Lutas da vida por Esantos
Capítulo 42
-- Então alguma notícia? – Elida perguntou na recepção da emergência do hospital da policia.
--Eu vou lá novamente, toma minha pistola e a dela – Andressa disse entregando as armas, como era proibido andar nas dependências do hospital portando arma, assim que olhou pelo vidro do quarto onde estavam atendendo Andreia sorriu ao ver a mulher acordada. – Como você está bem? – Andressa entrou no leito.
--Foi só um tiro de raspão no braço. – O médico falou enquanto escrevia algo no prontuário.
--Mas ela ficou desacordada
--Mas foi pelo tiro no peito, porem o colete protegeu – Ele apontou para o colete a prova de bala – Ela desmaiou pelo impacto, a sorte dela foi que o colete que ela estava era nível IV.
--Pegaram aquele desgraçado? – Andreia perguntou com a voz baixa
--Ele fugiu, mas foi atingido, os homens estão vasculhando os hospitais, ele vai ter que se cuidar.
--Desgraçado – Ela disse sentando com dificuldade
--Vou lá para a Elida vim lhe ver
--Vamos leva-la para a tirar um raio x do tórax, logo vocês a visitam no quarto.- O enfermeiro que enfaixava o braço dela disse.
--Ela não vai para casa agora?
--Amanhã dependendo do que o raio x nos mostrar, mas já vai dá meia noite, será uma breve estadia- Andressa saiu encontrando Elida na recepção, respiraram aliviadas, Elida ligou para avisar Lídia , não ligou antes por não saber o estado da amiga.
-- Então o que conseguimos hoje? – Foi a primeira pergunta que Andreia fez ao Andressa e Elida entraram no quarto.
--Segundo o subtenente três mortos, oito feridos mais seis detidos.
--Ótimo, e as apreensões?
-- Só pelas drogas você já vai entrar na história – Andressa disse sentando ao lado dela na cama.
--Mãe Ia – As três mulheres olharam para a porta que abriu e Vitor correu para próximo da cama de Andreia –A senhora está bem?
--Estou sim meu amor, só foi um pequeno acidente de trabalho, mas nada de grave, era para você está dormindo- Ela disse e olhou para frente vendo Lídia e Juliana que tinha os olhos ainda molhados de lagrimas.
-- Sua mãe é dura na queda – Andressa disse para o menino que só balançou a cabeça em afirmação.
--Gente o quarto está muito cheio apenas três pessoas por vez – A enfermeira disse entrando no quarto.
--Eu vou no batalhão a viatura ainda está aqui na frente – Elida disse levantando.—Vamos Andressa?
--Eu vou ficar aqui, já que a Lu vai dormir aqui vou ficar aqui com ela.
--Não precisa Andressa – Lídia disse olhando vendo Juliana encostada na parede, apenas observando.
--Eu faço questão, você não vai poder ficar, vai ficar com o garoto.
--Eu durmo com minha mãe- Ele disse pegando na mão de Andreia.
--Não se preocupem, vou ficar bem, o remédio que me deram está me deixando sonolenta.
--Nada disso, eu fico com você, Andressa você estava trabalhando deve estar cansada – Lídia falou.
--Se quiser eu fico – Juliana se pronunciou.
--Não precisa se preocupar queridinha eu fico – Ela disse voltando a sentar ao na cama.
--Andressa volta para seu trabalho, pelo que eu saiba você só larga amanhã, então volte ao trabalho se alguém tem que ficar a Juli fica.
--Mas Lu eu me sinto na obrigação de ficar aqui.
-Andressa se existisse essa obrigação ela seria da Juli que é minha namorada, então volte para o quartel – Ela disse olhando para Juliana que a encarou supresa.
--Ela é o que? – Andressa falou mais alto. –Como assim sua namorada?
--Isso mesmo minha namorada, então fala baixo e volte para o quartel.
--Você está de brincadeira não é? – Andressa disse encarando Juliana.
--Não querida, ela não está brincando, então vaza daqui ou eu mesmo te tiro – Juliana disse aproximando-se.
--Você perdeu a noção, abaixa a bola que você não pode falar assim comigo, eu acabo com sua raça – Andressa aproximou-se de Juliana e Elida fez o mesmo temendo uma briga.
--Andressa volte ao trabalho agora, isso é uma ordem – Andreia falou firme – Volte ao seu posto-Andreia disse.
--Eu vou acabar com você.
--Não tenho medo de você sua barbie do Paraguai – Juliana falou com a cabeça erguida.
--Mas é muito atrevida mesmo – Andressa ainda deu um passo para frente.
