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Berta Descoberta por mcassolwriter

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Palavras: 1767
Acessos: 1076   |  Postado em: 29/07/2018

Capítulo 6

Fazia quase uma semana que Berta havia visitado a Biblioteca pela primeira vez quando se encontrava novamente parada na porta, escolhendo o caminho a ser percorrido evitando as emendas do piso preto e branco do corredor de entrada.

 

A mensagem de Ticiana naquela manhã tinha vindo como um acalanto depois de tanta espera:

"Encontrei informações importantes sobre o seu livro misterioso. Me encontra na sala de estudo 3 da Biblioteca as 1 pm." Pontualmente, Berta estava lá.

 

"Berta! Como vai? Entra aqui e senta."

Ticiana disse, abrindo a porta do cubículo no segundo andar da Biblioteca.

 

"Oi, Ticiana. Tudo bem e você? Então, o que você descobriu?" Berta disse, puxando uma das cadeiras de madeira e sentando-se à grande mesa redonda, reservada para estudos em grupo.

 

"Olha, não foi fácil, Realmente não existiam mais arquivos de retiradas depois de tanto tempo, então quase desisti. Fui até a antiga reitoria, onde os registros de licitações de compras de todas as obras são guardadas para ver se achava alguma coisa, e fiquei sabendo que todos os registros foram transformados em microfilmes depois de 1983."

 

"Microfilmes?" Berta perguntou.

 

"Isso, para preservar as informações já que papel não é um meio permanente, todos os documentos foram fotografados e podemos acessá-los através de uma lupa especial." Ticiana explicou.

 

"Entendi. E o que você achou nesses microfilmes?"

 

"Depois de quase ficar vesga lendo documentos de compra de 1953, finalmente achei o lote em que "O Preço do Sal" foi adquirido, junto com outros 180 livros diversos na mesma data, em janeiro de 1953."

 

"Mas descobrir a data que foi comprado pela Biblioteca, não nos diz muito sobre quem o retirou em fevereiro do mesmo ano, certo?" Berta apertou os olhos, tentando acompanhar a linha de raciocínio.

 

"Exatamente, não nos diz nada. A questão é que esse lote de livros era especial, de certa maneira. Foi um contrato com uma nova editora que havia iniciado seus serviços naquele ano aqui no Brasil e o lote continha 23 livros em sua primeira edição. Não sei se você sabe, mas a primeira edição de livros importantes ou escritores notáveis pode adquirir um valor imensurável!" Ticiana ergueu os braços empolgadamente.

 

"Penso que sei sim. Vi alguma coisa até sobre revistas em quadrinhos que chegam a preços astronômicos."

 

"Isso." Ticiana estalou os dedos. "Aí que vem a parte incrível desta história." e continuou com alto grau de excitação em sua voz.

 

"Havia uma nota escrita no registro de compra, ao lado de "O Preço do Sal por Claire Morgan", dizia "Ver processo de reaquisição N7343 - 1969".

 

"Ai, esse ‘suspense'. O que quer dizer essa nota?" Berta disse

 

"Bem!" Ticiana juntou as palmas fazendo um barulho alto. "Em 1969 o livro "Preço do Sal" foi relançado e só então descobriu-se que a autora havia usado um pseudônimo, Claire Morgan era, na verdade, Patricia Highsmith!" Ticiana levantou-se em sua euforia, encontrando o completo branco no rosto de Berta.

 

"Você não sabe quem ela é?" Ticiana sentou-se novamente ao lado de Berta com ar de decepção.

 

"Hum, acho que não" Berta deu de ombros. "Quem é?"

 

"Patricia Highsmith! A dama do suspense! A versão feminina do Hitchcock. Não?"

 

"Que livros ela escreveu?"

 

"Dezenas! Entre eles "Pacto Sinistro" e "O Talentoso Mr. Ripley."

 

"Ah! Esses eu conheço!" Berta respondeu com entusiasmo.

