Capítulo 33
Ne me quitte pas, Il faut oublier,
tout peut s'oublier qui s'enfuit déjà.
Oublier le temps des malentendus
et le temps perdu a savoir comment.
Oublier ces heures qui tuaient parfois a coups de pourquoi
le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas”
– Amor?
– Sim?
– Quero mais...
– ...Você ainda me vai me matar...
Meia hora mais tarde...
– Amor?
– Oi?
– Queria te pedir uma coisa... já faz um tempo...
– Cam, o que quiser...
– Mesmo?!
– Sim, mas o que é?
– E se a gente tivesse outro filho?
– Amor... nós estamos ficando muito velhas pra isso...
A resposta veio em um mordida no braço.
– Ai.
– Velha é você... além do mais, Linda precisa de um irmãozinho, ou irmã, para que não fique sozinha no mundo quando nós...
– Amor... Tá, mas dessa vez vamos tentar com mais afinco fazer isso pelo método tradicional, quem sabe dá certo... Riu, já puxando a mulher para fazer amor novamente.
– Velha tarada...
– ... por você, amor.
– Dzz, cala a boca e me faz goz*r, vem...
Menos de um ano depois, Linda ganhou, ao invés de um irmãozinho dois, Caroline e Felipe.
E alguns anos depois, a casa no Lago Norte tinha crianças correndo pelo quintal, enquanto as duas mulheres, abraças sob o pergolado, conversavam animadamente com os amigos Tina e Flávia, Julia e Fernando e Claire.
– Quais são os planos de vocês para o verão? Indagou Flávia, dirigindo-se à Luana.
– Estamos pensando em alugar uma casa em Canoa Quebrada, para as crianças aproveitarem a praia... Bem que poderíamos ir todos, que tal? As crianças adorariam poder passar mais tempo com os amiguinhos. Completou, referindo-se a Nanda e Dudu, filho de Julia.
– Amor, acho que Nanda ia adorar, ela e Linda são inseparáveis... Comentou Tina. E eu adoraria poder ter a troupe reunida por mais tempo... sinto falta disso, nos encontramos tão pouco....
– Combinado, então, vamos também.
– Fe, será que também podemos?
– Sem dúvida, vai ser divertido pra todo mundo, mas, por favor, Claire, arranje alguém para levar, porque não quero ser o único homem na casa.... Riu. – Embora meu ego fique massageado com tanta mulher bonita por perto.
– Talvez Carlos possa ir, conversarei com ele. As coisas não estão muito bem entre nós, mas quem sabe...
– Seja como for vamos reunir a troupe, beber, jogar cartas, falar mal dos outros, essas coisas... e você vai também Claire, com ou sem o Carlos, e não aceitamos não como resposta. Sentenciou, Tina.
– Ok, o bom é que você continua bem democrática, amiga....Risos.
– Essa mulher me dá medo... Não sei como você a aguenta Flávia... Brincou Fernando.
– Vocês não viram nada... Flávia respondeu, beijando a mulher a seu lado.
– Combinado então, vamos todos. Vamos começar a procurar casas para alugar.
– Nanda! Calce já os chinelos! E cuide do seu primo, antes que ele caia na piscina. Ordenou Tina.
– Tá vendo, ela consegue dar conta de tudo, é uma verdadeira parabólica... Riu Flávia. Recebendo um beliscão no braço.
A tarde caiu rapidamente, com os amigos conversando e as crianças ao redor, em perfeita harmonia.
Luana, agora silente, observava a tudo com Camille recostada em seu colo. Lembrou-se do tempo em que acreditava piamente que casamento não era algo feito para si, que família era algo bonito de se ver em fotografias, ou apenas para ser descrita em romances e, que tudo tinha início, meio e fim.
Agora entendia que pode ser assim, mas que quando o amor chega podem haver dúvidas, problemas, mas nunca um fim, algumas vezes talvez um recomeço.
Camille, que há alguns minutos a observava alheia a conversa dos amigos, tocou o rosto da mulher, para que a encarasse.
– Amo você, Lu
– Amo muito você também, Cam. – E a tudo que você me deu. Referindo-se a vida que tinham, e aos filhos.
– Me beija?
O beijo apaixonado do casal provocou a interrupção abrupta da conversa entre os demais.
– Nanda e Linda levem os gêmeos pra cima, e peguem uma muda de roupa pra eles e outra pra você, Linda! Vamos dormir lá em casa. Mandou Tina, sem perguntar se podia levar as crianças, nem para Flávia nem para as mães delas.
– Bom, está na hora de irmos também, anunciou Ju, convidando Claire, que estava hospedada em sua casa, e chamando Fernando para que fossem embora.
– Hei, calma, vamos jantar... Desculpou-se Camille.
– Nada disso, aproveitem a noite vocês. Vamos levar as crianças conosco. Semana que vem vocês nos retribuem convidando a Nanda para passar o final de semana, para que Tina e eu possamos ter um pouco mais de privacidade também.
Todos riram, sabendo que os dois casais, com bastante frequência, faziam esses arranjos, para que pudessem namorar à vontade.
– Comprei uma coisa pra você... Anunciou Camille, ainda no closed, tendo Luana a esperá-la na cama.
– Mesmo? O quê?
– Isso. Camille apareceu na porta do quarto vestindo uma langerie mínima. – Sei que não tenho mais o corpo de antigamente, mas... apesar disso, ainda dou pro gasto... Risos.
– Amor, você está cada dia mais linda... nem parece que me deu três filhos. Disse, sendo sincera, estendendo a mão para que a mulher se aproximasse.
– Não é verdade, mas enquanto você estiver se recusando a usar óculos, estou em vantagem...
– Enxergo muito bem... Só preciso de óculos para ler. Então, vem cá que quero tirar de você toda essa roupa e mostrar, que se fosse cega, seria muito hábil no método braile...
Risos.
Fim do capítulo
Meninas, chegamos ao fim. E ao recomeço de outro novo tempo. As que gostaram, podem acessar aqui no site mesmo Caminhos Cruzados, cuja personagem principal já conhecem, Tina.
Outra opção é passarem a acompanhar Encontros e Despedidas, que ainda está em fase de criação.
Muito grata pela leitura, pelos e-mail, comentários e carinho.
Desejo a todas que um dia encontrem "aquela" que procuram, com quem vivam o que a vida possa proporcionar de melhor, e quem se encontrem e se percam. Todas merecemos isso.
Grande abraço.
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