Capítulo 3
— Você tem algo importante pra hoje? — Hernando perguntou assim que parou o carro em mais um sinal vermelho, o terceiro seguido naquela manhã. Assim que parou baixou o para sol onde tinha um pequeno espelho apenas para checar seu cabelo, ver se não estava bagunçado demais. Já Amelia ao seu lado apenas olhava pela janela de forma um tanto vazia, pensativa demais para se preocupar com a própria aparência por mais que naquele momento ela estivesse impecável. A jovem Design não precisava de muito para realçar a própria beleza.
— Não, só vou atender dois clientes que marcaram hora e vou terminar o design de alguns móveis pra mandar para a reforma. O que tem em mente? — indagou. Os olhos azuis desviaram-se da janela para poder olhar para o amigo que voltou a atenção para a estrada a sua frente quando o sinal abriu mais uma vez. Viu o sorriso satisfeito se desenhar nos lábios de Hernando e ele a olhou por um breve momento, ele sequer precisou falar qualquer coisa para que Amelia soubesse que ele já tinha algo em mente.
— Hoje a noite vai ter mais uma festa neon na Nexus e eu lembro muito bem o quão louca você ficou na última... — o homem fora falando enquanto manobrava o carro para entrar no estacionamento do prédio de porte médio com uma belíssima logo com os dizeres “Simplicity”, a pequena empresa que começou há anos atrás após uma ideia de Hernando e Amelia, fora crescendo aos poucos, ganhando visibilidade pela forma que ambos trabalhavam, a simplicidade de ambos era evidente em seus trabalhos, mas era um simples completamente refinado. Como Amelia sempre dizia, “menos é mais”. A pouco menos de um ano ambos haviam firmado contrato com dois engenheiros e haviam fundado algo mais firme e completo e aberto de vez uma empresa de médio porte onde estavam situados os quatro escritórios de cada profissional. Hernando parou na vaga que sempre parava e desligou o carro logo em seguida antes de virar-se e olhar para Amelia que já arrumava suas coisas. — Então, o que me diz?
— Eu preciso dizer algo? — ela perguntou e arqueou uma sobrancelha enquanto ajeitava a pasta onde guardava o seu notebook, um sorriso divertido, faceiro, surgiu em seus lábios e ela riu enquanto abria a porta do carro, era claro que a resposta da morena já era mais do que obvia. — Eu vou adorar encher a cara. — falou enquanto colocava a alça da bolsa em seu ombro e fechava a porta atrás de si, falou em tom mediano, mais para si mesma do que para Hernando. Precisava encher a cara e esquecer todo e qualquer pensamento que andava rondando a rua cabeça. Andava com calma, sobre um salto de 15cm, a calça preta era completamente colada em suas pernas marcando bem as coxas grossinhas que tinha, a camisa de linho branca era levemente soltinha, as mangas dobradas em seu antebraço, a barra parcialmente por dentro da calça e alguns botões abertos quase deixando a mostra um decote tímido. Os cabelos, como sempre, soltos, caindo em cascata pelas costas e ombros. Em um ombro a alça da bolsa e na mão esquerda segurava a pasta com seu notebook e alguns documentos.
Não esperou Hernando enquanto andava em direção ao elevador, apertou o botão apenas uma vez e respirou fundo enquanto olhava para a porta metálica, o elevador ficava exatamente no centro do estacionamento, assim, ao redor do mesmo as vagas para estacionamento dos clientes e de todos que trabalhavam no local. O local era bem iluminado, em uma espécie de praça onde ficava o elevador e ao seu lado a escadaria, havia dois banquinhos e algumas diversidades de plantas bem verdes, afinal, segundo Mia, era bom passar uma boa aparência para o cliente desde o estacionamento. E ela estava mais do que certa.
— Adoro o fato de você nunca negar os rolês que aparecem. — Hernando falou assim que parou ao lado da morena e ambos acabaram dando uma risada completamente cúmplice, Mia adorava sair com Hernando, por mais que não parecesse, o rapaz era festeiro, sempre fora. Lembrava muito bem da primeira vez que fora a uma festa LGBT com o amigo, ele lhe deu toda a segurança e animação que ela precisava, hoje em dia eram as festas preferidas de Mia. Além do mais, a forma como seu amigo lhe cuidava nas festas era sem igual, já havia se livrado de muitas investidas devido aos cuidados do amigo, ele não era do tipo que a deixava solta para cometer loucuras, era como um irmão mais velho, que não lhe impedia de fazer as coisas, mas também não a deixava cometer loucuras que a faria se arrepender depois.
Assim que o elevador desceu ambos entraram. Hernando encostou-se no fundo do elevador e Amelia apenas respirou fundo enquanto ficava no meio após apertar o botão do segundo e último andar. O primeiro era apenas destinado aos engenheiros e o segundo para o arquiteto e a Design de Interiores.
— Você vai chamar o Charlie? — Hernando quebrou o silencio que havia se instalado no elevador, por mais que não fosse incomodo. Viu Amelia acenar de forma positiva com a cabeça, mas continuou a olhando. — Vocês estão nisso há uns meses, quando vão assumir o namoro? — ele perguntou de forma divertida e o sorriso surgiu nos lábios de Amelia. Hernando o vio pelo reflexo do elevador.
