Capítulo 28
Capítulo 28 - Caroline
Nem acredito que estou sentada no aeroporto de novo já. Morro de medo de voar e entrar em um avião, mas parece que isso é o que eu mais faço. Meu voo sai daqui uma hora ou um pouco menos, vou ir até Porto, de la pegar um avião até o Recife, e de lá pra São Paulo. Estou sentada na sala de embarque, olhando a noite escura la fora, os aviões estacionados com pessoas entrando e saindo o tempo todo.
Passei o dia todo no carro com a Fernanda, ela fez questão de me trazer de Urros a trás os montes, quase 8 horas de viagem. Juro, passei o dia todo com ela e mesmo estando a quase uma hora longe dela eu já estou morrendo de saudades daquela gostosa. Meu pensamento não consegue sair da noite de ontem e de hoje durante o dia.
Ontem foi a primeira noite que passamos juntas, no sentido mais carnal, porque eu já estava dormindo com ela todo o tempo. Posso dizer que foi uma noite bem intensa, tanto no exercício se me entendem e no quanto nos conhecemos juntas. Parece bobagem, mas estou mais ainda encantada pela Fernanda. Quando ela saiu para levar a Milena na fazenda dela, confesso que minha vontade era puxar a Fernanda, brigar com ela e mandar a Milena virar sozinha um picolé na neve, mas sou um ser humano evoluído depois desse tempo em Portugal e não tenho o direito de proibir ela de nada, cabe a Fernanda saber o que faz ou não. Quando ela voltou, eu nem percebi, só acordei com ela em cima de mim me beijando. Definitivamente eu estava a um tempão sem sex* gostoso, e posso dizer que a Fer manda muito bem nisso. O quarto estava decorado com velas pelo chão, de um jeito simples e super fofo, fiquei emocionada com o carinho que ela teve em preparar isso. Sem contar o jeito carinhoso e amavel que me tratou a noite toda.
Claro que não tivemos apenas uma rodada de sex*, não mesmo. A noite foi bem intensa. Um orgasmo aqui, uma soneca ali, mais mão boba acolá e o ciclo se repetindo algumas vezes. A primeira “rodada” foi emocionante, sabe aqueles sex*s cheios de significado de intimidade e não apenas de gemidos e contrações? Pois é, praticamente não trocamos nenhuma palavra, mas conversamos com olhares e toques todo o tempo. Fui a exaustão emocional e corporal. G*zei na mao dela, com ela.
Lembro que acordei novamente incomodada pelo calor, mas dessa vez, eu senti a pele dela colada na minha. Eu estava deitada de frente para a Fernanda, com a respiração dela batendo no meu rosto, enquanto seus braços me abraçavam e seu queixo estava colado na minha testa. Não me mexi muito, mas meu pouco movimento foi o necessário para acordar ela. Seu sorriso foi de ponta a ponta do rosto assim que acordou.
- Já te falei que posso acordar assim sempre? Principalmente depois de sex* gostoso? - E em seguida a falar isso, com os braços já me puxou para mais perto e começamos a nos beijar novamente, no começo intenso, rapido e depois mais lento, com calma apenas sentindo o corpo começar a responder de novo. Pude encher a Fernanda de beijos no pesçoço, antes de descer para os seios e encher eles de carinho.
Novos relacionamentos sempre vem acompanhados de sensações boas, a saudade intensa, a novidade, a dor da partida e as descobertas. Posso dizer que a noite de ontem foi de descobertas. Assim que encontrei o caminho dos seios dela, pude com mais calma passear a pelo corpo da Fernanda, pelas laterais, pelas costas, gluteos. Descobri uma tatuagem, na costela, com algumas escritas, pelo pouco que conheço, aparenta estar escrito em grego. Quando passei a mao sobre o desenho/escrita, além do relevo padrao da tatuagem, havia um relevo a mais, uma ferida, uma lesao cicatrizada. Um corte que aparentava ser bem fundo e por ser na costela, deve ter doido horrores. Se ela fez uma tatoo exatamente em cima, a ideia era apagar aquela lesão, aquela cicatriz e provavelmente anular a história que ela significava. Depois que me deliciei nos seios dela, aproveitei e enchi a região da tatuagem de beijos. Tentei do meu modo dizer que estava tudo bem, não quero estragar o momento perguntando o motivo daquele machucado.
