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A madrasta por Nicole Grenier

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Palavras: 5669
Acessos: 6681   |  Postado em: 01/07/2018

Capítulo 5

 

Eu tive mais uma noite mal dormida. Quando conseguia conciliar o sono, o mesmo era sempre visitado por sonhos que me deixavam em ebulição. Imagens do meu passado se emaranhavam com imagens do presente. Sonhei com Eloise, com Emanuelle e, em determinados momentos, Eloise era Júlia, Júlia era Emanuelle e assim foi a minha noite de sábado para domingo. Alta madrugada eu acordei e demorei a cair novamente nos sonhos agitados. Nesse momento, minha mente viajou novamente para os longos corredores do colégio interno e para os braços de Eloise.

 

Depois do nosso abraço, só fui vê-la novamente dois dias depois. Foram dois dias de angustiosa espera. Andava pelos corredores, espiava nas salas, na esperança de vê-la, mas parecia que ela havia desaparecido. E, na minha fértil imaginação de adolescente apaixonada, eu comecei a achar que ela tinha se arrependido do que tinha feito e estava me evitando. Que não gostara do abraço, que não queria mais me ver e que nunca mais me envolveria no delicioso aconchego dos seus braços. Foram dois dias de tristeza que deixara minha amiga Emanuelle preocupada. Nós dividíamos o mesmo quarto e nas duas noites, ela havia presenciado minha insônia embalada por um choro sentido. Eu que nunca fui de muito comer, praticamente não colocava nada na boca. Mal tomava o café da manhã. Durante as aulas meu olhar ficava tão perdido que algumas professoras chamaram minha atenção. Na verdade, o que me deixava mais angustiada, era a incapacidade de vê-la, mesmo que não tendo aula com ela naqueles dois dias, vê-la pelos corredores, pátios, salas dos professores, serviria de consolo, mas ela, simplesmente, havia evaporado.

 

Passados os dois dias de tormento, enfim chegou o dia que teria aula com ela. Seriam novamente as duas últimas. A manhã pareceu interminável. Foi uma manhã bem mais longa, que um dia inteiro. Durante as aulas que antecederam as dela, eu suei frio, tremi, senti vontade de ir ao sanitário, inúmeras vezes. A professora de matemática chegou a me perguntar se eu estava me sentindo mal, pois pedi licença a ela por duas vezes na mesma aula. Emanuelle, numa das vezes me acompanhou:

 

-- Sylvia, porque não me diz o que tem? Talvez esteja necessitando de um médico.

 

Lavei o rosto com água fria, na tentativa de melhorar a sensação horrível que estava sentindo. As contrações no estômago eram tão fortes que me causavam enjoo. Tinha a impressão que uma mão enorme e gelada o apertava.

 

-- Não é nada Manu, vai passar.

 

Ela não disse mais nada, passou o braço sobre meu ombro e me guiou para a sala. Era uma amiga de todas as horas, só depois que saímos do colégio e nos reencontramos na faculdade, é que fui ter conhecimento da real natureza da sua amizade. Relacionamo-nos durante um bom tempo. Tudo na maior discrição e depois mantivemos uma amizade colorida que, quando nos encontrávamos, matávamos a saudade uma nos braços da outra. Mesmo depois de ela ter se casado continuamos nos encontrando. Tanto o marido dela quanto Augusto eram, satisfatoriamente, substituídos.

 

Todas nós já estávamos sentadas aguardando a entrada de Eloise. O meu pobre coração -- Não sei como não tive problemas cardíacos depois - batia feito louco. A impressão que eu tinha era que toda a sala o estava ouvindo. Finalmente ela entrou. Linda, no seu andar suave e elegante! Trajava um vestido rosa sem mangas com cintura acentuada e uma sandália de salto alto. Por cima do vestido uma jaquetinha branca na altura da cintura. Os cabelos ainda mais brilhantes. Para mim, não existia nada mais belo no mundo.

 

Ela nos cumprimentou depositando sobre a mesa a mesma caixa das correspondências. Antes mesmo de fazer a chamada, pôs-se a nos entregar sua resposta às nossas cartas. À medida que as ia pegando, chamava os destinatários. Eu fiquei na doce expectativa de mais uma vez ouvir meu nome ser pronunciado por sua linda voz. Não sabia se teria pernas para levantar e receber a carta. Os nomes das colegas foram sendo chamados e eu me peguei viajando ao som da sua voz. Ela entregava a carta e abraçava cada uma das minhas colegas. Eu mal me aguentava de ansiedade. Ela chamou Emanuelle, e minha companheira de quarto e de carteira se levantou e foi ao encontro daquele anjo descido dos céus, numa tranquilidade impressionante. Naquela época, eu ficava intrigada como as minhas colegas reagiam tão normalmente à presença de Eloise. Seria normal para mim que as outras sentissem o que eu estava sentindo, pois para mim todas as pessoas a viam como eu a via.

