Meus amores... Me perdoem!
Passei por um bloqueio criativo que durou até essa semana. Vou tentar de tudo pra não acontecer de novo. Juro!
Mas a coisa simplesmente aconteceu e, para ser sincera, eu não estava em clima de amor este mês. :(.
Mas já melhorei e vamos em frente!
Beijocas.
Capítulo 5 - Um fim de tarde com sol e chuva
5 - Um fim de tarde com sol e chuva
Depois da manhã ensolarada e radiante, ninguém imaginaria que após o almoço o céu se fecharia e nuvens pesadas derramariam gordas gotas de chuva. A clássica chuva de verão. Rafaela estava na cama observando a chuva lavar as janelas, tinha lido o contrato da Amare, que, em si, não lhe deu muitas surpresas; tratava-se de um contrato padrão entre fornecedores e contratantes com todos os valores, multas e o blá, blá, blá habitual. O que fez Rafaela se sobressaltar um pouco foi o preço, mas ao se lembrar daqueles olhos perturbadores de Elizabeth acabou aceitando que o valor era compreensível.
O "manual de convivência", no entanto, era um caso à parte, um chacoalhão de realidade, dezenas de papéis instruindo o que não se podia fazer durante a "relação profissional". A coisa toda proibia qualquer relação além da especificada no contrato, ou seja, nada de intimidade, o negócio era apenas se ater ao trabalho disposto: prazer e divertimento.
Perguntas pessoais estavam vetadas. O nome verdadeiro das contratadas era sigiloso. Rafaela ficou imaginando qual seria o nome real de Elizabeth. Talvez Amanda, pensou ela, aquela menina tem uma carinha de Amanda. Telefone pessoal, endereço residencial... impossível. Rafaela compreendeu que era por isso que a Amare disponibilizava lugares próprios para encontros, justamente para que o ambiente pessoal das garotas não fosse invadido.
Basicamente, Rafaela tinha que entender e aceitar que se tratava de um negócio.
Precisava que Elizabeth enganasse seus amigos e era para isso que a estava pagando.
Só que meter isso na cabeça era difícil.
Ela pareceu tão... amável. E, no fim, respondeu a uma pergunta proibida, se bem que ainda não tinha assinado contrato algum. Por que ela fez aquilo? Para me provocar? Me conquistar? Afinal, é claro que ela tem interesse em me conquistar, olhe o quanto vai lucrar com esse negócio? E, além disso, os encontros pré-viagem serão um aditivo ao contrato.
Rafaela se encostou nos travesseiros, desgostosa. A culpa era dela, afinal. Foi ela quem se meteu na confusão. Mas poderia perfeitamente controlar a situação, decidiu que desconsideraria os encontros prévios e inventar uma história e um papel para Elizabeth desempenhar. Teria que se esforçar para esquecer do sorriso dela, daquelas mãos lindas e da voz sedutora. A lembrança fez seu ventre aquecer... ela desejava Elizabeth.
Mas quem não desejaria? A garota foi projetada para seduzir.
A decisão de Rafaela, no entanto, foi solapada já no dia seguinte.
Era a hora fria que antecede a aurora e Rafaela sabia que não estava dormindo, mas presa naquele estado de semiconsciência em que não despertamos totalmente. Ela achou que estava sonhando; não era sonho, porém, mas uma lembrança. Uma lembrança de anos atrás, de quando ela era adolescente, pouco mais que uma criança.
Ela estava na praia, não se lembrava de qual, mas Andressa estava ao lado dela. Era um dia perfeito, de sol absoluto e céu sem nuvens, com um vento quente a impelir as ondar do mar cristalino. Rafaela olhou para a amiga, dizendo:
- Mariana está atrasada e eu estou com fome.
- Mari sempre se atrasa... é o charme dela - respondeu a outra lhe dando um sorriso condescendente.