— Você sabe que eu saio com ele por que ele fode muito bem. — ela falou sem qualquer pudor e quando o elevador abriu a porta ao parar no segundo andar saiu andando a passos calmos, o ambiente passava completa tranquilidade, em cores nude, uma das paredes extremamente amplas que quase tomavam conta de toda a parede deixava a mostra a rua da frente. No meio do salão uma mesa com maquetes extremamente realista e bem montadas de casas que apesar da simplicidade, eram extremamente luxuosas. Em uma das paredes, uma estante com diversos encartes dos interiores decorados por Mia que ficavam a mostra para a escolha de novos clientes, ou apenas para folhear em caso de espera para passar o tempo. Mas também havia um local confortável de espera, com uma pequena mesa de centro feita de vidro e poltronas de cor amadeirada.
A sala de reuniões mediana tinha as paredes de vidro, exposta para qualquer visitante que aparecesse ali. Enfim, uma secretária atrás de um balcão de cor branca, na parede de madeira atrás dela a logomarca da empresa.
— E um namoro não é só composto por fodas bem feitas. — brincou, sorrindo de forma divertida com as próprias palavras enquanto andava atravessando todo o salão do andar em que trabalhava e ia caminhando em direção ao balcão onde a secretária que dividia com Hernando ficava. — Bom dia, Rose! — saudou de forma simpática antes de inclinar-se sobre o balcão para dar o beijo que sempre dava na secretária, os lábios estalaram contra a bochecha da jovem loira que sorriu de forma larga em resposta.
— Bom dia, Mia, Hernando! — sorriu para os dois e recebeu um beijo também do homem alto. Os três eram amigos, muito antes de trabalharem juntos, na época quando procuravam uma secretária pouco antes de inaugurarem aquele novo prédio em conjunto com o contrato com os dois engenheiros, Rose estava desempregada e tinha experiência com trabalhos do tipo, assim uniram o útil ao agradável e apesar da íntima amizade que os três tinham, isso nunca interferiu em nada no trabalho. Rose era boa no que fazia. — Vocês acreditam que a Salma não para de me ligar? — ela perguntou enquanto franzia o cenho deixando claro o desgosto que sentia com isso.
— Ela claramente sempre pareceu o tipo de mulher perseguidora. Que liga a toda hora querendo saber o que você está fazendo e com quem. Eu disse a você no começo, corra antes que de merd*, mas você foi lá e correu pra entre as pernas dela. — o arquiteto ergueu as mãos como se estivesse se rendendo e mostrando que não tinha mais absolutamente nada a se fazer pela amiga. Já Rose tinha o cenho completamente franzido no rosto, a expressão de completo desgosto com as palavras de Hernando era clara.
— Céus, como você é nojento. Eu odeio como você é tão realista e direto. — ela falou enquanto mantinha a expressão de desgosto em sua face, a boca levemente entortada o que denotava nojo, mas aquilo era pura implicância com o rapaz. Mia tinha um sorriso largo no rosto, observando as farpas que os dois trocavam praticamente todos os dias, acabou rindo enquanto se apoiava melhor no balcão para continuarem aquela conversa.
— Realista, exatamente. Vocês que tem dificuldade em aceitar a verdade. — ele arqueou as sobrancelhas enquanto retirava do ombro a bolsa de lado que sempre carregava com coisas do trabalho, a colocou sobre o balcão e apoiou-se ali enquanto focava os olhos ainda mais em Rose, o sorriso divertido surgindo nos lábios. — Você não vai acreditar quem teve sua primeira experiência lésbica. — ele falou como se aquilo fosse a notícia mais surpreendente de todos os tempos e então olhou para Mia.
Mia arregalou os olhos no mesmo instante sendo pega de total surpresa pelas palavras do amigo, o rosto esquentou e ganhou uma cor mais forte pela vergonha que a pegara desprevenida. Rose por si também arregalou os olhos, levando as mãos a boca no segundo seguinte por ser atingida com força pela surpresa.
— Você ta de brincadeira! C...
— Ah, pelo amor de Deus, Hernando. — Mia reclamou de forma mal humorada enquanto pegava a própria pasta e dava meia volta já andando a passos largos em direção a sua sala, saíra praticamente marchando ao som da risada do amigo enquanto ainda ouvia mais questionamentos de Rose, essa que agora os fazia diretamente para Hernando.
A jovem Design respirou fundo enquanto caminhava, pelo corredor bem amplo que dava ao seu escritório, logo abriu a grande porta de madeira e passou pela mesma deixando que ela se fechasse com o próprio peso. Respirou um pouco fundo ainda sentindo o rosto quente e o aborrecimento por Hernando tocar em um assunto que realmente não estava a deixando confortável. Retirou o celular de sua bolsa o deixando sobre a mesa e guardou a bolsa dentro de um pequeno armário atrás de sua mesa e assim sentou-se de forma confortável na poltrona atrás da ampla mesa de vidro, iria começar a trabalhar o quanto antes para ocupar a própria mente, mas enquanto retirava os saltos com o auxílio dos próprios pés, se pegou pensando mais uma vez na noite anterior.
Quando ficou descalça ergueu as pernas e as cruzou em posição de meditação como gostava de ficar por que achava confortável. Segurando na mesa puxou a poltrona de rodinhas para mais perto da mesma e respirou fundo assim que os cotovelos apoiaram-se na mesa e as mãos deslizaram pelo próprio rosto antes de adentrarem o cabelo macio e os segurar com um pouco de força enquanto fechava os olhos.