 

-- Sylvia Bourdeaux Leme de Barros!

 

Pulei da carteira. As minhas pernas fraquejaram mais ainda, meu coração ressoou por todo o meu corpo. Minha cabeça girou. Olhei para Emanuelle que mantinha os olhos fixos em mim. Ela estava estranhando e muito o meu comportamento. Estava deveras preocupada comigo. Ela me encorajou com um leve aperto em minha mão. Levantei-me e iniciei tímidos passos. Os olhos de Eloise estavam grudados em mim. Aproximei-me. Ela me entregou a carta e me puxou para o abraço. Quando senti seus braços me envolvendo fechei os olhos e me entreguei ao calor do seu corpo e ao seu perfume. Enchi-me de felicidade quando a ouvi sussurrando ao meu ouvido.

 

-- Espere-me no final da aula! Preciso falar com você!

 

Eu apenas acenei com a cabeça. Mesmo que tentasse não conseguiria articular nenhuma palavra. Voltei para minha carteira sem sentir o chão sob meus pés. Sentei-me e não tive coragem de abrir a carta. Todas as minhas colegas já liam as suas. Só o faria no meu quarto, sozinha, sem ninguém por perto. Queria saborear cada palavra, contemplar o desenho de cada letra, a sós comigo mesma. Era um momento que não compartilharia com ninguém. Ele seria só meu.

 

Eloise pediu que qualquer comentário sobre suas respostas fosse feito em outra aula, pois o assunto a ser apresentado naquele dia, não podia ser adiado, pois as avaliações já estavam próximas.

 

As duas aulas chegaram ao fim e se me perguntassem o que foi dito, eu não saberia responder, apesar de ter me embalado, durante toda a aula, na melodia da voz dela. Todas as colegas saíram e, mais uma vez, Emanuelle me olhou na dúvida se deveria me esperar ou não. Como eu não fiz nenhuma menção de me levantar, ela deu de ombros e se retirou da sala. Vendo-me a sós com a professora, juntei meu material e me aproximei da mesa. Ela dessa vez me observou aproximar. Trazia nos lábios um sorriso cheio de ternura e nos olhos um brilho de doce expectativa. Hoje eu compreendo cada gesto de Eloise. Se naquela época eu tivesse a maturidade de hoje, teria desde logo, entendido suas intenções para comigo.  Quando parei em frente à mesa, ela se levantou e ficou pertinho de mim. Eu mantinha a cabeça baixa. Ela me tocou no queixo me forçando a encará-la. Beijou suavemente o meu rosto, bem próximo aos meus lábios. Depois disse com uma voz diferente, um tanto embargada.

 

-- Sabe onde fica o arquivo morto no segundo andar?

 

Eu apenas balancei a cabeça afirmativamente.

 

-- Vá almoçar e daqui a meia hora se encontre lá comigo. Estarei lhe esperando.

 

-- Mas...

 

Ela colocou um dedo sobre os meus lábios.

 

-- Preciso conversar com você sem o risco de sermos interrompidas! -- Acariciou o meu rosto -- Não tenha medo! Jamais lhe farei mal. Prefiro morrer antes!

 

Eu novamente acenei com a cabeça.

 

-- Não deixe ninguém perceber nada! Principalmente Emanuelle!

 

Novamente me beijou perto dos lábios e saiu.

 

Eu fui para o meu quarto com o corpo trêmulo. A ansiedade levou embora a possível fome que eu sentiria. Passei no refeitório apenas para não levantar suspeitas, tomei um pouco de leite e sai discretamente. Emanuelle estava entretida com outras colegas.

 

Esse arquivo morto era raramente frequentado pelos funcionários do colégio e, naquele horário, era praticamente impossível que alguém fosse lá, em busca de algum documento. Queria saber como Eloise conseguiu a chave.

