POV Ana Clara

   Os meses estavam passando rápido. João está em crise com a vida, descobriu que podemos morrer. Fica o tempo todo agarrado e perguntando se a gente não iria morrer. Se vovô, vovó, voinha.... João ficou muito dependente de nós duas. Quer dormir todos os dias com a gente e confesso que isso me fez “subir pelas paredes”. Eu tenho uma mulher maravilhosa para mim, um playground perfeito e me sinto a criança gorducha olhando pela janela do apartamento querendo brincar e não podendo.

Mas tudo bem, meu filhote precisava desse tempo para assimilar a perda. Mesmo que no outro dia compramos o Debi e a Loide, dois hamsters anões. Ele vive com aqueles dois para todo lado.  Nanda que faz cara feia, mas esses dias a vi com um deles na mão dando petiscos.

— Para de secar sua mulher assim. A loca tá até desidratada. – era um sábado e estávamos a beira da piscina enquanto minha esposa, Alex e meu filho estavam se exercitando no gramado. Nanda estava ensinando a Alex alguns movimentos de luta. É importante a minha amiga americana se manter ativa, mesmo dentro das limitações. E João ficava ao redor, todo cheio de si, “ensinando” a tia.

— Tá muito na cara a seca que eu estou? – pergunto baixinho para a Lu.

— Como assim seca “miga”? Tendo tudo isso ao teu lado?

— João tá muito dependente da gente. Não nos larga um minuto.

— Não seja por isso. Vou levar meu afilhado a uma peça de teatro e depois ele dorme lá em casa. – a louca da Luiza comprou uma casa ao lado da nossa e a primeira coisa que fez foi derrubar o muro. Moramos em uma grande república, não de hippies, mas sim de malucos. É comum vermos meu pai plantando “algo” nos jardins em comum. Nunca fui tão feliz! Essa harmonia é tudo pra mim.

— Serio?

— Claro!!!

— Va para o banho, fique mais gostosa ainda que eu dou um jeito.

Sem ao menos dar tchau fui tomar um longo banho. Nanda quando estava grávida era toda gostosa com uma barriguinha saltada. Se olhasse ela de costas nunca imaginaria que estava carregando um bebezão na barriga. Já eu, sou uma pata choca, gorda, pele seca, cabelo sem vida.... AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH.

“Como ficar gostosa Luiza? Como? Olha pra isso! Meus seios parecem dois balões de tão gigantes! Meu umbigo todo para fora! Não consigo nem saber como estão os países baixos porque não enxergo.... ainda bem que no salão as meninas continuam cuidando para que a depilação fique como a Nanda gosta.”

Tentando engolir o choro que teimava em escapar tento achar algo sexy. Nada sexy me servia mais. “Que merd*!”. Fiquei apenas com uma camisola transparente e sem calcinha. Estava passando hidratante quando Nanda entra e sem nem ao mesmo me olhar vai para o banheiro.

— Clarinha, João foi dormir com as dindas. – ela gritava do banheiro e eu tinha vontade de ir e bater na cara dela: “Como ela não me olha? QUE ÓDIO!”.

—  Tá! – tanto faz! Deito e me cubro com o edredom. Vou tentar dormir porque se ela vier querer papo eu vou falar merd*. Me conheço. Minutos se passam e eu acabo cochilando. Acordo apenas quando sinto um corpo nu abraçado ao meu. Me arrepio dos pés à cabeça, mas faço de conta que estou dormindo.

—  Princesaaaa.... – sua boca sussurra ao meu ouvido enquanto uma mão aperta meu seio com vontade. – Eu sei que você não tá dormindo... – seus beijos descem para meu pescoço e arfo deixando um sibilo sair dos meus lábios confirmando o que ela disse. – Não fica braba comigo, eu tava toda suada, cheia de grama e você toda cheirosa. Eu precisava ir tomar um banho antes de vir ficar com você.

—  Para Nanda – viro de frente para ela. – Sei que eu to grotesca! Se na primeira gravidez eu estava feia agora eu to grotesca. – choramingo para ela.

—  Princesa, sério? – ela força eu olhar nos seus olhos. – De novo essa neura?

—  Desculpe por me sentir assim. – falo baixinho fechando os olhos morrendo de vergonha.

