A mecânica por KFSilver
Capítulo 5
Samantha
– PUTA QUE PARIU!! – Falei abafado, mordendo forte o pescoço de Laura.
“Que tesão de mulher!” Foi a única coisa que pensei, quando ela invadiu a minha calça, me explorando ali mesmo, no corredor. Quando entramos, avancei sobre aquele corpo, eu estava tomada pelo tesão. O seu cheiro, os seus toques e gemidos; eram deliciosos. Eu, me deleitei, diante daqueles orgasmos. A minha vontade dela, estava longe de acabar. Assim que Laura gozou em minha boca, o sorriso em meus lábios, demonstravam todas as minhas intenções com aquele corpo fogoso. Mordisquei, o interior das suas coxas, fazendo um caminho até os seus pés; massageando-os, observando o seu corpo tremer, pelo último gozo. Ajoelhei, erguendo a sua perna esquerda, distribuindo beijos molhados, ao mesmo tempo que, arranhava suavemente. Fiz o mesmo com a direita. Laura mantinha, os seus olhos castanhos; fechados, curtindo o meu carinho. Repousei a sua perna e engatinhei até o seu corpo, ficando por cima. Rocei os nossos lábios, esquivando-me, dos seus beijos. Sorri discretamente, quando entreabriu os olhos; olhando aborrecida, pegou o meu rosto, exigindo o seu beijo. As nossas línguas se buscavam, os sabores que combinavam. As mãos de Laura, arranhavam as minhas costas, deixando o meu corpo aceso, provocando-me. Mordisquei o seu queixo, beijando-o, rebol*ndo em sua intimidade, excitando mais o seu corpo. Mas, foi quando peguei as suas mãos e as prendi sobre a sua cabeça, que, os olhos de Laura, pareciam ter despertado; imaginei uma possível fantasia, dela. Explorei aquele colo, que possuía sardas por toda extensão. Laura estava gem*ndo, se contorcendo e o gozo estava próximo, parei rapidamente, pegando-a de surpresa. Sem dar tempo dela reclamar, com certa brutalidade, virei o seu corpo na cama, colocando de bruços. Meti com força, dois dedos em seu interior, sussurrando em seu ouvido um:
– Empina pra mim, gostosa! – A loira foi à loucura, apertando os meus dedos, gem*ndo, enquanto me deliciava com aquela bunda gostosa. Eu, estava morrendo de tesão e vontade dela. Os meus dedos foram esmagados, o que me fez goz*r quase em seguida, deixando o meu cheiro nela. Retirei devagar, os dedos, arrancando de seus lábios, um tímido gemido. Deitei ao seu lado, puxando o seu corpo para o meu. Laura entrelaçou, os nossos dedos, buscando pela minha boca. Não demorou muito para ela apagar, sorri satisfeita em tê-la em meus braços. Beijei a sua nuca e me permiti sonhar junto a ela.
Despertei aos poucos, havia tido sonhos confusos, que mais pareciam com antigas memórias, procurei ignora-las. Levantei devagar e fui até o banheiro. Deixei a água morna, relaxar o meu corpo. Me sequei rapidamente, vestindo a primeira camiseta, que vi na frente quando ouvi o meu celular tocar.
– Alô? Oi, filha! Já chegou? – Percebi uma leve irritação na voz de Isabella – Está tudo bem? – Pausa – Tem certeza? – Suspirou do outro lado, sorri – Ok! Não dormirei em casa hoje… Também te amo! Tenha cuidado, durma bem! – Desliguei.
Percebi a presença da loira, que me abraçou por trás, perguntando se estava tudo bem, respondi que sim e me voltei para ela, queria relaxar novamente o meu corpo e mente.
Estávamos em um amasso quente, quando um som peculiar, quebrou o clima. A loira estava roxa de vergonha, e, eu não consegui controlar a risada. Fiquei encantada pelo jeitinho envergonhado de Laura, brinquei para descontrairmos e fomos até a cozinha. Para a minha sorte, havia sobrado massa fresca, que eu tinha preparado no almoço para Donna. Sugeri e foi aceito de bom grado, pela loira encabulada. Pedi para vestir algo, pois a visão daquela loira nua, estava desviando a minha atenção para outro tipo de fome. Laura respondeu, roubando um beijo carinhoso, indo se cobrir. Eu não era muito fã de cozinhar, mas, quando puxava a responsabilidade para mim, não gostava que ninguém me atrapalhasse. Laura, bebericava o vinho e os seus olhos ansiosos, observavam o meu preparo. A loira até tentou puxar assunto, mas, eu era muito reservada. Laura, parecia aquelas crianças felizes quando a servir, comeu com vontade, o que me deixou muito satisfeita. Particularmente, apreciava muito o silêncio na hora das refeições, mas os olhares curiosos de Laura, estavam começando a me deixar ansiosa.
