinha, pegador. Então não gruda nele por favor, porque ele não vai gostar.
- E eu sou lá de grudar. Só quero um pedacinho não tenho problema de compartilhar não.
- Tô falando isso, porque você é minha amiga. Mas você é grandinha, então vou fazer esquema depois, por enquanto se segura.
Dentro da balada, a música que estava tocando era muito boa. E logo todos olharam para o Palco e estava Arthur tocando. Ele mandou um beijo para o pessoal e continuou tocando.
- Que orgulho desse meu mano.
- Eu não sabia que o Tuco tocava tão bem.
- Nem eu. - Disse Milena admirada.
Algumas horas depois todos já estavam um pouco alterados de beber e já estavam todos enturmados. Pareciam todos bem amigos, naquele momento não havia nenhuma desavença, só flertes e amizade. Paloma que tentava flertar com Felipe, Felipe que tentava flertar com Fabiana e Fabiana que estava flertando com todos os Boys da balada. Enquanto isso Milena tentava se aproximar de Duda parecendo estender uma grande bandeira branca. As duas estavam conversando, quando Arthur apareceu e agarrou Milena por trás:
- Vocês estão lindas. Vocês duas.
- Tocou muito bem Tuco.
- Obrigado, eu tenho uma surpresa pra você.
- O que é?
- Aguarde e você verá. Ou melhor ouvirá. Mas é daqui a pouco quando eu retornar a tocar. Esse DJ que está tocando agora é muito bom também.
- Mas você é muito mais né meu amor. - Disse Milena o beijando.
Depois de um tempo Arthur saiu e sumiu.
Fabiana juntou a galera e mostrou cinco comprimidos de ecstasy que tinha nas mãos.
- Eu trouxe um pra cada.
- Você é demais garota.- Disse Felipe pegando o seu comprimido, beijando sua testa e em seguida engoliu.
- Agora isso aqui vai ficar bom. - Disse Paloma pegando o seu.
- É a vez de vocês meninas - Disse Fabi apontando para os comprimidos.
- Eu não vou querer. - Disse Duda.
- Eu também não. - Respondeu Milena.
- Vou guardar pra tomar depois, mas se alguma de vocês mudarem de ideia estará aqui comigo. - Disse Fabi e guardou em seu sutiã.
Algum tempo depois os três já estavam mais eletrizados que curto circuito. Duda e Milena só riam da situação dois três. Momentos depois Felipe não resistiu as investidas de Paloma e se beijaram, a pegação começou a ficar séria e eles sumiram no meio da multidão. Fabi avisou para as meninas que ia no banheiro e que era para as duas não saírem da onde estavam. As duas estavam escoradas na bancada do bar, bebendo caipirinha de frutas vermelhas. Elas aparentavam está bêbadas, porém controladas. Milena cutucou Duda e cochichou em seu ouvido:
- Quem será que é aquela mulher cochichando no ouvido do Arthur?
Duda olhou para o Palco tinha uma mulher que aparentava ser bem mais velha, porém ela era muito estilosa. Seu estilo é uma mistura de rapper com MC de funk. Ela tinha umas correntes de ouro no pescoço, estava com uma calça jeans bem colada, salto e uma regata branca bem fina. Seu cabelo era bem comprido, ela era bonita por causa do estilo, ela usava aparelho e tinha muitas tatuagens nos braços e uma tatuagem de cartas de baralho no pescoço.
- Eu conheço ela, É a antiga dona dessa boate, mas se ela está aqui, então ela ainda é a dona.
- Dona? Mas Arthur me disse que era um dono.
- Bom, eu posso estar enganada.
- Mas então o que ela tá fazendo em cima do palco cochichando com o Arthur se não é a dona?
- Sei lá, pode ser que ela vai cantar ela é MC.
As duas olhavam fixo para Arthur, foi quando a MC beijou o pescoço de Arthur e desceu do palco.
- Não acredito no que acabei de ver.
- Calma Milena, você não sabe direito o que viu.
- Mas você também viu.
- Nós estamos um pouco alteradas. Tá escuro, o palco está longe.
- Eu sei o que vi Duda, não tenta contornar a situação. Toda possessa Milena pediu duas doses de Tequilas, ela virou uma e obrigou Duda a virar a outra. As duas já estavam sentindo o efeito da Tequila subir quando Duda deu um grito:
- Ah! Eu amo essa música. É a minha música. Ele está tocando para mim.
Duda saiu puxando Milena para o meio da pista para dançar sua música favorita. Enquanto Arthur tocava "Player in C"procurava Duda com os olhos para ver se ela estava escutando sua música favorita, porém a casa estava lotada e ele não conseguiu encontrá-la no meio da multidão.
Duda e Milena estavam no meio da pista empolgadas, agora sim o efeito da Tequila predominava em todo os seus corpos. Duda envolveu as mãos na cintura de Milena e as duas começaram a dançar agarradas e Milena sussurrou em seu ouvido:
- Eu também gosto.
- O que?
- Eu também gosto dessa música.
- Ela é perfeita né.
Enquanto elas dançavam, um cara esquisito as observava com cara de tarado. Acabou a música e elas resolveram voltar para o bar para pedir mais alguma bebida e ver se Fabi já havia voltado do banheiro. Foi quando o cara estranho sussurrou algo no ouvido de Duda. E num instante sua feição mudou de alegre para brava, muito brava e revoltada. E em um impulso sem pensar, Duda fechou a mão, armou um murro e socou a cara do sujeito. Depois foi pra cima dele de uma forma que ele caiu e ela continuou em cima dele batendo. Milena nunca tinha visto Duda desta forma, pois Duda sempre era calma e educada. Então agindo rápido ela agarrou a Cintura de Duda puxando ela de cima do cara. Mas quem conseguiu retirá-la foi o segurança da boate que viu o tumulto. E expulsou as duas. Levando as duas para fora da boate.
- Como assim, o cara me alicia e eu que sou expulsa?
- Única coisa que vi aqui foi você socar aquele cara. As regras da casa são claras. "Sem brigas".
- E eu sou expulsa e ele fica lá dentro? Que regra é essa? Ele também brigou.
