Capítulo 19 - Reencontro
Como previsto pelo próprio médico, na quinta-feira daquela mesma semana eu pude voltar ao trabalho. Como esperado, Fernanda não comentou com ninguém sobre a verdade por trás daquele acidente, então apesar de ainda apresentar escoriações pelo corpo e a mancha roxa não ter desaparecido do meu rosto, eu pude justificar apenas que havia sofrido um acidente, nada precisei dizer sobre Juliana.
Carol e eu estávamos em paz, eu continuava dando a ela o tal benefício da dúvida, mesmo percebendo meu sexto sentido aos berros, eu estava apaixonada por ela, queria estar com ela, não valia a pena criar caraminholas na minha cabeça. Me permiti apenas aproveitar aqueles momentos com ela.
Aquela mulher com jeito de moleca me arrancava sorrisos, me fazia bem tê-la comigo, eu me sentia completa e a cada dia que passava, aumentava a vontade de estar com ela. A única coisa que me incomodava era aquela maldita distância, eu dormia e acordava com saudades, querendo sentir os lábios dela nos meus. Eu contava ansiosa os segundos para vê-la novamente.
O final de semana chegou e com ele o tédio e o aumento daquela saudade, naquele final de semana, minha namorada iria trabalhar numa festa que ela ajudou a organizar na cidade vizinha, eu compreendia que aquele era o trabalho dela, mas não conseguia evitar as pequenas pontadas de ciúme.
Era sábado, final de tarde e naquele dia, Carol apenas havia me dado um “bom dia” e desaparecido, procurei apenas pensar que ela estava ocupada com a tal festa e tratei de me distrair vendo um filme qualquer na TV, acabei pegando no sono e acordei já de noite com o celular tocando, sorri ao ver a foto.
-- Oi amor! Achei que tinha esquecido que tinha namorada! - brinquei.
-- Impossível, penso nela o dia todo! Você está bem, minha linda? - perguntou e eu sorri percebendo o som do sorriso na voz dela.
-- Estou, sim! Com saudades, mas bem!
-- Tem certeza que não dá para você correr para cá? - perguntou com a voz dengosa.
-- Bem queria, você sabe, mas não dá!
-- Vai sair hoje, linda? - perguntou com a voz um pouco diferente.
-- Não, vou ficar em casa bem quietinha! - devolvi.
-- Que bom! Assim ninguém fica de olho nas minhas coisas! - ela falou em tom de brincadeira, mas pude perceber certa sinceridade ali.
Nossa conversa ainda se estendeu por um tempo, até que ela precisou ir se arrumar para ir a tal festa.
Voltei minha atenção novamente para o filme, enquanto meu sexto sentido fazia um escândalo.
Quando as letras dos créditos subiram pela tela, parei de tentar fingir que estava tudo bem e peguei o celular, acessei o Facebook e em seguida o perfil de Carol. Minha expressão desmoronou quando vi uma foto postada minutos atrás pela própria. Na imagem ela aparecia com a ex, em casa, as duas estavam prontas para a noite e abraçadas. Passei um tempo olhando a tela até que não aguentei e tomei a atitude de ligar para ela. O telefone chamou duas, três, quatro vezes até que caiu na caixa postal, tentei novamente e nada, na quarta tentativa, ela rejeitou a ligação e entendi que a falta de resposta era proposital. Levantei da cama e joguei o aparelho no lugar que eu ocupava anteriormente.
Bem nesse momento, Fernanda abriu a porta do quarto, ela estava arrumada, provavelmente para mais uma noite de balada. Ela olhou para mim e pela sobrancelha arqueada, notei que ela percebeu que algo não estava certo.
-- Desembucha! - ordenou.
-- Não adianta dizer que não é nada, eu te conheço! - falou quando percebeu que eu estava prestes a abrir a boca e dizer que nada havia acontecido.
Suspirei resignada e rapidamente narrei os fatos.
-- Primeiro, larga mão desse negócio de ficar estalkeando o perfil da garota! Você sempre acaba vendo coisas que não quer e criando coisas onde talvez não tenha! Segundo, você conversou com ela sobre essa garota?
-- Não, não sei como ter essa conversa. - respondo me sentando na cama novamente.
-- Então conversa e veja o que ela tem a te dizer, não fica procurando cabelo em ovo! E sabe de uma coisa, você precisa parar de viver pensando só em rabo de saia! Larga esse telefone, larga esse controle! Hoje você vai sair de casa comigo e vamos curtir a noite! Como duas boas amigas que não saem juntas há tempos! - Ela disse e imediatamente abriu as portas do meu armário e me lançou um vestido preto de noite. Entendi que não tinha escapatória e fui me arrumar.
Fernanda estava certa, eu precisava viver sem ficar pensando em relacionamentos e afins, apenas viver! Na semana seguinte, quando estivesse com Carol conversaria com ela sobre a tal ex e pronto! Ao menos por enquanto, aquela história ficaria esquecida.
Decidida a seguir o conselho de minha amiga, me arrumei e curtimos aquela noite.
No dia seguinte, acordei com uma mensagem de Carol desejando bom dia e perguntando como havia sido minha noite, respondi e engrenamos em um papo que durou o dia todo.