— Céus. — falou para si mesma em um discreto pedido de ajuda para tentar esquecer o ocorrido. Ela realmente não conseguia entender por que aquilo não saia de sua cabeça, não era assim quando ficava com qualquer outro na balada, ou quando tinha um beijo roubado como fora o caso. Nenhum homem ficava em sua mente daquela forma ou fazia seu corpo reagir apenas com poucas lembranças como aquela e com tão pouca coisa. Passou os dedos pelos cabelos, os penteando e lembrou da sensação dos dedos da dançarina em seus cabelos quando beijo aconteceu, era como se tivesse acontecido a segundos atrás para lembrar com tanta perfeição. Respirou fundo e o cheiro gostoso viera a sua mente a fazendo fechar os olhos de maneira impaciente e pender a cabeça para trás apoiando-a no encosto alto da cadeira. Quando abriu os olhos e fitou o teto, suspirou. — O que está acontecendo? — perguntou para si mesma, um sussurro quase inaudível, nunca se imaginou naquela situação e pior, nunca imaginou que se sentiria tão envolvida por algo que com qualquer homem seria a coisa mais simples do mundo.
Balançou a cabeça de forma negativa e ajeitou-se, alcançou o celular logo em seguida o desbloqueando e procurando o contato de Charlie. Charlie era um rapaz com quem tinha um caso há alguns meses, o conhecera em uma das festas que Hernando fazia questão de lhe levar e as quais ela nunca recusava, era um bartender loiro e extremamente charmoso que roubara a atenção de Mia desde o começo. Desde então vinham saindo sempre que possível e segundo a jovem, era apenas isso. Gostava da companhia do rapaz, gostava principalmente do sex*, ambos se entendiam muito bem em todos os sentidos, mas era apenas isso.
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O dia passou se arrastando na percepção de Mia, mas foi produtivo, passou o dia atrás de sua mesa finalizando projetos e tendo algumas reuniões, assim conseguindo firmar contrato com novos clientes, sinal que teria muito trabalho nos dias que viriam a seguir. Conseguiu ocupar muito bem a mente durante todo o dia e ficou feliz com o fato de que nem Hernando e muito menos Rose tocaram mais no assunto quando a viram, o que até lhe causou certo estranhamento a julgar como os dois gostavam de implicar com ela. Voltou para casa no fim de tarde ao lado de Hernando, comentando de forma animada sobre a noite que os dois iriam ter.
— Caralh*. — vozes graves soaram em uníssono quando Amelia adentrou o apartamento de Hernando a passos lentos enquanto pacientemente ia ajeitando o brindo em sua orelha, o sorriso sem vergonha surgiu nos lábios da morena quando os olhos azuis extremamente expressivos focaram nos dois homens sentados lado a lado na sala do rapaz. Hernando estava acompanhado de seu namorado, Drew, um jovem moreno divertido e bem educado que havia ganhado a afeição de Mia desde o primeiro dia que se conheceram, o casal já namorava apouco mais de um ano.
— Não me olhem desse jeito. — a morena falou enquanto ainda sorria, acabou rindo de forma divertida enquanto caminhava em direção aos rapazes e sem pensar duas vezes sentou-se no colo de Drew, de lado, e o abraçou pelos ombros de maneira calorosa antes de dar alguns beijos na têmpora do amigo, ele a abraçava de volta pela cintura, de forma carinhosa.
— Às vezes eu acho que você ama mais ela do que eu. — Hernando brincou enquanto erguia-se do sofá já com o celular em mãos, a hora? 22h53. Estavam mais do que prontos para sair. — Vamos, eu já estou chamando o Uber. — ele disse, os olhos ainda focados no celular enquanto terminava de digitar o endereço da boate em que iam naquela noite.
— Nosso caso foi amor à primeira vista. — Mia falou enquanto sorria de forma larga e erguia-se do colo do amigo. Passou a mão pelos cabelos escurros, os dedos os penteando antes de os jogar para trás. A morena trajava um short curto, sequer chegava a metade de suas coxas e era bem colado onde chegava. Assim dando a impressão que a morena tinha coxas mais grossas do que realmente tinha. A cor era negra e a cintura, alta. Apertado na cintura, deixava claro a cintura bem desenhada que tinha. A camiseta de alcinhas e de cor vermelha, tinha um tecido leve, estava por dentro do short, era levemente solta e tinha um decote bem generoso, não usava sutiã e isso apenas deixava aquele decote praticamente hipnotizante. Os lábios estavam pintados por um batom rubro, que entrava em contraste com o azul intenso de seus olhos e sua pele clara. Os saltos de 15 cm só deixavam as pernas bem feitas ainda mais longas dando um charme sem igual a mulher quando ela andava.
Não levava absolutamente nada nas mãos e nem nos bolsos além de uma pequena quantia de dinheiro, odiava sair com celular ou bolsa quando ia para a balada. A mão pequena entrelaçou-se a de Drew quando saiu andando e fora o puxando devagar seguindo Hernando que já estava na porta. Em poucos minutos os três já estavam em frente ao prédio que moravam, foram diretamente para dentro do carro preto estacionado em frente ao lugar. O Uber fora rápido.
Amelia fora na frente como sempre gostava de fazer até mesmo quando estava sozinha, o caminho não era longo e logo naquele horário as ruas estavam mais vazias, fora pouco tempo, uma questão de dez minutos e logo começavam a ver um aglomerado de pessoas, não fazendo fila para entrar na boate, mas sim em grupos conversando de forma completamente animada ou até “se aquecendo” com bebidas para já entrarem animados.
— Pode nos deixar aqui. — foi Amelia que pedira e o motorista apenas acenou de forma positiva com a cabeça enquanto manobrava o carro com calma e parava um pouco mais a frente. Não precisaram pagar mais nada, já era descontado diretamente no cartão de Hernando. Despediram-se do motorista antes de saírem do carro. Amelia espreguiçou-se um pouco já na calçada da rua em que ficava a boate e logo Hernando e Drew aproximaram-se.
