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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

Ver comentários: 8

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Palavras: 10561
Acessos: 8374   |  Postado em: 31/07/2018

Capítulo 66

 

-- Tchau filha, se cuida meu amor. -- Amanda abraçava novamente a filha antes dela embarcar de volta para Florianópolis. 

-- Mãe... -- Natelly proferiu ainda sendo apertada. 

-- Tá bom. -- Amanda sorriu soltando-a.

-- Te amo. -- A jovem lhe sorriu.

-- Te amo. -- Amanda garantiu e, em meio a lágrimas preenchendo seus olhos via ela se afastar. Sentia tanto por ter que ser daquela forma, ao menos naquele momento era o necessário a ser feito. Naqueles últimos dias juntas, aproveitaram bastante, sua pequena estava crescendo, Natelly estava desabrochando para o mundo e sabia que precisava depositar mais confiança naquela pessoa que amava mais que a si mesmo. Sorriu vendo apenas o lugar por onde a filha havia desaparecido, deu um último suspiro desejando a ela uma boa viagem e voltou para casa.  

-- Oi, Susan. -- Amanda a viu sentada no sofá conversando com Cida, a cumprimentou com um beijo no rosto. 

-- Queridas, com licença. -- Cida sorriu saindo.

-- Obrigada, Cida. -- Amanda agradeceu. -- Aconteceu alguma coisa? -- Perguntou ao vê-la tão cedo ali.  

-- Não, está tudo bem. -- Susan sorriu. -- É que hoje o trabalho é aqui. Decidi adiantar logo o quarto, aproveitar o tempo que tenho. -- Confessou.

-- Tá, mas Sam sabe disso? -- Amanda quis saber.

-- Não. -- Susan proferiu rindo. -- Porém, não precisa se preocupar com isso, me entendo com ela depois, garanto. -- Afirmou. 

-- Sendo assim, eu lavo as minhas mãos. -- Amanda disse as levantando em gesto de abstinência. 

-- Ebaaa. -- Riram. -- Daqui a pouco o pessoal chega. Naty, me deixou tudo o que queria. 

-- Ela me disse, estava uma animação só, me mostrou tudo. -- Amanda lembrou e sorriu.

-- Ela vai adorar o resultado final. 

-- Vai. -- Concordou. -- Mas e a gravidez, como está? -- Indagou interessada.

-- Graças à Deus, tudo bem. Não senti nada ainda. -- Elas sentaram em uma conversa sobre o assunto e só encerraram com a chegada dos funcionários que, iriam ajudar Susan com o quarto. Amanda os recebeu em simpatia e com sua autorização, Susan, tomou à frente logo começando os trabalhos. 

A Advogada empresária subiu para o quarto, pôs uma roupa mais leve e desceu com o notebook e papeis, havia trabalho para fazer. 

-- Cida, te farei companhia silenciosa. -- Ela disse se acomodando à mesa da cozinha.

-- Excelente companhia, querida. -- Cida afirmou em sinceridade. -- O que vai fazer? -- Parou a olhando em expectativa.

-- Fabrício quer que eu veja esses projetos e contratos. -- Falou já se concentrando nos papeis. -- Tenho que terminar ainda hoje. -- Completou. 

Cida ficou a olhando enquanto pensava no quanto ela teve que abrir mão para estar ali, próximo a um casamento, vivendo uma nova vida, mas por mais que algumas escolhas tenham sido difíceis sabia e notava o quanto ela estava plenamente feliz, por enquanto...

-- Posso te perguntar uma coisa? -- Cida questionou.

-- Claro que pode Cida. -- Amanda disse dando atenção a ela. 

-- Eu sei que tudo é novo e principalmente que você está feliz com tudo que aconteceu e está acontecendo na sua vida. -- Cida iniciou de forma calma a olhando. -- No momento é tudo tão empolgante, você ver como o certo a ser feito, por exemplo, o seu trabalho, esse que faz a distância... -- Cida deu uma pausa e questionou. -- Mas e se daqui a um tempo isso não te bastar? Quero dizer, se sentir falta do dia a dia de trabalho que estava acostumada? -- A mulher falou realmente preocupada com aquilo. 

Amanda ficou em silêncio por um tempo. Claro que já havia pensado naquilo, e assim como, Cida, já tinha se feito aquela pergunta, mas maior que o receio de uma coisa sem certeza, era a sua felicidade e ela fora efeito de suas escolhas, não abriria mão dela, por temor de algo que poderia ou não acontecer. 

-- Já pensei, Cida. -- Disse. -- Lógico que sinto falta de como era o meu trabalho para o que é agora. -- Confessou. -- Mas isso é algo que também posso mudar, que posso recomeçar. -- Sorriu. -- Sei lá, posso procurar um trabalho aqui mesmo, há várias possibilidades a serem pensadas. -- Compartilhou o seu pensamento. -- No entanto, no momento, estou feliz do jeito que estou e não me arrependo de nada Cida, de verdade. No mais, pensarei sobre isso mais à frente, se tiver necessidade. -- Finalizou sincera para um sorriso tranquilo e feliz de Cida, que, fez questão de ir até ela a abraçar e lhe beijar na testa em um carinho. 

-- Como posso não ser feliz com tudo que tenho, Cida? Uma delas é você!  -- Afirmou encarando-a em profundo carinho, sorriu. 

-- Me desculpa, mas que bom que você bateu com aquele carro e veio parar aqui. -- Cida disse e ambas riram. -- Perdão Senhor. Mas foi o senhor quem escreveu essa história, só estou agradecendo. -- Ela advertiu e riram novamente. -- Ai deixa eu cuidar e você também ai. -- Lembrou voltando ao seu trabalho e Amanda ao dela e como havia dito, o silêncio reinou entre elas, cada uma concentrada nos seus afazeres. Logo ao lado um outro trabalho, não muito silencioso também se desenvolvia a todo vapor...

Samantha abriu a porta e, por um instante, pensou ter errado o próprio apartamento. 

-- Oi, meu anjo. -- Susan sorriu para a amiga em rápida recepção. -- Aqui meninos, esses empacotados vão pro carro. -- Ela mostrou alguns pacotes espalhados perto da porta de entrada da sala. -- E esses aqui vão lá pro quarto. -- Explicou. -- Cuidado que aqui tem um espelho... vem vou mostrar onde pôr. -- A arquiteta tomava as devidas providências. 

-- Mas o que... -- Samantha proferiu desviando da bagunça a sua volta e dos homens estranhos ali. 

-- Chegou meu amor. -- Amanda sorriu a vendo e a recebendo com um beijo. Samantha retribuiu meio que no automático, ainda observava o ambiente, além da bagunça ali conseguia ouvir o barulho da furadeira vindo do quarto, fitou Amanda. -- É, eu sei. -- Amanda disse em compreensão. -- Mas é o jeito. -- Sorriu. 

-- Eu sei, só fui pega de surpresa. -- Confessou a olhando. -- Susan, não me avisou sobre isso, acontecer hoje. -- Gesticulou a mão sobre o estado de sua sala. -- Eu tinha que está preparada. -- Avisou e Amanda riu. 

-- Ela falou que se entenderia com você. -- Amanda avisou logo. -- Então se resolvam. -- Completou rindo.

-- Tudo pelo elevador de serviço. -- Susan gritou descendo a escada. -- Sam. -- Ela sorriu abraçando a amiga em um sorriso. -- Vai ser tudo arrumado e limpado hoje mesmo. Prometo. -- Afirmou.

-- Ah, assim espero. -- Samantha advertiu. 

-- Agora ver, a ideia é dela e eu que me vire pra desorganizar sem fazer bagunça, pode isso!? -- Questionou rindo. 

-- Ok! Eu já entendi, faça o seu trabalho. -- Samantha sorriu sincera. 

-- E o quarto do bebê? Poderiam ter pensado logo nisso e feito um pacote. – Susan lembrou.

-- Mais pra frente, Su, já temos muita coisa pra organizar. -- Amanda falou. 

-- Ah verdade. Isso me lembra que eu também. -- A arquiteta lembrou. -- Deixa eu cuidar. -- Disse se afastando e voltando para o andar de cima.

-- Vamos pra cozinha que tá mais calmo. -- Amanda puxou a morena. 

-- Oi, Cida. -- Samantha sorriu. 

-- Oi, querida. -- Cida a fitou em carinho.

-- Trabalho? -- Samantha perguntou ao ver alguns papéis e o computar sobre a mesa. 

-- Sim, amor. E hoje meu escritório é junto com o da Cida. -- Riu.

-- Compreendo perfeitamente. -- Observou. -- Como foi com a Natelly? -- Samantha investigou.  

-- Um pouco ruim na despedida, mas estamos bem. -- Amanda pronunciou franca. -- Chegou mais cedo. -- Notou. 