--Andressa eu estou com dor, mas se você ao menos pensar em fazer algo contra ela além de eu te machucar muito vou destruir sua vida – Andreia ficou de pé – Agora saia daqui ou eu mesma te jogo em uma viatura para te levar deixar um longo tempo detida. – Andreia disse junto dela
--Isso não acabou aqui – Andressa disse olhando para Juliana.
--Eu não tenho medo de você, aposto que só se garante porque tem uma arma – Juliana disse desafiando-a.
--Juliana não inflama – Elida disse vendo Andressa sair do quarto
--Eu não tenho medo dela mesmo. – Juliana disse sorrindo.
--Você ainda continua com essa mania de que sua marra vai evitar que você apanhe. – Andreia disse olhando para Juliana
--Eu só apanho daquela magrela loira se ela estiver com aquela arma, sem isso duvido muito – Juliana disse dando nos ombros
--Você é maluca sabia? Aii! – Andreia colocou a mão no peito.
--Deia deita, tá doendo muito? – Juliana ajudou ela deitar.
--Eu pensei que ia ter briga. – Vitor disse olhando para Juliana—Não se preocupa tia eu vou ensina uns golpes para você acabar com ela – Juliana piscou para ele
--É isso ai – Disse sorrindo.
--Bem agora que já foi definido que a Juli vai ficar aqui, Vamos que está na hora da Andreia descansar- Lídia disse chamando o filho. – Mandou bem Juli, na próxima mete a mão na cara daquela lambisgoia – Lídia disse mais baixo próximo das mulheres.
--Minha mão está coçando pra isso – Juliana disse sorrindo.
--Vou adorar ver, e você descansa, até amanhã- Lídia disse despedindo-se.
--Está doendo muito Deia? – Juliana perguntou assim que ficaram a sós – Eu tive tanto medo -Julia abraçou-a.
--Ai! – Voltou a mão para o peito – Está doendo um pouco
--Mas não foi no braço?
--Foi sim, mas o do levei um no colete está doendo mais – Andreia abriu a roupa de hospital mostrando o hematoma do local do tiro.
--Nossa Deia isso está tão feio – Juliana passou a mão entre os seios de Andreia, onde estava a marca roxa.
--Não foi o primeiro, logo some – Andreia disse pegando a mão dela e beijando-a.
--Aquilo que você disse é verdade mesmo, ou estava querendo apenas se livrar daquela insuportável?
--Não está bem claro ainda isso? Então me deixa fazer o pedido oficial – Ela ajeitou-se melhor na cama – Juliana Pereira da Silva você aceita ser minha namorada? Só não ajoelho porque se eu fizer isso minha bunda vai aparecer.
--Não precisa sua boba – Juliana disse sorrindo
--Você não me respondeu
--Deia eu aceito tudo com você, tudo – Juliana deu-lhe um beijo, as línguas se acariciavam com calma, Juliana se afastou ao escutar umas batidas na porta.
--Boa noite tenente – Alguns policiais que estavam na operação entraram, queriam saber como ela estava
--Boa noite homens, como estão todos?
--Nenhuma baixa, saímos agora da delegacia, foi uma bela apreensão.- O subtenente falou.
--O sub deu entrevista para uns cinco jornais diferentes, vai ficar famoso – Um soldado falou sorrindo.
--Mas em todas ele falou da senhora tenente, foi uma boa operação a senhora foi demais.
--Não soldado, nós todos fomos demais o mérito é todos de vocês.
--Não sei como vocês aguentam tanta coisa – Juliana falou, um pouco baixo, mas todos escutaram.
--Tanta coisa o que? – Um deles perguntou.
--Esse monte de coisa aí na farda de vocês, no final do dia eu acho até meu blazer pesado, imagina esse monte de geringonças. – Os homens sorriram
--Sua amiga além de linda é engraçada tenente – Um dos soldados disse galante.
--É além de engraçada ela tem uma namorada que pode colocar uma bala no meio da sua testa mesmo estando em uma cama de hospital – Andreia disse e todos encararam o homem que ficou sem graça.
--Na na namorada? Sua namorada? – Perguntou olhando para Andreia que apenas confirmou com a cabeça. – Desculpa Tenente, falei com todo respeito, desculpas moça.
--Só não farei nada pois o que você falou é verdade, agora se liga senão corto o que tem aí no meio das pernas.
--Se deu mal – Outro falou e todos sorriram.
--Gente vocês disseram que seria rápido, ela precisa descansar – Uma enfermeira disse entrando na sala, eles se despediram, desejando melhoras.
--Deia não vai ter problemas em saberem da gente?
--Juli eu nunca me escondi, não devo nada a nenhum deles, então não tenho problema algum em falar que tenho uma namorada tão linda – Juliana sorriu beijando a testa dela.