—  Não gatinha. – ela fala com carinho. – Você tem que me falar sempre o que sente. Se a gente não conversar o que nós temos...- ela pega os meus dedos e entrelaça aos seus. - ... isso... essa conexão... não vai mais existir. Sei que o João está tomando nosso tempo e energia.   E pequena... vai piorar.... imagina se a gente não conversar... não se curtir... com três pingos de gente correndo pela casa! A gente não vai ter tempo nem de ir ao banheiro direito.

—  Eu tô com medo Nanda.... medo de não ser boa mãe.... – as lágrimas caiam e eu não conseguia mais segura-las – medo das meninas não nascerem, medo do João não me amar, medo de você não me amar....

—  Gatinha..... ahhhhh – Nanda me puxa para seu peito e me descabelo de tanto chorar. Ela ficou fazendo carinho nas minhas costas até eu me acalmar.

—  Nanda eu não te mereço. – começo a chorar novamente.

—  Ana Clara DUARTE, para de bestagem menina! Você é a pessoa mais maravilhosa que eu conheço nesse mundo. Teu coração é gigante. Tá sempre pronta a estender a mão. Trabalha de graça, cuida de uma porr*da de ONG que eu nem sei quais são, cuida do nosso filho como ninguém, aceitou o meu filho na tua vida, PORRA! Eu fico descontrolada só em pensar que você acha que não merece todo o amor e carinho que eu tenho, ou que o João tem por você. NUNCA. Tá ouvindo? Nunca se esqueça disso. EU TE AMO, PORRA! Você é a primeira coisa que eu penso ao acordar e a última quando eu vou dormir. Você é o meu SOL. Você me faz feliz. VOCÊ! Só VOCÊ! – meus lábios são tomados bruscamente com um misto de raiva contida e desejo. Me deixo levar pelas sensações que apenas a minha delegada me traz.

—  Eu te amo Nanda. – minha respiração não respondia mais a minha vontade. Minha mulher tirou o edredom que nos cobria e ficou me olhando com fome e luxúria. Essa é uma sensação indescritível. Ver aquela figura nua, esculpida por deuses, toda tatuada como se fosse uma obra de arte, olhando para você, para seu corpo com desejo e paixão, e você sabe que é apenas para você esse olhar.... OMG! Não tem como descrever o que isso causa em mim.

—  Safadinha. – ela olha minha camisola curta e transparente. – Tais com más intenções né? – suas mãos percorrem o meu corpo redondo por cima do tecido macio. – Olha isso, PORRA! – ela agarra meus mamilos por cima do tecido fino, os apertando por entre os dedos em uma dorzinha boa. Seu que ela ama meus seios, tanto quanto a minha bunda. Em um movimento ousado me viro de bruços ficando de joelhos, deixando meu sex* úmido bem visível para ela.

—  Eu estava esperando por você. – falo roçando minha bunda no seu abdome, já que ela estava de joelhos atrás de mim.

—  Tão macia. – eu não precisava me virar para saber que ela estava louca de tesão. O tom rouco aveludado de sua voz fazia com que eu ficasse cada vez mais molhada. – Tão minha. – ela passava suas mãos nas minhas coxas e nádegas como reverenciando um ser sagrado. Ela dava pequenos apertões e em algumas vezes, abria minhas a bandas me deixando cada vez mais exposta a ela. Cerro fortemente meus olhos quando sinto a sua língua saborear aquela região que minha esposa tanto ama. – Tão doce. – Uma das coisas que eu mais adoro nela é o quanto ela é vocal na hora do sex*. Nanda ama falar safadezas me fazendo desfalecer a cada palavra.

—  Amor, não me tortura. – rebol*va querendo mais contato com a sua língua. Faz tanto tempo, eu não tô aguentando.

—  Tão molhada a minha gatinha. – ela falava enquanto serpenteava sua maravilhosa língua entre as minhas dobras. Agarro o lençol cravando as minhas unhas nele. Noto que estou prendendo a respiração quando o oxigênio se faz necessário. – Vou fazer ser rápido para você minha pequena. – abocanha com paixão o meu clit*ris endurecido e inicia uma sucção rápida, porém cuidadosa, enquanto aperta com vontade as minhas ancas que estão volumosas devido a gravidez.