 

Atravessei o pátio que separava o pavilhão onde ficava o refeitório do prédio em que ficava o arquivo. Procurei andar sempre pelas partes mais escuras. Atravessei o longo corredor com passos rápidos e quando atingi a escadaria, a subi de dois em dois degraus. Quando me vi no corredor do segundo piso, acelerei mais ainda os passos. Chegando em frente à porta, mal a toquei com as pontas dos dedos, ela se abriu. Estava apenas encostada. Eloise me puxou e trancou-a rapidamente. Pegando-me pela mão me levou para o fundo do cômodo. Estava um tanto escuro devido as estantes altas. Chegando a uma parede ainda cheia de estantes, percebi uma porta. Eloise a destrancou e me deu passagem. Era uma pequena sala, mobiliada por uma escrivaninha, um armário, três cadeiras e um sofá de couro marrom. Antes de fechar a porta ela acendeu a luz. Eu fiquei parada. Ela, depois de trancar a porta, se aproximou de mim e me abraçou. Um abraço apertado, cheio de saudades.

 

-- Estava morrendo de saudades de você, menina! -- Suas mãos me apertavam e deslizavam por minhas costas. Senti seus lábios nos meus cabelos. Ainda me abraçando ela me conduziu ao sofá e sentou-se comigo no colo.

 

Eu estava sem graça, não tinha coragem de olhá-la. Fiquei com a cabeça baixa e ela não perdia tempo. Abraçava-me apertado, me beijando o rosto, o pescoço. Depois de mais alguns segundos, tocou meu queixo.

 

-- Não tenha medo. Ninguém vai nos ver aqui. Quero abraçar você! Preciso disso! -- Passou os lábios no meu rosto. -- Sentiu minha falta? -- Percebi sua voz entrecortada.

 

Eu novamente abanei com a cabeça. Não conseguia formular nenhum som.

 

-- Olhe para mim! Deixe-me ver esses lindos olhos! -- O calor que emanava do corpo dela atingia o meu, me provocando sensações até então desconhecidas, porém deliciosas.

 

-- Vamos nos encontrar sempre aqui, Sylvia! Eu não consigo ficar muito tempo longe de você. -- Novamente me beijou bem perto dos lábios. Eu comecei a sentir uma vontade enorme de sentir sobre os meus os cheios, vermelhos e bonitos lábios dela. Pensei em virar o rosto e deixar acontecer, mas não tive coragem. Enquanto ela me segurava pela cintura com um braço, a outra mão deslizava e apertava suavemente minha barriga, minhas pernas, sem, no entanto, se aproximar das minhas partes mais sensíveis. Só com o passar do tempo Eloise foi conquistando terreno sobre meu corpo. Acredito que ela teve tanta paciência, por receio de eu me assustar e fugir. Ela soube me conquistar. Depois de me beijar bastante o rosto, o pescoço, o colo, ela ficou apenas abraçada a mim, comigo ainda em seu colo. Apertava-me tanto que parecia querer se fundir ao meu corpo.

 

-- Menina! O que você está fazendo comigo? Penso em você o tempo todo!

 

-- Eu... Eu também... penso o tempo... todo... em... na... senhora...!

 

Ela sorriu e me beijou de novo bem pertinho da minha boca que pude sentir o canto dos seus lábios roçar os meus.

 

Afundando nos meus, os seus olhos cor de mel, disse com uma voz tão linda, tão meiga e tão cheia de ternura que me senti derreter.

 

-- Meu anjo! Quero que saiba que este foi o momento mais feliz da minha vida! Sei que terei outros mais felizes ainda!

 

Sem conseguir me dominar, deixei meus lábios beijar seu rosto e sua boca. Ela me sorriu e vi um brilho de entendimento em seus olhos. Ela suspirou, segurou o meu rosto com as duas mãos e suavemente tomou conta da minha boca. Senti sua língua forçar a entrada e abri institivamente os meus lábios. Meu corpo todo tremeu e um gemido profundo rompeu das minhas entranhas. Ela gem*u igualmente e passou a sugar a minha língua com urgência. Nunca havia beijado uma boca e a sensação era maravilhosa. Os lábios macios dela brincavam com os meus me levando ao paraíso. Nunca imaginei que pudesse ser tão saborosa a união de duas bocas. A de Eloise era macia, quente, doce, experiente e dominadora. Meu corpo todo amoleceu e se ela quisesse, poderia me tomar inteira ali mesmo. Ela manteve uma mão no meu pescoço enquanto a outra desliza pelo meu corpo em carícias alucinantes. Apertou o meu seio delicadamente e gem*u. Sem que eu percebesse ela desabotoou a minha blusa e envolveu o meu seio em sua mão. Deu início a uma torturante carícia, apertando suavemente o bico e eu me remexia inquieta em seu colo. De repente, senti sua boca largar a minha e sua cabeça indo em direção ao meu seio e quase morri quando seus lábios se fecharam sobre o meu mamilo que já estava dolorido de tanta excitação. Ela passou a suga-lo com tamanha fome que quase desmaiei de prazer. De repente, ela parou e se pôs a abotoar a minha blusa. Naquele momento eu soube que no nosso próximo encontro mataríamos nossas saudades mais intensamente.