Toda a frente do lugar era bem animada, até parecia que a festa era na verdade ali fora, havia música e Mia não sabia de onde, o cheiro de cigarro era bem característico além do cheiro também de maconha, apesar de não usar, ela conhecia o cheiro. Ouvia risadas, conversas paralelas. Olhou brevemente em volta, vendo homens bem vestido, mas de forma completamente relaxada, como se quisessem ficar ainda mais bonitos, mas completamente á vontade. Alguns com brilho nas barbas as deixando de cor diferente, chamativa. Algumas Drag Queens praticamente desfilavam pelo local arrancando assobios animados e elogios altos. Mia sorria com aquele ambiente, sentia-se completamente a vontade naquele meio, como se todos ali fossem seus amigos. E adorava aquela sensação.
Acordou dos próprios pensamentos quando sentiu o braço passando por seus ombros e olhou para Drew, acabou sorrindo quando começou a andar ao seu lado. Do outro lado dele Hernando segurava a mão do namorado enquanto andava.
— Vamos, meu bem, precisamos rebol*r muito a raba. — Drew falou arrancando uma risada gostosa de Mia enquanto era abraçado pelo braço da morena de forma carinhosa para continuarem andando lado a lado. Entraram no estabelecimento sem quaisquer preocupações, a entrada não era paga e não havia filas, o que até dava a entender que o lugar poderia estar vazio, mas estava bem longe disso. Aquela noite prometia e muito.
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— Pelo amor de Deus, eu vim pra cá hoje imaginando quantos shots eu consigo virar de uma vez. — Mia argumentou. Haviam várias mesas altas apenas para colocar bebida, espalhadas ao longo da boate, em sua maioria perto das paredes assim deixando o centro do local unicamente para a diversão das pessoas, ou seja, para dançar. Drew havia acabado de voltar com uma bandeja mediana com exatos dez shots de tequila e três garrafas de cerveja.
— Já vi que hoje você sai daqui nos braços do Charlie. — Hernando falou enquanto pegava um dos shots e sem enrolar o levou a boca e o virou de uma vez, franziu o cenho no segundo seguinte. Mia riu e abriu um sorriso realmente largo antes de dar de ombros.
— É exatamente essa a intenção, meu caro. — piscou para ele de forma completamente cúmplice antes de enfileirar a sua frente, três shots, virou um a um como se não fossem nada, um atrás do outro e ao fim do terceiro pegou um dos limões e o levou a boca o espremendo enquanto o ch*pava, franziu o cenho com o azedo que fez o seu corpo arrepiar-se, mas se sentiu bem satisfeita com isso. Seguidamente pegou a cerveja já aberta, para aliviar e deu um gole rápido. Drew e Hernando trocaram um olhar cúmplice, como se dissessem um para o outro que havia algo de errado. Mia só bebia daquela forma quando queria esquecer alguma coisa ou estava incomodada demais e Hernando sabia exatamente o que estava a incomodando.
A música This Girl, da banda Kungs, tomava conta de todo o ambiente e a batida era tão forte que Mia sentia claramente o impacto em seu corpo, trazendo uma sensação deliciosa de adrenalina e a fazendo, involuntariamente, remexer-se, o quadril ia para lá e para cá, em um rebol*do involuntário quando sentiu, repentinamente, mãos firmes agarrarem o seu quadril de maneira firme e a encoxada viera logo em seguida ao mesmo passo em que era abraçada por trás. Seu coração acelerou por um breve momento pelo susto de algo tão repentino, mas ela sabia quem era.
— Porr*, você ta muito gostosa. — a voz e o cheiro de Charlie eram inconfundíveis, mesmo com a música absurdamente alta ao redor, Mia ouviu perfeitamente bem a voz baixa bem ao pé do seu ouvido, acabou arrepiando-se quando a barba por fazer do rapaz roçou em sua pele. O sorriso completamente satisfeito tomou conta de seus lábios antes de virar a cabeça, aproximou a boca do ouvido do rapaz e falou num tom alto o suficiente para que ele ouvisse.
— Caprichei pra você. — ainda sorria assim que falou isso e então virou-se nos braços do louro, os braços ergueram-se e o envolveram pelo pescoço o puxando para mais perto, os corpos se colaram um no outro completamente. Mia ainda sorria, agora cara a cara com o Barman.
Charlie era um belo rapaz loiro, os cabelos lisos atualmente estavam um pouco grandes, possibilitando-o de fazer um pequeno coque quando queria, mas naquele momento estavam muito bem penteados para trás, a barba estava por fazer, sempre estava. Tinha ambos os braços completamente fechados por tatuagens, coisa que particularmente Mia adorava, as tatuagens estendiam-se até seu peitoral, também o fechando com elas, também haviam outras espalhadas por seu corpo. Com seus 1,90m de altura, Charlie não era um rapaz de músculos bem definidos, na verdade era magro, mas nem por isso deixava de ser forte. Como Mia sempre dizia, ele tinha um charme e um sorriso sem vergonha que deixava qualquer uma derretida.
Os lábios de ambos selaram-se algumas vezes, em selos demorados, até um pouco saudosos já que fazia algum tempo que eles não se encontravam daquela forma e por mais que eles não namorassem, quando juntos, não importavam-se de demonstrar qualquer tipo de carinho ou saudade. Mia sentia-se bem nos braços do loiro, por mais que ainda assim não sentisse a segurança que um relacionamento deve ter, talvez por isso também até hoje os dois nunca saíram da amizade colorida. Quando se afastaram, o rapaz louro cumprimentou Hernando e Drew com abraços calorosos e a partir dali, a festa verdadeiramente começou.
