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A Italiana por Sam King

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Palavras: 2029
Acessos: 3399   |  Postado em: 08/07/2018

Capítulo 2 - A Chegada

 

A primeira coisa que arrebatou Amélia assim que ela pisou no porto brasileiro foi a cacofonia de sons, uma língua parecida com a sua, mas ainda assim totalmente distinta. Depois foi as pessoas, ela nunca vira pessoas de tantas cores diferentes, e adorou. O senhor Silva reuniu todos os italianos e começou a dividi-los, uma parte seguiria viagem para o interior daquele estado e outra para a região sul do país, que é para onde Amélia seguiria.

A viagem durou alguns dias, mas logo estavam no trem que os levaria para seu destino final, no vinhedo que eles ficariam empregados até pagarem suas dívidas em uma cidade chamada Caxias do Sul. Senhor Silva trabalhava para o dono do vinhedo, o Senhor Tavares Oliveira, dono de muitas terras em Caxias e um dos homens mais ricos da região. Fazia quase dois meses que Amélia sairá de sua terra natal, e começava agora a sentir o choque cultural de estar em um país totalmente diferente do seu.

Ainda assim quando chegaram ao seu local de trabalho, não deixou de admirar as parreiras de uvas a perder de vista, o local era fantástico. Foram levados para o pátio em frente ao casarão, na varanda estava a família do senhor Oliveira e ele próprio. Amélia observou bem aquela gente, o homem que seria o seu patrão é alto com certo porte atlético, seus olhos castanhos e profundos miravam seu novos empregados com atenção e simpatia. A esposa estava atrás dele, uma senhora distinta , mas seu olhar se perdeu na moça que estava ao lado, a única palavra que traduziu o que ela pensou foi bella ragazza( linda moça) como nunca tinha visto antes.

Elas deveriam tem mais ou menos mesma idade, é mais alta que Amélia, tinha um porte austero, mas se observasse bem seus olhos castanhos, perceberia uma certa timidez. Foi quando a menina virou a cabeça , que ela viu a grande mancha negra que cobria parte do rosto e para Amélia não comprometeu em nada a sua beleza encantadora.

Com muito custo volta a sua atenção ao seu patrão, ele tinha uma voz forte que ressoava por todos, mas eles não estavam entendendo nada, até que o senhor Silva se dispôs a traduzir.

Havia uma casa enorme que era usada anteriormente pelos escravos, nessa primeira estadia os italianos iriam se hospedar lá, mas o o senhor Oliveira havia separado um grande pedaço de terra que eles próprios construíram suas casas ao redor do vinhedo. E a labuta começaria ao amanhecer do dia seguinte, receberiam seus salários ao fim do mês, já com o desconto das parcelas das suas dívidas.

E ela se foram os italianos conheceram o local do descanso dos seus corpos cansados. Era uma enorme casa de barro vermelho e teto de palha. Eles entraram e o local parecia limpo, mas no fundo Amélia sentia cheiro de podridão. Não havia paredes para dividir os cômodos, no chão colchões com aspectos velhos e redes espalhados pelo local. Não era um palácio, mas pelo menos não dormiria no chão de um navio ou na relva como vinha fazendo. Começou a explorar o local e descobriu que no fundo havia tinas de água fria e uma pequena cabana, sinceramente não se importou que o frio estava congelante, teria água para tirar a sujeira do corpo. Amélia era adepta a banhos, pois foi criada no orfanato e lá as freiras não suportavam crianças sujas. Aproveitou que as pessoas estavam se instalando e tomou seu banho tilintando de frio, mas muito satisfeita, depois depositou suas coisas no canto e sentou em uma das redes. Logo já tinha crianças correndo pelo lugar, mulheres conversando e dando risadas, os homens estavam do lado de fora fumando e Amélia ficou feliz, pelo menos tinha uma parte do seu povo ali, não está só naquela nova vida.

Algumas horas depois entrou na casa quatro mulheres e alguns meninos, traziam comida para os italianos. Os olhos se Amélia se prenderam a uma moça de pele escura como a maioria deles, olhos negros e um sorriso branco de dentes retos em uma boca bem fornida, nariz achatado e cabelos encaracolados amarrados em um lenço colorido. Usava uma saia marrom comprida e uma blusa que deixava o começo dos seios fartos aparecerem. Amélia se encantou com o rebol*do do seu quadril largo.