 

Depois ela me puxou, deitando minha cabeça em seu tórax e ficou acariciando meus cabelos enquanto sussurrava baixinho:

 

- Quero você para mim, minha menina. Não consigo resistir. É mais forte do que eu. Tentei me manter longe, mas é impossível!

 

Eu não conseguia dizer nada. As sensações provocadas por suas carícias e seus beijas ardiam por todo o meu corpo. Queria-a também, com loucura.

 

Depois de mais alguns minutos, ela olhou no relógio e fez uma cara triste.

 

--Meu anjo, temos que ir! Passou rápido demais, não foi?

 

-- Foi. - Mantive minha cabeça em seu tórax e ela me abraçou forte novamente e tornou a me beijar o rosto. Depois disse numa voz de resignação. -- Vamos? Você sai na frente, depois eu vou.

 

Levantamos e quando já estávamos ao lado da porta do arquivo ela mais uma vez me recomendou:

 

-- Nunca comente com ninguém sobre nós, meu anjo! Se souberem, vou ser transferida daqui e nunca mais nos veremos.

 

Quando ela disse isso eu me joguei em seus braços com os olhos cheios de lágrimas

 

Ela me amparou e sussurrou com os lábios roçando os meus:

 

-- Não chore, meu bem! É só tomarmos cuidado que ninguém vai descobrir. --Como quem se lembra de algo ela sorriu -- Ah! No envelope que te dei tem duas cartinhas. A da professora Eloise e de Françoise.

 

-- Françoise?

 

Ela sorriu mais e tratou logo de me explicar.

 

-- Sempre que for escrever para você sobre os nossos sentimentos, assinarei como Françoise. Este é o meu pseudônimo.

 

Abraçamo-nos novamente e sai para o corredor. Estava deserto. Acelerei os passos e logo depois estava no meu quarto. Eram 13h 30min, dali a meia hora começariam as aulas do turno vespertino. Eu estava nas nuvens. Emanuelle estava deitava em sua cama, com um cara de poucos amigos. Ficou me olhando intrigada. Fiz de conta que não percebi seu estado de ânimo, pois para mim a tarde estava linda e todos os meus dias seriam lindos dali por diante.

 

Pensando em Eloise eu terminei por dormir. Devo ter pegado no sono quase de manhãzinha, pois só fui despertar por volta das 10 horas da manhã.

 

Abri a janela e me deparei com o jardim aquecendo-se ao sol daquele domingo que prometia ser maravilhoso.

 

 

************

 

 

Quando Júlia abriu os olhos naquela manhã de domingo já se passavam das 11 horas. Olhou para o lado e não viu seu filho. Helena com certeza deve tê-lo levado para passear. Ficou envergonhada de dormir até tarde na casa dos outros. Mas lembrou-se de que estava doente e que também mal dormira na noite anterior. Espreguiçou-se e levantou-se seguindo em direção ao banheiro. Estava melhor. A febre já havia cedido e a garganta doía menos. Tomou um banho demorado. A água morna diminuiu a tensão do corpo.

 

Os olhos de Sylvia a perseguiram por toda a noite e ali sob a água reconfortante ela tentava encontrar a melhor forma de se comportar diante daqueles olhos penetrantes e encantadores. Fechou a torneira e se enrolou na toalha. O toque do tecido felpudo surtiu o efeito de uma carícia protetora. Sorriu procurando relaxar um pouco. Abriu a mala e escolheu uma calça blue jeans e uma bata branca bordada à mão nos punhos, gola e barra. Nos pés colocou uma confortável sandália de couro baixa. Helena só havia trazido o estritamente necessário. Não lhe sobravam muitas opções. Penteou os cabelos, fez uma leve maquiagem para disfarçar um pouco a ressaca da febre e saiu do quarto. No corredor encheu os pulmões de ar. O perfume do ambiente lhe impregnou o olfato. Com as pernas bambas percorreu o corredor em direção às escadas. Sentia-se um tanto fraca, por isso segurou no corrimão e desceu os degraus tentando manter os passos firmes. Ao chegar à sala onde finalizava a escada, inspirou novamente e olhou em volta. O cômodo estava deserto. Atravessou o ambiente em direção a duas portas enormes que conduziam a outra sala. Sentiu receio de se perder naquele casarão. Não imaginou que fosse tão grande, uma vez que, desde que chegou ali, só circulou acompanhada e por poucos cômodos. Deparou-se num pequeno ambiente que mais parecia uma pequena sala de leitura, de costura ou coisa parecida e de repente se viu defronte a uma grande porta de vidro que levava a um alpendre e deste pode ver uma escadaria que conduzia ao jardim. Parou no topo da escada e tentou visualizar algum ser vivente. Perdida em seu olhar perscrutador, não percebeu a aproximação de Auguste, o mordomo. Assustou-se quando o mesmo lhe cumprimentou no seu jeito formal.