Foram shots atrás de shots, coquetéis de frutas, cervejas e muita dança. Foi assim que se passou quase cinco horas de festa, Mia já havia perdido o controle de si mesma e a bebida havia tomado conta, suada, eufórica e completamente alheia aos próprios problemas, dançara como nunca com todas as companhias que tinha naquela noite, Charlie, Drew e Hernando. Juntaram-se a mais alguns amigos em determinado ponto da festa e isso só os animou ainda mais. Devido ao horário, o lugar não estava mais tão lotado como antes, grande maioria das pessoas já tomados pela bebida, alguns se agarrando nos cantos da boate ou até ali mesmo no meio de todo mundo, outros dormindo encostados em algum lugar confortável, outros apenas se divertindo, dançando, aproveitando até o último minuto que aquela festinha tinha para oferecer.
— Eu já vou. — Hernando sibilou para Mia enquanto fazia um gesto com a mão, a morena estava no meio da multidão, incansável, queria dançar até não sentir mais suas pernas. Ela apenas acenou de forma positiva com a cabeça e Charlie, atrás dela, também acenou para o casal de amigos. Mia tinha sua carona de volta para casa naquela noite e Hernando sabia que não precisava se preocupar quando ela estava com Charlie.
O corpo inteiro da jovem design fervia, ela não sabia se era pelo excesso absurdo de bebida, se era pelo calor que fazia ali no meio da pista de dança, ou se era por culpa de Charlie que esfregava-se nela sempre que podia. Estavam os dois na pista de dança a algum tempo enquanto Hernando e Drew namoravam em algum canto antes de irem embora, e a dança dos dois apenas ia ficando cada vez mais quente.
Quem que estivesse por trás da música, parecia perceber que as pessoas ali não estavam mais tão animadas como antes, mas sim envolvidas umas com as outras, não era a toa que a algum tempo as músicas agitadas haviam cedido o lugar para músicas mais ousadas, de um ritmo gostoso e batida que te dava vontade de trans*r. Talvez fosse esse o motivo do calor que Mia sentia? Ela não sabia. Sentia muito bem a própria camisa ainda mais colada contra seu corpo, uma gota de suor escorrendo por entre seus seios. Quando uma nova música começou a soar, as mãos firmes de Charlie foram virando Mia de frente para ele, os corpos remexiam-se lenta e sensualmente ao som de When we – Tank. A perna do homem encaixou-se entre as suas, a mão esquerda tomou-lhe uma das nádegas com certa força fazendo o corpo de Mia arquear-se, a cada passo que dava sentia a perna do rapaz roçando entre as suas, em locais que faziam o corpo da morena ficar a ponto de pegar fogo. Ela não era a única suada, quando as mãos pequenas alcançaram o peitoral do rapaz, o sentiu levemente úmido, olhava unicamente para Charlie, as testas quase coladas e os lábios roçando a todo momento, mas ainda assim conseguiu notar quando as luzes piscaram e ganharam uma coloração avermelhada, dando um ar ainda mais sensual ao ambiente.
Sorriu de forma safada contra a boca do rapaz ante de morder-lhe o lábio inferior de maneira lenta, o puxou bem devagar antes de soltá-lo, sentiu seu corpo ser ainda mais apertado contra o do rapaz e o arrepio que percorreu o seu corpo fizera seus mamilos despontarem na camisa de alcinhas que usava, a sensibilidade quase a fez gem*r.
— When we... Fuck. (Quando nós... Fodemos.) — Charlie começou a cantar contra a boca da morena, acompanhando a música lentamente. — When we... Fuck. — continuou, a mão esquerda soltando a cintura da morena apenas para subir e agarrar-lhe o pescoço, perto do queixo, de maneira firme, a segurando por ali de maneira não muito delicada a fez virar-se de costas para ele e voltou a encoxa-la como fazia minutos antes. A abraçou, ambos rebol*ndo no mesmo ritmo, os corpos se roçando. Mia abriu os olhos devagar, os lábios entreabertos, o corpo arrepiado, por causa da bebida sentia-se dormente, a cabeça atordoada, as luzes vermelhas traziam-lhe um impacto que ela não sabia explicar. Respirou fundo e um cheiro diferente invadiu suas narinas. Não era o cheiro de Charlie.
Sentiu o volume que crescia na calça de seu parceiro, completamente prensado contra sua bunda e isso fazia seu baixo ventre ferver, mas aquele cheiro não sumia, estava ficando cada vez mais atordoada e a visão levemente turva, talvez devesse ter bebido menos. Algumas pessoas se afastaram em sua frente e ela viu entre eles aquela mesma máscara que vira na noite anterior. Arfou, não soube se pelo o que via, ou se era pela barba de Charlie roçando em seu pescoço. Os olhos se abriram um pouco mais quando a mulher a olhou e o sorriso se formou naqueles lábios carnudos quando ela começou a dançar a alguns metros de Mia, claramente dançando unicamente para a jovem Design. Era como um show particular no meio de tanta gente. Mia estava mais uma vez hipnotizada, os olhos descendo por aquelas curvas, o jeito sinuoso de rebol*r, ousado.
—.... O que você acha? — a voz masculina em seu ouvido a fez despertar daquele transe e olhou rapidamente para o lado na tentativa de ver Charlie, mas rapidamente voltou sua atenção para a mulher, mas tudo o que encontrou fora o vazio entre as pessoas de onde ela deveria estar, isso a fez franzir o cenho enquanto olhava em volta a procura da dançarina mascarada. Havia sido coisa de sua cabeça? — Mia?
