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Blind por Bruna DX

Ver comentários: 3

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Palavras: 3208
Acessos: 3740   |  Postado em: 13/07/2018

Capítulo 3

 

Terça feira. 06h30min da manhã. Hoje meu humor estava diferente. Com uma sensação boa que eu não era capaz de explicar ou saber de onde vinha. Nem mesmo o ponto de ônibus lotado abalou a leveza que eu estava carregando comigo.

 

A noite passada foi diferente. O meu fiel comprimido foi esquecido dentro da gaveta, não precisei dele. Apesar de demorar um pouco, consegui dormir. A insônia havia me abandonado deixando em meu corpo um relaxamento incomum.

 

Apesar de bem humorada e contente, não podia deixar de sentir o velho nervosismo que todo mundo sente quando se é novato em alguma coisa, seja na escola, na faculdade, ou no trabalho, como era o meu caso.

 

Quando eu era a carne nova no pedaço, me policiava o tempo inteiro, porque todo mundo adora tirar um sarro dos novatos, agora imagina se eu deixasse o meu lado atrapalhado e estabanado aflorar justo no primeiro dia de trabalho. Não não! Não podia deixar, do contrário, meu mico não seria esquecido tão cedo.

 

Por falar em mico, ontem paguei um dos maiores micos da minha vida. E olha que eu soucraque em passar vergonha. Na verdade, não foi nem um mico, foi o King Kong mesmo, bem cabeludo e nada discreto. Dá pra acreditar que eu desmaiei nos braços de Daniele? Nossa! Ainda não sei onde enfiar a minha cara.

 

Quando voltei a minha consciência, estava em uma sala pequena e completamente branca. Com uma senhora me olhando atentamente. Era o ambulatório da empresa onde Daniele trabalhava. Como eu tinha chegado lá, não fazia a mínima ideia.

 

A pior parte foi explicar a elas a razão do meu desmaio, dizer que estava sem comer o dia inteiro. Crise de hipoglicemia! Foi o que eu ouvi antes de levar vários sermões, tanto da enfermeira do ambulatório, quanto de Daniele.

 

Daniele só saiu do meu pé quando eu comi um sanduíche acompanhado de uma latinha de refrigerante para elevar o nível de açúcar em meu sangue.

 

Depois do lanche, ela fez questão de me deixar na porta de casa, o que achei fofo. Era engraçado como uma pessoa que praticamente não me conhecia conseguia se preocupar comigo assim. Senti-me cuidada, me senti bem depois de provar o sabor do abandono de Rebeca.

 

Balancei a cabeça interrompendo meus pensamentos e olhei de um lado para o outro, checando se a morena não estava no ponto de ônibus. Apesar de me sentir bem na companhia dela, neste momento, ainda envergonhada, preferia que ela não me visse até esquecer o que tinha acontecido no dia anterior.

 

O ônibus chegou e eu tive sorte de conseguir um acento. Os fones de ouvidos foram minha companhia. Fechei os olhos e me deixei levar pelas melodias harmoniosas de Coldplay que invadiam meus ouvidos. Repeti a as músicas “The scientist” e “Magic” várias vezes, eram as minhas preferidas da banda.

 

Quando abri os olhos saltei do acento, olhei em volta e me dei conta de que a minha parada já havia ficado para trás. Não acredito! Dei sinal e sai empurrando e pedindo desculpa para todos até chegar à porta de desembarque. Levei algumas cotoveladas e ouvi alguns insultos, mas tudo bem, consegui descer.

 

O problema é que desci ao menos uns três quarteirões depois. Daí eu tinha duas alternativas: esperar um ônibus do outro lado da avenida que fizesse o caminho de volta, ou voltar a pé. Olhei o relógio em meu pulso. Ok, não tinha jeito e muito menos tempo. Voltei a pé, ou melhor, correndo.

 

Adentrei o prédio esbaforida e completamente suada. Entrei tão rápido que não enxerguei nada a minha frente e acabei me chocando com alguém que saia do prédio.

 

-- Desculpa... – falei ainda com dificuldade de respirar.

 

-- Menina pra quê essa pressa? – era Adele que falava enquanto me segurava pelo braço e sorria – Respira.

 

Puxei o ar algumas vezes até meus pulmões voltarem a trabalhar de forma adequada.