- Não vou deixar vocês dois aqui fora pra vocês se matarem. E você que começou.
O segurança entrou e fechou a porta.
Milena sentou no chão na calçada:
- E agora?
- Bom deixa eu pensar, não tem como nós entrarmos, não tem como ligar pro pessoal, porque lá dentro não tem sinal, estamos sem carro, porque a chave está com o Felipe, estamos sem ônibus, porque são 2h30 da manhã, seu celular está descarregado e o meu eu nem trouxe, porque o meu chip não pega aqui.
- Ou seja estamos na merd*, largadas, abandonadas, rejeitadas...
- Calma, eu tenho uma ideia.- Duda disse e saiu andando, olhou para trás - Você não vem ? Vamos confia em mim.
Milena levantou - se e seguiu Duda.
- Onde você está me levando?
- Calma eu conheço isso aqui. Eu vinha muito aqui quando era adolescente.
Tinha uma fachada escrito "Snooker Videokê" e só. Aí tinha uma escada bem estreita e as duas subiram as escadas. Duda pegou em sua mão, porque Milena parecia um pouco assustada. Então elas entraram em um barzinho bem carismático. Tinha só algumas pessoas lá. Não estava tão cheio. O pessoal que frequentava o barzinho parecia bem diversificado.
- Como você vinha muito aqui quando era adolescente se ali na porta estava escrito proibido a entrada de menores?
- Naquele tempo eu nem bebia, só vinha para cantar no Karaokê mesmo. E a dona é minha amiga, eu tenho entrada franca. Quer dizer tinha né. Não sei mais.
As duas sentaram nos banquinhos de uma mesa que estava vazia. Depois as duas foram direto ao balcão do bar pedir algo para beber.
- Quero duas caipirinhas, uma de frutas vermelhas e outra Kiwi.
- Deixa que eu sirvo elas. - Disse uma voz feminina saindo de trás do balcão indo abraçar Duda.
- Sheila.
Sheila, uma mulher de 40 anos que parecia ter 30. Poderosa e sensual, dona do bar e de aparência marrenta. Faz o tipo de mulher que mete medo em qualquer pessoa. Porém por dentro é aquela pessoa amigona que sempre escuta os problemas das pessoas. Principalmente das pessoas que vão no bar beber e chorar.
- Duda! Quanto tempo que não te vejo hein.
- 5 anos né. Eu fui embora de Sampa e agora voltei.
- Permanente?
- Não, só de viagem. Sheila essa é minha amiga Milena.
- Prazer Sheila.
- Prazer Milena.
Ela voltou para trás do balcão e começou a preparar as caipirinhas.
- Que saudade de você. E como tá a vida? E como tá a Jéssica?
- Faz cinco anos que não falo com a Jéssica.
- Ah! Nossa! Desculpa por ter mencionado ela.
- Relaxa Shey.
- Pode lá sentar eu levo a bebida de vocês. Quero ouvir você cantando hoje hein Duda. Saudade de ouvir sua linda voz.
Já sentadas e com as bebidas em mãos. Milena observava o ambiente.
- Não sabia que você cantava.
- Bom, tem muita coisa que você não sabe de mim. Mas eu não canto, somente no chuveiro e aqui.
- Então vamos conversar, pra gente se conhecer melhor.
- Vamos, do que você quer falar ?
- Você disse que vinha muito aqui. Com quem você vinha sempre, com essa Jéssica que a Sheila falou? Quem é ela?
- Sim, mas não só com ela. Vinha muito Com ela e com o Felipe nós éramos muito amigos nos três. Nos conhecemos na época da escola.
- O Arthur também vinha?
- Uma vez ele veio. Mas ele não se dava muito bem com a Jéssica e também não gostou do lugar. Depois que comecei a namorar com ele aí parei de frequentar.
- Como ele conseguiu não gostar daqui? É tão aconchegante.
- Pois é. Eu também não sei. Eu amo isso aqui. Me sinto acolhida. E fico feliz em saber que você gostou daqui. - Ela disse abrindo seu sorriso encantador e Milena ficou sem jeito.
- Obrigada por ter me trazido aqui. Mas posso te fazer uma pergunta que estou muito curiosa em saber?
- Sim, pode fazer.
- O que aquele cara te disse na balada pra você ter ficado possessa daquele jeito? Nunca te vi assim, você é sempre tão boazinha.
Duda riu da pergunta, pois achava que se tratava de outra coisa.
- Você quer mesmo saber?
- Sim, quero.
- Ele sussurrou no meu ouvido: " Posso enfiar a minha salsicha no meio desse pão todo? Eu adoro sapatonas.
- Credo que escroto. Mereceu mesmo o soco. Ele achou que fossemos um casal?
- Sim, achou, ele só não apanhou mais porque não somos um casal. Ele ia apanhar em dobro pela falta de respeito e por mexer com minha garota.
- Então você ia matar ele, porque já tinha batido bastante.
- Ele mereceu por desrespeitar todas as lésbicas, que cara nojento, odeio esses caras que acham que tudo se resume a "salsicha" deles. Como se fosse algo que fosse extremamente necessário para as mulheres. Como se lésbicas gostassem disso. Pra mim ele é um homofóbico ridículo, merecia apanhar mais.
- Esse assunto te deixa bem nervosa mesmo.
- Desculpa se minha atitude fez a gente ser expulsa da balada. Eu tava me divertindo bastante. Só que esse cara me tirou do sério. Eu nem pensei só agi.
- Relaxa eu tô gostando de estar aqui com você. - Ela disse segurando a mão de Duda e dessa vez foi Duda que corou, ficando vermelha e sem graça. E Milena acrescentou:
- Foi legal te ver assim. Você é sempre tão certinha que essas coisas faz a gente notar que você é humana, é uma pessoa de verdade, que tem sentimentos.
- Por que você fala isso? Você acha que eu aparento ser uma pessoa fria ? Sem sentimentos?
- Às vezes sim, você é muito na sua. Não se expõe, concorda com tudo, é sempre muito certinha e não é te analisando, mas eu sinto que você esconde algo, como se usasse uma máscara. Como se você não fosse você mesma e estivesse sempre se privando de algo. Desculpa se parece meio dura essas palavras.