Nos amamos mais algumas vezes aquela noite, não sei se o termo mais adequado é nos amarmos, mas posso dizer que não foi apenas sex*, de cunho carnal, houve sentimento, toque, beijo, descobertas. Entre cada rodada, tivemos doses de vinho, massagem, cafune e muita conversa.
- Amanha eu te levo até Tras os montes.Não vou deixar você ir sozinha até la.
- Não precisa Fer, eu pego a van do projeto e vou de boa.
- Você acha mesmo que vou perder de ficar mais um dia do seu lado Carol? Até parece que não me conhece - e me deu mais uns beijinhos, seguido de um gole grande de vinho - Serão mais umas 8 ou 9 horas que posso ficar ao seu lado.
- Mas e seus pacientes Fer? Não pode desmarcar com eles.
- Eu já cancelei todas as minhas consultas, amanha o meu dia será totalmente com você. Saimos cedo de Maçores, te velo até Urros, você pega sua mala e suas coisas e depois te levo a tras -os- montes. Pode ser?
- Se você já se organizou toda para passar o dia comigo eu aceito. Muito. Mas temos uma condição nessa historia toda.
- Ai Dios, nem sei se pergunto o que é. Eu tenho até medo.
- Para não é nada arriscado.
- Inclui sex* no carro? Se incluir, eu quero! Acordo fechado.
- Fernanda!! Nada de sex* no carro ou na estrada.
- Que pena - ela falou isso na maior cara de pau de todos os tempos. - Mas podemos ter sex* aqui! Sexo com você, convenhamos, é uma delicia.
- Chega, presta atenção. Pra você me levar até o aeroporto, pensando que você terá o benefício de mais 8 horas comigo, eu devo ganhar o direito e carta branca para selecionar as músicas que eu quiser. Não estou aberta a negociações.
- Que? Jamais. No meu som eu mexo.
- Se eu não puder escolher a música eu não vou com você.
- Não acredito nessa palhaçada Caroline. Estou te oferecendo um carro confortável, som de qualidade, minha presença, meus beijos. E você não vai aceitar porque quer mexer na música. E se eu fizer uma negociação com você também? Como ficamos?
- Não não. Eu não estou negociando com você. Estou praticamente impondo.
- Linda, não sei o que temos, mas nessa relação não existe e não vai existir essa história de “estou impondo”. Ok?!
- Nessa relaçao?
- Não muda de assunto princesa - ela segurou minha mao delicadamente, dando um beijo em casa uma - Carol, não precisamos dar um nome ao que sentimentos ou ao que estamos vivendo, apenas quero deixar claro isso, principalmente antes de começarmos. Eu não aceito essa história de estou impondo. Comigo, relacionamento é conversa. Conversar de problemas, alegrias, medos. Trabalhar juntas para chegar a uma solução que agrade ao máximo as duas. Ah, e tem mais uma coisinha que eu preciso de falar, eu jamais vou te punir na cama. - m Carol, é impossível apagar o que vivemos e fomos antes de nos conhecer, eu não sei como era seu sex* com a louca, mas pude perceber que você pede permissao, como se goz*r e gem*r fosse um direito apenas se você for comportada ou algo do tipo. Princesa, vou te dizer - ela se aproximou do pé do meu ouvido, deu um beijinho estalado - aqui no seu ouvidinho, tanto seu prêmio como sua punição vai ser ficar apertadinha no meu dedo, gem*ndo gostoso e depois relaxando na minha mao. Entendeu?!
