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Impulsos de Sinais por Sorriso

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Palavras: 1306
Acessos: 2038   |  Postado em: 14/07/2018

Capítulo 8

Não sabia como agir fiquei estática olhando pra Bebel, Junior foi o primeiro a se levantar e seguir a prima. 

-Bebel espera...


-Que foi Junior, fala logo não tenho muito tempo.

Falava do lado de fora enquanto destrancava o carro.

-Que papo é esse de ir embora ? E a Nina ?

Suspirei pesadamente.

-A Nina gosta da Silvana, a ouvi se declarar.

-Nossa seja você quem for abduziu a minha prima, qual é vai deixar as coisas assim ?

-Mesmo a Nina não gostando de mim, vou ao Hell pra terminar com o John.

A porta se abriu a revelando Junior percebeu o clima e se retirou, tirei um maço de cigarro do bolso o acendendo, sua aproximação me deixava nervosa aquele olhar.

-Vai embora mesmo ?

Sua voz calma e totalmente passional me deixava mais nervosa ainda, estava encostada no carro olhando pra rua e tentando inutilmente controlar as batidas em meu coração.

Me senti muito mal quando Bebel se revelou, não era mais a mulher impulsiva e sensual que nadava na piscina de manhã, me levantei da cadeira e fui ao seu encontro.

-Vou sim, daqui a uma semana.

Respondi sem olhar praqueles olhos verdes intensos, que tanto me faziam ver o mundo de outra maneira diferente.

-Eu... todos vamos.... sentir sua... falta.

Nesse instante a fitei estava ligeiramente ruborizada e tímida, para né não sou de ferro. 

-Acredito que não, bom era só isso ?

Passei a mão nos cabelos tentando não transparecer meu nervosismo, enquanto a pequena me olhava entristecida esperando por algo da qual não poderia lhe dar.

-Sim.

-Bom melhor entrar, está frio.

Pisei no cigarro a encarando, minha vontade era de abraçar e mandar a Silvana pro inferno, mas aqueles olhos me pararam.

-Até mais Nina...

Entrei no carro o ligando, saindo dali quase que fugida, como uma garota baixinha pode me parar apenas com um olhar. Nunca fui de me gabar a fodona, mas passar noites em rachas e vender drogas nos transformam aos poucos.

Cheguei no Hell a fila estava enorme, ao descer do carro avistei John com uns amigos, ao me aproximar John veio me beijar me perguntando logo em seguida como estava a coxa.

A dor não era maior da qual estava prestes a causar, entramos e a música alta nos invadiu, esperaria até o fim da noite pra contar provavelmente tomaria umas, depois iria chorar e implorar pra ficar.

John me disse que a corrida da nossa liberdade estava próxima, mas algo o incomodava perguntei o que estava pegando.


-Caio foi até a minha casa, perguntar que porr* você fez com a mercadoria dele ?

-O que você disse ?

Perguntei assustada.

-Que não tinha notícias de você, que provavelmente estaria longe, escuta o círculo está se fechando.

-Queimei a mercadoria.

-O quê! ? Tá maluca Bebel.

-Não posso fazer mais isso John, vamos acabar logo com isso.

-Tudo bem, depois da corrida vou direto pra casa te pegar e caímos no mundo.

Seus amigos o chamaram pensei em Nina e no quanto estava ferrada, fui pro bar beber um pouco e aproveitar a minha última noite.


Tudo cooperava praquela noite as melhores músicas bebidas e risos, dancei como nunca John estava feliz veio me abraçar e disse que me amava, mas não era essas palavras que queria ouvir, não dele.

Levantei a cabeça e a avistei de pé meu coração batia acelerado no peito, meus olhos estavam fixos nos dela, as pessoas passavam como em câmera lenta pôr nos.

-Está tudo bem ?

John tocou em meu rosto assenti, mas a perdi de vista.

-Eu vou ao banheiro.

Procurei por Nina em todos os cantos daquela boate, ao sair a encontrei indo embora corri em sua direção ficando em sua frente.

-Nina... Cadê o pessoal ?

Sorri olhando em volta.

-Vim... sozinha.

Franzi o cenho.

-Não pode fazer esse tipo de coisas, é se acontecesse algo ?

Ela sorriu .

-Quem... e você... pra me.... proibir ?

Caminhou passando por mim.

-Tá legal não sou uma pessoa perfeita ok, mas me preocupo com você, merd*!

Ela parou se virou e me fitou .

Caminhei me aproximando da mesma, seu olhar baixo me causava uma dor terrível, levantei seu queixo.