 -- Ah sim. -- Samantha lembrou de fato o que fora fazer ali. -- Me ligaram da escola de natação da Agatha, ela vai mudar de turma. -- Sorriu.

-- Que ótimo amor, ela tinha falado sobre isso. -- Amanda lembrou. 

-- Pois é, tenho que ir lá na escola, passei aqui pra ver se você queria ir comigo. -- Samantha sorriu.

-- Claro amor. Agora?

-- Sim. 

-- Vou me trocar. -- Amanda disse e saiu apressada. -- Desculpa Cida, vou arrumar a bagunça. -- Voltou rindo, pegou seus materiais de trabalho e saiu deixando Cida e Samantha rindo. 

Sem demoras elas seguiram para a escola de natação da menina, resolveram juntas o que precisavam e ainda conseguiram fazer uma surpresa a Agatha, aparecendo para pegá-la na escola a levando para casa. Cumprindo o seu papel, a segurança da pequena as acompanhou até em casa. Agatha já havia perdido toda aquela agitação por ter Valéria sempre a seu lado, mas adorava a companhia da mulher que, tornara amiga além de sua segurança pessoal. O fato era que, aos poucos, todas elas se adaptavam as mudanças que aconteciam em suas vidas. Acontecimentos estes que, estavam deixando os dias um tanto corrido, além do mais, passavam rapidamente e ambas as mulheres se empenhavam em administrar tudo...

Samantha finalmente havia deixado tudo como queria no hospital, passara mais responsabilidade para Alexsandra, que, havia se mostrado competente e responsável para segurar as pontas por alguns meses, passando a ir ao hospital com menor frequência. Assim, a morena passou a se dedicar em maioria aos preparativos de seu casamento e a primeira tentativa de gravidez, especificamente de Amanda, contudo, um sonho de ambas, escolher e debater cada detalhe juntas, passou a ser a realidade levada com seriedade, emoção e muito amor. 

-- Manhêeee!? -- Agatha gritou enquanto corria ao redor de Samantha que, riu, seguida pelas outras três mulheres a seu redor. -- Ahhh. -- Agatha soltou um grito fino e saiu detrás da mãe. Corria de Milena, que prontamente a seguiu, elas brincavam animadas naquela manhã de domingo. O sol brilhava, ainda tímido, por entre as nuvens, o clima estava bem agradável no Parque escolhido pelas duas famílias para passarem um momento juntas. 

-- Devagar, Milena! -- Fabíola advertiu a filha que concordou. 

-- O que estão achando da Cidade? -- Samantha questionou. Elas andavam calmamente enquanto conversavam e apreciavam as belezas do local. 

-- Nos adaptando até bem. -- Letícia avisou. -- Olha isso. -- Sorriu olhando ao redor. -- É lindo assim como a Cidade, estamos muito bem sim. -- Avisou. 

-- Verdade. -- Fabíola concordou em um sorriso leve. 

-- Eu já conhecia algumas coisa de Curitiba, mas nunca tinha vindo aqui. -- Amanda avisou também gostando do local. 

-- E você, Valéria? -- Letícia questionou curiosa fitando a mulher que andava ao lado delas, mas em completo silêncio e discrição.  

-- Se refere exatamente? -- Valéria questionou a olhando serena. 

-- Não sei, fale sobre você, até hoje só ouvi seu "Bom dia senhora", "Muito prazer" e "tchau senhora". -- Sorriu em explicação. 

-- Amor, ela está trabalhando e não deve querer falar da vida dela pra desconhecidas. -- Fabíola ponderou. 

-- É tem razão, mas ao menos diga o que acha do local. -- Letícia falou olhando Valéria. -- Se importa? -- Letícia questionou e todos os olhares foram direcionados para a segurança. 

-- Não, claro que não. -- Valéria sorriu. -- Esse parque é mesmo um lugar lindo, já vim algumas vezes. -- Revelou. -- Quanto a mim, não tenho nada de mais, sou segurança particular, divorciada, tenho um filho, inclusive já o trouxe aqui. -- Falou sincera. 

-- É ótimo mesmo para passeio assim. -- Letícia falou se referindo ao passeio delas.

-- Como chama seu filho? -- Amanda quem indagou curiosa. 

-- Victor Gabriel. -- Sorriu verdadeiramente feliz por se referir ao menino. 

-- Lindo nome, poderia nos apresentar qualquer dia desses. -- Amanda sorriu sincera. 

-- Em alguma oportunidade. -- Valéria avisou. -- Com licença. -- Falou desviando o caminho ao ver ambas as crianças se afastarem um pouco. 

-- Agatha não se afaste tanto. -- Samantha avisou a filha que já retornava correndo junto de Milena. 

-- Mãe me dá a câmera, quero tirar foto. -- Falou ofegante ao se aproximar de Amanda. 

Amanda sorriu em contentamento entregando a câmera a ela, Agatha vez e outra a chamava de mãe, e era sempre uma surpresa e felicidade ver que ela aos poucos ia a considerando com tal, pois seu coração já a amava incondicionalmente.

-- Amarra aqui pra mim. -- Agatha voltou com o cadarço do tênis solto.   

-- Para de correr filha. -- Amanda avisou se abaixando e passando a mão no rosto suado de Agatha, em seguida lhe atendeu o pedido. 

-- Tá bom. Agora vamos tirar foto. -- Sorriu olhando para Milena que também estava suada. -- Vamos, Milena. -- Elas saíram correndo. 

-- Mesmo que dizer, corre filha, vai correndo. -- Samantha foi quem falou as observando e todas riram. 

Aproveitar mais a família, também se tornou uma prioridade vez e outra. Eram momentos como aqueles que deixava a vida mais leve, e só dava a certeza de que a família já era realidade muito antes de uma oficialização. E foi em um dia de passeio, que, um episódio do passado se fez presente novamente. 

-- Agatha, filha, devagar. -- Samantha pediu vendo a menina se afastar alguns metros à frente delas, mas Valéria a acompanhava de perto como sempre.

-- Olha mãe, Amanda. -- A menina mostrou a elas algo em uma vitrine. -- Bonito né. -- Sorriu voltando a correr pelo espaço.

Depois da aula de natação a pequena insistiu em uma ida ao shopping para um “passeio com lanche”, palavras da menina. Amanda resolvera aceitar, ligou para Samantha que, depois de uma ida rápida ao hospital, as encontrou lá, se juntando a elas, passeio este que, já alcançava duas horas entre lanchar e brincar. 

-- Sim amor. -- Amanda concordou e a chamou. 

-- Agora vamos pra casa? -- Samantha pediu passando a mão no rosto da pequena. 

-- Vamos. -- A menina sorriu em acordo. 

-- Agatha segura a mão da sua mãe. -- Valéria pediu enquanto tinha o olhar em determinada direção. 

Samantha pegou na mão de Agatha, sabia que a atitude da segurança era inusitada, então buscou a mesma direção para onde a outra mulher olhava, mas não viu nada de diferente, apenas pessoas andando, comprando... 

-- Vamos. -- Valéria disse mostrando a direção e Amanda tomou à junto com Agatha. 

-- O que foi? -- Amanda perguntou interessada, também pegando na mão de Agatha. 

-- Ele está aqui. -- Valéria advertiu enquanto elas andavam calmamente. 

-- Paulo. -- Samantha falou o vendo. 

-- Onde? -- Amanda proferiu olhando a seu redor, agora de forma preocupada, puxou Agatha colando-a em seu corpo em receio. 

-- Calma. -- Valéria pediu ao ver o nervosismo da advogada. 

-- Como calma? -- Amanda indagou apertando repetidamente o botão do elevador. -- Droga! 

-- Ei, você falou um nome feio. -- A pequena que estava alheia a situação observou. 

Valéria riu, discretamente atenta mantinha seu olhar sobre Paulo e ao redor delas. Samantha também demonstrava mais calma. No entanto, Amanda não conseguia esconder sua aflição diante daquela situação. 

-- Amor, ele está longe, calma. -- Samantha a envolveu na cintura e lhe beijou o rosto. 

-- Desculpa, filha. -- Amanda pediu a menina enquanto insistia em apertar o botão do elevador.

-- Acho que já está bom. -- A segurança advertiu pegando na mão de Amanda a fazendo parar de chamar o elevador. -- Ele não está perto, nem nos viu. -- Avisou calma e segura do que dizia. 

-- Chegou! -- Amanda viu a porta do elevador abrir e logo entrou levando Agatha consigo.

-- Val, leve elas, eu vou ficar de olho nele. -- Samantha pediu sem entrar no elevador.

-- É o quê? -- Amanda disse em quase grito. -- Não, amor, é perigoso! -- Afirmou.

-- Amor, está cheio aqui, ele não fará nada, nem vou lá...

-- Não, não, vamos embora. -- Amanda pediu.

-- Escuta, só vou ficar de olho até vocês irem, ele não vai me ver, prometo, depois vou pra casa. -- Samantha assegurou. -- Prometo! -- Repetiu e beijou os lábios de sua noiva, depois a filha as fazendo ir.