Eu devo ter ficado bem vermelha, sou relativamente tímida, mas senti o corpo todo contraindo com a frase e o tom lascivo da Fer. A vontade de beijar ela veio intensa e carnal, não poderia deixar passar e logo procurei seus labios e sua lingua com intensidade.
- Carol, eu adoro você vermelha, com vergonha. É tão fofo. Mas não precisa ficar com vergonha, porque eu falo e vou falar muita abobrinha sexual.
- Pode falar o quanto quiser, posso gostar disso. Tá bom, você está certa em tudo o que falou. Eu aceito negociar com vc, para eu poder cuidar da musica e colocar o que eu quero ouvir, o que você quer em troca?
- Duas coisas!
- Não não. Uma por uma.
- Te garanto que vai ganhar 2 depois dessa negociaçao.
- Por que será que não acredito nisso?
- QuAndo eu menti pra você? - com a expressao mais cara de pau da vida.
- Posso listar algumas. Mas enfim, para eu poder mexer no seu carro o que você quer de mim em troca? - mantive uma seriedade de brincadeira, fingindo estar aberta as negociaçoes, mas no fundo eu queria mais era dela dentro de mim.
- O que a Milena te falou ontem?
- Oi?! Não estávamos em uma negociação princesa?
- Me conta o que conversaram ontem que eu deixo você mexer no som do meu carro, mas são 8 horas de viagem, então eu tambem vou poder escolher as musicas.
- Não importa o que conversamos. Ela só queria demarcar territorio, mostrar que tinha voltado para brigar por você e que estava disposta a qualquer coisa. Eu não dei nem importância.
- E o que mais ela falou?
- Você está me testando ou querendo mesmo saber da minha conversa com ela?
- Carol, eu cresci com a Milena, ela sabe muita coisa sobre mim, muita mesmo. Principalmente meus medos e talvez meu lado mais escuro, ela vai usar disso para tentar se impor e atrapalhar o que estamos construindo. Sei que ela falou algo com você ontem, eu imagino o assunto, eu perguntei pra ela e a resposta foi que era assunto seu e dela. Tenho medo das duvidas que ela pode criar na sua cabeça.
- Fer, eu te conheço a pouco tempo, digamos que - pensei alto- um mes? Nesse tempo conheci seu lado ruim, grosso e mal educado, mas conheci a pediatra linda, calma, centrada, romantica - intensifiquei o som no romantica- meu amor, eu não vou conhecer tudo de você em um mes, mas acho que posso tirar minhas próprias conclusões, sem a ajuda da Melena.
- Eu sou mais podre e mais escura que essa parte que você conheceu. - ela estava claramente nervosa com essa conversa, olhando para baixo, fugindo o olhar.
- Fer, não precisamos falar disso se você não quiser. A Milena me perguntou se eu sei o porque você tem pesadelos a noite e se você já tinha me contado sobre o seu pai. Eu cortei ela e falei que você tinha liberdade de conversar comigo e quando estivesse pronta iria me falar. Assim como essa cicatriz na sua costela, quando você se sentir pronta, ira me contar. Não posso te forçar ou pressionar quanto a nada. Mas saiba, eu estou aqui por quem você é hoje, pela médica birrenta que me levou do ódio a paixão em um mes.
- Paixão princesa?
- Sim. Não sei o que fizemos essa noite, mas te garanto que não foi sex*, foi muito mais intenso e delicado que isso. Quero que saiba disso, principalmente por que amanha eu vou embora, e tenho todos os motivos do mundo para voltar e ficar ao seu lado. Só não volto se você falar não.
- Isso eu jamais vou falar. Quero você comigo, no hospital, na vida, em Urros, Maçores, na lua se você quiser. - Puxei a Fernanda para mais beijos e mais abraços, que claramente se intensificaram e se tornaram mais uma rodada de gemidos e contrações.
- Fer, sua tattoo está escrita em grego? Que língua é?
- Sabia que a curiosidade matou um gato?