 

-- Desculpa Adele. Te machuquei?

 

-- Não, está tudo bem. Você estava correndo?

 

Olhei para ela meio envergonhada e titubeie em falar a verdade.

 

-- Estava. Distrai-me no ônibus, acabei passando da parada e tive que correr para não chegar atrasada aqui.

 

-- Não precisava ter corrido, você tem alguns minutos, fica calma. Vem comigo. – disse me puxando pela mão.

 

A loira me levou até uma ampla sala. Em uma das paredes haviam diversos armários numerados que me lembravam armários de vestiário. Do outro lado da sala, havia algumas poltronas e sofás. Mais ao fundo da sala havia duas mesas grandes.

 

-- Aqui é uma área comum da empresa. Aqui você pode descansar no horário do almoço ou fazer um lanche. Naquela porta ali – disse apontando – fica a copa, lá tem geladeira, microondas, um bebedouro e alguns utensílios que possa precisar. Naquela porta ali, ficam os banheiros, feminino e masculino.

 

Ela me deixou no meio da sala e foi até um dos armários, o destrancando e retirando de lá uma camisa social branca. Parou a minha frente e levou a peça na altura de meus seios.

 

-- É, acho que temos o mesmo corpo. Pega, pode trocar. É minha, eu sempre deixo aqui. Às vezes venho visitar o meu pai e troco de roupa. Apesar dos anos vivendo aqui, ainda não me acostumei com o calor.

 

-- Nem eu, que nasci aqui consigo me acostumar com o calor. Obrigada. – falei pegando a peça de roupa que ela me estendia.

 

-- Vou te deixar a vontade. Tenho que ir, só passei para falar com o meu pai, preciso ir para a construtora. Até mais Bia.

 

-- Até mais Adele.

 

A loira já ia deixando a sala quando retornou, com um sorriso largo e branquinho brincando nos lábios.

 

-- Meu pai adorou você. E olha que ele é meio exigente. Boa sorte. Tchau.

 

Adele saiu da sala e me deixou sorrindo feito boba.

 

Fui até o banheiro e troquei de roupa. Minha blusa estava realmente bem suada. Eca! Vesti a camisa social e me encarei no espelho, ficou boa, apesar de achar que ela ficou um pouco apertada em meus seios. Tentei fechar todos os botões da camisa, mas não deu, eu tinha mais peito do que a loira. Assim, os primeiros botões ficaram abertos, revelando parte de meu colo.

 

Coloquei a blusa suada em uma sacola que eu trazia na bolsa, e procurei algum armário vago para guardá-la.

 

Deixei aquela sala e fui direto para o departamento do RH me apresentar para o primeiro dia. Uma moça me recebeu e ficou encarregada de me levar até a redação e fazer as devidas apresentações entre meus colegas de trabalho.

 

A redação era enorme, e eu me senti pequenina quando a moça chamou a atenção de todos para me apresentar. Todos olhavam para mim, alguns com curiosidade, e outros com um certo desdém.

 

Passado a tensão inicial, sentei-me onde a partir de agora eu trabalharia todos os dias, fazendo o que amo verdadeiramente. Sorri só de pensar nisso.

 

-- Oi!

 

Preciso dizer que me assustei?

 

-- Oi. – respondi ao rapaz que me sorria.

 

-- Meu nome é André Carlos, mas todo mundo me chama de Junior, então pode me chamar assim também. – estendeu-me sua mão – Prazer! Seja bem vinda.

 

-- Obrigada Júnior. O meu nome é Ana Beatriz, mas você já sabe não é mesmo?  A moça já falou, então você já sabe. – sorri sem jeito.

 

Junior me olhou divertido.

 

-- Bom, eu estou aqui do lado, qualquer coisa, é só me chamar. O que precisar, pode contar comigo...

 

-- Obrigada.

 

“Simpático ele!” – pensei.

 

Era mês de abril, estávamos às vésperas da Copa do Mundo, e a redação inteira estava girando em torno disso. Esse era o tema. Essa era a nossa pauta. Como eu ainda estava me adaptando e ainda não tinha participado de nenhuma reunião, me dediquei a fazer pesquisas e dei rápidas olhadas no site da revista. Revirei o site. Fiz anotações acercas dos periódicos anteriores e fiz algumas observações na agenda que eu carregava comigo.