-Estou tentando concertar as coisas, mas não sabe o quanto te ver aqui me deixa feliz.

-Serio ?

-Sim.

Tirei meu casaco passando por cima de seus ombros, tirei meu gorro colocando nela.

-Podemos ir agora.

Estávamos caminhando em direção ao meu carro, a noite estava fria, mas a única coisa que me preocupava era seu bem está.


Ao entrarmos o silêncio se estendeu, mas não era um silêncio triste e acusador ao lado dela nada poderia me deixar triste.

-Podemos... ir a um... lugar.

Ainda a olhava 

-Qualquer lugar.


Desta vez foi a minha vez de sorrir, Nina me passava as coordenadas e estacionava num prédio chique.

-E aqui mesmo, olhava pela janela.

-Sim.

Descemos e fomos entrando no Hall de entrada, o porteiro nos saudou e pegamos o elevador quarto andar, ao sairmos andamos por um corredor largo, Nina pegou a chave no bolso da calça e entramos. 

-Uau esse flat é incrível!

Pequeno, mas aconchegante, amei a cozinha armário embutidos e um balcão de mármore.

-É da...minha... mãe.

-Por que me trouxe pra cá, Nina ?

Nossos corpos estavam próximos até demais, mas tentava me controlar ao máximo pra não deixa-la confusa.

-Pra conversamos.

Ela se afastou me disse que poderia ficar à vontade, abri a geladeira e havia frios e pão de forma no armário.

-Se importa se fizer um lanche ?

-Não.

Preparava um misto quente enquanto a mesma se afastou entrando em um cômodo, ao terminar ela voltou com um casaco pra mim.

-Se...aqueça.


-Obrigada, nossas mãos se tocaram na troca.

-Fiz misto quente e um suquinho.

Estendi o lanche em cima do balção, quebrando aquele estranhamento gostoso.


Conversamos sobre várias coisas, até que Nina tocou no assunto que a levou até o abrigo, mas em nenhum momento ouvi o nome da sua ex, soube um pouco de seus pais sua vida e rotina.

-Pretende voltar pra faculdade ?

-Sim.

Estava lavando a louça quando senti seus dedos em meus cabelos, aquele gesto fez todos os pelos da minha nuca se erriçarem. 

-Gostava dos...Dread

Fechei os olhos por um momento, estava errado muito errado, sequei as mãos e a encarei.

-Não pode fazer isso... Ama a Silvana e flerta comigo ?

Nina parou o que estava fazendo e me fitou confusa e seria.

-Não amor... a Silvana.

-Há tá bom, me afastei o suficiente pra respirar um pouco.

-Ouvi você se declarando pra ela, me pede pra terminar com o John e se declara pra outra.

Estava com os braços cruzados olhando a rua pela sacada.

-Eu disse... que... amo... está com... todos... ali.

A encarei ficando sem reação alguma, me sentia uma idiota, me sentei no pequeno sofá passando as mãos pelos cabelos.

-Me desculpa, entendi tudo errado eu...

Seus lábios tomaram os meus rapidamente, fora só um selinho, se afastou o bastante ruborizada. Não me segurei a puxei delicadamente pra um beijo, um beijo de verdade Nina entreabriu os lábios pequenos dos quais me dava mais vontade de beijar e mordiscar de tão macios e delicados, nossas línguas se encontraram uma dançava na boca da outra, apertei sua cintura isso a fez gem*r em minha boca, e um sorriso escapou de meus lábios, meus dedos rodeavam em círculos sua nuca a deixando cada vez mais entregue, até que nossos pulmões clamavam por oxigênio. 

Ao nos afastarmos Nina era um poço de timidez e encanto, tudo estava esclarecido e em ordem pelo menos naquela noite.

Cocei o cabelo e olhei pro lado.

-Que... foi ? Eu... beijo mal ?

Sorri.

Pousei minhas mãos em seu rosto quente.

-Claro que não, só que não esperava sabe... E estou com gosto de álcool e cigarro, e você não merece isso.

Nina riu alto, sua risada infantil me fez sorri também, tirando em seguida um trident sabor morango da calça. 

-Obrigada.

A noite passou voando quando dei por mim estava dando uma da manhã, Nina estava deitada dormindo serenamente no sofá, me aproximei com cuidado mexendo em suas madeixas.

-Eu nunca te entregaria.

A peguei no colo e levei pro quarto de casal, a colocando com cuidado na cama, a cobrindo em seguida, passei a noite toda velando seu sono e pensando que faria qualquer coisa pra não te ver chorar e sofrer novamente. 











Fim do capítulo


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