--Deia eu soube que foi lá no morro que tudo aconteceu, eu estava na faculdade na hora, o JM foi preso?
--Infelizmente não, aquele desgraçado, ele não foi nem capaz de me matar, é um frouxo.
--Não fala isso, ainda bem que você está viva e bem. – Juliana deu uma tapa no ombro dela, logo se arrependeu, pois a outra fez uma careta.
--Ele está ferido, mas espero que o prendam mais rápido possível, ao menos ele não vai mais aterrorizar o morro, não enquanto eu estiver aqui.
--Eu fico imaginando a mãe dele sabe, ela é uma pessoa tão boa, sofreu tanto com o marido e agora com o filho.
--No meu trabalho o que eu mais vejo é isso, mães sofrendo por culpa do trafico, quando não é porque o filho está envolvido com o trafico eles são viciados e isso os levam geralmente para o mesmo caminho que é em grande maioria a morte, me doí o coração ver as mães chorando em desespero por perder seus filhos.
--Nossa Deia que triste, não sou mãe, mas fico imaginando o quando deve ser difícil uma situação dessa.
--Eu sei o quando deve ser dolorido, não gosto nem de imaginar a possibilidade de acontecer algo com o Vitor.- Falou bocejando
-- Ele é louco por você – Juli sorriu – Agora descansa, você parece cansada- ficou ali fazendo um carinho na cabeça dela e logo a policial estava dormindo, ela foi para uma cadeira que tinha ali, cochilou um pouco, mas sempre acordava e ficava olhando para a mulher que dormia tranquilamente.
--Então já estou de alta? – Andreia perguntou assim que o medico entrou no quarto.
--Bom dia tenente, não gostou dos aposentos?
--Eles são bons, mas não pretendo voltar para ele nem tão cedo.
--Pode ir para casa sim, em alguns dias essa dor vai passar, mesmo assim vai ficar uns dias em casa para se recuperar, tem que ficar de repouso.
--Odeio ficar de molho. – Andreia resmungou
--Pode deixar doutor eu mesma vou me encarregar dela ficar quietinha.- Juliana disse para o doutor.
--Isso mesmo, faça ela descansar- O medico apertou a mão de Andreia depois a de Juliana e saiu.
--Não vão reclamar por você usar duas vagas na garagem? – Elas estavam na garagem do prédio de Andreia
--Não, temos duas vagas, geralmente deixo a moto, mas como o seu carro é um miniatura dá para os dois.
--Nada de miniatura, respeita o Ceceu- Elas entraram no elevador sorrindo. – Como está se sentindo? Está doendo?
--Não muito, só quando faço movimentos bruscos, mas relaxa já levei pancadas mais fortes. – Andreia fez um carinho nos cabelos cacheados – Você é tão linda – Andreia disse a encarando
--Não mais que você – Andreia deu-lhe um beijo na testa, logo depois o elevador parou e uma mulher entrou.
--Bom dia – Ela cumprimentou encarando Andreia, as mulheres responderam com educação – Você é a policial que comprou o oitavo não foi? - A mulher perguntou sorrindo
--Foi sim – Andreia respondeu retribuindo o sorriso.
--Quanta indelicadeza minha - A mulher esticou a mão – Prazer sou a Joana moro no nono andar.
--Prazer Joana, eu sou a Andreia e essa é a Juliana - Aceitou o cumprimento
--Nunca te vi aqui, só vejo uma outra mulher alias duas, uma parece que é policial também. – A mulher falava sorrindo, sorrindo, ate demais para o gosto de Juliana.
--Isso, é minha amiga Elida, e a outra é minha prima Lídia .
-- A tá, o garoto já brincou algumas vezes com meu filho, um ótimo menino, é bom sabe ele está um pouco solitário, sabe como é estou me separando dai as crianças sentem muito, mas ao menos me livrei daquele encosto- Ela falava rápido e sorrindo—Nossa você está machucada? – Pegou no braço de Andreia – Eu sou enfermeira, se precisar de alguma coisa pode me chamar, para trocar esse curativo ou qualquer outra coisa – Ela alisou o ombro de Andreia que nada falou apenas balançou a cabeça.
-- Não precisa querida eu estou aqui para isso, cuidar dela – Juliana que já estava nervosa com aquela mulher se insinuando para Andreia.
--A você é enfermeira também? – Ela perguntou com deboche.
--Não sou a namorada dela, quem melhor para se encarregar de cuidar dela do que eu, não é mesmo? -O elevador parou no andar e Juliana quase que puxou Andreia que não segurou a gargalhada. – E você pare de rir, onde já se viu, mulherzinha assanhada – Juliana disse parada em frente da porta enquanto Andreia pegava a chave.