-- Por que ele está aqui? -- Amanda questionou. 

-- Ele quem Amanda? -- Agatha indagou curiosa. Amanda a mantinha em frente ao seu corpo. 

-- Nada não, meu amor. -- Amanda esforçou-se para sorrir, estava preocupada com Samantha. 

-- Coincidência, este é um espaço público como qualquer outro. -- Valéria colocou. -- Vamos. -- Chamou assim que o elevador alcançou o estacionamento. -- Pelo que sei ele está se entendendo com a justiça...

-- Aliás, nada justo. -- Amanda lembrou em revolta. 

-- O que quero dizer é que ele tem liberdade pra ir aonde quiser. -- A segurança esclareceu enquanto elas caminhavam em direção ao carro. 

-- Entra filha. -- Amanda pediu assim que abriu a porta traseira do automóvel. 

-- Está tudo bem. -- Valéria afirmou assumindo o volante e olhando as duas no banco de trás. -- Foi só coincidência, ele estava com uma mulher. -- Disse pondo o carro em movimento. 

-- Tem certeza? -- Amanda indagou insegura.

-- Absoluta! -- Valéria afirmou a olhando pelo retrovisor. 

-- Porque a mamãe não veio? – Agatha quis saber.

-- Ela nos encontrará em casa amor. -- Sorriu tentando repassar a calma que não sentia.

-- Ela tá zangada porque demoramos no shopping? -- Agatha questionou para Amanda. 

-- O quê? -- Amanda olhou a pequena a seu lado, o olhar dela era de confuso. -- Oh meu amor, não filha. -- Amanda sorriu e a beijou com carinho. -- Gostou do passeio? -- Indagou tentando aliviar a tensão e voltar ao normal. Intimamente estava muito preocupada com sua noiva, rezando para que ela fizesse o que prometeu. 

-- Samantha? -- Uma voz conhecida despertou a atenção da morena que, como prometido, apenas observava Paulo de longe. 

-- Otávio? -- Samantha disse o olhando. -- Que surpresa. -- Ela disse realmente com aquela sensação.

-- Pois é. -- Ele disse em um sorriso. -- Vim encontrar com o Paulo, ele insistiu. 

-- Aqui? -- Samantha indagou e fitou para onde sabia que o filho daquele homem estava, mas para sua surpresa e receio não viu mais. 

-- Na verdade, passei só para busca-lo. -- Confessou. -- Algum problema? -- Ele perguntou notando a inquietação de Samantha. 

-- Não, só estava...

-- Olha só que surpresa... 

Samantha ouviu a voz debochada de Paulo atrás de si. Sua reação fora a irritação. 

-- Veio as compras? -- Ele indagou se pondo ao lado do pai em um sorriso infido. 

-- Não é da tua conta. -- Samantha advertiu. 

 -- Pena, eu ia te dá umas dicas sobre...

-- Já chega, Paulo. -- Otávio o cortou logo. -- Chame a sua namorada e vamos para casa. 

-- Mas...

-- Eu te falei que esse negócio de shopping não era pra mim, agora vá, não falarei novamente. -- Advertiu para logo vê-lo obedecer. -- Samantha eu vi você o observando...

-- Eu precisava. -- A morena confessou.

-- Samantha, o que te prometi é verdade, fique tranquila, Paulo não fará mais nada contra sua filha ou família, te garanto, filha. -- O senhor afirmou com sinceridade. -- Ele está pagando pelo atos.

-- Por mais que eu tente, não dá e não vou baixar a guarda, Otávio. -- Samantha afirmou. -- Em você eu confio, no Paulo, não. Desculpe. -- Disse o fitando. 

-- Entendo, é um direito seu -- Ele proferiu e sorriu rápido. -- Faremos cada um a nossa parte. -- Otávio alegou. -- Preciso ir, foi um prazer te rever. -- Completou franco.

-- Digo o mesmo. Sabe que sinto um carinho enorme por você. -- Samantha disse a verdade, ele era um homem justo e integro, não entendia por que o filho era tão diferente do pai. 

-- Posso? -- Ele abriu os braços em pedido de um abraço e Samantha não tardou em preencher aqueles braços em carinho e respeito. -- Tchau querida.

-- Tchau. -- Ela sorriu e logo o viu deixando-a sozinha. Suspirou também tomando o caminho da saída, pegou o celular, precisava acalmar sua amada, fora apenas um susto, um dia atípico, no meio de maravilhas, correrias e emoções. 

 

* * * * 

E tratando de fascínios, o dia da transferência dos embriões fora de mais uma etapa alegre e emocionante na vida delas juntas. 

-- Oi, oi. -- Elisa disse vindo de encontro a Samantha e Amanda. -- Podemos? -- A mulher perguntou dando um sorriso em cumprimento. 

-- Ah, por favor, já estou aqui que não me aguento de nervosa. -- Amanda confessou aflita, estava deitada e devidamente preparada para receber os embriões. Samantha estava sentada ao lado da cama e ambas as mãos seguravam as de sua noiva.

-- Então vamos começar. -- Proferiu. -- Meu bem, afasta um pouquinho as pernas. -- Elisa pediu com delicadeza enquanto sentava dando todas as recomendações precisas à Amanda. 

Amanda a obedeceu e apertou mais as mãos de Samantha buscando os olhos negros da morena, esta, também estava sentindo um nervosismo a deixando com um frio na barriga. No entanto, elas sorriram, ali sim, era o momento praticamente decisivo para a tão sonhada gravidez delas. Samantha carinhosamente se aproximou e beijou demoradamente os lábios de Amanda, levou a mão direita até a cabeça onde havia uma touca de proteção e por cima dela, fazia um carinho. 

-- Amanda, como eu disse não precisa de anestesia, talvez sinta um leve incômodo, então fique o mais relaxada que conseguir, está bem? -- Elisa disse já totalmente preparada para fazer a transferência. -- Na tela vai aparecer o que farei aqui. – Informou olhando de uma a outra. Amanda assentiu com a cabeça e sorriu ansiosa. Samantha estava a seu lado em total apoio, amor e expectativas. -- Pronta? -- Elisa fez um último questionamento. 

-- Sim. 

Elisa levou sua mão a intimidade de Amanda, com dois dedos ela massageou a entrada dela fazendo uma leve lubrificação, em seguida pegou um espéculo ginecológico e com cuidado, penetrou no centro da intimidade de Amanda que, sentiu o desconforto completamente normal. 

-- Tudo bem? Alguma dor? -- Elisa questionou olhando-a.

-- Tudo bem, sem dores. -- Amanda confessou sincera. 

Samantha sorriu ao ter os olhos de Amanda fixo nos seus, eles sorriam felizes, sem dúvida. 

Elisa pegou a seringa lhe cedida pela assistente e a conectou no cateter, olhou Amanda pedindo uma permissão que, lhe foi dada de imediato, assim, ela iniciou o procedimento, penetrando o cateter na intimidade da mulher que assistia tudo pela tela junto de Samantha. A ocasião deu vazão a uma emoção que Amanda não conseguiu controlar, seus olhos derramaram toda a felicidade em lágrimas que banhavam o rosto que, sorria. Samantha até tentou conter as suas lágrimas, pois sentia a mesma comoção, mas foi completamente impossível. 

-- Nosso filho, amor... -- Amanda disse arrebatada. Efeito de que estavam construindo uma família linda e uma vida maravilhosa, e seu amor pela morena, pela vida delas e pelos sonhos ainda a serem realizados, era só uma pequena prova de que estavam, sim, numa felicidade extraordinária. 

-- Sim meu amor. -- Samantha a beijou, o salgado das lágrimas se misturou ao sabor da felicidade naquele beijo. -- Te amo tanto. Tanto... -- Samantha colou a testa na de Amanda. Está levou uma das mãos a nuca da morena e sorriu plena. 

-- Eu te amo, amo...    

E juntas elas vivenciaram todas as sensações daquele momento tão ansiado... 

-- Prontinho meus amores. -- A médica delas disse ao finalizar todo o procedimento. 

-- Já? -- Amanda indagou surpresa. 

-- Já sim. -- Elisa afirmou levantando-se em um sorriso. -- Está tudo bem? Sente dor? Algum incômodo? -- Quis saber precavida.

-- Não, nada. -- Amanda disse. 

-- Ótimo querida. -- Elisa sorriu agradável. -- Agora deite direitinho, por favor. -- Elisa a ajudou deitar corretamente. -- Vinte minutinhos de repouso. -- Advertiu. 

-- Obrigada, Elisa. -- Amanda tinha um sorriso grato. 

-- É um prazer, linda. Mais uma etapa concluída, relaxe um momento e agora é esperar alguns dias. -- Explicou. 

