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Blind por Bruna DX

Ver comentários: 2

Ver lista de capítulos

Palavras: 3372
Acessos: 3133   |  Postado em: 16/08/2018

Notas iniciais:

Esse capítulo será contado pelo POV da Adele

Capítulo 9

 

 

... Adele ...

 

O cheiro de café fresco me despertou. Abri os olhos sentindo que minha cabeça iria explodir a qualquer momento. Sentei na cama e levei as mãos à cabeça como se assim conseguisse fazer com que àquela dor latejante parasse, ou ao menos diminuísse. Fechei os olhos e senti um gosto ruim em minha boca, amargo. Abri bem os olhos, brigando contra a claridade que invadia o quarto e olhei em volta tentando me situar e saber exatamente onde eu estava.

 

Estava atordoada, meio perdida. Olhando pelos cantos do cômodo, dei de cara com um porta retrato na mesinha ao lado da cama, e essa foi a resposta que eu precisava, era a casa de Roberta. Ah droga! – lamentei-me mentalmente.

 

Pouco a pouco lembranças da noite passada foram invadindo minha mente com flashs e mais flashs. Shit! – xinguei. Levei as mãos ao rosto e tampei meus olhos.

 

Quando coloquei o pé no chão e olhei para baixo me dei conta de que eu vestia apenas uma blusa – que não era minha - e minha calcinha. Puxei a barra da camisa na tentativa de fazer com que ela cobrisse uma parte maior de minhas pálidas pernas.

 

Deixei o quarto e caminhei na direção do tilintar de talheres e pratos. O cheiro do café ainda me parecia muito atraente.

 

-- Bom dia, sua dorminhoca!

 

Roberta estava parada atrás do balcão da cozinha, me olhando com um sorriso nos lábios.

 

-- Como você consegue acordar com esse humor? – perguntei revirando os olhos – Bom dia!

 

-- Bom, eu estou de ótimo humor porque não estou de ressaca, dormi muito bem e hoje é sábado.

 

-- Onde estão as minhas roupas? – perguntei voltando a puxar a barra da blusa, esticando-a.

 

-- Está na lavanderia, não dava pra você ficar vestida com ela naquele estado.

 

Suspirei pesadamente imaginando o que deveria ter acontecido com a minha roupa. Eu não era acostumada a beber, e quando o fazia em demasia, meu estômago não aceitava bem, então, o final da noite era quase sempre o mesmo: colocava tudo para fora.

 

-- Desculpa pelo trabalho que eu dei. – falei me sentindo verdadeiramente constrangida.

 

-- Não há motivos para desculpas ou constrangimentos, afinal, amigos são para essas coisas mesmo. Pode contar comigo.

 

-- Eu sei que posso contar com você. – tentei sorrir

 

-- Agora vem tomar café comigo, daqui a pouco vou passar na casa da Samanta pra saber como andam os ânimos por lá.

 

-- Pode me fazer um resumo do que aconteceu ontem? – perguntei me dirigindo ao balcão da cozinha.

 

-- Não se lembra?

 

-- Me lembro de algumas coisas, mas estão um pouco confusas, com algumas lacunas.

 

-- Bom você deve se lembrar de que ontem fomos a despedida do Pedro, primo da Beatriz, na casa de um amigo deles, não é mesmo? - assenti – Deve lembrar também do clima que ficou quando chegamos e você viu a Bia, e o Roger, o dono da casa abraçados? – novamente assenti – Pois bem, você começou a beber caipirinha como se fosse água de coco e depois me perguntou se Beatriz estava ficando com o cara grandão, como você mesma chamou. Quando anoiteceu e ficou somente a galera mais íntima, começamos a brincar de verdade ou desafio, até ai tudo bem, até o momento em que desafiaram o Roger a beijar uma garota, e ele escolheu Beatriz.

 

Senti como se meu estômago tivesse virado do avesso quando a lembrança da droga desse beijo veio em minha mente de forma nítida e clara, como se tivesse acabado de acontecer. Odiei ver aquele cara com os lábios grudados nos lábios de Beatriz...

 

-- Depois do beijo você saiu de lá transtornada, - continuou - falando um monte de coisa em inglês, e não me pergunte o que era porque eu não consegui compreender. Te alcancei na rua e você me pediu pra te levar até o seu irmão, na boate dele.

 

-- Eu fui para a boate? – ela balançou a cabeça confirmando.