- Tudo bem, você só está sendo sincera. É que as pessoas só veem em mim o que eu deixo elas verem. Eu não gosto de me expor eu venho de uma família muito tradicional, meu pai é tipo um general, me educou de uma forma diferente.
- Ah! Então vamos falar sobre seu pai, me conta mais sobre ele.
- Bom, meu pai vem de uma família que sempre teve empresas grandes. O Tio dele tem uma empresa de engenharia e desde criança ele cuidou para que meu pai fosse o herdeiro da empresa, porém meu pai sempre foi muito orgulhoso, ele nasceu com uma filosofia dentro dele de nunca aceitar nada de ninguém, ele vivia dizendo que preferia ter nascido pobre do que nascido capacho do seu tio. Quando ele era criança seu tio mandava muito nele, fazia ele se humilhar, porque sabia que iria deixar a empresa toda pra ele, então fazia com que ele provasse que era digno, então ele não poderia ter amigos, nem namorada, não podia sair, ele vivia 24h do dia para ser o herdeiro perfeito. Foi quando meu pai se apaixonou por minha mãe e largou tudo, fugiu, pois o tio não aprovava o namoro dos dois, porque minha mãe era pobre. Foi então que o tio jurou que não queria mais ver a cara do meu pai enquanto fosse vivo. Tirou o nome do meu pai de todos os testamentos e entregou a empresa por inteiro nas mãos de uns dos sobrinhos, segundo mais querido, pois o primeiro era meu pai. Passou de mais amado para mais odiado. Meu pai teve sua vida tranquila que ele gostava durante três anos, trabalhando de garçom, estoquista, pedreiro, o trabalho que estivesse disponível, ele aceitava só para ter uma vida mais ou menos com a minha mãe. Só que aí eu nasci e meu pai não conseguia mais emprego, a situação foi ficando difícil e para não deixar eu passar fome, ele foi obrigado a pedir um emprego na empresa do Tio, mesmo com toda a humilhação, ele foi, e por sua sorte recebeu a notícia que o tio tinha falecido há alguns meses e quem comandava a empresa agora era seu primo. Um primo que ele tinha muita admiração e esse primo lhe deu um cargo de administrador. Daí então meu pai vive aprisionado nesse emprego que ele detesta, pois se sente aprisionado e ele virou razinzo e amargurado, por isso, por não ter tido a vida que ele tanto queria. E por isso que o que ele mais prezou na minha educação foi para que eu seguisse meu coração e nunca deixar de perder a minha essência.
- Nossa por isso você é assim sempre tão certinha com os seus princípios em primeiro lugar.
- Não é que eu seja certinha como todos dizem, mas é que tenho muito amor a vida. E a vida é simples, então gosto de coisas simples. Um gesto, um sorriso, uma gentileza, um elogio, tudo isso torna a vida mais agradável.
- Você é incrível sabia. - Milena escorou o rosto na mão e seus olhos brilharam.
Duda sem graça resolveu falar:
- Agora me conta sobre seu pai.
- Há a vida do meu pai não é tão interessante igual a do seu pai. Meu pai é diplomata, leciona na UFU - universidade federal de Uberlândia, minha mãe morreu em um acidente de carro quando eu era muito pequena. Então nós viemos morar aqui por um tempo, pois ele queria esquecer tudo o que fazia lembrá-la. Quando eu fiz 18 anos ele percebeu que o que mais o fazia lembrá-la era eu, então ele voltou para Uberlândia e disse que eu não precisaria voltar se eu quisesse, que ele pagaria tudo, apartamento, faculdade, carro, cartão de crédito liberado, tudo, porém que eu ficasse longe dele. E eu fiquei e fico assim sozinha até hoje. No momento a família do Arthur é mais minha família do que minha própria família.
- Nossa! E você ainda diz que a história não é interessante. É bem intensa.
- Ah eu não acho. Nada é perfeito, eu confesso que me tornei uma pessoa carente e meio solitária, mas pelo lado bom, tenho tudo o que quero e não preciso trabalhar.
- E como é ter uma vida de patricinha?
- Eu não sou patricinha. E se eu for então você também é.
- Eu não, trabalho desde cedo, meu pai nunca me deu e nem me dar nada, ele sempre disse: "se você quer algo tem que correr atrás para merecer, as coisas não caem do céu". Eu sempre trabalhei e estudei ao mesmo tempo e nunca pedi nada para o meu pai. Ele tem dinheiro, mas nunca pedi por honra, porque as coisas que comprei com o meu dinheiro tinha muito mais mérito.
- Tá bom, seu discurso é muito bonito, mas como que você conseguiu seu trabalho? Provavelmente, porque você fala inglês e espanhol fluente por causa dos seus vários cursos de inglês que seu pai pagou nas escolas particulares de idiomas e também por causa das viagens de intercâmbios para aprimorar a língua, viagens pagas pelo seu pai. Se eu estiver certa, então isso te faz patricinha igual eu.
Duda ficou calada por um instante e Sheila a chamou para cantar.
- Vem também Mi. Vamos cantar.
- Não, vai você Duda, eu tenho vergonha.
Então Duda foi para o palco, pegou o microfone e escolheu uma música. Na intro da música ela pareceu bem tímida, mas assim que entrou a parte inicial ela começou a cantar uma música que animou todo mundo que estava naquele bar.
I Love Rock N' Roll - Joan Jett.
I saw him dancing there by the record machine
I knew he must have been about seventeen
The beat was going strong
Playing my favorite song
And I could tell it wouldn't be long
'Till he was with me, yeah, me
And I could tell it wouldn't be long
'Till he was with me, yeah, me
Singing, I love rock and roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock and roll
So come and take your time and dance with me
Ow!
He smiled, so I got up and asked for his name
But that don't matter, he said
'Cause it's all the same
He said, Can I take you home
Where we can be alone?
And next we were moving on
He was with me, yeah, me
Next we were moving on
He was with me, yeah, me
Singing, I love rock and roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock and roll
So come and take your time and dance with me
Ow
He said, Can I take you home
Where we can be alone?