A moça chegou perto dela e abriu aquele sorriso lindo e disse:

- ô mais que coisinha linda que tu é, branquinha e com esses olhinhos azuis.

Amélia claramente não entendeu nenhuma palavra da moça, apenas abriu um sorriso tímido e disse:

- scusa no ho capito.( desculpa, não entendi)

Chica ficou cativada com a guria dos olhos azuis e um sorriso largo, observou mais de perto quando serviu a comida a ela. Tem os cabelos negros e lisos que caiam por toda a extensão das costas, maxilar proeminente mas que combinava perfeitamente com seu rosto largo. Parecia magrinha demais e tinha o aspecto que precisava tomar sol, mas mesmo assim a italiana é muito bonita, e de mulheres bonitas Chica entendia bem. Analisou a guria enquanto ela comia, parecia não reconhecer a maioria das coisas que tinha no prato, mas estava gostando. Serviu mais pessoas e depois voltou para a italiana como se fosse uma mariposa atraída pela luz. Tentou mais algumas formas de diálogo, mas nem ela entendia o que a guria falava e vice versa. E quando ela colocou uma jabuticaba na boca e um pouco de suco escorreu pelos lábio rosados, Chica soube que precisava experimenta-lo, e não falava da fruta. Mas teria muito tempo para aprender a tal língua do amor.

 

 

Clarisse acordou cedo e vê do seu quarto os novos empregados irem para as plantações, por um momento desejou ir com eles, adorava a terra, colher as uvas, andar a cavalo. Mas o que restava é fazer mais um bordado sem graça e aprender outra música ao piano. Pelo menos poderia ler no fim da tarde, mesmo não sendo usual mulheres serem educadas, seu pai fazia questão que sua única filha fosse letrada. De pequena teve um tutor que lhe ensinara as letras e a matemática, mas ao completar quinze anos, seu pai achou que estava bom de aprendizado e que estava na hora de Clarisse aprender a ser uma dama, e mesmo com seu defeito, ainda tinha esperança dela fazer um bom casamento. Por parte de Clarisse estava conformada que morreria só, e que não seria nenhum sacrifício, já que os pouco guris que havia conhecido não lhe despertaram a atenção. Estava distraída pensando nessas coisas que não notou quando uma das italianas passou e a encarou, apenas fechou a cortina e foi para seus afazeres.

 

Amélia sorriu ao ver a bella ragazza na janela que deveria ser seus aposentos, ainda estava estranhamente admirada com a beleza da brasileira. Mas logo estava indo junto com os outro para os vinhedos, sabia que a maioria dos seus compatriotas sabiam trabalhar com parreiras, e ela mesma sabia algo sobre isso, pois sempre trabalhava em alguns vinhedos quando era mais nova. Todos receberam cestas enormes e uma espécie de foice para o colhimento dos cachos, e partiram para a imensa vastidão dos vinhedos.

A cantoria dos italianos podia ser ouvida por toda Bella Vista, e Amélia se juntara, aquele é um povo alegre e cheio de esperança de uma vida melhor. Tinham agora três refeições por dia, e logo teria cada um seu espaço. E Amélia podia estar assustada por estar numa terra estranha, mas tudo o que ela sente é entusiasmo.

E foram assim que quinze dias se passaram, metade dos vinhedos já estava colhido e muitos já começaram o corte das uvas, quando elas eram pisadas em grandes tinas para começar o processo de fermentação e depois seriam colocadas em toneis com a aguardente, descansaria se transformando em vinho, algum tempo depois seriam engarrafadas e vendidas.

Amélia continuava na colheita, havia recebido um elogio do capataz que disse que ela é muito rápida, ela havia entendido apenas metade das palavras, mas com certeza havia traduzido corretamente aquele olhar de cobiça que o homem lhe lançara. Até então Amélia nunca temeu nada em toda aquela aventura, mas o olhar daquele homem arrepiou a alma.

 

Ela colhia distraída, quando ouviu o tropel de cavalos, secou o suor da testa e dirigiu seu olhar para onde vinha o som, seu coração deu uma batida engraçada quando viu a filha dos patrões de perto. Ela montava sentada de lado um cavalo negro e passava com um sorriso do rosto e cumprimentando a todos, os cabelos soltos cobertos por um chapéu, acobertava a parte do rosto, o sinal que Amélia deduziu que ela não gostava de mostrar.

