-- Bom dia – Andreia disse ao acordar e não sentir mais a presença de Juliana na cama, quando olhou para frente viu a morena se arrumando

--Bom dia Deia, desculpa se te acordei, preferi te deixar dormindo mais um pouco já que está de folga hoje – Juliana caminhou até ela e deu-lhe um selinho. – Fica aí dormi mais um pouco.

-- Não, vou levantar, não sou muito de dormir até tarde. – Sentou-se na cama

--As coisas não mudam mesmo – Juliana sorriu

--Já está atrasada? – Andreia disse indo até ela lhe abraçando e beijando o pescoço dela

--Não, mas se eu fizer o que a senhora está propondo com essa carinha de safada, eu vou me atrasar, ainda tenho que levar a Clarisse para a escola.

--Tenho uma proposta – Andreia a fez virar para ela – Eu levo a menina para escola e você toma um banho comigo, rapidinho

--Rapidinho? – Juliana disse com uma cara de safada. – Promete?

--Prometo! -Andreia disse para logo depois pegar a morena nos braços e entrarem no pequeno banheiro já aos beijos.

-- Gente vocês sabem que também precisam trabalhar, não é? – Junior disse ao ver as duas mulheres entrarem na cozinha sorrindo.

-- Tia Andreia a senhora dormiu aqui – A menina abraçou-a – Madrinha vamos nos atrasar.

--Lembra que eu disse que iria te levar para andar de moto qualquer dia? – A menina afirmou com a cabeça. – O que acha de eu te levar para escola hoje?

--Que demais  - A menina disse pulando feliz.

--Então vai pegar sua mochila – Juliana beijou a bochecha da menina – Eu já estou indo trabalhar – A menina subiu e Juliana aproveitou para beijar Andreia –Mais tarde eu ligo para você.

--  Vou esperar ansiosamente – Andreia disse sorrindo, viu a mulher sair rápido.

--Ai como amor é lindo – Junior disse sorrindo.

--Palhaço – Andreia falou sorrindo.

--Ainda bem que se acertaram, a Juli continua a mesma ciumenta de sempre, então é melhor andar na linha. – Junior serviu uma xicara de café para ela

--E eu não sei disso, mas eu não entendi uma coisa, ela disse que não tinha o direito de ter ciúmes, não perguntei para encerrar a conversa, mas achei estranho.

-- Ai mulher maravilha você parece que não entende as coisas – Junior lhe entregou um prato com um sanduiche

--O que eu não entendo?

--Você pediu para irem devagar, então ela deve tá pensando que você não quer compromisso por enquanto.

-- Mas logico que eu quero, o que ela está pensando? Só falei aquilo em relação a não colocar o carro por cima dos bois, mas logico que quero compromisso com ela, eu casava com ela agora mesmo Junior, só que será melhor para nós se não nos apressar.

--Então deixe isso claro para ela.

--Vamos tia? – A menina chegou com a sua mochila nas costas.

--Vamos gatinha.

--Vou abrir o portão para vocês – Junior disse acompanhando-as, ao chegar na escola Andreia viu Elida  parada na entrada da escola.

--Tá fazendo o que ai parada?

-- Estou esperando fechar o portão

--Algum sinal deles?

--Até agora não os vi, e você ?– Olhou para Andreia sorrindo –Quero detalhes.

-- Que detalhes? Não tenho detalhes para lhe dá. – Viram o portão da escola fechar, logo saíram.

--Nem venha com isso, ia ver um apartamento que estou quase alugando, mas acho melhor ir para casa assim conversamos – Elida disse sorrindo

--Não tenho nada para conversar já disse.

--Jura que vai esconder de mim – Elida disse entrando no carro, Andreia sorriu e subiu na sua moto.

-- Eli levanta, temos que ir para o quartel

--Eu não, estou de folga  - Elida disse virando na cama

 --A investigadora me ligou, disse que vai ser hoje a noite. – Elida sentou.

--Merda hoje eu ia lá na academia da Barbara iria pegar ela de jeito hoje

--Ainda não conseguiu nada com ela?

--Só uns beijinhos, pense numa mulher difícil – Andreia sorriu  -- Mas vou me arrumar e saímos – Andreia concordou e foi para seu quarto, lá conversou com Juliana, avisou que iria trabalhar aquela noite e seguiu para o quartel com Elida.

--Tenente a senhora por aqui, pensei que estava de folga. – O subtenente que estava na recepção disse ao ver Andreia entrando.