Next we're moving on
He was with me, yeah, me
And we'll be moving on
And singing that same old song, yeah, with me
Singing, I love rock and roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock and roll
So come and take your time and dance with me
I love rock and roll
So put another dime in the jukebox, baby
I love rock and roll
So come and take your time and dance with
Tradução da música.
Eu o vi dançando ali perto da máquina de discos
Eu sabia que ele deveria ter uns dezessete
A batida estava ficando mais forte
Tocando minha música favorita
E eu poderia dizer que não iria demorar
Até que ele estivesse comigo, sim, comigo
E eu poderia dizer que não iria demorar
Até que ele estivesse comigo, sim, comigo
Cantando, eu amo rock n' roll
Então bote outra moeda na máquina de discos, querido
Eu amo rock and roll
Então venha, arranje tempo e dance comigo
Ow!
Ele sorriu, então eu levantei e perguntei seu nome
Isso não importa, ele disse
Porque dá tudo na mesma
Ele disse: Posso te levar pra casa
Onde poderemos estar sozinhos?
E depois estávamos nos movendo
Ele estava comigo, sim, comigo
Depois estávamos nos movendo
Ele estava comigo, sim, comigo
Cantando, eu amo rock n' roll
Então bote outra moeda na máquina de discos, querido
Eu amo rock n' roll
Então venha, arranje tempo e dance comigo
Ow!
Ele disse: Eu posso te levar para casa
Onde poderemos estar sozinhos?
Depois estávamos nos movendo
Ele estava comigo, sim, comigo
E nós estaremos nos movendo
E cantando a mesma velha canção, sim, comigo
Cantando, eu amo rock n' roll
Então bote outra moeda na máquina de discos, querido
Eu amo rock n' roll
Então venha, arranje tempo e dance comigo
Milena ficou sentada, surpreendida, pois nem imaginava que Duda tinha tanto talento para a música. Ela conseguiu realmente levantar a galera e sua segunda música animou ainda mais.
One way or another - Blondie.
One way or another I'm gonna find ya
I'm gonna getcha getcha getcha getcha
One way or another I'm gonna win ya
I'm gonna getcha getcha getcha getcha
One way or another I'm gonna see ya
I'm gonna meetcha meetcha meetcha meetcha
One day, maybe next week
I'm gonna meetcha, I'm gonna meetcha,
I'll meetchaI will drive past your house
And if the lights are all downI'll see who's around
One way or another I'm gonna find ya
I'm gonna getcha getcha getcha getcha
One way or another I'm gonna win ya
I'll getcha, I'll getcha
One way or another I'm gonna see ya
I'm gonna meetcha meetcha meetcha meetcha
One day, maybe next weekI'm gonna meetcha, I'll meetcha
And if the lights are all out
I'll follow your bus downtown
See who's hanging out
One way or another I'm gonna lose ya
I'm gonna give you the slip, a slip of the hip or another
I'm gonna lose ya, I'm gonna trick ya,
I'll trick yaOne way or another
I'm gonna lose yaI'm gonna trick ya trick ya trick ya trick ya
One way or another
I'm gonna lose ya
I'm gonna give you the slip
I'll walk down the mall
Stand over by the wall
Where I can see it all
Find out who ya call
Lead you to the supermarket checkout
Some specials and rat food, get lost in the crowd
One way or another I'm gonna getcha
I'll getcha, I'll getcha getcha getcha getcha
(Where I can see it all, find out who ya call)
One way or another I'm gonna getcha
I'll getcha, I'll getcha getcha getcha getcha
(Where I can see it all, find out who ya call)
One way or another I'm gonna getcha
I'll getcha, I'll getcha getcha getcha getcha
(Where I can see it all, find out who ya call)
Tradução da música.
De um jeito ou de outro,eu vou te achar
Vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar
De um jeito ou de outro, vou te vencer
Vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar
De um jeito ou de outro, eu vou te ver
Vou te encontrar, te encontrar, te encontrar, te encontrar
Um dia, talvez semana que vem
Eu vou te encontrar, eu vou te encontrar, eu irei te encontrar
Irei passar pela sua casa
E se todas as luzes estiverem apagadas
Eu vou olhar ao redor
De um jeito ou de outro, eu vou te achar, eu vou te pegar, te pegar, te pegar, te pegar
De um jeito ou de outro, vou te vencer, irei te pegar, irei te pegar
De um jeito ou de outro, eu vou te vencer
Vou te pegar, te pegarDe um jeito ou de outro, eu vou te ver
Vou te encontrar, te encontrar, te encontrar, te encontrar
Um dia, talvez semana que vem
Eu vou te encontrar, irei te encontrar
E se todas as luzes estiverem apagadas
Eu irei seguir seu ônibus até o centro
Ver quem está rondando
De um jeito ou de outro, eu vou te perder
Vou fazer você escorregar, uma escorregada da colina ou outra coisa
Eu vou te perder, eu irei te enganar, eu irei te enganar
De um jeito ou de outro, eu vou te perder
Eu vou te enganar, te enganar, te enganar
De um jeito ou de outro, eu vou te perder
Vou fazer você escorregar
Eu vou andar pelo shopping
Permaneço pela parede
Onde eu posso ver tudo
Descobrir quem você éVou te conduzir ao caixa do supermercado
Algumas promoções e comida de rato, fique perdido na multidão
De um jeito ou de outro, eu vou te pegar, eu irei te pegar, eu irei te pegar, te pegar, pegar, pegar
(Onde eu posso ver tudo, e achar quem você chama)
De um jeito ou de outro, eu vou te pegar, eu irei te pegar, eu irei te pegar, te pegar, pegar, pegar
(Onde eu posso ver tudo, e achar quem você chama)
De um jeito ou de outro, eu vou te pegar, eu irei te pegar, eu irei te
pegar, te pegar, pegar, pegar
(Onde eu posso ver tudo, e achar quem você chama).
Milena sentiu- se extremamente encantada com a escolha das músicas. E Duda parecia não cansar e cantou uma música, dessa vez, nacional.