-- Vai dá tudo certo, amor. -- Samantha disse beijando a mão de sua noiva. Esta, lhe sorriu em felicidade, sorriram e Samantha a beijou.

-- Vou deixá-las as sós, volto depois. Qualquer coisa me chamem. -- Elisa sorriu e as deixou. 

-- Te amo. -- Samantha declarou. Se sentia como nunca se sentirá antes, a cada olhar de Amanda cruzado com o seu, cada sorriso dela, cada momento juntas, seja somente elas duas ou em família, era a sua certeza de que o amor a fez mudar, ser melhor, ser definitivamente mais feliz, e a confiança de que era amada e de que retribuía com a mesma intensidade, era sua força e suficiente para lutar por tudo que as deixassem cada vez felizes e melhores.  

 

* * * *

 

-- Precisamos supervisionar o fechamento do orçamento. -- Samantha falou enquanto assinava alguns papeis, haviam acabado se encerrar uma reunião. -- Mas você faz isso. Mamãe quer que eu faça a prova o vestido, ela fez questão de cuidar disso e eu praticamente deu graças à Deus, ainda temos a prova do buffet. -- Lembrou. -- Tem que verificar esses materiais do laboratório. -- Observou olhando os papeis. -- Oh, está vendo? São muitas coisas pra resolver, que já estou misturando uma coisa com a outra, sendo que, não era nem pra eu está aqui. -- Samantha notou deixando os papéis de lado. -- Devia ter pedido férias por uns 6 meses, nossa nunca pensei que casar desse tanto trabalho. -- Olhou a irmã e, só então, notou que ela provavelmente não lhe dava nenhuma atenção. -- Alex?  

-- Hum? -- Alexsandra proferiu a olhando. 

-- Estou falando sozinha aqui. -- Disse. -- Algum problema?

-- Sabe o dia que briguei com o segurança? -- Alexsandra indagou para irmã. 

-- Sei. O que tem? -- Samantha lembrou em repreensão.

-- Eu vi a necessidade das pessoas e fiquei pensando em como ajudar também.

-- Sério?  -- Samantha indagou surpresa, sorriu. -- O que pensa em fazer? -- Estava bastante interessada. 

-- Andei pesquisando aquela ala. -- Confessou vendo que Samantha não negava sua surpresa, continuou. -- Só tem o básico, consultas e alguns exames. Mas quando a pessoa realmente precisa de atendimentos específicos não existe auxílio aqui, ou seja, a pessoa descobre tal doença, o câncer, por exemplo, mas não tem o tratamento, não é ruim essa parte? -- Indagou. 

-- Sim, de fato. -- Samantha concordou. -- O hospital sempre ofereceu somente o básico, consultas rotineiras, exames da mesma forma. -- Samantha lembrou. Até então não havia pensado da mesma forma que a irmã, sempre havia se esforçado para que nunca faltasse nada para aqueles atendimentos, assim como, para todo o hospital. -- Confesso que ainda não tinha parado para pensar dessa forma. -- A morena admitiu realmente pensando nas palavras da irmã caçula. -- E agora fiquei muito interessada. -- Advertiu sincera. -- O que pensa a respeito?  

-- Eu quero atender lá também, mas quero dá todo suporte, desde a primeira consulta até determinado tratamento, caso a pessoa precise. -- Relatou séria. -- Por exemplo, eu atendo na minha área, acompanho as pacientes do início ao fim, com tudo que elas precisarem incluso, caso precisem. Entendeu? 

-- Sim, entendi. -- Samantha disse ficando em silêncio a ideia da irmã era ótima, mas tinha alguns detalhes. -- Mas temos alguns detalhes que precisam ser tratados antes disso. -- Afirmou.

-- Sei. As burocracias e blá blá blá. -- Alexsandra proferiu entediada.

-- Não é bla blá blá, Alex. -- Samantha falou. -- Sua ideia é ótima. No entanto, ela tem viários fatores a serem relevados e estudados. Somos uma empresa privada, temos sócios, minoritários, mas temos, eles, nós visamos lucros. Não vamos ser hipócritas em dizer que não, não é mesmo?

-- Não, lógico que sei disso. -- Alexsandra concordou entendendo a irmã perfeitamente. -- Então minha ideia é uma furada? 

-- Claro que não! -- Samantha negou de pronto. -- Ela é ótima. Só precisa ser posta no papel, e apresentada. Se tiver totalmente dentro dos padrões ela é aprovada com certeza. -- Sorriu sincera e orgulhosa da irmã. 

-- Sério? -- Alexsandra sorriu animada. 

-- Sério grandona. -- Samantha afirmou.

-- Então o que tenho que fazer exatamente?  -- Questionou verdadeiramente interessada.

-- Aquele velho projeto. -- Samantha avisou. -- Coloque tudo que vai precisar e o mais importante, quanto custará cada um deles. O orçamento final tem que estar nos padrões exigidos. Claro que, com mais essa ideia, vamos ter que ceder mais uma quantia para essa ala. Aliás, esse aumento dever ser calculado com base nas normas e edital do hospital. 

-- Temos um edital? -- Alexsandra indagou surpresa.

-- Ah, temos sim e você vai ter que ler ele pra fazer isso aí. -- Avisou 

-- Ah não, Sam. 

-- Sem reclamações, se você quer mesmo isso corra atrás. -- Advertiu de forma séria. 

-- Tá bom. -- A mastologista concordou e sorriu a verdade era que estava realmente disposta a fazer aquilo. -- Vou ver isso.

A morena ficou a observar pensativa a saída da irmã. Sentia-se admirada pela mais nova dedicação de Maria Alexsandra, e também orgulho, fato que, fora aumentado poucos dias depois, quando a mesma lhe veio com todo o projeto feito lhe pedindo para avaliar e em seguida uma reunião com os acionistas e conselho. E enquanto assistia a apresentação do projeto elaborado pela irmã, não escondia a felicidade por, finalmente, estar presenciando uma Alexsandra mais dedicada e responsável pelo patrimônio e profissão. Sorriu, assim que, viu ela a olhar numa mistura de alívio e nervosismo ao final da apresentação. Ela fora excelente e queria passar isso a ela, então, como irmã e presidente Samantha levantou-se tomando agora à frente. 

-- Creio que, a doutora Maria Alexsandra foi devidamente clara em todas as explicações, agora cabe a nós aqui presente, votar na aprovação ou não, ponderações e voto, à vontade. -- Samantha cedeu o espaço, em seguida olhou para a irmã, sentada a seu lado e acenou em sinal de apoio.  

Alexsandra sabia que aquilo era uma formalidade necessária, embora sua família fosse acionista majoritária precisavam levar em conta a opinião dos demais. A verdade era que no seu caso dependeria quase e tão somente da aprovação de Samantha, já que, ela detinha a maioria das ações em sua posse... E então, minutos de ansiedade depois, soube que sua ideia fora um completo sucesso, com direito a total aprovação de todos, principalmente o de sua irmã, Samantha fizera questão de deixar claro o seu orgulho e após essa alegria só pensará em uma pessoa para compartilhar tal conquista e felicidade.  

-- Amor? -- Alexsandra entrou intempestiva a procura de Laila, esta, examinava um paciente e a olhou em susto e censura. -- Me desculpe, por favor. -- Ela pediu olhando o senhor ao lado de sua namorada e em seguida o médico que supervisionava Laila. -- Desculpa, eu... eu vou ficar aqui. -- Sorriu frouxo. -- Calada. -- Completou se posicionando em um canto da sala, olhando Laila que, lhe sorriu de forma discreta voltando sua atenção ao que fazia antes da namorada chegar. 

Ao contrário de sua irmã, Samantha bateu na porta antes de entrar, em seguida entrou de forma discreta sem incomodar ninguém e se posicionou ao lado do amigo que, a seu pedido, ficou como tutor de Laila aquela manhã. 

-- Sente dor quando aperto? -- Laila questionou ao paciente.

-- Por mim, ela já pode fazer isso sem supervisão. -- O médico observou sincero e sorriu. -- Ela está progredindo rápido. -- Notou olhando Samantha, estava admirado com o trabalho da jovem estagiária.  

-- Laila tem uma determinação admirável, além da inteligência, gentileza, paciência, amor pelo que faz, dentre outras coisas. -- Samantha narrou com admiração e contentamento sem desviar o olhar de sua melhor estagiária. -- Ela tem um futuro brilhante pela frente. -- Afirmou. 

-- Ela tem uma excelente inspiração. -- Ele afirmou olhando a amiga, enfim sorriu. – Já que está aqui, vou indo. -- Ele informou.

-- Obrigada. -- Samantha disse grata e o olhou sair, depois buscou Laila e sorriu em pensamentos. 