– Anda, pergunte! – Ri suavemente.
– Me diz que você é Chef de cozinha, que eu te peço em casamento agora! – Brincou.
– Então não será essa noite que você irá casar! – Pisquei divertida – Eu apenas tenho mãos, muito habilidosas! – Emendei com um sorriso malicioso.
– E eu espero, aproveitar muito mais dessas habilidades! – Retribuiu o sorriso, terminando a taça de vinho.
A noite estava em um clima gostoso. Me permiti, curtir mais da companhia daquela loira, que, quanto mais bebia, mais tagarela ficava. Chamei ela para dançarmos, Laura, sorriu e aceitou, envolvendo o meu pescoço. A loira tinha um cheiro delicioso, levemente cítrico. As minhas mãos passearam por aquele corpo, que colou mais no meu. Os meus lábios, buscaram por sua pele exposta, curtindo os seus carinhos em meus cabelos. A mão de Laura, desfez o meu coque, invadindo os meus cabelos; sentindo a maciez e o perfume que vinham deles. Prendi, o seu lábio inferior entre os meus dentes, mordiscando-o, ch*pando-o. Laura fechou os olhos, se deixando levar, balbuciando algo a respeito da vontade, que eu fiz nela, quando nos vimos naquele banheiro. Sorri, ch*pei forte o seu pescoço, adorando ouvir ela gem*r. Voltou a falar sobre o beijo que demos. As minhas mãos, estavam apertando com vontade a sua bunda, quando ela voltou a sussurrar, dizendo o que sentiu com os nossos beijos, daquela noite. “Beijos?!” Parei um momento, e, olhei para a loira, que continuava a murmurar, a diferença dos beijos.
– Que beijo? – Questionei, observando a loira despertar de seu devaneio.
Laura, piscou várias vezes, tentando assimilar o que havia dito. Percebi, que quis esquivar da pergunta, então coloquei a minha perna entre as suas, apertando com mais vontade a sua bunda. Ela deu um longo suspiro, e os meus lábios roçando nos seus, foi a maneira mais eficaz de tirar a resposta dela, notei o conflito em seu olhar.
– Então? – Beijei, o seu queixo – Que beijo? – Mordisquei, o meu lábio com um sorriso sereno.
– Eu… eu… – Engoliu seco – Meio que… – Gem*u baixinho – Por favor, Sam… – Sorri, parei de torturá-la e diminui a pressão das minhas mãos.
– Meio que…? – Incentivei.
Laura, respirou fundo, confessando em um só fôlego.
– Eu, meio que confundi a Isa, com você! – Apertou os olhos, como se fosse receber uma bronca.
Demorei um instante, para entender e me lembrar daquela noite.
– Você, o quê? – No reflexo, acabei apertando mais forte a sua bunda, fazendo Laura, gem*r novamente.
“Agora, eu entendi!” Eu, estava sentada de lado no sofá, apoiando a minha cabeça na mão, e, pensando em tudo o que aconteceu. Principalmente, o comportamento de Isabella. Olhei para Laura, que falava gesticulando, enquanto andava de um lado pro outro, tentando se explicar. Achei graça, quando ela colocou o restante do vinho na taça e virou. Fiquei de frente para ela, e puxei para o meu colo. A loira pareceu não entender, questionando:
– Você não vai me bater? – Envolvi a sua cintura, neguei com a cabeça – Nem me xingar? – Franziu a testa, sorri e beijei a pontinha do seu nariz.
– Não! – As suas mãos envolveram, o meu pescoço, Laura, ainda tinha uma expressão de desconfiança.
– Eu beijei a sua filha, e depois te beijei! – Esperou a minha reação – Caramba! A gente transou e eu não te contei! – Falou incrédula.
– Acabou de contar! – Emendei, arqueando a sobrancelha – Nem à Isa, me contou! – Dei de ombros, a loira estreitou os olhos, antes de dizer.