Me adora - Pitty
Tantas decepções eu já vivi
Aquela foi de longe a mais cruel
Um silêncio profundo e declarei
Só não desonre o meu nome
Você que nem me ouve até o fim
Injustamente julga por prazer
Cuidado quando for falar de mim
E não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Perceba que não tem como saber
São só os seus palpites na sua mão
Sou mais do que o seu olho pode ver
Então não desonre o meu nome
Não importa se eu não sou o que você quer
Não é minha culpa a sua projeção
Aceito a apatia, se vier
Mas não desonre o meu nome
Será que eu já posso enlouquecer?
Ou devo apenas sorrir?
Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber
Duda cantou as três músicas olhando fixo para Milena e assim que terminou de cantar " Me adora" desceu do palco e foi chamar Milena para cantar junto com ela.
- Vem Milena vamos cantar uma juntas.
- Não Duda, eu não manjo tanto de inglês quanto você.
- Não tem problema a gente canta uma em Português vem.
Milena se rendeu ao convite de Duda e foram até o palco cantar, as pessoas aplaudiam e esperavam a escolha da música ansiosamente.
- Vamos escolher uma fácil. - Disse Duda.
- Não, vamos escolher uma difícil. Eu gosto de desafios. Que tal essa ?
- Ótimo, adoro essa.
Então as duas começaram a cantar.
Pra você guardei o amor - Nando Reis.
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que aprendi, vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar
Guardei
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em você
Explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
A sintonia das duas foram perfeitas e o público adoravam e queriam que elas cantassem mais, porém Duda disse que estava com a garganta seca e resolveu descansar um pouco.
- Vocês arrasaram meninas, já fazia um tempo que não via isso aqui tão animado assim. O Karaokê já estava com saudade de você Duda.
- Obrigada Sheila. Eu também estava com muita saudade daqui.
Sheila voltou para o balcão deixando Duda e Milena conversarem.
Na mesa e tomando caipirinha Milena confessou:
- Antes nunca me diverti tanto assim como estou me divertindo hoje. Você é incrível.
- Você que é incrível, cantou super bem, pensei até que você não iria dar conta. E ainda disse que era vergonhosa.
- Me senti mais corajosa do seu lado.
Com essas palavras e com o olhar de sedução que Milena estava expondo no momento Duda já estava notando que tudo aquilo se tratava de um flerte, porém um flerte que já estava rolando a noite toda, Duda tentou fingir de desentendida, mas as investidas de Milena eram poderosas. Então ela só ficou parada, congelada sem falar nada e este foi o momento que Milena encontrou mais próxima dela para beija-la.
Milena envolveu seus lindos lábios carnudos em seus lábios, e sentiu os lábios de Duda quentes, ela passou as mãos em seus cabelos sedosos e parou a mão em seu pescoço, segurando firme. Duda correspondia a seu beijo que era lento e demorado, seu coração pulsava e batia muito forte, ela estava sentindo algo que nunca sentiu por ninguém antes, era uma adrenalina forte que passeava por todas as suas veias. Sua cabeça rodava e ela não sabia se era por causa da bebida ou por causa da explosão de sentimentos que estava acontecendo naquele exato momento por causa do beijo. Aquele beijo era bem doce, parecia até que ela estava extraindo toda a doçura de Duda pela boca. Ela não queria parar. Não queria parar nunca mais, porém Duda interrompeu o beijo e uma sensação inesperada atingiu Milena, pois Duda simplesmente ficou quieta, não disse nada. Na mente de Milena só surgia uma pergunta: "Será que ela não gostou?"
Duda permanecia calada até que:
- Vou pedir mais bebida tá bom? Quer beber o quê?
- Espera, já que você gosta de Joan Jett. Vou cantar uma música pra você, escuta.
Então Milena levantou - se foi até o palco, pegou o microfone e as pessoas gritavam:
- Canta, Canta, Canta...
Então ela escolheu a música e começou a cantar.
Bad Reputation - Joan Jett.
I don't give a damn 'bout my reputation
You're living in the past, it's a new generation
A girl can do what she wants to do and that's what I'm gonna do
An' I don't give a damn 'bout my bad reputation
Oh, no (no, no, no, no, no, no)Not me (me, me, me, me, me, me)
An' I don't give a damn 'bout my reputation
Never said I wanted to improve my station
An' I'm only doin' good when I'm havin' fun
An' I don't have to please no one
Oh, no (no, no, no, no, no, no)
Not me (me, me, me, me, me, me)
I don't give a damn 'bout my reputationI've never been afraid of any deviation
An' I don't really care if you think I'm strangeI ain't gonna change
An' I'm never gonna care 'bout my bad reputation
Oh, no (no, no, no, no, no, no)
Not me (me, me, me, me, me, me)
Oh, no (no, no, no, no, no, no)
Not me (me, me, me, me, me, me)
Pedal, boys!
An' I don't give a damn 'bout my reputation
The world's in trouble, there's no communication
An' everyone can say what they wanna to say
It never gets better, anyway
So why should I care about a bad reputation
Anyway?Oh, no (no, no, no, no, no, no)
Not me (me, me, me, me, me, me)
Oh, no (no, no, no, no, no, no)
Not me (me, me, me, me, me, me)
Tradução da música.
Eu não estou nem aí para a minha reputação
Você está vivendo no passado, esta é uma nova geração
Uma garota pode fazer o que ela quer fazer e é isso que eu vou fazer
E eu não estou nem aí para minha má reputação
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
E eu não estou nem aí para a minha reputação
Nunca disse que eu queria melhorar minha condição social
E eu apenas faço bem quando estou me divertindo
E eu não tenho que agradar ninguém
E eu não estou nem aí para minha má reputação
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Eu não estou nem aí para a minha reputação
Eu nunca tive medo de qualquer desvio
E eu realmente não me importo se você acha que sou estranha
Eu não vou mudar
E eu nunca vou me importar com a minha má reputação
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Pedais, garotos!
E eu não estou nem aí para a minha má reputação
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Oh, não (não, não, não, não, não, não)
Não eu (eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Não eu, não eu
(Não, não, não, não, não, não)
(Eu, eu, eu, eu, eu, eu)
Não eu!
Maria Eduarda estava curtindo ouvir Milena cantar tão bem, sua voz soava bem em qualquer estilo de música. Como fã oficial de Joan Jett ela aprovou muito a música na voz dela. Então Milena escolheu e começou a cantar outra.