Tivera excelentes professores e oportunidades incríveis que a tornaram a médica e pessoa que era. Além de amar sua profissão, via em Laila, ela própria, totalmente dedicada a tudo que fazia. Quando conheceu Laila, soube de imediato que ela era diferente, e assistir naqueles pouquíssimos meses o seu progresso rápido e dedicado, era uma inspiração, além de desejo de treiná-la, dedicar a ela a mesma ou maior atenção que tivera no passado. Laila merecia e buscava ser a melhor e isso lhe enchia de orgulho e felicidade, a jovem menina lhe inspirava também, e despertava o desejo de destinar a ela todos os seus conhecimentos. 

-- Prontinho. -- Samantha assinou a receita, após avaliar e aprovar consulta e os medicamentos prescritos por Laila. -- Faça tudo como essa moça disse. 

-- Está bem, muito obrigada. -- Ele sorriu sincero e saiu. 

-- Amor... -- Alexsandra foi a primeira a ir até ela e lhe beija os lábios em saudade e arrebatamento pelo que a viu fazer. -- Você está ótima. -- Elogiou sorrindo. 

-- Alex está certa, Laila, eu estou, sem palavras para descrever seu progresso. -- Samantha confessou a olhando em um sorriso. -- Só consigo pensar em, extraordinário. -- Avisou. -- Meus parabéns, está sendo brilhante. -- Afirmou em contentamento. 

-- Obrigada, Samantha. Devo tudo isso a você. -- Laila sorriu grata e ganhou um beijo no rosto de Alexsandra.

-- Não, não, você faz sua parte, é mais que merecedora. -- Samantha alegou. -- Vocês duas hoje, foram, maravilhosas. -- Declarou.

-- Quer dizer que... -- Laila buscou o olhar de sua namorada.

-- Eu consegui! -- Alexsandra confessou. 

-- Ahhh! -- Laila a abraçou com fervor, sabia o quanto sua namorada se dedicou aquele projeto. -- Parabéns, parabéns, parabéns meu amor. -- Laila sorria enquanto era girada por Alexsandra que a tinha suspensa em seu colo.  

Samantha as assistia rindo, estava feliz por elas, ambas cresciam a seu modo. E de forma mais particular, Maria Alexsandra fora quem mais a surpreendera, e sabia que parte daquela mudança e responsabilidade adquirida pela mastologista, fora tida através da inspiração que Laila despertava nela, fato que, só a ajudou a crescer de muitas formas.

Alexsandra passara a tomar conta do hospital praticamente sozinha, e depois que a irmã casasse e retornasse, elas iriam dividir a direção do hospital, e Samantha já havia lhe deixado claro aquilo. O fato, era que, pela primeira vez estava assumindo as responsabilidades sem lutar contra, como sempre fizera. Estava sim, mais cansativo, mas com isso vinham bem mais reconhecimentos, tanto dos demais quanto de si mesmo, notava, estava reconhecendo o que era capaz de fazer, e aquilo só lhe dava mais vontade se seguir adiante de forma agradável... 

 

* * * * 

 

-- Oi. -- Alexsandra sorriu fazendo Laila sorrir também. 

-- Alê!? -- Laila abraçou a namorada em surpresa e carinho. -- Vem. -- Falou a puxando pela mão a fazendo entrar. -- Não sabia que você vinha, mas feliz que tenha vindo. -- Confessou a olhando contente.

-- Que bom. -- Alexsandra disse sentando junto a namorada no sofá da sala. Laila usava uma regata branca e um short folgado, os pés descalços a deixava com um ar simples, mas sempre linda, sorriu a olhando.

-- Que foi? -- Laila indagou a olhando curiosa.

-- Nada... Você é linda. -- Alexsandra falou deixando sua mão pousar na perna da namorada em um carinho. Laila sorriu em reação e Alexsandra sorriu a beijando.

-- Você não tinha que está no hospital!? -- Laila questionou lhe fazendo um carinho nos cabelos da nuca. 

Alexsandra suspirou e espontaneamente deitou sobre as pernas da namorada que sorriu a recebendo com um cafuné nos cabelos. 

-- Era... -- Alexsandra confessou enquanto brincava com o cordão no pescoço. 

Laila notou a tristeza da namorada, imaginava o motivo, mas deixaria ela falar quando tivesse vontade, apenas continuou com o carinho nos fios pretos, agora na franja e rosto. 

-- A Vick faz aniversário hoje. -- Alexsandra revelou depois de um tempo, olhou o rosto de Laila. 

-- Sério, Alê!? -- Laila sorriu contente. -- Então deveria ser um dia feliz, não acha? -- Questionou. 

-- Sim, mas ela não tá aqui. -- Falou calma. -- Ela foi embora e até agora, não me ligou nenhuma vez. --Alexsandra avisou com pesar e tristeza. 

-- Já tentou ligar pra ela? -- Laila indagou. 

-- Várias vezes, mas não consegui. – Admitiu. -- Ela me falou que ligaria o contrário não daria certo. -- Alexsandra lembrou.

-- Entendi... -- Falou sincera e suspirou sentida. -- Alê, ela precisa de um tempo para se reestruturar depois de tudo que aconteceu, você também precisa desse tempo. -- Laila avisou calma.

-- Eu sei, amor... Ao menos hoje queria falar com ela, da os parabéns... -- Confessou olhando Laila, esta, compreendia o abatimento da namorada. 

-- Eu te entendo, meu anjo. -- Laila sorriu terna sem deixar de acariciar os cabelos negros. -- Olha só, importante é que conseguiram ficar bem, já é um ótimo caminho para quando ela voltar, vão poder encarar uma a outra sem rancor ou sofrimentos, vai ser melhor para todos nós. -- Laila proferiu com sinceridade fitando os olhos de Alexsandra.

-- É... Eu sei amor. -- Alexsandra concordou. 

-- Vai se anime, hum? -- Laila pediu fazendo cócegas na barriga da morena que, riu sem se conter.  

-- Tá. -- Alexsandra falou rindo.  

-- Tenha calma Alê, ela vai te ligar, tenho certeza. -- Sorriu a olhando com carinho. -- "Tem que ligar". -- Essa última frase pensou em pedido e esperança, sabia a importância disso para sua namorada e queria vê-la feliz. 

-- Cadê os meninos? 

-- Na rua, dizendo eles que foram. -- Laila parou assim que ouviu o toque do celular de Alexsandra. 

-- Quem é? -- Alexsandra indagou em esperança. 

-- Acho que é do hospital. -- Laila disse tendo o celular de sua namorada na mão.

-- Atende e diz que eu não estou. -- Alexsandra advertiu voltando as pernas confortável de Laila. 

-- Alê, deve ser importante. 

-- Ahr, você tem razão. -- Ela disse pegando o celular e atendendo. -- Não, deixe na minha mesa que depois vejo. Só libere os que te deixei ontem, ok!? -- Finalizou e olhou Laila. -- O que estava fazendo? Te atrapalhei? 

-- Jamais meu amor. -- Laila disse lhe envolvendo o pescoço. -- Você não me atrapalha. -- Sorriu. 

-- Sendo assim. -- Alexsandra sorriu e a beijou demoradamente. Ato que foi interrompido pelo celular novamente tocando. -- Humm. Não se pode mais namorar, não? -- Notou pegando o celular enquanto Laila ria. -- Amor acho que é ela. -- O sorriso era de contentamento. 

-- Atende logo. -- Laila disse vendo a alegria de sua namorada. 

-- Oi. -- Ela atendeu ainda de forma contida, mas logo o sorriso de abriu.

-- Oi, Denguinho. -- A voz de Victória lhe soou carinhosa. 

-- Ah, Vick!? -- Alexsandra chegou a se levantar levando sua mão aos cabelos. -- Eu já te xinguei hoje sabia!? -- Confessou em um sorriso. 

-- Logo hoje, Deguinho? Que insensível. -- Victória disse e Alexsandra notava o sorriso junto a voz. 

-- Justamente por isso. -- A morena afirmou.

Laila sorriu observando sua morena andar pela sala enquanto falava com a amiga e aniversariante do dia, mentalmente agradeceu, pois sabia reconhecer o quanto aquilo e aquela pessoa era importante para Alexsandra. 

-- Hello Family! -- Mônica chegou falando e junto com ela entrou a namorada, o irmão e mais dois rapazes e uma menina, todos em uma conversa animada. -- Ei Alex? -- Ela cumprimentou a cunhada que lhe sorriu dando um tchau. 

-- Ela está em uma ligação importante. -- Laila avisou a irmã. 

-- Quem é? -- Mônica indagou baixo. 

-- A Vick.

-- E vai deixar ela ficar falando com a mina que gosta dela? Fica esperta. 

-- Mônica! -- Laila proferiu. -- É importante para ela, e não vou bancar a louca ciumenta com uma coisa sem cabimento no momento. -- Afirmou. 

-- Tá bom. -- Mônica proferiu. -- Cambada fala baixo ai. -- Pediu aos amigos. 

-- Amor vai pro meu quarto. -- Laila disse a namorada. -- Mais calmo. 