 

Edson era um homem alto, magro, de cabelos negros e voz forte. Esse era o editor chefe da Revista My Sprinter. O cara chegou à redação e todo mundo pareceu mudar instantaneamente, ficaram sérios e eretos. Ele parecia meio sisudo, sério.

 

Enquanto ele caminhava até o quadro branco, eu apenas observava. Lá ele escreveu em uma caligrafia perfeita “Meta do dia: 2 artigos sobre alguma seleção da copa -  a sua escolha”.

 

Daí o cara começou a andar em minha direção, me olhando diretamente. Senti meu corpo inteiro arrepiar, mas não era pelo fato do cara ser lindo – sim, apesar de lésbica eu sabia reconhecer a beleza de um homem - e sim de nervoso.

 

-- Senhorita d’Ávila?

 

-- Sim. – minha voz quase não saiu.

 

-- A senhorita poderia me acompanhar até a minha sala? Prometo ser rápido.

 

-- Claro.

 

Segui-o até a sua sala. Agora de pé ao seu lado, notei o quanto ele realmente era alto. Ele devia fazer com que as mulheres dali se descabelassem por ele.

 

Sua sala era repleta de objetos esportivos, e eu até m dispersei ao avaliar alguns deles. Tinha uma mesa principal com um computador e uma redonda mais ao canto que julguei ser de reuniões.

 

Ele sentou e com um gesto pediu para que eu fizesse o mesmo. Prestei bastante atenção nas orientações que ele me passava. Edson me entregou a pauta da edição, pediu que eu lesse com atenção, e me entregou um bloco de papel. O bloco eram os textos enviados por colaboradores, e ele me deu a tarefa de editá-los e deixá-los prontos para saírem nesta edição da revista.

 

Fiquei tranquila com a missão, não era uma tarefa difícil, eu tinha quase 20 dias para deixar tudo pronto. Se fosse preciso eu não hesitaria em levar trabalho para casa. O que me deixou meio inquieta e nada tranquila foi o olhar que ele me lançava. Ele parecia me avaliar, e seu olhar quase sempre demorava um pouco mais quando chegava na altura dos meus seios. Levei a mão até o decote da blusa e tentei fechá-la um pouco mais, e ele, apenas sorriu de lado.

 

Quando fui me retirar de sua sala, ele me acompanhou até a porta e ao tentar passar, ele levou a sua mão até meu ombro apertando-o firmemente me deixando ainda mais desconfortável.

 

Já na minha mesa, parei minhas pesquisas e passei a ler os textos dos colaboradores. A manhã foi passando e eu nem notei o adiantar das horas. Só acordei para a vida quando o meu celular tocou e na tela apareceu o nome de Daniele.

 

Ontem mesmo trocamos telefones, e ela me fez aceitar o compromisso de almoçar com ela sempre que possível. Então eu sabia bem o que a sua chamada queria dizer: hora do almoço. Organizei minhas coisas e desci para encontrá-la.

 

-- Você parece contente. – disse assim que me viu.

 

-- Digo o mesmo de você. Quer dizer, você sempre está sorrindo.

 

-- Você me deixa sorridente. – disse me deixando sem jeito – O que costuma almoçar? Tem alguma preferência?

 

-- Ah não, sem preferências. Surpreenda-me. – desafiei-a.

 

-- Tudo bem então.

 

Atravessamos a praça conversando amenidades. Ela me contou sobre a sua manhã de trabalho e me perguntou como havia sido o meu início na revista. Daniele trabalhava em um escritório de engenharia, um dos muitos que havia ali. Ela era assistente pessoal de um projetista do escritório, trabalhava diretamente com ele, e só com ele.

 

Enquanto ela falava sobre o seu chefe, ponderei por alguns instantes se deveria ou não contar sobre a minha primeira impressão de Edson. Mas julguei que talvez fosse precipitada, e acabei deixando para lá. Era melhor não contar.

 

Fomos almoçar em um restaurante italiano, que não era grande ou sofisticado, mas era extremamente aconchegante. Eu tinha adorado o ambiente, trazia a sensação de estar em casa. Definitivamente eu adorei! Fui surpreendida não só pelo espaço, mas pelo sabor da comida, que era divina.