—  Nandaaaaa... – gemia enquanto mordia meus lábios. Meus olhos semicerrados não me deixavam ver mais nada. As sensações que aquela boca, as sensações que aquela mulher me proporcionava.... GZUIS.... não tenho como descrever! – Nanda eu to quase....

—  Então vem minha gatinha safada. – fala sem tirar a boca do meu sex*. – Goz* na sua Nanda, vem... – e com seu ch*pão mais forte e intenso eu gozo plenamente me deixando cair de bruços no colchão. Minha esposa continua ainda, lambendo preguiçosamente, tudo o que eu lhe dei.

—  Agora... é a minha vez de te provar. – faço a minha eterna namorada deitar na cama e meus olhos não conseguem disfarçar o quanto seu corpo faz com que eu perca a razão.

POV Nanda

Eu sabia que a Clarinha estava me esperando porque a Lu me avisou. Também sabia que se a visse seminua era capaz de agarrá-la ali mesmo, mas eu estava fedida, suja, cheia de grama e areia. Então quando a vi, vestindo aquela camisola transparente e sem lingerie por baixo..... nossa! Fugi para tomar uma ducha rápida.

E como sempre... minha pequena jaguatirica entendeu tudo errado! Eu não entendo como uma mulher dessas possa ter tantas “minhocas” na cabeça e chegar a ser tão insegura. Tudo bem que eu lembro quando não lembrava quem eu era. Tinha muitas “neuras”. Me achava um cu. Não um cuzinho rosinha, apertadinho e bonitinho como o dela. Mas um cu feio daqueles que os amigos mandam em grupo de besteira.

Eu tento todo dia mostrar a ela o quanto a amo e o quanto ela é importante pra mim, mas confesso que acho que está sendo pouco. “Ahhh, Ana Clara! Se você pudesse estar dentro da minha cabeça, do meu ser... por apenas um minuto... para saber tudo o que eu sinto por você.... Nunca mais iria ter qualquer dúvida!”.

Tento tirar essas besteiras da sua cabeça com palavras e principalmente AÇÕES. Me delicio com a sua bocet* maravilhosamente encharcada. Ana Clara tem um cheiro e um gosto único, que me faz delirar. Eu fico viciada e não me canso nunca. E aquela bunda! CARALHO! Aquela bunda, durinha, redondinha, perfeita e agora... um pouco maior do que era... PORRA! EU AMO A GRAVIDEZ! A minha mulher é gostosa, mas quando grávida.... FICA MAIS AINDA! Como se isso fosse possível.

Quando enfim ela tem seu ápice eu sorrio feliz. Como é gratificante saber que aquele gozo, aquele orgasmo... é só para você. Clarinha me puxa e faz eu deitar na cama. Seu sorriso malicioso fazia com que eu soubesse que estaria literalmente FODIDA! Ela iria me fazer enlouquecer. Sua língua traça o contorno de cada tatuagem que eu tenho começando pela minha fênix gigantesca no abdômen.

—  Eu já falei a você que eu AMO as suas tatuagens? – sua voz baixinha e sussurrada, em um tom enrouquecido, fazia com que eu me perdesse mais ainda.

—  Uhummm... – não consigo emitir uma palavra com a minha mulher lambendo toda a superfície do meu corpo.

—  Mas o que eu mais gosto... você sabe? – agora a cretina lambia minha virilha sem chegar onde mais quero.

—  Uhm? – não consigo desgrudar meus olhos dos seus. Castanho quase preto no azul escuro. Aquela pintinha bem acima do lábio que percorre a minha pele. AHHH AQUELA PINTINHA! “CARALHO de mulher gostosa da PORRA!”.

—  É ch*par essa bucetinha... – FUDEU, FUDEU, FUDEU! Clarinha falando putaria me fazia goz*r rapidinho.

—  É? – pergunto safada enquanto ela abre meus grandes lábios. – Então ch*pa...

—  Só porque você é a minha gostosa. – e a minha mulher lambe tortuosamente devagar toda a minha extensão capturando toda a excitação ali existente. “AI PORRA, vou... g*zei!”.

Fim do capítulo