--Juli ela só foi gentil. -Abriu a porta
--Gentil? Ela estava se jogando pra cima de você, mulherzinha descarada – Andreia gargalhou alto ao ver os amigos parados na sala encarando as duas, mas necessariamente Juliana que falava e gesticulava.
--Eu acho que a tia está com raiva – Vitor falou e foi nessa hora que Juliana notou a sala com os rostos conhecidos lhe olhando.
-- Eu disse que a madrinha é braba – Clarisse disse e os adultos não seguraram o riso.
--Oi gente- Juliana disse sem graça.
-- Nossa Juli, quanta brabeza – Junior disse – Tadinha da mulher maravilha está dodói, vem Andreia senta aqui – Junior caminhou até a amiga e a guiou para o sofá
-- Eu aposto que ela é inocente, não sei a acusação, mas minha amiga é um anjo de pessoa – Elida disse enquanto bebericava uma cerveja.
-- Eu sei o anjo que ela é- Juliana disse sentando do lado dela.
--Como você está? – Lídia perguntou
--Estou bem, já estava cansada de ficar deitada naquele hospital, fico feliz que estejam todos aqui – Ela pegou a mão de Juliana e entrelaçou os dedos.
--O babão do Lucas não veio, pois estava de serviço, mas ele disse que vinha te ver assim que largasse.
-- Eli como estão as coisas lá?
--Nada de trabalho, o medico disse para você descansar e é o que vai fazer – Juliana falou e Elida sorriu.
--É tenente acho que agora vai entrar na linha
-- Só você mesmo Juli para colocar juízo nela– Lídia disse entregando um copo com suco para Andreia.
-- Eu sou bem ajuizada, não vejo motivos para tudo isso.
--Deia eu sei bem onde fica seu juízo.
--Credo amiga, tem crianças na sala – Junior falou e todos sorriram, ficaram ali conversando e logo foram almoçar, depois do almoço Juliana obrigou Andreia ir para a cama descansar.
--Deita aqui comigo, sei que está cansada- Andreia chamou já deitada em sua cama, Juliana deitou e Andreia fez questão de juntar as mãos, ficou brincando com os dedos de Juliana por um tempo.—Juli você não tem que trabalhar?
--Já cansou de mim foi? – Juliana perguntou sem levantar a cabeça que estava quase que encostada a de Andreia.
-- Não, claro que não, é que não quero que se prejudique.
--Não se preocupe, amanhã vou trabalhar, mas hoje vou cuidar da minha mulher, er... quer dizer da minha namorada – Ela disse atrapalhada e Andreia sorriu
--Eu sou sim sua Juli, sempre fui – Juliana levantou o corpo apoiando a cabeça na mão.
--E eu sempre serei sua – Afagou a face de Andreia, ficaram alguns logos segundos encarando-se, depois Juliana tomou delicadamente os lábios da policial, foi um beijo calmo cheio de delicadeza, mas o corpo de Andreia acendeu, ela tentou aprofundar mais o beijo, porem foi detida pela morena.
--Não Juli, não para, está tão gostoso – Andreia falou com uma cara safada.
--Nada disso, nem pensar, vamos dormir e descansar um pouco – Juliana deitou e segurando a mão de Andreia, estava com medo de machucar a policial.
--Vem deita aqui- Abriu o braço que estava bom.
--Não Deia pode machucar.
--Não vai, se doer eu prometo que falo – Juliana encostou a cabeça no ombro dela e logo dormiu, Andreia que não gostava de dormir a tarde apenas ficou ali fazendo um carinho nos cachos da mulher que amava.
Fim do capítulo
Ola minhas flores
Com medo das serias ameaças que sofri caso a Andeia ficasse mal resolvi adiantar o capitulo kkkkk
Bem agora é só prender o safado do JM e pronto a vida delas vão seguir com tranquilidade, ou não....
BJS
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Mille
Em: 17/08/2018
Oi Lili
Que alíviou Lili e gostei da Deia dando um semacol para a Andressa e a Juli enfrentando sem medo. E eu aposto que a Juli faria um estrago na Andressa.
Agora vamos prender o JM e retirar essa máscara de boa pessoa que ele faz para a Juli.
Bjus e até o próximo capítulo
Cleide
Em: 17/08/2018
Sério autora te ameaçaram ?kkkkkkkkkkkkkkkk
Essas súas leitoras São fogo viu .kkkkkkkkkkkk
Ainda bem q eu NÃO faço isso ...
É agora SÓ prender o jm e dar um jeito na ANDRESSA aquela cobra .
Bem q a autora podia dar um amor pra ela largar a DEIA em paz .
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