-- Vou sim, amor. Obrigada vida. -- Alexsandra sorriu, lhe beijou os lábios e subiu para o local lhe sugerido. -- Eu sinto sua falta. -- Alexsandra confessou em tristeza e verdade. 

-- Eu também sinto a sua. -- Victória revelou, no entanto, de uma forma mais intensa de sentimentos. -- Mas tem que ser assim, Alex. 

-- Por quê? É tão ruim ter ficado sem você de uma hora pra outra, Vick. -- Alexsandra advertiu sentando-se na cama de sua namorada, estava magoada pela sua situação com sua melhor amiga ser daquela forma. -- Sinto falta das nossas conversas do nosso dia a dia no hospital, ou quando saíamos, de tudo. -- Afirmou. 

-- Alex eu também sinto a sua falta. -- Maria Alexsandra ouviu-a confessar, e junto a voz embargada. -- Por favor... Não está sendo fácil pra mim, não dificulta as coisas, está bem? -- Pediu após um suspiro tentando se controlar. -- Ou vou desligar. -- Ameaçou sincera. 

-- Não, não, por favor, eu não vou mais insistir nisso. -- A mastologista disse em medo. -- Falemos de outra coisa. -- Alexsandra esforçou-se em um sorriso para animar o clima tenso e triste. -- Então vai me contando, vai ter festa? Como está sendo a estadia aí? Ah sem esquecer que tem que estudar muito mesmo pra me superar, estou com novos projetos. -- Proferiu em animação. 

-- Obrigada. -- Victória disse grata e sorriu. 

-- Anda vai falando, quero saber todas as novidades.

-- Festa não vai ter, vou sair com uns colegas de curso, nada de mais. -- Avisou. -- Quanto à cidade? Bem ainda estou me acostumando com tudo por aqui... -- Victória disse mais animada. E assim, relatou tudo que achou justo a sua amiga.  – Agora é sua vez, como está tudo por aí? -- Indagou.

-- Sam, vai casar e vou ser madrinha, uma das madrinhas. -- Alexsandra avisou feliz.

-- Eu sabia! -- Victória disse rindo. -- Sam, não ia perder tempo mesmo. 

-- Embora eu meio que duvide que você venha. -- Alexsandra tocou no assunto com delicadeza. -- É certo que você terá um convite reservado. -- Avisou. 

-- Eu sei que sim. -- A outra respondeu sincera. -- Mas me fala de você. O que tem aprontado sem minha companhia? Que novos projetos são esses? -- Questionou mudando de assunto. 

-- Sam quer me transformar numa Alex responsável. -- Disse rindo. -- E, segura essa, quer que, eu divida a presidência do hospital com ela. 

-- Não brinca!? -- Victória proferiu surpresa do outro lado da linha. -- Uau! Muitas mudanças mesmo. -- Observou e sorriu. -- Está dando conta de tudo isso? -- Perguntou sabendo que a amiga não era nada a favor daquilo.

-- Bom, devido ao casamento dela e outras coisas eu quem estou à frente de muita coisa no momento, e embora eu não goste dessas coisas burocráticas, estou dando meu melhor. -- A mastologista afirmou pensando nos acontecimentos de sua vida profissional. -- Na verdade eu estou gostando de ser melhor, sabe? De ser reconhecida por isso. -- Confessou em alegria. 

-- Ah que ótimo, denguinho. -- A outra mulher disse em verdadeira felicidade por sua amiga. -- Você merece todo reconhecimento e também tem todo direito de buscar o que achar melhor para você. -- Avisou. -- Meus parabéns, estou feliz por você, sempre. -- Sorriu.

-- Você precisa ver, estou irreconhecível. -- Alexsandra disse em risos. Era evidente sua alegria ao falar com a sua melhor amiga, era difícil ter que passar os dias sem a presença dela, os risos as conversas dentre inúmeras coisas. Mas entendia a importância daquele afastamento, ambas precisavam redescobrir a viver juntas novamente após os acontecimentos dolorosos entre elas.

* * * * 

 

-- Iraaaa. -- Felipe gritou sentindo o vento bater no seu rosto sorridente, enquanto se mantinha em velocidade e equilíbrio sobre o veloz cavalo que galopava por entre o campo verde. -- Perdeu maninha! -- Ele gritou sem desviar o olhar e concentração de seu caminho e ato.

Um pouco atrás dele estava Nádia montada em sua égua. Ela, assim como, o irmão vinha concentrada naquela perseguição competitiva, um tanto amigável ou não. 

-- Ainda não acabou! -- Ela gritou e sorriu, dando com os pés e mãos um incentivo dócil ao animal e, este, lhe correspondeu em um galope mais veloz, parecia que sua vontade se igualava a de sua amazona em ultrapassar o irmão e seu cavalo. E em sincronia perfeita, Nádia deitou mais um pouco sobre sua parceira e em um sorriso vitorioso, viu a cada instante ficarem pareadas com o irmão e seu cavalo e logo ultrapassa-los a pouquíssimos metros da linha dada como a de chegada. -- Wouuu. -- Ela gritou feliz. -- Haha. -- Sorriu vencedora fazendo o animal parar e com calma a domar virando para ver a cara do irmão. Este, a fitava com um ar literalmente vencido, mas no rosto, um sorriso brando enquanto suspirava com intensidade. -- Deve um pedido de desculpas a mim e a minha égua. -- Ela advertiu e acariciou o pescoço de sua referência. 

Ele abriu mais o sorriso, então guiou seu cavalo para mais próximo de onde a irmã estava. 

-- Me desculpem. -- Ele disse a olhando. 

-- E? -- Nádia inquiriu em um sorriso. 

-- E o quê? -- Ele sorriu travesso. 

-- Vamos diga e não enrola. -- Nádia advertiu fazendo sua égua rodear o cavalo do irmão na espera. 

-- E eu estava errado, as mulheres montam tão bem ou melhor que nós homens. -- Ele disse um tanto a contragosto. 

-- Esqueceu a Estrela. -- Nádia disse em espera. 

-- E as éguas também são tão rápidas e fortes como os cavalos. -- Completou.

-- Obrigada! -- Nádia disse sorrindo e saiu em leve trote. -- Ah, ia esquecendo. -- O fitou. -- A Estrela vai querer um banho e pelos penteados e brilhosos daqui a pouco. -- Afirmou rindo e o deixando para trás de vez. 

-- Ei!? -- Felipe gritou sem sucesso, em seguida riu. A aposta era o pedido de desculpas, já feito e qualquer coisa que o vencedor pedisse. 

-- Bom dia, seu Felipe. -- Um trabalhador desejou ao passar por ele que respondeu com simpatia. Aquele mês na fazendo lhe fizeram muito bem, era um trabalho de dedicação diária e cansativo sim. Admirava Nádia, isso, o incentivo de sua irmã e momentos como aquele de instantes atrás que fazia cada dia ser produtivo, bom e alegre. Suspirou, talvez tivesse mesmo na hora de se dedicar a algo em sua vida, pensou, achando que talvez ali fosse de fato o seu lugar.

-- Talvez! -- Ele disse e sorriu. -- Ia! -- Vez o animal sair em uma carreira. 

 

* * * * 

 

Era a primeira consulta na qual Susan e Júlia poderiam vivenciar mais uma etapa emocionante da gravidez, ouvir o coração do bebê delas. Estavam ambas ansiosas, e felizes por tudo estar ocorrendo como planejado e principalmente rápido. 

-- Já dá pra ouvir? -- Susan indagou ansiosa. 

-- Podemos tentar. -- Elisa sorriu tentando. -- Ai está mamães. -- A médica avisou em um sorriso, oportunizando a elas ouvirem o audível som acelerado do bebê. 

-- Amor... -- Susan sorria em lágrimas olhando Júlia que, lhe retribuía com o os mesmos sentimentos, tanto pela mulher a sua frente, quanto pelo pequeno ser no ventre dela. Aquele som descontrolado só lhe dera a maior certeza de que não saberia viver sem nenhum dos dois em sua vida. Naquele instante Júlia soube que, ser mãe, era seu maior desejo e se dedicaria tanto ao filho quanto a sua esposa, dois seres que amaria para sempre, tinha certeza. Sorriu apertando a mão de Susan e a beijou com amor.

-- Eu te amo. -- Afirmou a olhando bem próximo dos olhos. Fitou a barriga de sua esposa e sorrindo disse. -- A mamãe te ama. 

Susan estava plena em felicidade, Júlia lhe dava mais uma prova de amor verdadeiro, ambas eram e seriam as melhores mães para aquela criança, se dedicariam ao máximo aquilo. 

Naquelas semanas fora tranquilo quantos aos enjoos ou algo do tipo, até então, não tinha sentido nada o que era, absolutamente, maravilhoso. Assim a oportunizava de trabalhar e adiantar tudo que queria tanto no seu trabalho quanto em casa para a chegada do filho ou filha delas. 