 E foi quando o olhar de Clarisse e Amélia cruzaram se pela primeira vez, ela lhe deu um singelo sorriso e seus olhos azuis se perderam por um instante naquela imensidão marrom:

- boa tarde.

E aquela voz suave entrou pelos ouvidos de Amélia e foi parar certeira no seu coração, ela abriu um gigantesco sorriso e respondeu ao gentil cumprimento:

- buon pomeriggio.

Clarisse balançou a cabeça e continuou seu caminho cumprimentando o resto do pessoal, e Amélia não tirou o sorriso dos lábios até anoitecer.

 

No vinhedo Bella Vista havia empregados brasileiros, eles se juntavam todos os dias depois do expediente em volta de uma grande fogueira, assavam carne de caça e passavam chimarrão de mão e mão. Um ou outro arriscavam dedilharem no violão e cantavam modas gaúchas. Os italianos logo foram incorporados aquele descanso animado, descobriram que são parecidos aos brasileiros quando se tratava animação.

Amélia não é diferente, e apesar de muito dos seus não gostarem de chimarrão, ela apreciou muito aquela erva de sabor amargo. Aliás a comida brasileira foi uma grata surpresa para a italiana. Foi em uma dessas reuniões que apareceu Chica, ela enrolada em xale e com seu rebol*do que dava uma estranha sensação no baixo ventre de Amélia, essa sensação aumentou quando a jovem sentou ao seu lado.

Amélia já conseguia entender melhor a língua portuguesa, apesar de ainda ter dificuldades para falar, adorava a voz grossa de Chica falando sem parar:

- toma guria - lhe ofereceu sua cuia - espero que não se importe, coloquei um tiquinho de açúcar, gosto muito de erva, mas acho que a vida já é amarga demais para toma-la assim também.

- grazie ( obrigada)

- mas tu fica guapa quando dizes essas palavras italianas, Clarisse tinha razão, a língua do amor e a tua.

Amélia entendeu apenas Clarisse, e seu instinto soube a quem pertencia esse nome, mas perguntou um tanto atrapalhada para ter a certeza:

- Clarisse e a filha dos signores?

- isso, hoje ela esteve lá nas parreiras num foi?

- si.

- as vezes o pai dela deixa ela andar por lá, mas geralmente ela fica apenas dentro de casa. É claro que quando a colheita terminar, todo mundo participa do corte e uma festança das boas.

Chica percebe que a italiana a olha sem entender nada, sabia que quando ficava animada falava muito e rápido, pegou a cuia de volta e tomou o chimarrão, deu uma estalada com a língua e falou mais devagar:

- amanhã é domingo, mas como "tamo" na época de colheita ninguém tira folga o dia todo, apenas meio dia, querer ir comigo tomar banho de riacho?

- tomar bagno?

Chica colocou a mão sobre uma das coxas da italiana, e as duas se sobressaltam, e a cozinheira ficou mais determinada ainda a chama-la para aquele banho, já tinha notado os olhares diferentes que Amélia lhe dava, sabia que ela é das suas, e não havia ficado com uma italiana ainda. Ela se inclina e fala baixinho no ouvido da guria:

- isso Amélia, sabe tirar a roupa e ficar no riacho tomando banho.

Amélia sentiu a pulsação nas suas parte íntimas, não era a primeira vez que uma mulher lhe chamava a atenção, mas certamente é a primeira vez que alguma lhe causa esse desassossego no corpo, e olhando aquela boca carnuda de Chica , apenas assente, as palavras havia lhe faltado.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 2 - Capítulo 2 - A Chegada:
Lea
Lea

Em: 07/07/2022

Achei interessante essas diferenças,a Clarisse acertou-lhe o coração,e a Chica o tesão! Kkkkk 

Piadas a parte,estou gostando da estória.

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perolams
perolams

Em: 10/07/2018

A Italianinha tirou a mulata de tempo kkkk, Chica tá doida pra ensinar a bichinha a chamegar.
Depois de crisabel leio as histórias de época me preparando para os tombos, mas espero que com Amélia e Clarisse não seja nível hard.
Resposta do autor:

Ola,

Meu..nem me fale em Crisabel :'(

Bom quanto as protagonistas...  

Continue lendo ..hahaha ;)

Grande Abraço!

 

Ps: Chica e otima professora! Haha

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