 

-- Tentei te persuadir, mas você estava tão transtornada, tentando chamar qualquer taxi no meio da rua que achei melhor te levar até lá. Achava que o seu irmão saberia o que fazer. Mas ele não estava lá, e você não perdeu tempo em começar a beber mais uma vez. Tirei os olhos de você um segundo pra responder uma mensagem da Samanta, e quando voltei a olhar para a pista de dança e você estava agarrada com uma morena. Ficaram aos beijos até o momento que você arrumou uma briga com uma garota lá e a segurança da boate teve que intervir. Você começou a chorar e a passar mal, e ai te trouxe para o meu apartamento que era mais perto do que o seu.

 

-- Que vergonha! – disse abaixando a cabeça sobre os braços – Não acredito que dei esse vexame todo.

 

-- Isso porque você não lembra que eu te dei banho e troquei sua roupa. – disse com um sorrisinho.

 

-- Ok, não precisa me deixar ainda mais envergonhada Beta.

 

Tentei me fundir aquela bancada de mármore e sumir tamanha era a vergonha que eu estava sentindo. Eu nunca fui de agir assim, beber por estar com raiva ou para esquecer alguma coisa.

 

O fato é que ter visto aquele beijo trocado bem na minha frente, me dilacerou. Nunca senti nada parecido com aquilo. Parecia que meu coração era apertado, estrangulado impiedosamente. Tudo ao meu redor pareceu perder o sentido, tudo pareceu fora do lugar, e a única coisa que eu queria quando sai correndo de lá, era fazer com que aquela sensação torturante parasse.

 

Sendo concisa comigo mesma e com meus sentimentos, eu estava gostando de Ana Beatriz de uma forma que nunca antes havia experimentado. Já havia me envolvido com algumas mulheres, é claro, mas desde que coloquei os olhos nela tudo pareceu mudar, em uma volta de 360º.

 

O problema da situação toda não era me dar conta de que eu estava gostando de uma mulher, de forma rápida e aterradora, era me dar conta de que era um sentimento que não era recíproco. E isso doía, como doía!

 

-- Eu te entendo Adele. Se fosse eu no seu lugar, eu também não teria agido da melhor maneira, talvez tivesse agido igualzinho a você e teria enchido a cara pra esquecer.

 

-- Ainda bem que você não me deixou fazer uma merd* maior ainda.

 

Roberta colocou uma xícara de café preto a minha frente e empurrou uma cestinha com pães na minha direção. Senti meu estômago revirar e optei por tomar apenas o café – que estava bem amargo.

 

-- As coisas não terminaram bem depois que saímos da casa do Roger. – disse e me olhou com atenção como se estivesse avaliando a minha reação.

 

-- O que aconteceu? – perguntei devolvendo a xícara pra a mesa.

 

-- Eu não sei bem, a Samanta me falou meio que por cima. Mas parece que o Diego, irmão da Bia surtou e tentou agredir ela.

 

Arregalei os olhos e senti um leve aperto no peito.

 

-- Como é que é? Agredir? Por que ele fez isso? E ela, como ela está?

 

-- Como eu disse, não sei de muita coisa, mas ele só não conseguiu agredir ela de verdade porque Roger e Pedro detiveram o Diego. Que a Beatriz não me ouça, mas, eu nunca fui com a cara do irmão dela. Já é um cara feito que tem atitudes de moleque, é irresponsável e pelo que Samanta me contou, ele é um pouco explosivo.

 

-- Ontem quando fiquei perto dele tive uma sensação ruim, estranha, sei lá. Será que ela está bem? – perguntei me sentindo realmente preocupada com ela.

 

-- Só vamos saber ao certo daqui a pouco. Depois do que aconteceu, Samanta a convenceu de dormir no apartamento dela, e evitar algum tipo de contato com ela e o irmão que estava verdadeiramente fora de si. Eu estou indo lá para ver como estão as coisas. Quer ir comigo?

 

Olhei para ela um tanto incerta, com uma parte de mim gritando enlouquecidamente, me dizendo que eu deveria ir, e a outra, insistindo para que eu desse um tempo para ela, e para mim.

 

-- Acho melhor não. Eu podia ligar pra ela...

 

-- Tudo bem, se acha melhor não ir, não vou insistir. E se quiser, liga pra ela. Acho que o momento que ela viveu ontem foi um pouco assustador, e receber o apoio de pessoas que estão ao redor dela vai ser importante. O próprio irmão, sem explicação nenhuma.