 

 

-- Bom dia, mademoiselle!

 

Ela sobressaltou-se e o olhou.

 

-- Ah! Bom... Bom dia... Onde... Onde posso encontrar é...

 

-- A senhora Sylvia e os demais estão na ala leste do jardim, senhora. Queira me acompanhar, por favor.

 

Júlia o seguiu.

 

A fraqueza proveniente da inflamação da garganta e do nervosismo que a dominava só de pensar em ver a enteada novamente, lhe contraía o estômago. Atravessou mais alguns cômodos e Auguste abriu uma porta que levava ao jardim. Atravessou uma alameda calçada de pedras coloridas e chegou a uma espécie de salão de festas. O mordomo inclinou a cabeça e se retirou. Ficou ali parada observando o grupo sentado em volta de uma mesa: Dona Claudia, Sylvia com Antenor no colo, Helena e Antônio. Deu por falta de Augusto. A prima, vendo-a, fez-lhe sinal para que se aproximasse. Sylvia, que estava de costas, virou-se. Seus olhos se encontraram. Antenor sorriu e ergueu os bracinhos. Ela deu os primeiros passos e durante os poucos minutos que levou para atravessar o salão sentiu sobre si os olhos castanhos esverdeados. Teve medo de desabar no chão, pois seus joelhos fraquejaram. A cabeça girava, a boca estava seca e o estômago, esmagado por uma mão gelada que o apertava impiedosamente.

 

-- Bom dia! -- Parou próximo dela, afinal seu instinto materno a conduziu para o filho. Ele abriu-lhe os bracinhos, balbuciando de alegria.

 

-- Mam... Mam...

 

Ela o pegou e o abraçou. Fechou os olhos ao sentir o corpinho dele junto ao seu. Suas mãos se tocaram levemente quando ela lhe entregou o irmão. Uma espécie de frisson lhe percorreu o corpo. Seus olhos novamente se buscaram, mas não sustentou o olhar por muito tempo. O poder, a força e o magnetismo dos olhos dela tinham o poder de lhe desmoronar, de lhe incendiar o sangue e derreter todas as suas veias; de lhe tirar totalmente a capacidade de pensar e de provocar sensações estranhas e, ao mesmo tempo, extasiantes. Afastou-se e se aproximou de Helena. Sentando-se ao lado da prima, deu-lhe um sorriso desajeitado.

 

-- Júlia, como está se sentindo querida? -- Perguntou dona Cláudia com um sorriso que demonstrava o quanto gostava dela.

 

-- Estou bem melhor, dona Cláudia! Obrigada!

 

Antenor, com as mãos no seu decote, pedia-lhe o peito.  Ela, visivelmente desconcertada, o deteve.

 

-- Júlia, vamos cantar os parabéns para ele hoje às 16 horas.

 

-- Que bom, dona Cláudia! Não sei como agradecer, mas não precisava...

 

-- Claro que precisava! Um ano é uma data importante, não é meu lindo?

 

Antenor insistia em abrir a bata da mãe e ela, por sua vez, segurava-lhe as mãos. O simples gesto do filho que sempre lhe soou natural, naquele momento a enchia de vergonha e, também de pavor. Amamentar o filho sob o fogo daquele olhar, na presença dela, era impensável. Não teria coragem! Se algum dia se visse novamente sob a mira dos olhos dela, definitivamente, não saberia qual seria sua reação, pois ao mesmo tempo que queria fugir, se esconder daquele castanho devorador, queria também se consumir naquele fogo verde que lhe deixava com corpo em brasas.  Talvez procurasse um buraco para se esconder, ou encontrasse um jeito de evaporar, desaparecer, mas o certo é que não aguentaria sentir de novo aquele olhar lhe queimando inteira, lhe devassando a alma.

 

Depois que vira pela primeira vez os olhos de Sylvia no seu decote, Júlia começou a ler o seu próprio corpo, a aceitar suas reações e para calar o clamor das suas entranhas, começou a cantar mentalmente o mantra: Ela é minha enteada, irmã do meu filho!

