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Encontros & Despedidas por GLeonard

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Palavras: 1447
Acessos: 911   |  Postado em: 04/07/2018

Capítulo 5

Ter todos juntos durante uma semana era algo que não imaginava. Há anos, desde que cada um partiu em busca de realização profissional, não se reuniam. E quando o faziam, sempre faltava alguém. Desta vez, estariam todos dividindo o mesmo teto, como fora na época que eram universitários, quando se reuniam na casa do pai de Ellen. Mas, como a razão não era festiva, esperava que os amigos conseguissem encarassem o encontro como uma comemoração, não como uma despedida, por mais que ela mesma não conseguisse vê-lo como tal, tentaria fazê-lo por Ellen.

            Como a mulher tinha lhe pedido que contatasse os amigos e o irmão, sabia que esperava dela a atitude firme e positiva. Assim não poderia se permitir fraquejar. Já tinha conversado com todos, mas voltaria a falar um pouco mais com Bruna, pois a ligação no dia anterior precisara ser interrompida quando Ellen chegara em casa. A amiga era a única pessoa com quem poderia desabafar, e se confessar completamente arrasada.

***

            Os anos tinham passado, deixando marcas ao redor de seus olhos. Verdade que poucas, e de que as via como um certo charme. A pele clara, os olhos verde azulados, os cabelos loiros bem cortados, davam-lhe um ar sofisticado. Tinha um porte atlético, seios pequenos, pernas bem torneadas, mãos magras e habilidosas, que já haviam salvado muitas vidas. Dona de um senso de humor que poucos ficavam imunes, e uma mente, sem falsa modéstia, privilegiada, julgava-se uma pessoa de sorte. Fizera escolhas das quais não se arrependera.

Desde cedo soubera o que queria, e fizera exatamente o que acreditava ser certo.  Se permitira errar, encanar-se e perdoar-se por esses enganos. Conquistara amigos bons e fiéis. Tinha sido amada pelos pais, apesar de ter perdido a mãe muito cedo. Tivera um irmão com quem brincar e com quem descobrir o mundo. Casara com a mulher que era sua amante, amiga e companheira. Vivera e amara intensamente, então não podia queixar-se.

            Quanto à doença, evidentemente, ficara irritada. Não tinha medo de morrer, apenas não aceitaria definhar. E o que no momento mais lhe incomodava era o fato de não poder fazer o que sabia fazer melhor. Desde que tivera um tremor nas mãos no logo no início de uma cirurgia, não mais se permitira operar. Precisava contentar-se em acompanhar a evolução clínica dos pacientes e orientar alguns estagiários. Também não se prestara a ficar em casa agora sentada na cadeira de rodas, perdendo os movimentos, em completa entrega. A dor não a incomodava tanto quanto a impossibilidade de mover-se com agilidade. Morreria como tinha vivido, de forma digna e, de preferência, encarando tudo como apenas o último passo. Ponto. Depois mais nada.

            Sabia o quanto Renata estava sofrendo, mas não havia nada que pudesse fazer. O sentimento de perda só não a deixava deprimida porque tinha certeza de que ao morrer nada mais sentiria, nem dor, nem ausência, nem saudade, nada, então a dor, infelizmente, seria só da mulher. Se pudesse, claro que tardaria. Tinham uma vida maravilhosa juntas. Amavam-se, respeitavam-se e se bastavam, na maioria das vezes. Preferia estar em casa a sós com a mulher do que rodeada de pessoas. Era comum simplesmente ficarem no mesmo ambiente, entretidas com atividades diferentes, vez que outra, trocando um carinho, um beijo, ou alguma ideia, isso lhes era suficiente. Claro que sentia falta dos amigos em alguns dias, mas entendia que estavam cuidando de suas vidas, como ela mesma. Mesmo pela presente razão, seria bom reencontrá-los.

            Desejava ter tido a ideia de reuni-los antes de descobrir que tinha esclerose. Assim, não teria que fingir não perceber que estariam, cada um do seu jeito, tentando driblar, antecipadamente, a dor da futura perda. Mas era algo que necessitavam passar também. Precisavam reavaliar suas próprias vidas, e fazer os devidos ajustes. Tudo tinha uma razão de ser. E o encontro, a convivência durante alguns dias, por certo, marcaria significativamente suas vidas. Há muito precisavam colocar em perspectiva suas relações, suas escolhas e seus caminhos. Talvez esse fosse o momento certo para darem um novo rumo às suas vidas.  

***

            Sempre que há um evento impactante na vida de uma pessoa, é previsível que haja repercussões nas vidas de seus amigos mais íntimos. É como observar, com uma lente macro, uma cota d’água caindo e se esfacelando em uma superfície que contém líquido em repouso. Causa movimentos ondulares concêntricos a partir do ponto de impacto.  Assim, não se poderia esperar que o desaparecimento de Ellen não provocasse um tsunami nas vidas do grupo. Em verdade, as reações começaram bem antes, quando tomaram conhecimento de que a mulher, com tanta vitalidade, perdia lentamente os movimentos, e a possibilidade de se expressar ardentemente.