Toxic - Britney Spears.
Baby, can't you see? I'm callin
'A guy like you should wear a warnin
'It's dangerous, I'm fallin
'There's no escape, I can't wait
I need a hit, baby, give me it
You're dangerous, I'm loving it
Too high, can't come down
Losing my head, spinning 'round and 'round
Do you feel me now?
With a taste of your lips,I'm on a ride
You're toxic, I'm slipping under
With a taste of a poison paradise
I'm addicted to you
Don't you know that you're toxic?
And I love what you do
Don't you know that you're toxic?
It's getting late to give you up
I took a sip from my devil's cup
Slowly, it's taking over me
Too high, can't come down
It's in the air and it's all around
Can you feel me now?
With a taste of your lips, I'm on a ride
You're toxic, I'm slipping under
With a taste of a poison paradise
I'm addicted to you
Don't you know that you're toxic?
And I love what you do
Don't you know that you're toxic?
Don't you know that you're toxic?
Intoxicate me now, with your lovin' now
I think I'm ready now (I think I'm ready now)
Intoxicate me now, with your lovin' now
I think I'm ready now.
Tradução da música.
Amor, você não percebe?
Estou chamando
Um cara como você deveria ter um aviso
É perigoso, estou me apaixonando
Não há escapatória, não posso esperar
Preciso de um pouquinho, amor, dê pra mim
Você é perigoso, adoro isso
Tão alto, não consigo descer
Estou perdendo a cabeça, dando voltas e voltas
Você me sente agora?
Com o gosto dos seus lábios, eu viajo
Você é tóxico, estou perdendo os sentidos
Com o gosto do seu veneno, estou no paraíso
Estou viciada em você
Você não sabe que é tóxico?
E eu adoro o que você faz
Você não sabe que é tóxico?
Está ficando tarde para desistir de você
Tomei um gole do copo do demônio
Lentamente está tomando conta de mim
Tão alto, não consigo descer
Estou perdendo a cabeça, dando voltas e voltas
Você me sente agora?
Com o gosto dos seus lábios, eu viajo
Você é tóxico, estou perdendo os sentidos
Com o gosto do seu veneno, estou no paraíso
Estou viciada em vocêVocê não sabe que é tóxico?
E eu adoro o que você faz
Você não sabe que é tóxico?
Você não sabe que é tóxico?
(Gosto dos seus lábios, eu viajo)
Você é tóxico, estou derretendo
Com o gosto do seu veneno, estou no paraíso
Estou viciada em vocêVocê não sabe que é tóxico?
Intoxique-me agora, com o seu amor
Acho que estou pronta agora (acho que estou pronta agora)
Intoxique-me agora, com o seu amor
Acho que estou pronta agora.
Milena desceu do palco feliz e sorridente por ter recebido tantos aplausos, ela foi ao encontro de Duda que ainda estava aplaudindo de pé.
- Você disse que não sabia cantar em inglês. Cantou muito bem arrazou.
- Eu não disse isso. Eu disse que não manjava tanto do inglês igual você.
As duas se olharam por um instante e Milena tentou dar-lhe mais um beijo, porém não foi bem sucedida, pois Duda virou o rosto e as duas ficaram um tempo com as bochechas grudadas sem reação, sem falar nada, só ouvindo a respiração uma da outra.
- Melhor irmos. Já é 6h da manhã. Já devem estar preocupados conosco. Vou pedir o celular da Sheila emprestado para podemos chamar um táxi. - Disse Duda ainda com a bochecha ao lado de Milena em pé abraçadas e escoradas no balcão.
- Como você consegue me seduzir e fugir desse jeito? Você não gostou? - Disse Milena sussurrando ao seu pé do ouvido.
Duda afastou-se:
- Não é isso, eu gostei sim, só não acho certo. O Arthur é meu amigo, não quero machuca-lo.
- Isso não é hora pra ser certinha Duda, eu te quero aqui e agora. E sei que você me quer também, senão não me traria aqui e nem corresponderia meu beijo.
- Eu não posso fazer isso, me desculpa.
No táxi, as duas sentaram no banco de trás, porém não se falaram. Milena olhou para o lado, vendo Duda séria e olhando para frente, como se estivesse concentrada pensando em algo, então ela deitou a cabeça no ombro de Duda, foi quando Duda saiu do seu pensamento, sorriu e começou a fazer carinho na cabeça de Milena.
Quando elas chegaram na casa de Arthur. Estavam todos a espera-las. Arthur abraçou Milena e disse:
- Graças a Deus vocês estão bem. Onde vocês estavam?
- Fomos expulsas da balada - Disse Duda.
- Eu fiquei sabendo o segurança me contou ele não sabia que vocês estavam comigo. Nós fomos correndo lá fora ver se vocês ainda estavam lá. Porém não encontrei vocês, reuni o pessoal e vinhemos pra casa achando que vocês estariam aqui.
- Estávamos no bar da Sheila.
- No bar da Sheila? Fazendo o que? Por que vocês não me ligaram?
- Já fui lá pedir um celular emprestado pra Sheila pra pedir um táxi.
- Meu celular estava descarregado. - Disse Milena.
- Nossa ficamos tão preocupados com vocês. Mas ainda bem que estão vivas.
Felipe foi para casa e o restante foram dormir.
Milena na cama ao lado de Arthur, o observava dormir, ela estava esperando o arrependimento bater e a consciência pesar, mas nada disso aconteceu, a única coisa que dominava a sua mente era o flashback do beijo que aconteceu entre ela e Duda. Ela tocou em seus lábios com as mãos e falou bem baixo sussurrando, "eu adoro o gosto do gloss dela". Suspirou fundo e seu coração bateu mais forte, seu corpo estava cansado, mas seus pensamentos não deixava ela dormir.
Milena acordou exatamente às onze da manhã, deixou Arthur dormindo e foi procurar algo para comer. Escovou os dentes e depois se esbarrou com Duda na cozinha.
- Bom dia, Sagita ! - Falou empolgada.
- Bom dia, Taurina! - Falou um pouco seca, ficou quieta e calada.