Andressa, com seus cabelos acobreados e os olhos profundamente verdes se escondia do sol escaladante debaixo do guarda-sol. O rosto dela, normalmente pálido, estava avermelhado de calor, e bem mais sardento. Entre as meninas do grupo, Andressa sempre foi a mais bonita com seu rosto de boneca e seus modos de princesa. Era baixa e tinha um corpo tipicamente brasileiro: com pernas torneadas e quadris largos.
Rafaela comentou mais alguma coisa, mas a amiga não lhe deu atenção, pois seus olhos não desgrudavam da borda da praia, de onde um rapaz de profundos olhos cinzentos deixava as ondas do mar, molhado e sorridente. O garoto em questão era Filipe e até onde Rafa pode compreender, aparentemente Andressa estava começando a ter uma quedinha por ele.
Há algum tempo o grupo estava querendo pender para casaizinhos e Rafaela não sabia se estava confortável com isso. Ela tinha uma queda por Andressa, mas Andressa gostava de Filipe que, por sua vez, parecia corresponder o sentimento. Apesar de que Rafaela tinha certeza de que outro amigo delas, Benício, tinha uma paixonite secreta por Andressa também. Era um quadrado amoroso e duas pessoas ali não tinham chance alguma.
Filipe se aproximou e sentou-se entre ela e Andressa, espalhando água nas duas.
- Ui, não encosta em mim com essa pele gelada - reclamou Andressa.
- Tem certeza? - Filipe emitiu um sorriso maroto para ela.
- Tenho, como pode o mar estar tão gelado?
- Você deveria entrar, Andi, depois que se acostuma, a água fica boa. Vamos lá, eu entro com você - convidou o rapaz, mas Andressa negou.
- Na hora do almoço e com sol a pino? Nem morta, vou virar um tomate.
- Você fica bonita vermelhinha, combina com seus cabelos - respondeu Filipe.
Andressa sorriu um pouco acanhada e Rafaela resolveu prestar atenção no mar. Era melhor do que saber que a química entre a garota que ela gostava e o amigo era inevitável. Eles pareciam combinar perfeitamente. Para ela, no entanto, Andressa estava há anos-luz de distância. Ela era um daqueles amores impossíveis... até porque ela não tinha revelado aos amigos que gostava de garotas.
Mas a intimidade da interação entre os dois foi quebrada com a chagada do quarto membro envolvido no caso: Benício. Ele veio e se amontoou ao lado de Andressa dizendo um bom dia com seu pesado sotaque gaúcho. Benício era inteligente e leal, tinha um sorriso bonito daqueles que formam covinhas, mas o que destacava mesmo era sua voz de locutor, então, por essa característica, ele era conhecido por tagarelar.
- Bom dia, meus jovens - disse ele - Como estão as coisas?
- Mari ainda não chegou com nosso almoço - reclamou Rafaela.
- Normal - respondeu Benício, então olhou para Andressa - Ei, esse seu rosto sardento está uma graça.
- Detesto isso - brincou Andressa, espremida entre Filipe e Benício.
- Eu vou ali pegar um coco verde enquanto isso - disse Filipe se levantando - Vamos comigo, Andi?
E quando a menina aceitou a mão do rapaz a ajudá-la a se erguer, Benício se aprumou subitamente, dizendo:
- Vou querer um também.
Filipe o fitou com a testa franzida.
- Água de coco não te dá diarreia?
- Foi só daquela vez - resmungou Benício.
E o trio partiu tendo os meninos disputando gentilmente quem pagaria o coco para Andressa.
Rafaela se lembrava de ter ficado ali olhando-os se afastar, os três tão distraídos em seu triângulo amoroso que nem lembraram de perguntar se ela mesma gostaria de uma água de coco, e sem suspeitar que ela também fazia parte daquele quadrado do amor. Apesar de que sua quedinha por Andressa era platônica. Ela sabia que jamais a teria, mas não custava sonhar. Depois de um tempo, percebeu aliviada que Mariana, com sua pele de ébano brilhando ao sol, caminhava em sua direção, com a caixa térmica cheia de deliciosos sanduíches de patê de frango com alface.