Quando algo assim acontece com alguém como Ellen, todos sofrem um choque violento, e passam a redimensionar suas próprias vidas e perceber o tempo, intensificam a percepção dos sentidos, para dedicarem-se ao que lhes é mais significativo. E foi justamente isso que aconteceu nos dias que se seguiram à ligação de Renata, cada um dos convidados a tomar parte daquele encontro reavaliou sua vida, suas escolhas, seu tempo sobre a Terra. Todos, intimamente, sabiam que nada mais seria como antes. Talvez até o que os unisse fosse quebrado para sempre, pois era Ellen que geralmente reunia o grupo, convocava-os, mimava-os, puxava-lhes as orelhas e, da forma mais irreverente, servia-lhes de exemplo.

Amanda, por mais que tentasse se concentrar, não conseguia. Entre um paciente e outro se encostava à parede mais próxima e se deixava perder nas lembranças de tudo que vivera com a colega, depois primeira namorada, por fim, melhor amiga. Não conseguia imaginar seu mundo sem Ellen, por mais que amasse profundamente a esposa. A mulher fizera parte de sua vida por mais de uma década, haviam vivido juntas a melhor fase do início da vida adulta, das descobertas, compartilhado a paixão pelo que faziam profissionalmente, encontrado no ombro uma da outra consolo para as adversidades e perdas.

A médica sabia que devia agradecer pelo menos por ter Bruna a seu lado, e sabia que ela estaria de mãos dadas quando a derradeira hora de enfrentar tudo isso acontecesse. Tinha certeza que a esposa não a deixaria ir sozinha ao encontro de Ellen e Renata. Sabia que entenderia que perdesse a cabeça e se revoltasse com tudo aquilo, se quisesse desaparecer para fugir do inevitável.

Pensando nela, percebeu que nos últimos anos deixara o relacionamento como em banho-maria, com a desculpa de que trabalhavam demais, que tinham apenas trinta dias por ano para fazerem o que lhes desse vontade, até mesmo a viagem à Europa que haviam planejado fazer de carro tinha sido adiada tantas vezes que terminara sendo esquecida. Deu-se conta de que Ellen jamais se privaria de fazer isso com Renata, se tivessem desejado. Ellen, na verdade, tinha uma forma mágica de fazer exatamente o que queria, sempre encontrando o que fosse necessário para concretizar suas vontades, e com uma energia incansável.

Passariam o final de semana na Serra, mas de nada adiantaria tão pouco tempo, precisava de ar, precisava de tempo, precisava viver algo que a desafiasse, que a surpreendesse, queria poder parar a beira de um penhasco e gritar até ficar sem voz, sentir o vento, talvez assim a sensação de sufocamento que estava sentido amenizasse, mas apenas desejou, sabia que não era algo que poderia realizar, pelo menos não agora, nem nos meses seguintes.

A oportunidade de fazer algo para concretizar esse desejo seria as férias, mas precisava estar com Ellen o maior tempo possível e, por mais que quisesse fugir, não se furtaria de estar ao seu lado. Mesmo porque a doença se tornaria a cada dia mais cruel, e havia uma grande possibilidade desse encontro ser uma das últimas oportunidades de ainda reconhecer a grande amiga no corpo da mulher debilitada.

- Doutora, há duas ambulâncias trazendo feridos em um engavetamento, em uma das ambulâncias há um homem de aproximadamente 45 anos, com múltiplas fraturas, teve náuseas fortes durante o trajeto, e apresenta fortes dores no peito. Resolveram trazer os feridos para cá porque o pronto socorro está superlotado. – Informou um dos enfermeiros.

- Sem problemas, estou indo para a entrada da emergência. – Querendo ou não, agora precisava se concentrar em diagnosticar e medicar o mais rápido possível o paciente que chegaria em breve. Com isso foi dragada, mais uma vez, para o espaço onde deixava de existir como ser individual, e fez com que seu corpo se movesse, mecanicamente, ao comando da médica. Sabia que no instante que a maca invadisse o corredor, todos os seus sentidos estariam a postos para colocar em prática o que fazia melhor que qualquer outra pessoa.

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa noite, meninas!

Grata pelos e-mails. Com certeza o feedback me será muito útil. Não vou nominar a todas que escreveram, para evitar de deixar alguém de fora. Tenho tentado responder, na medida do possível, exceto perguntas pessoais. Quem adicionou-me no Face, obrigada. Lá costumo postar algumas informações com relação às publicações no Lettera e compartilhar alguns posts que me pareem pertinentes de lembrança. 

E sim, a vida afetiva mudou muito...risos...a namorada está me fazendo muito bem. Obrigada pela torcida também. Risos

Grande abraço, G.Leonard

 

Ah, tenham só um pouco mais de paciências, as cenas românticas estão para aparecerem nos próximos capítulos. 

 


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