- Ainda bem que eu sou uma princesa e não um gato - falei no mesmo tom de brincadeira que ela estava.
- Está escrito em latim, é uma tatuagem pra mim, escrita em latim pra que eu saiba o que está escrito.
- Te perguntar o que está escrito é invadir sua privacidade?
- Em geral eu não conto pra ninguém o que está escrito. Mas você não é ninguém, você é uma pessoa importante pra mim. É um trecho de uma música - ela foi apontando cada linha e falando o que estava escrito:
O que não te mata te faz mais forte
Te faz sentir melhor
Não significa que estou só quando estou sozinha
O que não te mata te torna uma lutadora
Deixa os passos mais leves
Não significa que estou acabada
- Você fez ela em cima da cicatriz por algum motivo específico? - ela fez uma cara estranha, com uma expressão de raiva e de desolada, tudo ao mesmo tempo. - Desculpa Fer, vamos mudar de assunto, você não precisa falar disso.
- Uma hora vamos ter que conversar sobre isso e é melhor ser antes de você voltar para o Brasil.
- Não sei o que você vai me contar, mas isso não vai mudar o que eu sinto ou o motivo para eu ficar em Portugal com você. - Ela olhou para baixo mais uma vez e respirou fundo.
- Já ouvi essa frase, enfim - respirou fundo e começou a falar - Eu nasci no Brasil, meu progenitor foi um recatado português que nasceu em meio a produção de oliveiras e odiava tudo isso, a vontade dele era de ser musico e viver da arte dele. Até ai tudo bem, não sei se pela formação dele ou se pela ruindade natural dele, ele sempre foi um recatado portugues bem violento. Lembro que quando eu era pequena, ainda no Brasil, ele bebia muito e como qualquer imbecil, batia em mim e na minha mae. Um belo dia ele me acordou no meio da noite, juntou umas peças de roupa minha, me enfiou em um avião e me trouxe pra Portugal. Eu tinha uns 5 anos nessa epoca, lembro só das coisas principais. Vivi em Portugal desde então, com meu progenitor cuidando arduamente da fazenda de oliveiras durante o dia, sendo um recatado empresario do ramo de azeites, e a noite me espancando o maximo que ele poderia. Algumas noites ele não voltava pra casa, algumas vezes semanas, isso me dava um tempo de melhorar para apanhar mais quando ele voltasse.
Algumas lagrimas começaram a cair dos olhos dela e a voz se tornou chorosa. Eu podia ver o quao intenso eram aquelas lembranças para ela. Me mantive em silencio, enquanto ela tentava respirar e se acalmar, de algum modo, que pra mim era impossivel. Abracei a Fernanda, ela até aceitou o carinho , mas por um breve tempo, depois já se soltou e voltou a falar.
- Com o passar dos anos eu fui ficando mais esperta, sabia o horario que ele chegava e eu saia, me perdia entre as arvores de oliveira e só voltava na calada da noite. Algumas vezes ele estava tão bebado que não percebia, outras ele estava tão bebado que eu apanhava até desmaiar. Quando eu tinha uns 14-15 anos, mais ou menos, ele arrumou uma mulher, e conseguiu um filho homem, que ele tanto queria, para seguir os passos dele. Nessa época ele se tornou mais calmo, mais amavel, não me batia, não me ameaçava, quase não ficava em casa, quando ficava era mais tranquilo. Em uma noite, eu fiquei nos pés de oliveira até de madrugada, acabei adormecendo por la mesmo, acordei com gritos e gemidos de dor. Quando fui procurar o barulho, encontrei uma cabana, no meio das arvores, uma cabana que eu nunca tinha visto. Quando eu olhei pela janela, tinha um homem todo sangrando, todo machucado e meu honesto e respeitavel progenitor torturando ele. Eu assisti aquilo por um tempo, fui embora quando ele enfiou uma faca no cara e matou ele. Ele percebeu que eu tinha olhado o processo todo de tortura. Essa cicatriz que eu tenho é da facada de aviso que eu ganhei, que eu contasse o que eu tinha visto, ia ganhar muitas dessa.