Abriu os olhos e descobriu que o dia estava avançado, já no meio da manhã. Depois de se lembrar de um momento do passado, Rafaela tornou a cair no sono. Ela não tomou café da manhã, sentia-se sem apetite, então apenas foi para o escritório do apartamento para trabalhar. Ficou ali enfiada entre projetos até a hora do almoço, então, do nada, parou e olhou ao redor. Seu homeoffice era aberto, amplo, e de lá podia-se contemplar todo o apartamento. Eram 200 m² de apartamento composto de duas suítes e um quarto de visitas (que raramente recebia alguém), um estúdio de trabalho, uma cozinha gourmet, duas salas, três banheiros, uma ampla sacada e área de laser. Tudo isso apenas para ela.
Ela e mais ninguém.
Não tive tempo para fazer amigos, pensou. Na verdade, Rafaela nem tentou em todos estes anos. Tinha conhecidos, contatos profissionais, mas amigos como os de antigamente? Nunca. Pelo visto ela sabotou a si mesma tanto no quesito amor quando na amizade. Agora que havia alcançado sucesso na carreira, estas coisas começaram a fazer falta. Adiantava ter um apartamento imenso e vazio? Ou dinheiro para viajar sozinha? Nunca receber visitas de amigos? Sendo órfã e tendo sido criada por uma avó que há muito se fora, nem parentes ela tinha para visitar.
Era uma solitária.
Assim, que mal faria ter alguém para partilhar alguns momentos bons nem que tivesse que pagar para isso? Era uma coisa triste, claro, mas, pelo menos, seria alguma coisa.
Com esse pensamento em mente, decidiu não cancelar o encontro com Elizabeth na quarta. Resolveu aproveitar um tantinho da atenção que a menina tinha com ela e ignorar o fato de que muito provavelmente essa atenção era fruto meramente de um contrato de trabalho.
A quarta-feira chegou sem Rafaela perceber, simplesmente amanheceu e ali estava, o dia em que ela ficaria a sós com Elizabeth, sua sócia e cúmplice na mentira. Desmarcou todos os compromissos, pois desconfiava que não seria capaz de cumprir qualquer tarefa; foi ao salão se arrumar e passou o resto da manhã entre massagens relaxantes e chás de camomila. Tinha que recuperar o autocontrole de alguma forma. Desde que o convite de Mariana chegou ela se sente impelida sem rumo por esta força estranha que a está direcionando para um lugar imprevisível.
Almoçou no centro, salmão grelhado e salada, e foi neste momento que recebeu uma mensagem contendo o endereço do encontro com Elizabeth. Ficava bem próximo de onde ela mesma morava, num prédio bonito em uma alameda de castanheiras. Apartamento 42. Às 18 horas ela estava pronta, para acalmar os nervos tomou duas taças de vinho e o líquido ajudou a lhe dar confiança. Há anos não ia a um encontro. Nem se lembrava mais de como funcionava um encontro, ainda mais em se tratando de uma garota cuja qual não se podia fazer nenhuma pergunta pessoal. Sobre o que conversariam? Convergências cósmicas e disposições dos signos zodiacais?
Pare de pensar! - ordenou Rafaela a si mesma - Pelos céus da criação, apenas viva um pouco.
Chegou ao endereço na hora marcada, justamente quando a chuva aumentou e ela teve de se encolher debaixo da pequena marquise da portaria para não ficar encharcada; nem passou pela sua cabeça levar uma sombrinha.
No interfone, pressionou o número 42 e ficou no aguardo, não precisou esperar muito para que a voz melodiosa de Elizabeth soasse através do aparelho.
- Ah, é a Rafaela.
Um zunido soou.
- Oi, abriu? - quis saber a moça.
O portão destravou.