 

De agora em diante, aquele era o meu restaurante favorito.

 

-- Que tal um sorvete? – perguntou quando deixamos o estabelecimento – Conheço uma sorveteria na rua aqui atrás que é uma maravilha.

 

-- Vai, confessa de uma vez!

 

-- O quê?

 

-- Confessa que você descobriu que comida italiana e sorvete são meus pontos fracos.

 

Ela sorriu largamente.

 

-- Fico muito feliz em saber que acertei. E ainda mais feliz por saber que agora tenho com quem dividir o meu hobby: comer!

 

Ri com a cara que ela fez.

 

-- Até parece que você come demais, com esse corpo ai, eu duvido.

 

Não foi um comentário maldoso e nem possuía outras intenções nas entrelinhas, eu apenas reconheci que Daniele tinha um belo corpo. Ok! Olhando-a bem, agora percebi, ela era linda, e tinha um corpo maravilhoso.

 

-- Andou me observando? – perguntou mexendo as sobrancelhas.

 

-- Sou uma pessoa observadora.

 

-- Eu também sou. – disse me olhando de um jeito diferente.

 

Não andamos muito e logo estávamos na sorveteria. Fiquei louca com tantas opções. Sai experimentando na palheta alguns que ainda não havia provado, enquanto Daniele ria da minha cara.

 

Eu comprei uma casquinha de dois sabores, uma bola de chocolate e outra de creme. A morena comprou um potinho de sabor tapioca. Brinquei dizendo que ela tinha um gosto esquisito, e ela retrucou dizendo que eu tinha um gosto previsível. Previsível? Como assim? Quem não gosta de chocolate ou creme?

 

Sentamos em um banco da praça, debaixo de uma frondosa árvore que fazia sombra. E voltamos a conversar.

 

-- Posso te fazer uma pergunta Ana Beatriz?

 

-- Credo! Me chamando assim, pelo nome todo até parece que é uma bronca. – ela sorriu – Mas pode perguntar.

 

-- Você tem namorado?

 

-- Não. Você tem?

 

-- Não, eu não tenho namorado. E nem namorada... – concluiu devagar observando a minha reação.

 

Sabia que ela estava me sondando!

 

-- Na verdade, eu estou me recuperando de um término recente. Rebeca foi como uma erva daninha na minha vida. Destruiu tudo o que pode, e eu ainda não estou bem.

 

Fiz questão de falar o nome de Rebeca, assim ela poderia sentir mais liberdade em falar comigo. Sabe o lance do gaydar? O meu super apitava para Daniele, então não estranhei quando ela me perguntou sobre ter ou não namorado, e menos quando ela incluiu o gênero feminino.

 

-- Também estou saindo de um término recente. A barra foi meio pesada.

 

-- Não vou nem te contar a minha estória, porque sei que eu ganho de lavada. – brinquei.

 

-- Ah não, agora conta.

 

-- Outro dia, quem sabe. Mas se quiser me contar a sua, sou toda ouvidos.

 

-- De maneira nenhuma! Lhe conto a minha quando você me contar a sua, assim não seria nada justo.

 

-- Fechado!

 

-- Gostei de te conhecer Bia. – disse depois de um pequeno silêncio.

 

Meu coração se aqueceu com a sua declaração, e mais que isso, me fez notar que eu também havia gostado de conhecê-la. Eram dois dias apenas, mas na presença dela as coisas pareciam mais leves do que realmente eram. Um lance de aura, eu acho.

 

-- Eu também. Você é uma pessoa legal, e seu sorriso é contagiante.

 

-- Já disse, é você que me faz sorrir. De uma maneira estranha, que eu ainda não sei explicar, mas quando estou perto de você não consigo não sorrir.

 

-- Isso é uma cantada?

 

-- Talvez.

 

Olhei-a com atenção e ela começou a se aproximar de mim. De repente o banco ficou estreito, e nós duas estávamos perto demais. Ela olhava em meus olhos e em seguida olhava para meus lábios. Meu coração se agitou e começou a bater rápido. Minhas mãos ficaram gélidas.

 

Eu conhecia essa sensação. Era gostosa. De forma nítida já antevia o que aconteceria ali. Estava palpável e isso de forma alguma me assustava.