 

 

**********

 

 

Augusto se encharcava de uísque num quarto de hotel. A revolta pela frieza da noiva e o excesso de bebida lhe nublavam o raciocínio. Deitado na cama, completamente vestido, com a camisa aberta, fitava o teto com o cérebro ardendo e os dentes trincando de raiva. Só estava ali por medo de que ela se rebelasse e terminasse o noivado. Se isso acontecesse o seu pai lhe mataria. Mesmo com sua vida inconsequente, temia o pai. Ele, na verdade, era o seu freio. Iria ficar perambulando por aquela agitada cidade por mais alguns dias e voltaria para a chácara, para os braços de sua amada noiva. Estava louco para tê-la de novo em seus braços. Não iria tão cedo para Lisboa.

 

Virou a garrafa na boca, pois não estava se dando ao trabalho de usar um copo, e tomou diversos goles como se sugasse uma mamadeira. De repente se levantou e abriu a janela do quarto. Ficou por longos minutos olhando a cidade estranha, de um país estranho. Sentiu saudade de casa e seus olhos marejaram. Olhou para baixo e ficou observando do décimo andar, o formigueiro de carros e pessoas que iam e viam. Estava deprimido, achando a sua vida uma merd*, mas em nenhum momento a ideia de por um fim nela, lhe passou pela cabeça. Augusto se amava demais e amava demais a vida. Num gesto infantil entornou a garrafa e gargalhou vendo o líquido se espalhar pelo ar. O cheiro do uísque que volatizava lhe provocou um frenesi de prazer que lhe aqueceu por inteiro. O riso crescia, a gargalhada ecoava pelo quarto e pelo espaço fora da janela e se perdia no ar. Naquele instante, se apropriou da tarde daquele domingo e a quis inteiramente sua e se sentiu inteiramente dela. Naquele momento, nem Sylvia lhe preenchia a mente e os olhos, quanto aquela tarde brilhante. A chuva fora embora e o céu estava azul, embriagando suas vistas com o belo azul aquecido das tardes. Arrancou a camisa, abriu os braços e curvou o corpo para fora da janela. A brisa o alcançou e agitou-lhe os cabelos louros. A gargalhada se transformou em gritos. Um avião rasgou o céu e ele elevou a garrafa num brinde. Gritou mais e mais. Jogou o olhar sobre as fachadas dos prédios e sobre os telhados castanhos das casas e se sentiu dono daquela cidade. Ela seria sua, era sua. Depois de casado com aquela mulher indomável, obstinada, inteligente e, incontestavelmente linda, seria mais dono ainda, pois seria um homem feliz e milionário e todos os dias seriam seus. Iria fumar todos os charutos e beber todos os uísques daquela São Paulo. Lembrou-se do tamanho do seu país e gargalhou novamente imaginando quantas vezes o pequenino Portugal caberia no gigantesco Brasil. Ainda gargalhando recuou o corpo até suas pernas se encontrarem com a cama. Deixou o corpo cair sobre o colchão macio e o resto de uísque derramou manchando o lençol. Aquilo foi mais um motivo para lhe arrancar mais gargalhadas. Seus olhos foram se fechando e o riso morrendo na garganta. O riso se transformou em um forte ressonar e ele terminou por cair num sono profundo.

 

 

*********

 

Às 16 horas em ponto cantaram os parabéns e cortaram o bolo de Antenor. Ele, no colo da mãe insistia em enfiar as mãos no prato e amassar o bolo cremoso que dona Claudia fizera. Com o rostinho melado não permitia que Júlia limpasse. Todos riam da luta dos dois: ela tentando mantê-lo limpo e dar-lhe o bolo com a pequena colher e ele tentando se lambuzar ao máximo enfiando as mãos no prato. A camisa branca que vestia já trazia manchas marrons do chocolate que cobria o bolo. Driblando a mãe, espalmou a mãozinha e conseguiu apanhar um pedaço do bolo amassando-a à vontade. Gargalhou, naquela risada tipicamente infantil e abriu a mão. Levou-a à boca antes que Júlia pudesse impedir e o que conseguiu, mais do que comer foi se lambuzar ainda mais.

 

-- Deixe-o, Júlia! Você não vai conseguir mantê-lo limpo! Hoje o dia é todo seu, não é Antenor? -- Antônio sugeriu se divertindo com as façanhas do garoto.