****
A semana começou e passou tranquila, quando dei por mim, já era sexta-feira e eu já estava saindo da faculdade e indo direto para a rodoviária. Consegui embarcar no ônibus das 20h30 e assim que me acomodei, mandei uma mensagem para Carol avisando.
Diana: “Já estou no ônibus, amor”
Carol: “Nem acredito! Finalmente! Estou morrendo de saudades, contando os segundos feito uma louca esperando por você”
Li a mensagem várias vezes e sorri bobamente em cada uma delas. A sensação de saber que em breve estaria perto dela, de verdade, sentindo o calor, o cheiro, me fazia esquecer os possíveis problemas e pensar apenas o quanto eu estava apaixonada por aquela mulher com jeito de moleca sapeca.
Coloquei os fones de ouvido, assim que soaram os primeiros acordes de “Maybe tomorrow”, minha mente foi para longe e eu revivi cada um dos momentos daquele primeiro encontro, o toque, o jeito que ela sorria e consequentemente me fazia sorrir…
Quando dei por mim, a ônibus estava encostando na rodoviária de Caratinga, me espreguicei, ajeitei os cabelos e rapidamente retoquei a maquiagem, eu sabia que ela já estaria ali me esperando e queria estar o mais impecável possível para encontrá-la.
Assim que saí da plataforma de desembarque, pude ver aquele sorriso realçado pela covinha no queixo, um sorriso que iluminava o rosto dela e refletia no meu.
Apressei o passo e encurtei a distância entre nós, eu ansiava por sentir o calor da pele dela.
Não houve tempo para palavras, nos atiramos uma nos braços da outra como se não houvesse amanhã, parecia que estávamos há anos sem nos ver e não apenas a duas semanas. Quando finalmente nos afastamos, ela percorreu meu rosto com a ponta dos dedos, sem deixar de olhar meus olhos.
-- Oi amor! - ela falou finalmente.
-- Oi! Que saudades! - Falei enlaçando sua cintura novamente.
Não conseguiamos parar de sorrir, fomos caminhando até em casa de mãos dadas, nos olhando e trocando pequenos sorrisos, no fundo, estávamos loucas para nos entregar à saudade que nos consumia.
Mal fechamos a porta da casa e nossas bocas se colaram com urgência, nossas mãos percorriam os corpos uma das outras desvendando cada pedacinho. Nossas bocas não se separaram nem mesmo enquanto percorremos a pequena distância entre a sala e o banheiro.
Carol pressionou meu corpo contra as portas do box, sua boca deixou a minha, mas somente para passar a percorrer toda a extensão do meu pescoço, me arrancando suspiros e causando arrepios. Sem me conter, desabotoei os botões da camisa que ela usava, expondo o sutiã preto rendado. A visão da peça escura contrastando com a pele clara dela me levou à loucura, com urgência, despi seus seios e passei a sugá-los, fazendo-a suspirar e gem*r baixinho, como quem queria se conter. Em reação ao meu feito, Carol puxou meu corpo com certa violência, me levando para baixo do chuveiro e ligando-lo, senti a água molhando meus cabelos e minha pele, o que, combinado com a língua dela percorrendo meu corpo, me fez perder meus últimos resquícios de lucidez. Senti quando sua língua invadiu meu sex*, que àquela altura já estava encharcado, me fazendo arfar, inconscientemente, segurei sua cabeça fazendo com que a proximidade se tornasse ainda maior, foi impossível segurar o gozo que explodiu nos lábios dela.
Carol sorriu de maneira safada, encerramos o banho e partimos para o quarto, senti seu corpo se colando ao meu por trás e em seguida ouvi o pedido, que mais parecia uma ordem:
-- De quatro, agora!
Não ousei discutir ou questionar, apenas obedeci, para em seguida sentir seus dedos me preenchendo por trás, me fazendo gritar de prazer e consequentemente a fazendo chegar ao ápice, motivada por minha reação, ela começou a se movimentar em um vai e vem gostoso que era acompanhado por seu corpo, com a outra mão, Carol passou a massagear meu clit*ris, me fazendo explodir novamente em um gozo intenso que foi acompanhado por ela.
Joguei meu corpo exausto na cama e ela se deitou ao meu lado, nossos lábios se encontraram e nossos corpos se encaixaram, adormeci sorrindo feliz com nosso reencontro.
Fim do capítulo
Boa noite, minhas lindas!!!
Eu sei que demorou um pouco (muito), mas eu voltei!
Primeiramente, quero pedir desculpas por ter demorado tanto, mas houveram problemas pessoais, tecnólogicos e falta de tempo que contribuiram muito para isso. Espero que desculpem essa autora e voltem a acompanhar "Apenas mais uma".
Acho que algumas de vocês talvez possam vir a perguntar sobre "Três Segundos"... Eu e minha dignissima senhora Mandy, pretendemos sim finalizar, porém o tempo para ela está bemmmmm corrido, então até que ela possa estar de volta, vou cuidando de terminar esta que foi minha primeira estória no Lettera.
No mais, espero que vocês gostem do capítulo!!!!
Beijos!!!
Dani E
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Lily Porto
Em: 11/07/2018
Que bom que voltou, seja bem vinda de novo, rs'.
Será um prazer continuar acompanhando a sua narrativa.
Bjs.
Resposta do autor:
Obrigada, lindeza!!!
É um prazer estar de volta!!
Bjs!
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