 

"Ninguém mais lê hoje em dia hein? Se não virou filme, ninguém ouviu falar." Ticiana balançou a cabeça.

 

Berta sacudiu a cabeça em concordância e perguntou "Mas o que tem o fato de ser uma autora famosa usando o pseudônimo tem a ver com o livro que achei?"

 

Ticiana recuperou sua euforia "Tem a ver que em 1969 a editora que havia vendido o lote contento o "Preço do Sal" entrou em contato com a Biblioteca querendo comprar o livro de volta! Como foi a primeira edição de um livro tão controverso, valia muito dinheiro."

 

"Ah sei! E aí? O que aconteceu?"

 

"E aí Berta que achei o arquivo da última pessoa que retirou o livro antes dele sumir! Está anexado ao processo de reaquisição que foi aberto em 1969!"

 

"Que? Você descobriu? Mesmo?" Berta já não aguentava a expectativa.

 

"Sim! Olha aqui!" Ticiana puxou uma folha de papel de dentro de um envelope pardo, contendo a fotocópia do arquivo dizendo:

 

"O Preço do Sal por Claire Morgan" REF 57820

 

Saída: 13/02/1953

Abigail Barretos

 

"Minha querida Bibi!" Berta disse com o poder de suas palavras iluminado seus olhos "É ela! A dona da carta!"

 

"Eu não aguentava mais ter que esperar para te mostrar isso. Faz sentido? A data bate com o carimbo no teu livro." Ticiana disse.

 

"Tenho certeza que sim. A carta dentro dele é endereçada a "Bibi", tem que ser essa Abigail. Mas agora, como vamos descobrir quem ela é?"

 

"Há! Aí foi que eu me superei! Já posso te adiantar, ela não tem Orkut. Foi a primeira coisa que tentei." Ticiana riu.

 

"Ela deve ser uma vozinha já, não deve ser muito conectada." Berta concluiu.

 

"Pois é. Então minha segunda busca foi no tele-listas, procurar por sobrenome. Existem dezenas de "Barretos" registrados no Paraná, mas nenhuma Abigail." Ticiana disse.

 

"Ah, que pena." Berta disse, já desapontada.

 

"Calma, eu não me dei por vencida. Como você me disse que a carta tinha data e localização em Apucarana, procurei pelas pessoas com esse sobrenome lá." Ticiana sorriu do mesmo jeito malicioso de antes.

 

"E?E?' Berta perguntou ansiosamente.

 

"E - que eu só vou te contar se você me mostrar a carta." Ticiana reclinou-se na cadeira, braços cruzados e sobrancelha erguida.

 

"Mas isso é chantagem!" Berta exclamou.

 

"Pode chamar do que quiser." Ticiana riu "Eu não passei uma semana investigando e morrendo de curiosidade por nada."

 

"Mas a carta não é minha." Berta tentou argumentar.

 

"Estamos nisso juntas agora, você leu, eu também posso. Além do mais, não penso que a Abigail iria se importar, se ela guardou o livro e a carta com tanto carinho por 58 anos, deve estar super chateada de ter perdido e faria qualquer coisa para reavê-los."

 

"Acho que você tem razão. Aqui, eu mostro." Berta puxou o livro com cuidado de dentro da mochila.

 

"Meu deus." Ticiana mal podia conter sua admiração pelo livro. "Você tem noção do quanto esse livro é precioso?" Ela olhava para o livro em suas mãos com veneração.

 

"Primeira edição né?" Berta afirmou.

 

"Não só por isso. "O Preço do Sal" é um livro vanguardista, a frente de seu tempo. Imagina se soubessem que Patricia Highsmith escrevia romances lésbicos naquela época, poderia ter acabado com a sua carreira." Ticiana disse, virando o livro e lendo a contracapa.

 

"Espera até você ler a carta então. Aí tudo vai fazer mais sentido." Berta suspirou.