- Aí credo, se eu soubesse que você iria me tratar assim, não teria te beijado e isso porque foi só um beijo, imagina se a gente tivesse trans*do? Você iria fugir de mim.
Duda deu um gole no café que quase se engasgou.
- Calma tô só brincando.
- Quer café? Acabei de fazer, está meio amargo e forte não sei se você gosta assim.
- Pra tirar essa ressaca que estou só sendo assim mesmo.
- Também tô morrendo de dor de cabeça, nós bebemos demais. Essa ressaca tá forte.
- Hummm, que café gostoso! Pelo jeito tudo que você faz é bom, inclusive beijar. Seu beijo é muito gostoso.
- Fala baixo alguém pode ouvir, principalmente o Arthur.
- O Arthur tá capotado. O sono dele é pesado. Você deveria saber disso, já dormiu com ele várias vezes.
Duda a encarou, não falou nada, deixou ela sozinha na cozinha, foi pra sala, sentou no sofá, ligou a TV e ficou assistindo, com o controle em uma mão e a xícara de café na outra. Milena pegou a sua xícara e sentou do lado de Duda no sofá. Duda olhou para cara dela e voltou a focar na televisão. Milena passou as mãos nos seios de Duda, ela estava apenas com uma blusinha e sem sutiã. Ela ficou acariciando seu colo até chegar nos seios. Duda continuava séria olhando para TV, porém não parava o ato de Milena. Então Milena continuava, acariciava por fora e então colocou a mão por dentro da blusa e envolveu os dedos em seu mamilo, os seios de Duda eram bem durinhos e Milena o pôs em toda a sua mão. E não parava de acariciar, ela a pôs o mamilo de Duda entre seu dedo anular e indicador e flexionava de uma forma que deixou seu mamilo super ouriçado. Depois que Milena percebeu que havia deixado o mamilo de Duda desta forma, então começou a beijar seu pescoço e sua orelha. Duda suspirou de uma forma tentando se conter. Milena ouvindo os suspiros de Duda, então colocou a xícara que estava em suas mãos no criado mudo e tirou também tudo o que estava nas mãos de Duda e subiu em cima dela. Milena estava apenas com um shortinho bem curto e uma blusinha, era um conjuntinho de pijama, porém um pouco sexy, quando ela subiu em cima de Duda, ela colocou as mãos dela em suas coxas e começou beijá-la e beijar seu pescoço. Duda segurou em sua cintura, depois agarrou em sua bunda friccionando Milena para frente e para trás e cada vez que ela fazia isso era um suspiro que Milena dava, mas eram suspiro com intensidade. Ela era tão descarada que nem segurava os suspiros. Foi quando Duda sussurrou em seu ouvido:
- Para por favor! Desse jeito você me deixa louca. Sai de cima de mim.
- Pra que vou sair? Tá tão gostoso, eu quero que continue, eu te quero muito, eu te desejo por inteiro.
Em um impulso instantâneo Duda tirou Milena de cima dela. E fugiu igual o diabo foge da cruz. Milena ficou no sofá paralisada, com muito desejo e raiva ao mesmo tempo. Enquanto isso Duda se trancava no quarto de hóspedes.
Milena subiu as escadas, ficou parada em frente a porta do quarto de Duda e ficou pensativa. "Bato ou não bato?" - Melhor não. - Falou sozinha. Depois ela voltou para o quarto de Arthur se vestiu e foi embora.
Um tempo depois, enquanto ela estava em seu apartamento com um óculos na cara e lendo um livro, ela recebeu uma mensagem de Arthur:
"Acordei e você não estava aqui. O que aconteceu? Te fiz algo?"
Então ela respondeu:
"Não fez nada, só tive que vim urgentemente pra casa, porque tive que resolver umas coisas".
"Que coisas?"
"Nada de importante".
"Mas se não era nada de importante, então por que você disse que tinha que ir urgente para sua casa?"
" Eu tive que vim dá comida pro Sheldon"
" Mas a Sara já não cuida disso pra você?"
" Por isso mesmo, ontem ela me mandou uma mensagem falando que foi pra praia e que não tinha como da comida pro gato."
" Ah tá! Posso ir aí hoje ficar com você então?"
" Melhor não, estou com muita dor de cabeça da ressaca ainda. Estou chata. Amanhã eu vou aí na sua casa. A Sara já vai voltar da praia aí ela dá comida pro Sheldon, então dá até pra eu dormir aí."
" Tá bom então, boa noite meu amor. Te amo muito."
" Também te amo. Boa noite."
Depois dessa conversa foi batendo um peso na consciência dela, pois sentiu-se uma traidora e a pessoa infiel que ela nunca foi antes. Ela nunca havia traído Arthur. Nem imaginava que um dia isso poderia acontecer, mas ela sentia um desejo por Duda que era sem limites. Então ela fechou o livro que estava lendo e foi tentar dormir, pois seus pensamentos nem a deixava se concentrar na leitura.
Algum tempo depois o celular de Milena vibrou e ela correu para ler a mensagem achando que fosse alguma mensagem que Duda havia a enviado. Mas quando leu o envio era de Paloma escrito :
"Posso te ligar?".
Imediato ela pensou: " Claro que não seria ela, como sou boba, ela nem tem o meu número.". E depois respondeu a sua amiga:
"Pode sim. Me liga agora."
- Oi, amiga. Você está bem?
- Claro Pah. Estou super bem e você, aconteceu algo?
- Estou bem também, não aconteceu nada, só queria conversar um pouco, já que não nos vemos mais na facul.
- Verdade, esse é o único lado ruim de estar de férias. É ficar longe de você.
- Fiquei preocupada ontem. Você simplesmente desapareceu. Ainda mais com a ex do seu namorado, pensei que vocês tinham brigado, saído na porr*da ou algo desse tipo.
Milena disse rindo:
- Que absurdo, claro que não, a Duda nunca faria isso, nem se eu quisesse brigar, ela é muito da paz.
- Eu reparei que ela é gente boa mesmo, mas a gente pensa o pior né amiga. Como eu ia imaginar que vocês foram expulsas da balada. E outra ela não é tão da paz assim. Surrou um cara.
- Ela teve seus motivos e ele mereceu muito aquilo.