- Sim, obrigada. Estou subindo - disse Rafaela.
Já na porta do apartamento, Rafaela se tocou que deveria ter trazido vinho, ou algo parecido, de repente se sentiu muito desatenta, normalmente a etiqueta regia que se deveria levar algo para um primeiro encontro, ela não gostava de cometer este tipo de gafe.
Quando a porta se abriu, surgiu Elizabeth, linda como uma tarde de primavera. Usava uma camiseta do Foo Fighters, cortada na gola, que caia em seu corpo deixando os ombros de fora, e uma saia jeans curta; estava descalça. Parecia impressionantemente à vontade. Os olhos claros faiscaram e ela sorriu abertamente.
- Você é uma garota pontual mesmo, não?
Rafaela respondeu ao sorriso.
- Sou um tanto pragmática para tudo... inclusive com o horário.
Entraram. O apartamento era amplo, bem decorado, com sala e cozinha integrados de forma harmônica. O ambiente estava impregnado com um cheiro saboroso de algo assando no forno. Rafaela se virou para Elizabeth.
- Eu... deveria ter trazido algo, um vinho, me perdoe pelo deslize.
- Não se preocupe com isso - disse a menina sem dar importância - Este lugar está forrado de vinhos. Eu não entendo nada de vinhos, então deixo você escolher.
- O cheiro está muito bom - comentou Rafaela apontando o queixo para a cozinha.
Elizabeth deu um daqueles sorrisos desarmantes.
- Sou especialista em comida italiana - revelou ela.
- Descendência italiana? - quis saber Rafaela mesmo sabendo que aquela era uma das perguntas proibidas.
A moça pensou por um momento e, por fim, deu de ombros, respondendo:
- Alemã, na verdade... mas sou mais fã de massas que salsichões cozidos com repolho. E você?
- Adoro comida italiana... e sou descendente de espanhóis com portugueses.
- Deu uma boa mistura - sorriu Elizabeth caminhando com seus passos de fada para a sacada.
Rafaela a seguiu. A vista não tinha nada de mais, apenas dava para a rua, para os carros e para mais prédios. A chuva persistia, agora um pouco mais fraca. Rafaela se colocou ao lado de Liz que observava a chuva como se procurasse alguma coisa. A menina de repente inspira fundo, com os olhos fechados e solta o ar bem devagar.
- Eu amo o cheiro da chuva.
- Acho que nunca parei para pensar nisso - confessou Rafaela.
- Você é uma daquelas pessoas superpráticas, não?
- Acho que sim. Você não é assim?
- Não. Sou absolutamente avoada - Liz riu seu riso de menina - Do tipo contemplativa, que perde horas olhando as nuvens do céu ou assistindo a um por do sol. É por isso que adoro o horário de verão, poder chegar em casa do trabalho e ainda assim ver o sol se por. Sou libriana, o que mais posso dizer?
Rafaela meio que se perdeu, mas ouviu a própria voz saindo da boca, como se estivesse há léguas de distância, perguntando:
- O que mais gosta além do cheiro da chuva?
Elizabeth não precisou pensar duas vezes.
- Gosto de tardes de sol e chuva.
E naquele instante, os céus, como que ouvindo a menina, se abriram. As nuvens se afastaram dando passagem ao sol do fim da tarde, rubro, ardente. A chuva diminuiu ainda mais e Rafaela ficou estupefata. As gotas de água, tão espaçadas que quase poderiam ser contadas enquanto caiam, foram transformadas em gotas de mel pelos raios do sol. Rafaela sentiu como se estivesse em um sonho, nas alturas, com uma chuva dourada pingando e um sol vermelho dando à tarde um tom terroso, ela se virou para Elizabeth e a menina a olhava com interesse, os olhos dela faiscavam como duas lascas de gelo eterno e os cabelos pareciam uma cascata de fogo estelar.
- Agora entendo porque gosta tanto de tardes assim - Rafaela consegui sussurrar.