 

Ticiana abriu a carta e devorou as palavras ali contidas:

 

Apucarana, 15 de março de 1953


Minha querida Bibi


Confesso que está sendo muito difícil escrever essa carta, mas tenho que fazê-lo, pois nunca teria coragem de dizer-te face à face o que preciso.

Quero começar dizendo o quanto você significa para mim, mas palavras me faltam para descrever tanto sentimento. Eu não consigo parar de pensar em você desde o dia que você voltou para Apucarana.

Seu jeito indomável despertou coisas incríveis em mim, que, ao mesmo tempo encantam e assustam e eu não sei como lidar com tudo que está acontecendo. A única coisa que sei é que não posso abandonar tudo o que amo, minha família, meus costumes, meu futuro por uma loucura, mesmo que essa loucura seja a melhor coisa que já senti na vida.

Você é tão destemida, tão dona do seu destino, tão sedutoramente irresistível, e eu me deixei envolver mesmo sabendo que era errado. Eu não sou como você e então preciso me afastar.

Estou partindo para São Paulo amanhã e peço que por favor não tente me impedir, não me procure mais, já é difícil o suficiente ter que viver com a lembrança longínqua dos seus beijos e da noite em que fui sua. Por favor me perdoe, eu nunca vou te esquecer.


Com todo meu amor

星子

Hoshiko

 

"Como que você não me mostrou essa carta antes Berta? Olha isso!" Ticiana releu a carta.

 

"Um amor lésbico proibido igual ao do livro! Gente, nem em ficção as coisas acontecem como na realidade!" Ticiana olhava para Berta com olhos arregalados.

 

"Viu, eu te disse. Agora me diz, o que você encontrou sobre a Abigail?" Berta perguntou.

 

"Espera, deixa eu organizar meus pensamentos, essa carta me desestruturou." Ticiana usou as mãos para se abanar.

 

"Por favor, conta. Eu não aguento mais o suspense." Berta implorou.

 

"Tá. Onde parei? Ah sim, então liguei para os 6 números de sobrenome "Barreto" em Apucarana perguntando se eu poderia entrar em contato com a Sra Abigail Barreto e finalmente consegui falar com a Dr. Pedro Henrique Barreto que me disse que se fosse a mesma pessoa, seria a prima da sua mãe que não morava mais em Apucarana fazia muitos anos."

 

"Ah não." Berta suspirou.

 

"Mas..." Ticiana provocou. "Ele me deu o endereço dela e advinha?"

 

"Ai, o que?" Berta disse

 

Ticiana puxou um papel do bolso e leu em voz alta:

 

"Abigail Barreto,

Apartamento 1900, 200 Rua Francisco Juglair, bairro Mossunguê, Curitiba - PR"

 

"Você conseguiu o endereço!" Berta exaltou.

 

"Sim! Tive que inventar mil e uma desculpas, mas o Dr Barretos sabia que a "tia" era difícil de se encontrar, nem telefone ela tem, então depois de muito esforço, tá-dá!"

 

"Ticiana, eu nem sei o que dizer." Berta disse, pegando o papel da mão de Ticiana, e relendo o endereço.

 

"Diz que você vai lá agora! Eu não posso sair daqui até as 5, mas você pode pegar o ônibus 303 na Praça Osório e desce lá pertinho, que acha?" Ticiana disse.

 

"Sim! Lógico que vou, agora a gente já se envolveu demais para não resolver o mistério né?" Berta levantou-se e pôs a mochila nas costas.

 

"E me mantém informada! Estou doida para saber tudinho!" Ticiana caminhou em direção a porta, abrindo para Berta.

 

"Pode deixar." Berta sorriu. "Obrigada por tudo, você não tem ideia do que fez por mim hoje."

 

"Obrigada nada. Quero relatório completo. Cúmplices?" Ticiana estendeu a mão.

 

Berta sorriu e correspondeu ao aperto de mão. "Cúmplices."

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Capítulo 6:
Rita Dlazare
Rita Dlazare

Em: 30/07/2018

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