 

 

*************

 

Eu não tirava os olhos dela. Estava encantada assistindo a cena. Estava embevecida com o cuidado dela para com ele.  O amor que via saltar daqueles olhos azuis quando ela contemplava o filho, me enternecia o coração. Em dados momentos ela me olhava e a ternura que via naquele mar azul, me fazia sentir de novo aquela vontade de me perder nela, no calor dela.

 

Mais tarde afastei com Antônio para outra mesa. Ele queria conversar sobre as empresas. Era um vício que dominava a todos que se viam às voltas com negócios. Comigo não era diferente.

 

Mal nos sentamos e demos início à nossa pequena conferência eu me senti travando uma luta constante com meus olhos. Tentava mantê-los longe daqueles olhos azuis, daquele rosto divino, mas eles teimavam em me desobedecer. Procurava me concentrar na conversa com Antônio, mas virava e mexia, sentia algo puxando meu olhar na direção dela. Antônio me falava sobre novilhos adquiridos, a produção das fazendas e eu fazia um grande esforço para prestar atenção, mas os meus sentidos estavam todos voltados para os movimentos que aconteciam a minha direita. Minha visão periférica estava sendo, mesmo contra a minha vontade, exercitada. Logo, logo estaria vendo em 180 graus, como as abelhas.

 

Quando ouvia a linguagem indecifrável de Antenor, me agarrava à desculpa de admirá-lo e satisfazia o desejo insano dos meus olhos: despejar seu verde-castanho sobre toda a graciosidade daquela figura que iria me dominar a mente, a alma por todo o sempre. Naquela despretensiosa tarde de domingo, eu não fazia ideia de que o caminho que meus olhos faziam, era um caminho sem volta. Não passava pela minha cabeça que cada vez que a imagem dela atravessasse minha retina, que o cheiro dela se impregnasse em meu olfato, entrasse em meus poros, minha alma, minha vida, meu destino estariam, irremediavelmente, amarrados a ela.

 

Estava me sentindo sufocada, torturada. Dividir minha atenção entre Antônio que me falava e a presença da minha madrasta estava me tirando do sério. Tinha receio de que ele percebesse meu estado de nervos. Por várias vezes, tive que respirar fundo, pois o oxigênio não me chegava suficientemente aos pulmões. Não mais aguentando tamanha pressão, pedi licença ao meu amigo e sai para o jardim. Precisava respirar novos ares, me evadir da atmosfera dela que contagiava todo o salão. A impressão que eu tinha era que se demorasse mais ali, acabaria cometendo a loucura de tomá-la nos meus braços.  Pus-me a brincar com as flores, tocando-as e cheirando-as. A leve brisa que embalava as folhas das plantas me envolvia o corpo provocando arrepios, uma vez que meu estado emocional estava me deixando febril. Eu estava louca, completamente louca de desejo por minha madrasta. A necessidade de tocar sua pele, sentir seu cheiro estava me tirando a razão, me consumindo inteira. A vontade crescia em mim cada vez que fixava aqueles perturbadores olhos azuis, que mirava aquela boca cheia e rubra, que meus olhos vagavam naquele corpo de deusa grega. Era como uma erva que se espalha e sufoca; era como uma doença que me sugava as energias, me vampirizava o sangue. Ela estava entrando cada vez mais em mim, invadindo minha mente, circulando nas minhas veias, dominando os meus sonhos. Não havia uma só noite que não sonhasse com ela. Ela era o meu primeiro pensamento ao acordar e o último ao me deitar. Circulava no meu cérebro as vinte e quatro horas do dia. Aquela mulher tornou-se com o passar do tempo senhora absoluta dos meus dias, da minha vida, da minha existência.

 

Mas eu tinha consciência de que precisava matar o que estava crescendo em mim. Eu não podia deixar que ela se assenhoreasse dos meus pensamentos, da minha vida como estava fazendo, mesmo sem o saber. Com ela eu não podia! Ela era a mãe do meu irmão. Ela havia se deitado com o meu pai. Ele havia tomado aquele corpo no seu. Beijado aquela boca que, com certeza, era maravilhosa. Saboreado aqueles seios que não saiam da minha mente. Ele fora senhor da sua intimidade, havia sentido o calor das suas entranhas. Enquanto caminhava pelo jardim tocando as flores, aqueles pensamentos me invadiam e me torturavam. Peguei-me sentindo nojo do meu pai ao imaginá-lo tocando o corpo dela; odiei-o ao imaginá-lo tomando-a a força. Um desespero cresceu em meu peito e dos meus olhos desceram lágrimas de dor, de raiva e de impotência.