- Dizem que tardes de sol e chuva são perfeitas para primeiros beijos - a voz de Elizabeth deslizou pelos ouvidos de Rafaela como seda no corpo nu de uma mulher.
Então, sob o som da chuva e do brilho ígneo do sol a faiscar nas janelas dos edifícios, Rafaela de Alcântara Trevizzan beijou os lábios abrasivos e doces de Elizabeth Storm. No começo foi um beijo lento, terno, mas passados alguns momentos, quando a língua de Liz tocou na de Rafaela, a coisa mudou e o beijo se tornou rápido e voraz, recheado de desejo e apatite. Em algum momento o cérebro de Rafaela registrou que Elizabeth cheirava a sabonete e temperos. Os seios fartos da moça se comprimiram contra o corpo de Rafaela e aquela quentura acendeu o fogo em seu baixo-ventre, ela passou os braços pela cintura de Liz e a apertou contra si.
Um tempo depois, Liz desfez o beijo e se afastou um pouco, sem sair da proteção dos braços de Rafaela e a fitou com aqueles olhos fantasmais. Tinha o batom todo borrado.
- Fui um bom primeiro beijo - disse ela baixinho.
- O que mais se pode fazer em tardes de sol e chuva? - quis saber Rafaela.
- Comer lasanha - riu Elizabeth - Depois? Quem sabe...?
Dito isso ela segurou a mão de Rafaela e a puxou para o interior do apartamento. O sol ficou lá fora... assim como a chuva dourada. Mas a Rafaela que retornou para o interior do apartamento não era mais a mesma Rafaela que tinha saído para olhar a chuva. Seu coração tinha mudado completamente.
E o estranho do amor é que, apesar de não ser regra, geralmente atinge mais de um coração. Pois, sem saber como naquele momento, Elizabeth, a moça que na verdade se chamava Isabela, também teve seu coração abalado. Justamente ela que tinha prometido a si mesma jamais se apaixonar por uma cliente.
Fim do capítulo
Próximo Capítulo: Rafaela está noiva!
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Jebsk
Em: 23/08/2018
Elizabeth é uma sedução com essa simplicidade e usa isso muito bem a seu favor. Gostaria muito de conhecer a Isabela, mas por enquanto, prefiro a Liz. Tenho uma quedinha por garota de programa.
E que venha o noivado... demora não, Autora!!!
bjs
Resposta do autor:
Oie.
Então, Liz foi projetada para seduzir. Acho que a Isabela vai se mostrar aos pouquinhos... e quem não tem quedas por garotas de programa? haha
beijocas.
Mille
Em: 18/08/2018
Oi Fabi estava com saudades
Primeiro beijo e a certeza que elas foram alvo do cupido só espero que elas possam viver o que estão sentindo.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Oie Mille.
Sim, desculpas mesmo pela demora.
Acho que elas vão se esforçar, mas às vezes se esforçar nem sempre basta, né?
beijocas.
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Freyya
Em: 18/08/2018
Oi, Fabi, tudo bem?
Tô adorando tua escrita e o enredo!
Ansiosa por mais capítulos e querendo saber um pouco mais da Isabela.
Não demora a voltar, pls
Abraços
Resposta do autor:
Oie, Freyya
Fico muito feliz que esteja gostando.
Quanto a Isabela, acho que ela vai surgindo aos pouquinhos.. quem sabe.
beijocas
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NovaAqui
Em: 18/08/2018
Foi realmente um bom primeiro beijo para elas. Acho que teremos uma quebra de contrata logo logo
Abraços fraternos procês aí
Resposta do autor:
Oie...
Foi um primeiro beijo muito bom... haha.
e sim, não sei, vamos... quanto essa quebra de contrato.. srsr
beijocas.
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lay colombo
Em: 18/08/2018
Tô adorando
Resposta do autor:
Oie.
que bom, fico feliz.
beijocas.
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