— Sim? — indagou virando-se para olhar para Charlie, estava atordoada, o coração ainda batia forte dentro de seu peito e o cheiro de repente, havia sumido.
— Vamos pra casa. — o rapaz repetiu, já que na primeira vez que havia falado Mia parecia alheia demais a sua voz. — Eu to quase arrancando suas roupas aqui mesmo.
Mia riu, um sorriso largo aparecendo em seus lábios quando segurou a mão do rapaz e saiu andando a passos calmos por entre as pessoas, mas não deixou de olhar uma última vez para o mesmo lugar de antes apenas para ver se a via novamente, mas não a viu, sua mente havia lhe prego uma peça em tanto. Os passos não eram perfeitos e sequer andava em linha reta perfeitamente, tudo por causa do efeito da bebida, mas ainda estava consciente o suficiente para fazer muita coisa, assim, juntos, foram para a casa de Mia, matar a vontade que os consumia desde cedo.
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Mia sempre dizia que quando você bebia demais e ficava logo em seguida um intervalo de horas sem beber, o álcool fazia ainda mais efeito e você acabava ficando ainda mais bêbado. Seu corpo esfriava e rendia-se aos efeitos fortes do álcool. Então, ela chegou em casa ainda pior do que quando saíra da boate, Charlie não estava muito diferente, mas nem por isso deixaram o desejo de lado, muito pelo contrário.
Em uma questão de pouquíssimos minutos Charlie já estava largado na cama de forma completamente relaxada, as únicas peças de roupas que ainda restavam em seu corpo eram o par de meias que estavam em seus pés, a luz do quarto estava desligada, mas a luz ambiente da madrugada adentrava pela janela descoberta pela cortina e dava uma luz natural ao ambiente. A luz estava em seu auge e isso era ó mais um fato que deixava Mia ainda mais tentada.
Estava sentada sobre os próprios calcanhares, bem no meio das pernas de Charlie, o short e os saltos haviam sido tirados a muito tempo. As mãos delicadas logo agarraram o tecido da camisa e a puxaram para cima sem muita pressa evidenciando o tronco liso, os seios fartos de aréolas rosadas e mamilos bem despontados pelo corpo arrepiado. As mãos em seguida apoiaram-se nas coxas levemente grossas de seu parceiro e inclinou-se, os cabelos jogados apenas para o lado esquerdo, quando a boca fora preenchida pelo membro rígido e quente, não deixou de gem*r, quase em conjunto com Charlie.
— Porr*, Mia... — as palavras saíram por entre o gemido arrastado, os dedos dos pés chegaram a encolher levemente enquanto as mãos grandes iam até a cabeça da morena e agarravam-lhe os cabelos de maneira possessiva, os apertou ainda mais quando ela começou a se movimentar, subindo e descendo, a boca o envolvendo deliciosamente bem, quente, macia, a língua como uma cama quentinha que causava-lhe arrepios intensos. Soltou um novo gemido, rouco, arrastado, quase preguiçoso e a puxou pelos cabelos libertando a boca dela e a olhou mesmo no escuro. O sorriso safado que tomava conta dos lábios do rapaz fizeram Mia derreter-se. — Adoro essa carinha de puta manhosa que você faz. — ele falou em tom rouco enquanto a mão livre acariciava a lateral do rosto da jovem, o polegar deslizou pelos lábios macios.
Mia não demorou a abocanhar o polegar do homem e o ch*pou bem devagar, os olhos azuis fixos nos verdes de Charlie, viu claramente o lampejo de satisfação passando pelos olhos do rapaz e quando o dedo fora afastado, a morena fora agarrada pelo queixo de maneira nada carinhosa e teve seu corpo puxado a forçando a ir engatinhando para cima do louro e então deitou-se parcialmente por cima dele, os seios espremendo-se contra o peitoral liso.
A mão grande deslizou do queixo aos cabelos e em meio ao puxão forte os lábios foram tomados em um beijo sedento, quando as línguas enroscaram-se, Charlie sentiu-se pulsar repetidas vezes pela vontade de tomar aquela mulher com toda a vontade que estava sentindo. Mas não era apressado, queria aproveita-la de todas as formas possíveis. A mão livre tocou a pele deliciosamente quente e macia, foi descendo devagar, arrastando-se pelas costas, pela cintura, quadril e quando chegou a bunda, estalou um tapa forte, o barulho ecoou pelo quarto e o beijo fora quebrado pelo pequeno gritinho de surpresa dado por Mia.
— Filho da puta. — o xingou baixinho, o sorriso sacana estampado nos lábios da morena. A risada gostosa de Charlie viera logo a seguir e ele inverteu as posições em uma fração de segundos, ficou por cima da morena, as mãos apoiando-se no colchão quando ele se inclinou e escondeu o rosto no pescoço da morena. Fora inevitável não contorcer-se, se encolher diante os beijos molhados que recebia, a barba roçando em seu ponto fraco a deixava louca. Sentiu o próprio interior se contrair e um sorriso safado surgiu em seus lábios com a sensação, mordeu o lábio inferior ao sentir a boca quente descendo e arqueou um pouco a coluna, mais um ponto fraco: Seus seios. E o conjunto da mão grande apertando um deles e a boca quente envolvendo o outro arrancaram da morena um gemido completamente manhoso, estava praticamente pedindo mais apenas com um gemido. Sua cabeça rodou algumas vezes e fechou os olhos com mais força, novamente repetia que devia ter bebido menos. Seu corpo continuava dormente e a mesma sensação de atordoamento ainda estava ali, fraca, mas estava. Mas a medida que seu corpo parecia esquentar cada vez mais, isso ia ficando pior.