--É resolvi fazer hora extra, me acompanhe para minha sala

--Tenente Luiza – Andreia parou olhando para o lado, para ver aquela loira ali fardada

--Sargento Andressa? O que faz aqui? – Ela disse voltando a andar para sua sala.

--Ela se apresentou hoje tenente, foi integrada ao batalhão ontem à noite, não sabia que a conhecia – O subtenente falou ao lado dela.

--Sargento tenho uma coisa seria para falar com ele, assim que sair mando te chamar – Andreia respirou fundo sentando na sua cadeira.

--Sim senhora – Andressa saiu com a cara feia.

--Hoje vamos dá uma investida no morro, o sargento Naldo está na escala?

--Está sim, está na patrulha do centro hoje.

-- Ótimo, passe um radio para ele, avise que às seis da noite ele venha para cá pois iremos sair em uma batida na avenida sul.

--Sim senhora, mas quantos homens a senhora vai precisar?

--Vou precisar de todos que estão de viatura, mais seis motos, porem para essa que o sargento Naldo vai apenas ele, mais três soldados de moto e uma viatura.

--Então será duas diligências?

-- Isso, mas o Naldo só saberá da dele, tenho a desconfiança que ele é o traidor, mas como não tenho certeza,  já ia esquecendo, mande ele ir com a viatura 380.

--Mas essa está com o radio quebrado.

-- Por isso mesmo, não quero que ele tenha comunicação com nenhuma outra viatura.

--Entendi não quer que ele saiba de nada, mas para onde nós vamos?

--Desculpa, mas isso só vou informar quando estivermos saindo, quero todos aqui às seis e quinze, quero munição e uso de duas submetralhadora e o maior número de armamento do arsenal, chame os mais experientes.

--Então será algo grande – O subtenente disse.

--Não sei se será apenas faça

--Sim senhora – Ele disse saindo, assim que o homem saiu Elida entrou

--Eu acho que tive um pesadelo acordada, vi a Andressa lá no corredor, eu corri, tive medo de conferir. – Andreia não aguentou e deu um leve sorriso

-- Não foi pesadelo, chama ela para mim, quero ver que diabos ela está aprontando.

--Sim senhora – Ela saiu da sala e Andreia que começou a se vestir, não costumava ir para o quartel de farda.

--Lu? – Andressa colocou a cabeça para dentro da sala.

--Na próxima vez que não se colocar no seu lugar sargento te deixo presa por 48 horas por desrespeito a hierarquia – Andreia disse a encarando.

--Desculpa Tenente, autorização para entrar? – A mulher disse com uma cara não muito boa.

--Entre e sente-se – Ela acatou – Que diabos você veio fazer aqui? – Andreia amarrava seu coturno( calçado utilizado por militar, semelhante a bota)

--Solicitei a minha transferência e ela foi aceita – Andressa disse sem importância.

--Logico o que você pedi o coronel faz – Falou com cinismo.

--Eu só disse ao papai que queria vim passar uns tempos por aqui.

-- Você não deveria ter feito isso, já deixei claro que acabamos.

--Eu sei tenente, não me pronunciei do contrário – Ela levantou-se sentando ao lado de Andreia. – Vou ficar bem juntinho de você, ops! Da senhora – Disse levantando – Autorização para sair? – Ela disse em ordem.

--Sai logo, alias você vai para uma operação conosco, ao menos é boa taticamente – Andressa deu um meio sorriso e saiu da sala.

--Então o que o despacho está fazendo aqui? – Elida perguntou entrando na sala

--Ela foi integrada ao batalhão, mais essa agora- Andreia disse  fazendo uma careta

--A tenente vai se sair bem dessa eu tenho certeza, tudo certo para sairmos? Os homens já estão quase todos ai.

-- O verme do Naldo já chegou?

--Eu o vi lá na recepção

--Quinze para seis, vou despacha-lo logo.

--Vai mandar ele para onde?

-- Ele vai para aquela boca que nos falaram na avenida sul.

--As dos ripes? Mas se achar muito vai ser uns dois loucão com não mais de dez pedras.

--Eu sei disso, mas espero que ele não saiba disso, e outra ele vai ficar de patrulha ate a hora que eu determine. – Andreia disse colocando o boné

--Você pensa em tudo mesmo

--Vamos lá para a reunião do grupo que vai fazer uma grande apreensão – Elida sorriu.

-- Boa noite homens – Todos levantaram prestaram continência – Para a sala de reunião – O sargento Naldo mais seis homens seguiram Andreia.