O cara era completamente louco, quando ele chegou em casa bebeu calmamente, sumiu no meu quarto, me bateu, por que não podia simplesmente meter a faca na minha costela, tinha que bater tambem. Não deve ter perfurado pulmão nem nada, porque não tive dificuldade respiratória, eu mesma colei uns esparadrapos, como eu vi na televisão, por isso é uma cicatriz muito mal feita, nem sutura teve. Eu colei com ponto falso e alguem lá de cima me protegeu pra eu não infeccionar. Durante aquela semana eu apanhei mais algumas vezes. Em um dos dias ele mandou eu arrumar minha mala e sumir, colocou uma passagem pro Brasil, com o endereço da minha mae e mandou eu tomar rumo na vida. Eu tinha 16 anos quando isso aconteceu.
Quem cuidou de mim e sempre tentou me proteger foi a Dona Antonia, ela praticamente foi minha mae. Ela que cuidava das minhas feridas, que me dava remedio pra dor escondida. Ela fez o papel que o progenitor não fez. Ela sofreu muito quando eu fui embora, mas ela sabia que era o melhor a fazer, se eu ficasse aqui ele iria me matar.
Só voltei pra Portugal quando chegou a noticia de que ele tinha morrido, se morreu ou alguém o matou, eu não sei. Eu tive que assumir as fazendas, e como esse é um dinheiro que eu não quero, não é meu e eu não faço questão alguma, eu faço doação dele para o projeto, que rendeu a maternidade, o ambulatório, uma pequeno pronto socorro em um vilarejo aqui ao lado.
- E o seu irmão? - foi a unica coisa que consegui perguntar pra ela
- Morreu de apendicite supurada (quando o apendice explode/rompe pela inflamação). Só descobri quando eu voltei para Portugal, uns 6 ou 7 anos atrás. Uma doença ridícula, que só precisamos de um médico decente e um centro cirúrgico. E ele morreu por falta desse simples recurso.
- Você se sente culpada por alguma dessas coisas? Porque não vejo culpa sua em absolutamente nada.
- Hoje não mais, mas na época que fui pro Brasil, pra mim, eu era culpada de absolutamente tudo. E por isso começou a minha fase, digamos negra, eu usei de tudo, de todas as drogas que você possa pensar e dizer o nome. Não sei se por querer esquecer ou por querer me matar, não sei. Usei de tudo e um pouco mais dos meus 16 aos 18 anos mais ou menos. Nessa época eu tive uma overdose e quase morri. O médico que me atendeu foi quem me deu uma luz para seguir em frente, me protegeu, me ouviu, me direcionou para atendimento. Se hoje sou médica, e principalmente, se hoje estou viva é por causa dele, sem ele eu não teria seguido em frente, não teria saído daquela vida. Ele é um médico brasileiro, um pneumologista, que trabalhava na emergência quando eu cheguei de ambulância, Dr. Braga.
- Vem cá meu amor - coloquei ela no meu colo, e enchi de cafuné, em silêncio, sem falar uma palavra, sem tocar no assunto, apenas respeitando o tempo dela, apenas respeitando ela.
Ficamos assim, um tempo, sem trocar nenhuma palavra, sem olhares, apenas ela deitada no meu colo, chorando silenciosamente, até pegar no sono.
- Senhora Caroline Braga, última chamada para o embarque no voo 3008, com destino a cidade do Porto. Senhora Caroline Braga, última chamada para o embarque no voo 3008, com destino a cidade do Porto.
- Puta que pariu, to aqui pensando na vida e quase perco o voo. - Levantei correndo e corri até o guiche, que estava na minha frente. - Caroline Braga!
- Pode embarcar sra. Poltrona 18 A. Tenhas uma boa travessia.
Fim do capítulo
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