Sequer notou em que momento foi que sua calcinha fora arrancada de seu corpo, mas tudo o que sentiu de repente fora a língua quente contra seu sex* e uma gula sem igual vinda de Charlie. Gem*u e como gem*u quando seu corpo tremeu, arrepiou-se dos pés a cabeça e ergueu um pouco as pernas, como se estivesse se oferecendo ainda mais para o rapaz.
— Charlie... — gem*u e arqueou um pouco a coluna, não conseguia ficar quieta. Balançou um pouco a cabeça como se quisesse organizar os próprios pensamentos e ergueu um pouco a cabeça para olhar para o homem entre suas pernas, mas tudo o que viu fora um corpo menor, seu coração pulou dentro de seu peito e gem*u mais alto, tanto pelo súbito susto quanto pelo prazer de ter seu clit*ris sugado com tanta vontade. Estava tão inebriada pelo prazer que sentia que não estava se preocupando por ter uma pessoa diferente entre suas pernas. Era coisa de sua cabeça novamente? Mia viu o momento em que o rosto coberto por aquela máscara tão familiar ergueu-se de entre suas pernas e os lábios carnudos sorriram de forma completamente cúmplice antes de voltarem a toma-la mais uma vez. — Meu... D.. — não conseguiu completar as palavras, a boca abriu-se um pouco mais e quis gritar de prazer, as mãos rapidamente foram para os cabelos notoriamente mais longos e mais sedosos que os de Charlie, os agarrou com demasiada força e os puxou, forçando a cabeça ainda mais para entre suas pernas, claramente implorando por mais e o impedindo de se afastar, de parar.
Nunca havia sentido o seu corpo tão entregue como estava sentindo naquele momento, a dançarina mascarada estava ali, entre suas pernas, fodendo-a com a boca da melhor forma possível, levando-a a loucura com linguadas generosas e ch*padas intensas. Sequer tinha noção que aquilo era apenas à ilusão que o álcool estava a fazendo ter. E por algum motivo, vê-la ali entre suas pernas dava-lhe muito mais prazer.
— Eu vou... — não conseguiu terminar quando sentiu a onda de prazer subindo por todo o seu corpo, as coxas tremeram e por um momento nenhum gemido saiu de sua boca, ficaram presos em sua garganta em meio ao orgasmo que tinha, ondas de prazer adormeceram o seu corpo e consequentemente afrouxou o aperto nos cabelos. Inebriou-se em seu próprio prazer por poucos segundos, mole na cama fora virada de forma rápida, era pequena em relação a Charlie, ele conseguia a colocar da forma que bem queria apenas usando um pouco de força.
E logo lá estava ela, os joelhos apoiados na cama, bem separados um do outro, o quadril elevado, bem empinado, oferecia-se para o rapaz de maneira até inconsciente enquanto os ombros estavam apoiados no colchão fofo e o rosto lateralmente apoiado no mesmo, as mãos pequenas agarraram com força o cobertor do colchão e o torceram quando começou a ser preenchida. Quase delirou ao sentir a grossura do rapaz e estava tão molhada que aquilo sequer a incomodou. Estava inteiramente preenchida e céus, como adorava aquela sensação.
— Com força... — sussurrou, sequer tinha noção se Charlie iria ou não ouvir aquilo, mas quando seu corpo começou a ser praticamente jogado para frente a cada nova estocada que sentia, ela soube que ele ouviu muito bem. O barulho do choque entre os corpos era alto, pélvis chocando-se contra bunda, alto, ritmado, gostoso. O corpo de Mia sacolejava constantemente, os seios não paravam e o grito rompeu sua garganta quando tivera os cabelos puxados de maneira bruta e a cabeça pendida para trás tendo apenas a visão do teto. Fechou os olhos com força e quase sentiu o toque da desconhecida em sua pele, gem*u com o pensamento, sua mente fantasiando cenas que a faziam realmente ficar a ponto de delírio. Um tapa a fez gritar novamente, a ardência em sua pele subiu por seu corpo e ela começou a se sentir em chamas enquanto em sua mente ela tinha aquela dançarina nua em sua frente. Fora instintivo levar os próprios dedos ao seu sex*, tocar o clit*ris sensível a fez fechar um pouco as pernas, mas gem*u alto quando começou a se tocar e sem nem ao menos se dar conta, em meio a um sex* tão gostoso, não começou a se tocar para quem estava a fodendo, mas sim, para uma mulher que sequer conhecia.
As estocadas pareciam ficar cada vez mais fortes, o falo duro entrava e saia de uma forma que deixava Mia quase em um êxtase sem fim e em conjunto com seus dedos dedilhando o ponto que lhe dava mais prazer, só tinha vontade de gritar para todos que estava prestes a enlouquecer de tesão.
— Mais, mais... Forte... — não era para Charlie que ela pedia aquilo, os olhos da mulher mascarada apareceram em sua mente e estar se tocando era como sentir que na verdade estava sendo tocada por ela, céus... Estava muito bêbada.