--A inteligência nos mandou a informação que um dos maiores traficantes da cidade está atuando na avenida sul, então vocês, vão lá e vão prende-los.

--Mas uma operação tão grande para apenas seis homens?

--Sargento vocês são os melhores, então eu confio plenamente em vocês – O homem inflou o peito se achando o máximo – Faremos assim, soubemos que aproximadamente ás vinte e duas horas o chefe deles vai chegar com uma carga, então você vai analisar e se caso for preciso comunique e  terá mais de dez homens a disposição de vocês, alguma duvida?

--Não senhora – Ele disse com um largo sorriso.

--Vocês são os melhores, sargento Elida vai passa a localização para você- Ela disse e saiu, depois de alguns minutos eles saíram para o local dito por ela.

--Eles já foram tenente- Elida avisou assim que os homens saíram.

--Ótimo, manda os demais para sala de reunião – Logo estavam todos ali. –Boa noite senhores, primeiramente quero todos entregue os telefones dos senhores, a sargento Elida, ela vai recolher – Todos colocaram os celulares na bolsa que Elida passava por todos. – Vamos fazer uma emboscada lá no morro, temos informações que chegará um carregamento hoje e vamos ganhar um ótimo flagrante,  espero conseguirmos bastante armas para ganharmos um a mais no salário – Todos sorriram com a possibilidade – Então senhores vamos agir dessa maneira – Andreia começou a passar as informações e posicionamento de cada um dos policias, depois de quase uma hora o comboio saiu.

-- Tá parecendo que vamos ter uma guerra – Andressa disse assim que entraram no carro.

--Todos os dias que saímos para trabalhar enfrentamos uma guerra sargento – Elida disse em deboche.

--Eu sei – Ela disse olhando para Andreia que estava concentrada falando no radio do carro, rapidamente vários carros ganharam as ruas e vielas do morro, não depois de um longo tiroteio, alguns foram abatidos, outros feridos, mas logo chegaram ao local onde estava sendo guardado as drogas e armas, Andreia deu um sorriso sádico ao ver JM entre eles escondido atrás de um muro, ele estava atirando contra ela, Andreia analisou bem o local, viu que eles tinha alguns homens em sua retaguarda, pediu mais reforços, conseguiu dá a volta junto com mais alguns policias e aproxima-se de JM pelas costas.

-- Perdeu JM você está cercado é melhor se entregar – Andreia gritou fazendo o homem virar atirando.

--Eu nunca me entregaria a você sua infeliz, eu só vou sossegar quando estiver com sua cabeça na mão- ele se protegia atrás de um poste. –Eu vou te matar e depois vou comer a puta da Juliana, já cansei dela fazendo cu doce.

-- O que você acha de sair dai e vim lutar no braço comigo, só eu e você, a esqueci que você é um frouxo, sempre foi, eu ainda lembro dos seus dentes quebrando na  minha mão eu adorei aquilo -Andreia aproveitava para aproximar-se dele protegendo-se como podia, sorriu a notar que ele não atirava mais, ele estava nervoso, possivelmente não tinha mais balas. – Eu estou bem curiosa para saber o que a Juli vai achar de você quando saber que você que matou a mãe dela, ela vai te odiar tanto, acho que ela mesmo vai querer te matar – Andreia estava bem próximo dele  quando ele colocou o rosto para ver onde Andreia estava sentiu o cano da pistola encostar na testa dele. – Sabe que tirar esse sorrisinho do seu rosto vai ser o maior prazer que eu vou sentir na minha vida?

--Você é uma vadia – Ele disse a olhando. – Eu vou te matar – Quando os demais policiais aproximaram-se foram alvejados por tiros, dai correram para se proteger e reagir, mas Andreia caiu. – Eu vou matar você sua sapatão dos inferno – Ele aproximou-se de Andreia pegando a arma dela, mas arma estava presa por um fino cabo de aço, ainda tentou puxar para mirar nela, mas atiraram contra ele que saiu correndo ferido.

-- A tenente foi baleada uma viatura urgente na rua de trás – Em menos de dois minutos, Andressa e Elida estavam ao lado dela.

-- Lu fala comigo – Andressa abaixou-se.

--Não toca nela, Andreia me responde, merd* não estou conseguindo ver onde foi o tiro -ela olhava com uma lanterna, mas só via uma pequena poça de sangue. – O sangue está muito pouco – Elida analisava com sua lanterna.

--A viatura chegou -Dois policiais a colocaram ela cuidado no carro e saíram em disparada com Andressa e Elida dentro do carro.

Fim do capítulo