- Mas qual foi o motivo?
- Depois te conto. Me fala como foi com o Felipe?
- Ah! Ele é um fofo amiga. Tem pegada. É um encanto.
- Mas cuidado Pah. Ele é assim porque conhece muito bem as mulheres. Já ficou com várias. Ele é meu amigo, mas te alerto que ele é muito mulherengo. Não quer romance com ninguém.
- Obrigada por alertar Mih. Mas eu também não quero romance.
- Que bom que você entende. Ele não é iludidor, ele jamais iria te iludir, pois ele tem caráter. Mas eu entendo ele em não querer se envolver. Não quero que nenhum de vocês se envolvam e sofram.
- Relaxa amiga, não vou me apaixonar, mas se ele quiser sair comigo de novo, eu não vou recusar a companhia.
- Tem que aproveitar mesmo. Ele se comportou com a bebida?
- Sim, ele quase não bebeu, só tomou as balas e já ficou louco, mas todos nós também ficamos assim né.
- Ainda bem, porque quando ele extrapola na bebida, ele fica insuportável e eu nem estava pra cuidar dele.
- Mas deu tudo certo, tirando a parte da preocupação com vocês, mas tirando isso até que eu me diverti bastante. Pena que você nem aproveitou né?
- Eu aproveitei sim, bastante. Mas podemos marcar algo para um outro dia topa?
- Sim, topo amiga. Pode marcar. Vou dormir boa noite.
- Boa noite Paloma. Se cuida e até mais.
Enquanto isso na casa de Arthur, Duda estava na varanda pensando no primeiro beijo entre Milena e ela. E então sussurrou espontaneamente: "- Que menina louca".
- Oi. - Era Arthur se aproximando e ficando ao seu lado na varanda.
- Oi Tuco. Está sem sono?
- Estou sim, você também?
- Sim, eu não consigo dormir. Tem algo que perturba os meus sonhos.
- Posso saber o que é esse algo?
- Algo que nem eu sei explicar.
- Tente não fugir, sempre enfrente o que tu temes.
- Desde quando você filosofa assim?
- Não sei, sempre fui um péssimo conselheiro. Você sabe disso.
- Verdade esse papel é exclusivo do Felipe.
- Ele nasceu pra isso.
Os dois ficaram quietos por um instante olhando para a visão da vizinhança, a noite estava muito bonita. O vento batia nos rosto deles, mas não era um vento frio e sim uma brisa boa que despertava uma sensação de conforto. Então os dois inflaram o pulmão puxando aquela brisa pela narina. Olharam um para o outro, como se fosse um ritual conhecido o que acabaram de fazer, então no mesmo momento soltaram o ar pela boca e relaxaram.
- Você lembra daquela festa que demos aqui na sua casa? Que chamamos todos os nossos amigos da escola, foi a festa do ano, tinha gente que nem conhecíamos, foi uma bagunça total.
- Lembro, até hoje tem gente que me para na rua e me fala dessa festa. Teve até gente trans*ndo no quarto dos meus pais. Vomitaram a casa inteira.
- As pessoas foram embora as 7h da manhã e ficamos os dois idiotas arrumando a casa com medo da sua mãe chegar.
- E não adiantou nada, porque ela acabou sabendo de qualquer forma, os vizinhos fizeram queixa e ela brigou muito comigo e me colocou de castigo, tirou meu videogame e disse que nunca mais iria viajar para me deixar só.
- Tirando pela parte da sua mãe saber. Até que valeu a pena. Foi muito divertido.
- Foi mesmo, eu não me arrependo nenhum pouco. Fiquei chapado, só não fiquei mais louco, porque tive que cuidar da casa e do Felipe.
- Verdade, foi o primeiro coma alcoólico dele. Eu chorava muito, porque nunca vi isso acontecer antes. Eu achava que ele ia morrer e me desesperei só em pensar em perder nosso melhor amigo.
- Verdade. O que seria de nós sem ele?
- Nos éramos o trio mais unido que já existiu.
- Éramos falou certo. Eu também pensava o que seria de mim sem você. Achava que não conseguiria viver. Foi sofrido mas eu sobrevivi.
- Você nunca vai me perdoa né?
- Você era a minha melhor amiga.
- Eu ainda posso ser.
- Não como antes.
- Não, porque agora você tem uma namorada.
- Você sabe que o real motivo não é esse.
- Quero que você saiba que independente de tudo, eu te amo muito. Você sempre será meu melhor amigo.
Ela abraçou Arthur e os dois ficaram um bom tempo abraçados e lembrando de tudo o que já passaram juntos. Foi naquele momento que Duda reconheceu seu erro e colocou em sua mente que tinha que esquecer Milena de todas as formas. Não era certo fazer isso com o seu amigo.
Arthur confessou:
- Obrigado por estar aqui.
- Eu que agradeço por ser o Arthur de antes. Pensei que iria voltar e ser ignorada por você.
- Eu jamais faria isso. Eu também te amo, você é minha melhor amiga. Os dois foram dormir. Duda deitou-se e sentiu uma sensação de alívio. Uma sensação enganosa, pois sua mente indicava essa sensação, porém seu coração ainda sentia-se apertado.
Fim do capítulo
Espero que estejam gostando !
Boa leitura e até o próximo capítulo.
Comentar este capítulo:
JeeOli
Em: 28/08/2018
Louca pela continuação, quero muito ver a Milena descobrindo a traição e a Duda indo consolar ela kkkk
Resposta do autor:
Olá minha querida leitora, desculpa o atraso da postagem.
Ainda estou com o computador no conserto, por isso a demora.
Postarei o próximo no final de semana.
Acredito que este capítulo não irá matar a sua curiosidade, mas quem sempre o próximo sim.
Abraço.
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JeeOli
Em: 25/08/2018
Sera que a Duda vai resistir a Milena? Acho que Milena vai fazer se tudo para seduzir a Duda e está vai tentar resistir ao máximo, mas será q vai resistir tanto quando souber que o amigo está traindo a namorada?
Resposta do autor:
Será ?
A Milena é bem sedutora hein.
Obrigada por acompanhar a história.
Segunda feira eu posto o próximo capítulo.
Bom final de semana.
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