Charlie, alheio a todo o atordoamento de Mia, a fodia com uma vontade sem igual, o suor escorria tanto pelo peitoral tatuado quanto pelas costas definidas. Nunca fora carinhoso, a mão grande sempre descia com tapas firmes que estalavam de maneira gostosa contra uma das nádegas de Mia e a cada gritinho que ela dava, isso parecia fazer o rapaz ganhar fôlego para continuar. A puxou pelos cabelos com mais força arrancando dela um grito que fez seu corpo arrepiar-se de satisfação. Quando soltou os cabelos escuros a mão grande desceu para agarrar o pescoço alvo da morena e o apertou de maneira firme o suficiente para fazê-la arquear. As estocadas ficaram lentas, mas eram fortes, tão fortes que faziam o corpo inteiro de Mia tremer pelo impacto dos corpos se chocando. Iria goz*r, a boca colou-se ao ouvido da morena, gemidos graves e arrastados eram contínuos, os corpos completamente colados. Mia estava inteiramente mole nos braços de Charlie, presa pela brutalidade do homem, tocando-se pensando em outra, aquelas estocadas levavam-lhe ao céu, as pernas chegara a fechar-se um pouco mais quando o orgasmo tão intenso a atingiu com força, dessa vez o corpo inteiro tremeu, a mão livre agarrou a coxa de Charlie e as unhas fincaram-se na pele do rapaz. Ele não estava muito diferente, gozou com a sensação deliciosa de Mia contraindo-se ao redor de seu membro sem parar, chegaram ao ápice quase juntos e de uma maneira tão intensa que uma segunda rodada só viria com toda certeza depois de um bom sono.
Mas continuaram ali, na mesma posição, soltou o pescoço de Mia e a abraçou, a morena mal conseguia respirar tamanha havia sido a intensidade do orgasmo, estava tão mole que duvidava que conseguiria andar naquele momento. Charlie estava extasiado, satisfeito por Mia ter se mostrado tão deliciosamente empolgada.
Pela janela alguns raios mais claros começavam a aparecer, iria amanhecer em pouco tempo. Mia desabou segundos depois, deixando seu corpo relaxar contra a cama, de bruços. Charlie ainda teve a coragem de levantar para se livrar da camisinha que usava. Ele olhou-se no espelho por um breve momento, suado, mas sorriu de forma satisfeita. Antes de voltar para o quarto a passos calmos, seu corpo ainda anestesiado quando viu Mia deitada ainda na mesma posição. Havia dormido? Ele subiu na cama devagar e inclinou-se em direção a morena, aquilo havia sido tão bom que sequer haviam trocado uma palavra, também pudera, estavam cansados depois de terem vindo de uma deliciosa festa.
— Mia? — ela não respondeu e ele apenas sorriu antes de cobrir o corpo pequeno com cobertor para que pudessem dormir, deitou ao lado dela de forma completamente relaxada, estava igualmente cansado, por isso mesmo assim que encontrou a posição perfeita, caiu em um sono pesado.
Mas Mia não havia dormido, muito pelo contrário, estava em um choque sem igual pelo o que havia acabado de fazer, definitivamente havia sentido todas as estruturas emocionais que tinha, desabando de uma única vez. Não teve coragem alguma de encarar Charlie depois daquilo, não por aquela trans* tão intensa que tiveram, mas sim por que em boa parte dela, ela pensou em outra pessoa, ela gozou para outra pessoa. Fingiu que dormia para não precisar olhar para a cara de Charlie e desde que havia conhecido ele nunca, jamais havia feito algo do tipo. Sentiu o nó chegar a sua garganta, mas manteve-se completamente quieta pelos minutos que vieram a seguir e quando notou que ele dormia ergueu a cabeça apenas para verificar antes de então sentar-se na cama. Ele dormia de forma completamente relaxada ao seu lado e tudo o que Mia fez fora levar as mãos a boca de forma completamente incrédula. As lágrimas quentes escorreram por seu rosto. O que ela havia acabado de fazer?
Fim do capítulo
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NandaSulivan
Em: 13/04/2019
Nossa que está mascarada não sai mais da cabeça... Muita curiosidade também para saber quem será está misteriosa, que já tem uma pegada dessa,kkkkkk.
Estou curtindo muito este dilema da Mia , é complicado quando achamos que já sabemos tudo de nós , e de repente tudo vira de cabeça para baixo.
lay colombo
Em: 16/07/2018
Mano essa história é minha realização pq posso gostar do cara e da guria kkkkk
Amei a o sexo entre eles, Charlie é um gostoso e pelo jeito sabe exatamente oq fazer kkkkk mas minha torcida tá toda na dançarina mascarada acho que ela ainda vai enlouquecer muito a Mia kkkkk
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Sayo
Em: 13/07/2018
Sinto que esqueci de dizer que essa capa é de matar!!! Acho que esse é um bom palpite para um infarto.
Deus!! Eu sei que esse capítulo era necessário... Mas puta merda preferia ter evitado ele kkk Realmente homem nunca foi meu forte rsrsr agora digamos que quando vc descreveu a Mia para a festa, Jesus!! Acho que minha boca salivou completamente kk
Okay! Autora, tenha dó na próxima do meu coração, ele quase parou agora.
Espero o próximo..
Resposta do autor:
hahahahaha e não é? Me inspiro muito nessa capa pra fazer muitas cenas. Acho sensacional.
KKKKKKKKKK, era bem necessário sim, o Charlie vai aparecer mais algumas vezes ao longo da história, então... Tente se acostumar um pouquinho com ele. Ele não é de todo um mal.
KKKKKKKK, é, então a minha descrição foi muito boa.. E olha, no próximo eu posso até ter dó, mas olha, daqui a uns.. Três capítulos é provável que seu coração pare... Sugiro que se medique, por que vai precisar.
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Thayscarina
Em: 11/07/2018
Vou começa ler só pela discrição gostei espero q poste capítulos sempre ????????????
Resposta do autor:
Eu tento escrever novos capítulos pelo menos uma vez por semana!
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