 

Ficamos em silencio. Roberta degustando de uma enorme tigela de frutas enquanto eu ainda sentia meu estômago revirar apenas com o cheiro. Olhei para o lado encarando o semblante sereno da mulher ao meu lado. Ela era a única amiga que eu tinha aqui no Brasil, e ela era amiga de verdade, do tipo que eu sabia que podia contar sempre, que nunca me deixaria na mão. Nela eu sabia que podia encontrar abrigo, conforto, apoio e carinho.

 

Roberta sabia tudo sobre mim, exatamente tudo. Era sempre com ela que eu desabafava. Quando conheci Ana Beatriz, corri para conversar com ela. Contei que havia conhecido a ex namorada da sua noiva – na época achava intrigante esse detalhe - e que de uma maneira inexplicável eu tinha me encantado por ela. A morena de olhos castanhos expressivos e boca bem desenhada havia me hipnotizado.

 

Ela ouviu todos os elogios que eu tinha para tecer em relação à Beatriz com a maior paciência do mundo, e no final, com um sorriso de canto, me perguntou: “E então, vai fazer o quê?”. Eu não sabia.

 

No dia do meu aniversário, quando ela e Samanta me arrastaram para comemorar, eu tentei negar várias vezes, disse que não gostava de comemorar o meu aniversário e estava decidida a não sair de casa naquela noite, mas quando pronunciaram o nome de Beatriz, eu quiquei feito uma bola de basquete pela minha sala e corri para me arrumar.

 

Me arrumei para ela, queria impressionar, mas foi eu que quase tive uma síncope quando a vi vestida com aquele  vestido. Só faltei babar na frente de todo mundo. Minha voz sumiu e eu só sabia olhar para ela.

 

Na boate, quando a beijei, tive a certeza de que jamais encontraria beijo tão perfeito quanto aquele, era único, era o melhor beijo da minha vida. O encaixe foi perfeito, parecia que nossas bocas foram feitas uma para outra. Ela correspondeu e me senti nas nuvens, extasiada e com o coração batendo tanto que parecia que sairia por minha boca a qualquer momento.

 

Mas ela me jogou um balde de água fria, Beatriz tinha alguém. E pra me ferrar completamente, eu já não conseguia tirar ela da cabeça, e depois do beijo, ficou ainda mais difícil, quer dizer, impossível! Eu queria aquela mulher pra mim, mas ela não me queria. E contrariando o que normalmente pensam de mim, eu não teria atitude o suficiente para conquista-la, para fazer com que ela me enxergasse ali, bem diante dela. Nesse ponto eu era extremamente tímida e sem jeito.

 

-- Adele?

 

-- Hum?

 

-- Tá sonhando acordada?

 

-- Estava pensando nela.

 

-- Quer conversar?

 

-- Eu preciso, mas não agora, preciso de mais um tempo para digerir e colocar as coisas no devido lugar.

 

-- Tudo bem. Quando estiver pronta, é só me chamar.

 

Sorri em agradecimento.

 

Quando terminamos o nosso café da manhã, Roberta foi até o quarto e me trouxe roupas mais apresentáveis para que eu pudesse ir para casa. Depois ela voltou para o quarto novamente a fim de trocar de roupa, e me perguntou mais uma vez se eu não queria acompanha-la, o que neguei.

 

Me joguei no sofá e fechei os olhos. Pensei em tanta coisa que até senti o mundo girar, só não sabia se era a minha mente cheia, ou ainda eram os efeitos da bebida alcóolica ingerida na noite anterior.

 

Tentei me lembrar da garota com a qual fiquei, do seu beijo, mas nada além da imagem de Ana Beatriz me vinha a cabeça. Pensar nela poderia ser a melhor coisa do mundo, mas vinha se tornando a pior porque quase sempre eu me torturava com cenas que eu não deveria imaginar entre ela e a tal Daniele.

 

Bia era a mulher mais linda que eu já havia postos os olhos. Tão doce, tão serena e tão delicada que me encantei por ela de cara. Algo em meu peito gritava e chacoalhava o tempo inteiro me dizendo que aquilo já se passava de encanto, mas, não podia ser, não deveria ser!

 

Depois do nosso último encontro na revista do meu pai, depois que ela me disse eu entendi bem que não teria chance nenhuma com ela, e eu deveria aceitar aquilo, deveria me conformar. Cheguei até a evitar ela, mas não surtia efeito, ela ainda continuava enraizada em meu peito e minha mente.

 

Prometi para ela e para mim que nada mais aconteceria entre a gente. Promessa sem jeito essa. Era uma das coisas mais difíceis que eu já havia prometido na vida, porque bastava vê-la para sentir meu coração quicar loucamente e sentir uma vontade torturante de beijá-la, de estar junto dela. Eu lutava contra meu próprio íntimo, meu âmago.