 

 

*************

 

 

Júlia circulando atrás de Antenor que engatinhava feliz por aquele imenso salão, mantinha os olhos ora no filho ora na enteada que andava perdida em meio às plantas do belo jardim. Simplesmente não conseguia deixar de olhá-la. O real significado das sensações que ela lhe provocava, já lhe estava claro. Estava sentindo pela enteada um amor semelhante, porém muito mais intenso, ao que sentira por uma colega de conservatório. Por sua colega teve que sufocar o sentimento, uma vez que a mesma era casada e não compartilhava das suas pretensões, portanto, o máximo de intimidade que tivera com a colega, não passou de abraços e beijos inocentes no rosto. Ela mesma só veio a entender realmente o que estava sentindo pela amiga e o que sentira por outras colegas, quando, certa vez, na biblioteca, da escola de música viu sobre uma mesa próxima a sua, sob o braço de uma jovem, parcialmente exposto o livro O Bosque da Noite, de Djuna Barnes. O que lhe chamou a atenção foi o título. Como conhecia a menina, aproximou-se e sentou-se. Pediu para ver o livro e a colega com um sorrisinho indecifrável empurrou-o na sua direção. Pegando-o nas mãos olhou a capa e leu novamente o título, que lhe sugeriu, a princípio, uma história de aventuras. O livro era em inglês. A garota a olhava de forma curiosa e o sorriso, de certa forma, debochado, bailava em seus lábios ao mesmo tempo que em seus olhos pairava um brilho enigmático.

 

-- Leia a sinopse! Se quiser eu lhe empresto. -- Piscou um olho -- Já li várias vezes.

 

Júlia não leu a sinopse, preferiu levá-lo emprestado e ler em casa. O olhar e o sorriso da colega a intrigaram e o receio de que fosse uma leitura proibida a impediu de ler a sinopse ali e se ver constrangida em levar o livro para casa.

 

Naquela mesma noite o devorou e compreendeu que a emoção que algumas colegas despertavam no seu íntimo poderia muito bem ser aquele amor pecaminoso que contaminava muitos homens e mulheres. No outro dia devolveu o livro à menina e absteve-se de tecer algum comentário. A garota a olhou com o mesmo sorriso e disse apenas.

 

-- Eu sei que você gostou.

 

Daquele dia em diante Júlia procurou com todas as suas forças impedir que seus olhos buscassem os olhos de outra mulher. Dedicou-se inteiramente aos seus estudos, à sua música e, com o passar do tempo, julgou-se livre daquele pecado que ousara desviá-la do bom caminho. Com as muitas confissões ao ouvido do padre, com as muitas orações feitas ao levantar de um dia e ao deitar de uma noite, foi conseguindo deixar escondida, bem no fundo do armário, a sua inclinação natural em amar mulheres. Convenceu-se a si mesma de que aqueles sentimentos tumultuados fora apenas confusões da idade, da passagem da adolescência para a fase adulta. Ela era uma pessoa normal e quando encontrasse o homem certo, sentiria por ele o amor verdadeiro. Julgando-se liberta desse "doce pecado", viveu feliz até o dia em que Antenor surgiu em sua vida. Tentando se esquecer da chantagem que ele fizera, se esforçou para gostar dele, sentir atração por seu corpo enxuto, sentir prazer com seus toques, e não sentir repulsa dos seus beijos. Mas todo esforço foi em vão.  Mas, ainda assim, não aceitava o real motivo da sua ojeriza ao corpo masculino. Acreditou que não conseguira amar Antenor somente por causa do que ele fizera. Porém, no dia que viu Sylvia no hospital, o medo a dominou, pois sentiu despertar, bem no fundo da sua alma, o rugir daquele dragão que ela acreditara ter conseguido silenciar.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 6 - Capítulo 5:
Moura
Moura

Em: 01/07/2018

Fiquei com o gosto de quero mais! 


Resposta do autor:

Que bom Moura. Fico feliz.

Bjs

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AureaAA
AureaAA

Em: 01/07/2018

Delícia de capítulo!

Tipo se der, por acaso dá para soltar um capítulo do tamanho do anterior?rsrsrsrs brincando autora 


Resposta do autor:

Boa tarde Aurea,

Espero que continue se deliciando com essa história.rsrs

Bjs

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Aparecida3791
Aparecida3791

Em: 01/07/2018

Uau!

Não sei como vc consegue descrever tão bem essa febre, esse desejo que consome as duas em meio a tantos preconceitos quer permeavam o século passado. Adoro essa escrita delicada e sensível. Delícia de capítulo.


Resposta do autor:

Obrigada Aparecida. Que bom que está gostando. Espero que continue apreciando.

Bj

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