 

* * * * 

 

-- Estou bem mesmo? -- Marcela estava vestida em um vestido justo, um salto médio, e cabelos em um delicado coque. Havia deixado a empresa às pressas para buscar Marina no aeroporto, a mulher resolvera lhe fazer uma surpresa naquele fim de tarde de sexta-feira, então o jeito fora correr para casa tomar um banho rápido e arrumar-se como queria para receber a pessoa que lhe despertava uma felicidade e sensações maravilhosas além de um frio na barriga, pois era como estava naquele momento. 

-- Pela enésima vez, tá ótima, Má. -- Lisandra disse já sem paciência enquanto sentada na cama da irmã a olhava enquanto comia um sorvete. 

Marcela riu, era a terceira vez que a promotora lhe fazia uma visita e, como sempre, a chegada dela era um momento único, maravilhoso. 

-- Aqui. -- Marcela disse entregando um dinheiro a jovem. -- Chame o táxi e vá direto pra casa da sua mãe, falei pra ela me avisar assim que você chegar. -- Marcela advertiu andando pelo quarto dando os últimos retoques. -- Portanto, não me enrola. -- Disse a olhando e lhe apontado o dedo indicador em advertência.

-- Aff. -- Lisandra proferiu revirando os olhos em tédio. -- Vem cá, por que que tu não traz a Marina pra cá? -- Indagou sem entender. 

-- Porque é cedo demais pra Isso, quero ter certeza do que faço, sem precipitações. -- Marcela falou parando para fita-la. 

-- Não entendo. Na boa, vocês gostam uma da outra, vivem de papinho de namoradas pra lá e pra cá, mas não são namoradas. -- Relatava enquanto olhava o reflexo da irmã através do espelho, Marcela finalizada o look com os brincos. -- Amor isso, meu anjo aquilo, já beijaram, já trans*ram, e ficam dizendo que tão se conhecendo, porr*! Conhecendo o quê? Só se for o cheiro do peido uma da outra... -- Lisandra dizia gesticulando e ao ouvir as palavras finais Marcela soltou uma gargalhada e buscou a irmã com o olhar risonho e repreensivo. -- Isso se já não conhecem, por que meu, vocês ficam juntas o tempo todo quando ela vem, mas não pode ser aqui em casa, tem que ser no hotel, pois estão se conhecendo, não namorando a que confusão. -- Lisandra completou pegando seu pote de sorvete e saindo do quarto realmente confusa. Marcela apenas riu, e buscou sua imagem no espelho, Lisandra estava certa, mas não voltaria atrás em suas decisões, Marina era uma excelente mulher e não queria errar com Ela, nem consigo mesmo, e havia deixado claro desde o início suas condições à Marina e ela tinha concordado e aceitado. No mais, só queria aproveitar cada dia ao lado dela, sem ter que pensar nos prós e contra da vida delas juntas. Então, deu um último sorriso ao olhar seu reflexo e aprovar, pegou sua bolsa e após se despedir da irmã e dar mais recomendações, deixou o apartamento para literalmente se jogar nos braços de seu único desejo para aqueles dois dias, Marina. 

 

* * * * 

 

-- Esse menino faz tanta falta. -- Lúcia notou enquanto mexia nos lençóis da cama do filho, sorriu voltando a cantarolar. Sempre falava com todos os filhos, portanto, estava feliz por estar a par de que, cada um deles, estava feliz a seu modo. 

-- Lúcia? 

Ela ouviu a voz de seu marido vindo do corredor. 

-- Já vou. -- Avisou e saiu o encontrando. 

-- Não sei pra que arruma isso, ele não está felizinho lá na fazenda? -- Carlos questionou com seu mau-humor peculiar.

-- Primeiro, porque não vou deixar minha casa virar um mausoléu de sujeira, né Carlos? -- Advertiu irritando-se. – Segundo, porque meus filhos sempre terão seus quartos a disposição sempre que quiserem. -- Disse o deixando ali. 

-- Tá, faz o que achar melhor. -- Ele avisou interessado em outro assunto. -- Vem aqui... -- Ele a fez acompanhá-lo até a sala. -- O que significa isso? -- Ele pegou algo sobre o sofá e mostrou a esposa.

-- O convite de casamento da sua filha, não é óbvio? -- Lúcia avisou o encarando de forma clara. 

-- Eu não acredito que depois te tudo que Eloá me fez, ela ainda tem a coragem de me enviar o convite pro casamento dela com aquela lá. -- Advertiu revoltado e encarou o convite. -- Ainda teve o despautério de colocar esse nomezinho fajuto. -- Observou. 

Lúcia apenas riu da cena do marido. -- Pra você ver né? -- Começou. -- Mesmo apesar de tudo, que você, fez a ela. -- Enfatizou, o você. -- Ela ainda teve a consideração e o respeito de te mandar um convite, e sem contar que, será a última chance de você rever seus conceitos para com a sua filha, obter o perdão e, assim, não perder o amor dela de vez. -- Lúcia proferiu cada palavra com toda calma, já não perdia mais seu controle diante dos ataques sem cabimentos e preconceituosos do marido. -- Eu estarei com Eloá, todos estarão lá, pense bem, Carlos, ou será excluído de vez da vida dela, sua filha. -- Advertiu e lhe deu a costa.

-- Ela vai entrar sozinha, como... -- Ele a viu olhá-lo em entendimento. 

-- Não! -- Avisou sem detalhes. 

-- Espera. -- Ele pediu e Lúcia novamente o olhou. -- Você? -- Perguntou.

Lúcia sorriu lembrando que Eloá queria aquilo, disse que seria um prazer acompanha-la até o altar, mas Felipe disse que também queria, então Lúcia fez questão de deixar para o garoto aquela honra e missão. 

-- Felipe fez questão disso. -- Avisou em um sorriso.

-- Ah vá, aquele moleque não tem direito nem responsabilidade pra isso. -- Carlos proferiu tais pensamentos. 

-- É mesmo? -- Lúcia proferiu rindo em negação. -- E quem tem? Você Carlos? -- Questionou o encarando séria. -- Provavelmente, não né. -- Respondeu por ele e o deixou sozinho, com seus pensamentos, fato que, eram eles quem lhe faziam companhia na maior parte do tempo.  

 

* * * *

 

"Falta só a opinião da Carol, Cá, o que acha?" -- Caroline entrava em seu apartamento ouvindo o primeiro dos vários e vários áudios que haviam no grupo de Whatsapp das madrinhas de casamento de sua amiga, suspirou cansada, havia trabalhado o dia todo aquele domingo. "Ela está trabalhando, só vai responder a noite" -- Essa foi a voz de Marina, sorriu jogando sua bolsa ao lado do sofá e se jogando nele, ouvindo todos os avisos do grupo. -- Eu gostei, assim como, de todos os outros. Então, se resolvam e me digam, porr* vocês são confusas. -- Ela gravou e riu deixando o celular de lado. -- Banho. -- Ela levantou sem muita vontade e se dirigiu para o quarto, tomou um banho demorado e saiu bem mais relaxada. Voltando a sala, pegou o celular notando uma chamada não atendida, de um número desconhecido, estranhou, então resolveu verificar.

-- Oi, Marina. -- Caroline ouviu uma voz, até então, estranha soar pelo aparelho. -- Já que me deu a ideia e permissão, estava pensando em você me fazer companhia num drink o que acha? -- A voz completou risonha. 

Caroline ouviu e ficou calada tentando reconhecer aquela voz que, não lhe era mais tão estranha, pensou. Mas outro fato lhe chamou a atenção, porque a outra mulher estava procurando por Marina? 

-- Ei? Tem alguém aí? -- A outra insistiu.

-- Tem, é... -- Caroline disse dando uma pausa. -- Olha deve ser engano, não é a Marina é a...

-- Oh, desculpa uma amiga me deu esse número, desculpa, devo ter errado.

-- Lauren? -- Caroline finalmente lembrara daquela voz, sorriu verdadeiramente querendo estar certa e fechou o sorriso ao ter tal pensamento sem que pudesse controlar-se. 

-- Sim. -- Confirmou. -- Caroline? -- Ela também deu conta de quem se tratava. 

-- Como conseguiu o meu número? -- A loira indagou em muita curiosidade, mas intimamente já sabia, possivelmente, como. 

-- A Marina me deu. -- Falou. -- Quer dizer, ela me mandou uma mensagem dizendo que esse número era dela. -- Corrigiu. 

Caroline suspirou e por mais que tentasse não pode deixar de rir pela trama armada por sua amiga, "bandida" proferiu mentalmente, lembrando que, ainda naquela noite do inusitado jantar a amiga pegou o seu celular e ficou mexendo por alguns minutos, não estranhou, já que, era um fato corriqueiro da promotora fazer. 

-- Desculpa não queria te incomodar. 