 

********************

 

Roberta ainda veio me deixar em casa antes de rumar para a casa de sua noiva. A incerteza se devia ou não ir com ela me assolou até o último segundo, até o instante em que eu fechei a porta do carro dela e me despedi.

 

Deus! Tudo isso era uma enorme loucura.

 

Tomei um banho, vesti uma roupa confortável, coloquei ração pra Sherlock – o cachorrinho que encontrei na rua e havia adotado há mais ou menos um ano -, e rumei para a melhor parte daquela casa, o lugar onde eu realmente conseguia relaxar e colocar as ideias no lugar.

 

Entrei e passei os olhos pelos exemplares mais diversificados de violões, guitarras e baixos – os meus queridinhos. Alcancei o violão flat na cor preta, o meu preferido, e sorri ao tocar suavemente suas cordas.

 

Sentei no chão, sobre o carpete felpudo e passei a dedilhar algumas músicas de forma aleatória, a que me vinha à cabeça, eu tocava. Roberta havia me apresentado uma banda na semana passada, se chamava “5 a Seco”. Ouvi todas as músicas e uma em específico não me saia da cabeça.

 

Concentrei-me na letra da música e meus dedos logo começaram a se mover sobre as cordas de aço. Fechei os olhos e senti a necessidade de cantar...

 

Deixa pra lá
Que de nada adianta esse papo de agora não dá
Que eu te quero é agora
E não posso e nem vou te esperar
Que esse lance de um tempo nunca funcionou pra nós dois

Sempre que der
Mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez
Qualquer coisa que faça eu pensar que você está bem
Ou deitada nos braços de um outro qualquer

Que é melhor
Do que sofrer
De saudade de mim como eu tô de você, pode crer
Que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo
Imagina só pra você

 

Quero é te ver
Dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê
E rezando pra um dia você se encontrar e perceber
Que o que falta em você sou eu

 

Cantei com o coração, cantei sentindo a emoção em cada parte daquela música. Cantei me sentindo dentro de cada estrofe e refrão.

 

Então era isso, eu ia ficar aqui e esperar um sinal? Ia ficar sentada, esperando ela estar nos braços de um outro alguém e rezar para algum dia ela me notar? Anda Adeline! Levanta, luta, você já foi mais corajosa que isso. Reage!

 

Minha cabeça voltou a latejar, mas a razão dessa vez era a necessidade de colocar para fora todo o sentimento que eu tinha em mim, até mesmo aqueles que eu ainda não havia me dado conta, aqueles que eu não havia mensurado e aqueles que eu havia guardado no fundo da minha essência.

 

Peguei o caderno que normalmente eu escrevia ideias de música que me vinham a cabeça como num estalo, assim como poesias e joguei tudo o que eu trazia no peito naquelas páginas em branco. Aquele caderno era o que eu tinha de mais íntimo, dizia tudo sobre mim.

 

Quando já não tinha mais o que escrever, com tudo exposto e se encaixando na minha cabeça, consegui chegar a uma conclusão. Eu não estava louca, Beatriz não era tão imune a mim quanto se dizia, ela tinha sim correspondia ao beijo, e apesar de ela não dizer, eu sabia que ela tinha sentido algo com ele.

 

Decidida, coloquei todos os meus medos de lado, todos os meus anseios e resolvi me apegar a o pontinha de esperança que despontava a minha frente diante do que consegui ler, diante das atitudes contidas ou não de Ana Beatriz. Era melhor tentar e sofrer com uma negativa, do que sofrer com a dúvida e a incerteza do que teria acontecido ou não se eu tivesse insistido mais um pouco.

 

Sei que com isso eu podia me machucar ainda mais, era ariscado, mas, eu tinha certeza de que valeria a pena!

 

Num salto, me levantei, coloquei o violão no suporte da parede e corri para o meu quarto em busca de meu celular. Com as mãos trêmulas digitei rapidamente uma mensagem para Roberta.

 

 “Beta, você ainda está com a Bia?”

 

Mandei a mensagem e sentei na beirada da cama. Ainda não acreditava que eu ia fazer isso, havia prometido, eu sei, mas tudo, todo aquele sentimento era mais forte do que eu, tudo era maior do que eu. E eu precisava fazer alguma coisa, precisava tentar.

 

“Acabamos de deixar ela em casa. Mas não se preocupe, ela está bem.”