 

-- Você se importa com a opinião alheia? – perguntou ainda mais próxima.

 

-- Geralmente não. – respondi em um sussurro encarando seus lábios.

 

-- Ainda bem.

 

Foi a ultima coisa que eu ouvi. Não fui capaz de pronunciar nenhuma outra palavra. A boca de Daniele estava colada a minha, em um beijo calmo e gostoso. Nossas bocas se moviam lentamente, se provando.

 

A mão dela em minha nuca me mantinha cativa, próxima dela, impedida de interromper o beijo. E ainda que fosse possível, eu não queria, queria que o beijo continuasse. Ela mordiscou o meu lábio e um gemido involuntário escapou despercebido.

 

O beijo foi cessando pouco a pouco, dando lugar a pequenos selinhos.

 

-- Desculpa te beijar assim, no meio da praça, mas não aguentei, estava morrendo de vontade de sentir a sua boca.

 

Seu sorriso estava diferente. Eu me sentia diferente.

 

-- Eu adorei esse almoço.

 

-- Essa frase tem um duplo sentido?

 

-- Talvez. – sorri - Tenho que ir. – disse ficando de pé.

 

-- Podemos nos encontrar no ponto de ônibus?

 

-- Claro.

 

Dei-lhe um último selinho e caminhei na direção do edifício. Quando parei diante da porta de vidro da entrada, olhei para trás, e ela estava lá, me olhando. Com um sorriso ela acenou para mim e eu entrei.

 

Entrei no elevador e me encostei à parede metálica e gélida. Fechei os olhos e levei a mão até meus lábios. Sorri instantaneamente. Ela tinha o beijo tão gostoso, um cheiro tão bom, um jeito tão doce...

 

Passei o resto do dia pensando nela, pensando no beijo. Sorria vez ou outra perdida em alguma lembrança do almoço.

 

Quando o expediente terminou, arrumei as minhas coisas e sai às pressas da revista. Caminhei até o ponto de ônibus sentindo um friozinho na barriga. Ela já estava lá, sorrindo pra mim. Cumprimentou-me com um beijinho no canto da boca e segurou a minha mão, o que me fez estremecer.

 

Ela estava ainda mais carinhosa e atenciosa comigo, e o engraçado é que eu não conseguia repeli-la, pelo contrário, eu estava gostando. O único problema foi que ao mesmo tempo comecei me sentir mal. Uma pontada em meu peito veio me preenchendo de culpa. Sim, culpa porque parecia que eu estava traindo o que ainda sentia por Rebeca. Tratei de espantar as lembranças de Rebeca.

 

Fomos para casa num clima de flerte, um clima gostoso. Mais uma vez ela fez questão de me levar até a porta de casa, onde nos despedimos com mais beijinhos no canto da boca.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Espero que gostem!

Beijos


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Comentários para 3 - Capítulo 3:
Thaci
Thaci

Em: 13/07/2018

Boa tarde,Bruna!!!

Gostei  da Adele. Mas,a Bia combina mais com a Dani. Não sei explicar mais ambas tem uma conexão muito boa. E torco que eles fiquem juntas. O que me procupa agora é esse Edson,que pelo o que percebi vai assediar muito a Bia. Espero que isso não fique impune. Amando a estória e cada capítulo postado. Nota mil. 


Resposta do autor:

Oi Thaci. Boa tarde!

O que posso dizer por enquanto é que as duas meninas terão uma grande importância na vida de Bia, de maneiras diferentes. Edson ainda vai dar um trabalhinho para Bia, mas vamos ver no que dá.

Obrigada por cada comentário! Beijos 

Responder

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Socorro
Socorro

Em: 13/07/2018

Oi autora,

Tô adorando essa história!!

Dani, rápida no gatilho kkkk eu pensei que a Bia fosse gostar da Adele .. 

abraços 

 

 


Resposta do autor:

Que bom Socorro! Fico feliz em saber que está gostando.

Sério que pensou em Bia e Adele? Daria certo?

Beijos 

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Elizaross
Elizaross

Em: 13/07/2018

Eu gosto da Dani...

Eu queria a Bia coma Adele..kkk 


Resposta do autor:

Então, será que as duas vão brigar pelo coração de Bia?

Bora ver

Kkkkkkk

Beijos

Responder

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