A policial ouviu a outra falar depois de seu silêncio.  

-- Não. -- Caroline negou de pronto. -- Não está incomodando. -- Disse sincera.

-- Que bom. -- Falou e ambas ficaram em silêncio. -- De qualquer forma, desculpa. -- Insistiu. -- Tchau. 

-- Tchau. -- Caroline disse no automático e logo viu a chamada ser encerrada pela outra mulher. Seu olhar buscou a tela do celular, a verdade era que não queria ter encerrado aquela ligação, daquela forma, pensou contrariada, por dois motivos, primeiro por ter a deixado desligar e segundo por ter achado ruim ela ter desligado, racionalmente não queria estar tendo aqueles pensamentos e emocionalmente não conseguia controlar tais vontades. Seus sentimentos eram confusos, olhou o celular novamente, e se ligasse de novo?

-- Que pensamento idiota, Caroline. -- Disse em voz alta para ver se assim, ouvia a voz da razão. -- Você não pode nem pensar que, talvez, talvez. -- Repetiu levantando do sofá. -- Está gostando dela, não pode! -- Completou dando alguns passos tentando focar nas palavras ditas. -- Ela é cheia de não me toque, prepotente, encrenqueira, ignorante, irritante e debochada. -- Narrou de forma aleatória tentando convencer a si mesmo daquelas palavras. -- Ah! -- Se jogou no sofá sentada. -- Marina tem razão, quem eu tô querendo enganar!? -- Observou pensando nas palavras de sua amiga, lhe dita, ainda, no restaurante aquele dia. Vez e outra lembrava da outra mulher, pensando nos pouquíssimos e intrigantes encontros delas, mas em teimosia e resistência jogava para longe tais pensamentos. A verdade era que, a muito tempo nenhuma mulher lhe irritava e fascinava ao mesmo tempo daquele jeito, intenso, Lauren lhe atraia de tantas maneiras, que, não havia mais como negar, muito menos para si mesmo, concluiu. Com o olhar buscou o celular, era forte o suficiente para deixar seu orgulho de lado e tentar um primeiro passo na busca de uma possível felicidade? Pensou.  

-- Ai! -- Caroline gritou em verdadeiro susto com o toque repetindo do celular a seu lado, riu de sua situação, ali, sozinha, então pegou o aparelho para ver de quem se tratava e para sua decepção, não era Lauren. -- E ai conseguiu? -- Era um colega de trabalho e o mesmo lhe tirou a atenção sobre Lauren, pelo menos naquele momento. 

 

* * * * 

 

Samantha e Amanda estavam num momento feliz, tudo estava ocorrendo de acordo com os planos, os preparativos para o casamento estavam no tempo certo, os convites que, por serem artesanalmente montados, estava sendo uma preocupação, mas metade já haviam sido entregues, a prioridade foi dada aos convidados distantes. Amanda havia engravidado e, nesse dia, fora de completa emoção do casal que, com o resultado positivo em mãos, choravam felizes, até Elisa se comovera diante de tanto amor e gratidão. 

Naquela manhã, Amanda teria sua primeira consulta depois de grávida.

-- Amor, já está pronta? -- Samantha entrou a procura de sua noiva, sorriu vendo-a de costa enrolada em uma toalha. -- Demorou. -- A morena disse e lhe beijou o ombro esquerdo e, só então, notou que ela segurava um absorvente e junto tentava segurar sua tristeza, Samantha entendeu de imediato aquela tensão na mulher que amava, a fez virar e a abraçou forte, também compartilhava daquela dor e tristeza. 

-- Me perdoa. -- Amanda desabou em um choro novamente, pois já havia chorado durante o banho. -- Foi horrível, eu não queria, eu... me perdoe. 

-- Não, não, não... -- Samantha proferiu rapidamente e a fez olhá-la. -- Não faça isso! -- Advertiu entendendo que ela não tinha culpa alguma no que havia acontecido. -- Não tenho nada o que perdoar, não me peça isso. -- Foi incisiva a olhando nos olhos cheia de amor, apoio... -- Eu estou aqui, sempre, vamos superar, juntas! -- Samantha afirmou e Amanda acenou em entendimento e lágrimas e foi abraçada novamente por Samantha. Assim elas ficaram enfrentando juntas mais um desafio, em apoio, entendimento, em amor uma a outra. Amanda não viu, mas as lágrimas também ousaram cair dos olhos da morena, lógico, ela também sofria, mas, compreendia perfeitamente que o que aconteceu não havia culpa de Amanda, simplesmente aconteceu, e elas superariam, e tentariam novamente.

-- Preciso me vestir. -- Amanda lembrou desfazendo o contato delas.

Samantha lhe beijou a testa em terno amor, então a ajudou vestir-se. Por sugestão Amanda vestiu somente uma calcinha e pôs um robe em seguida foi abraçada novamente por Samantha. Elas estavam sofrendo, tentaram e não deu certo, sabiam que embora doesse muito, aconteceu, era natural, contudo, o próximo passo era superar aquela dor, erguer a cabeça e tentar novamente, era parte da felicidade delas, e não iriam desistir...

-- Eu te amo. -- Samantha sorriu a olhando.

Amanda mostrou seu melhor sorriso naquele momento. 

-- Eu te amo muito mais. -- Foram as palavras dela. 

-- Temos que ir ao hospital. -- Samantha ponderou.

-- Não, não, por favor, depois, agora não. -- Amanda pediu. 

-- Tudo bem. -- Samantha concordou e a beijou demoradamente. Em seguida a levou para o quarto e a fez deitar, deitando também a seu lado, por trás a abraçou em carinho, proteção, amor. Amanda fechou os olhos, lágrimas ainda caíram, levou sua mão direita até a mão da morena sobre o seu ventre e entrelaçou seus dedos aos dela. Não precisaram dizer mais nada, sabiam o que sentiam, sabiam que se amavam e iriam superar, só precisavam de um tempinho e muito amor, e isso, elas tinham bastante.

 

Dois meses depois... 

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá, amores

Como viram, tivemos uma passagenzinha" no tempo, com alguns pontos importantes... Estamos nos encaminhando para os capítulos finais. 

Como sempre, fiz com muito carinho. Espero que tenham gostado. 

Grande beijo e até o próximo. 


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Comentários para 66 - Capítulo 66:
Andreia
Andreia

Em: 17/11/2020

Boa tarde Enny mais uma vez superou o capítulo está fantástico lindo. Está de parabéns.

Eu acho ou tenho quasse certeza que Carlos vai aprontar no casamento da Eloá.

Triste ela ter perdido o bebê.

E Marina e Marcela quando vão começar namorar msm e assumir isso.

Abraços e bjsssss..........

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rhina
rhina

Em: 15/07/2020

 

Oi

Bom dia.

Carol até não queria mas não consegue mais negar que nutre sentimentos pela Lauren

Parece que a gravidez não vingou.....

Mas só acho que foi um alarme falso.....e o bebê está lá sim firme e forte.

Rhina

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Em: 02/08/2018

Enny mais um capitulo mostrando pra que veio rsrsrs.

Parabéns linda! Você consegue molhar meus olhos com tanta emoção. Perder as vezes é inevitável,  mas não pode ser a base para se desistir de um sonho e Samanda vão superar mais essa. Maravilhoso!

Bjs!

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Ana Gil
Ana Gil

Em: 01/08/2018

No Review

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Mille
Mille

Em: 01/08/2018

Oi Ennys 

Triste o momento da perda mais é só início nem sempre fica na primeira logo teremos um pequeno fazendo a felicidade das mamães Aghata e cia. 

Marina é louca e quer a Lauren e Caroline juntas fez a armação dos números de celular. Agora é ambas deixar se lado o orgulho e se aproximar.

Carlos sendo o babaca de sempre, só espero que não vá para o casamento com intenção de magoar a Eloá.

Bjus e até o próximo capítulo 

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Cleide
Cleide

Em: 01/08/2018

Cara essas personagens todas sem  tirar uma,todas são incríveis .CA  minha linda para de cu doce,e liga pra LAUREN,AI O NOME LINDO. 

Aí minha  neném  estão  tristes, não fica assim SAM E AMANDA  vai dar tudo certo  tá. 

Daqui a pouco vem bebê.

Autora  sua linda i Love you.

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luaone
luaone

Em: 01/08/2018

Nossa, tava com muita saudade!!!

Tudo lindo e fofinho até o momento em que a Amanda perde o bebê... mas faz parte... tem mulheres que precisam de várias tentativas antes que dê certo.

Que bom que tá chegando ao fim...

Não nos abandone durante muito tempo...

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silviane
silviane

Em: 31/07/2018

Uau diva muito bom ???? eu amei ?

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 31/07/2018

Ah! Que momento triste pela perda, mas logo logo elas repetem o procedimento é engravidam novamente

Carlos poderia deixar de ser babaca. Aff!

Abraços fraternos procês aí!

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