 

“Ficaria chateada se eu quisesse conferir com meus próprios olhos? Preciso vê-la, preciso falar com ela. Não sei se é o momento é adequado, mas eu preciso fazer agora, ou perderia toda a coragem que acumulei. Por favor, não me julgue.”

 

“Eu jamais faria isso. Cuidado para não fazer nenhuma besteira. Qualquer coisa, eu estou aqui. Se cuide. O endereço é esse...”.

 

Ainda bem que ela sabia que apesar de ter ido até aquela casa no dia anterior para buscar a mãe de Bia, eu não saberia chegar lá sozinha, sem ajuda de GPS. Não respondi mais nada, apenas troquei de roupa, abri o Waze, joguei o endereço que ela havia me mandado, e deixei meu apartamento.

 

Bloqueei os pensamentos, sabia que se pensasse demais acabaria desistindo e dando meia volta. Eu nem mesmo sabia o que falaria, mas sabia que precisava fazer algo além de esperar, algo além de me acovardar.

 

Liguei o som do carro e passei a cantar as músicas com o intuito de me distrair, e cantar, assim como tocar realmente me distraiam.

 

O aplicativo no meu celular indicava que eu estava perto, cada vez mais perto, e quanto mais perto eu ficava, mais sentia meu estômago revirar. O meu nervosismo já era desmedido, e a vontade de desistir ainda estava presente. Mas eu estava tão perto, tão perto que já não valia mais a pena desistir.

 

Estacionei na frente da casa que o aplicativo me indicava, desliguei o carro e encarei o portão sentindo minhas mãos soarem. Eu estava parecendo uma menina, uma adolescente que estava indo para o seu primeiro encontro, que tinha a sua primeira paixão.

 

Puxei todo o ar que meus pulões eram capazes de acomodar e deixei o carro.

 

 

Continua...

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá meninas. Olha eu aqui de novo!

Bom, não chegamos aos acertos que eu tinha estipulado nas duas brincadeiras. No entanto, como eu fiquei muito feliz por vocês terem aceitado super de boa a brincadeira, e terem participado, cá estou eu com mais um capítulo. Além disso, prometo ter capítulo novo até sábado, ou seja: um na sexta, e um no sábado, somando quatro capítulos seguidos. O que acham? Podemos brincar mais vezes?

Por favor, desculpem se econtrarem algum erro por ai, não deu tempo de revisar antes de postar. Obrigada por cada comentário, por cada palavra de carinho e por acompanharem a história, ta? Não liguem, sou sentimental rsrs

 

Ah, falando sobre as meninas que acertaram:

A Amandha12, acertou que eu sou do Ceará!
A beenilorak, acertou em cheio a música!

Obrigada a todas que participaram:

LeticiaFed
beenilorak
Amandha12
Thaci
mrklim

 

Ah, essa é a música que eu disse que colocaria no capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=8h4qG9EoI1U

 

Beijos e até amanhã!


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Comentários para 9 - Capítulo 9:
Socorro
Socorro

Em: 17/08/2018

Go, Adele!!!!


Resposta do autor:

Olá Socorro! Tudo bem? Senti sua falta por aqui...

Go, Adele! Será que agora vai? Será?

Até o próximo capítulo. Beijo!

Responder

[Faça o login para poder comentar]

LeticiaFed
LeticiaFed

Em: 17/08/2018

Uhummm...go, Adele! E ela foi! hahaha Vamos ver se agora consegue falar com Beatriz e dizer o que precisa. Ou se a mala do irmão vai atrapalhar de novo, de alguma forma. E Adele tímida me surpreendeu. Mas decidida, então compensa ;)

Valeu pelo desafio, autora cearense arretada hahaha E mais um capítulo amanhã, melhor ainda! Vou ouvir essa musica, não conhecia o grupo.

Otima sexta-feira, bj!


Resposta do autor:

Aê!!! Go, Adele!
Será que o queridinho Diego vai atrapalhar a conversa entre elas? Tomara que Adele consiga dizer tudo o que precisa e que Beatriz saiba escutar, e isso, de alguma forma, ajude elas. Como será que Beatriz reage a uma conversa franca? Pois é, tem gente que é assim, meio tímida pra chegar em alguém, pra bater o pé e dizer "te quero". 

Vixe, cearense do tipo: "Não mexe com quem tá quieto" rsrs.
Olha, particularmente eu adoro essa banda, e espero que as músicas da banda também lhe agrade. 

 

Um ótimo final de sexta! Beijo 

 

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