– Você está bêbada?! – Ri suavemente – Como pode estar tão pacífica? – Questionou perturbada.
Respirei fundo, sorri orgulhosa, como se contasse um segredo precioso.
– Eu chamo isso de maturidade! – Refleti – Foi apenas um beijo! – Acariciei, a sua bunda com os meus polegares – E eu já percebi, que quando você bebe; um pouco além da conta, fica pra lá de Bagdá – Sorri – Além disso, pelo comportamento que Isabella apresentou; após o ocorrido, acho que você fez ela deixar de questionar, a própria sexualidade! – A loira ficou pensativa – E, sobre bater? – Sorri maliciosa, dei um tapa com vontade, naquela bunda gostosa.
– Ai! – Fez um biquinho lindo, surpresa – Ei! – Presentou-me com um meio sorriso safado – Ai! – Mordeu forte o meu pescoço, com o novo tapa.
Levantei a blusa dela, expondo-a, Laura fez o mesmo comigo. Fez caminho molhados, com os seus beijos em meu pescoço, explorando. O rebol*do começou lento, gostoso. Os nossos beijos e carícias, eram sem pressa, queríamos aproveitar ao máximo. Aquele sofá, foi apenas um dos muitos lugares, que, deixamos as lembranças daquela noite.
***
Deixei a minha bolsa, sobre o aparador e encontrei com Shakira, no corredor. Abaixei, fazendo-lhe carinho e segui para o interior da casa, fui atraída pelo cheiro que vinha da cozinha.
– Está pondo fogo na casa, Isa? – Entreabri a janela – Que experimento maluco, você está tentando replicar? – Zombei, colocando a sacola, sobre a mesa.
– Bom dia, para você também! – Resmungou – Omelete francesa… – Desligou a frigideira, colocando-o no prato – Ou, melhor dizendo, ovo mexido!
– Parece comestível… – Tentei passar confiança, mas, não tinha uma boa aparência.
– Você quer? – Ofereceu.
Nem ela, estava muito afim de comer o que preparou.
– Ah… não! Eu, já tomei café da manhã! – Apontei para a sacola – Trouxe, pãezinhos caseiros, para você! – Aproximei, beijei a sua testa – Ele já errou muito, mas, nunca desistiu! Então não desista, que uma hora você aprende! – Incentivei.
Comentei, antes dela fechar o vídeo de culinária, que estava pegando de referência, para tentar replicar o omelete.
Peguei a minha xícara e me servi de café. Sem ocultar, o sorriso em meus lábios. Observei a minha filha, beliscar a refeição. Imaginei quando Isabella iria se abrir comigo, a respeito, do que havia acontecido entre ela e Laura.
– A noitada foi boa! – Comentou, após mastigar, o pedaço de pão – Não para de sorrir! – Bebericou, o suco.
– Foi sim… E a manhã também foi ótima! – Sorri maliciosa, deixando Isa, sem jeito – É a melhor maneira de relaxar, principalmente para você, que anda uma pilha de nervos! – Cutuquei.
– Mãe!! Nem tudo na vida, se resume a sex*! – Reclamou – Existem outras maneiras de relaxamento, sabia? – Observou.
Isa, estava começando a ficar vermelhinha, e eu, tentava não sorrir.
– O que eu posso dizer, Isa? Eu sou uma mãe moderna! Eu me preocupo com a sua vida… – Interrompeu.
– Sexual?! – Franziu a testa, irritada.
– Por que não? – Pausa – Eu te expliquei tudo, o que precisa saber sobre sex*; tanto com um homem, quanto com uma mulher. Sobre doenças… e Deus! Vimos cada vídeo educativo, quando você ainda estava no colegial.
Suspirei com a lembrança, terminando o restante de café em minha xícara.
– Sou a sua mãe Isa! E eu, deveria ser a pessoa com quem você pode contar… – Coloquei a xícara na mesa – A pessoa que você poderá confiar, quando aqui – Apontei para a sua cabeça – E aqui – Apontei para o seu coração – Estão em conflito! – Aproximei dela, que engoliu seco.
Os seus olhinhos, que pareciam perdidos um instante, ficaram severos, quando ela murmurou irritada:
– Sabrina! – Levantou – Eu vou arrancar, a língua dela fora! – Segurei, o seu braço.
Impedi, uma possível agressão, contra a minha “irmã”.
– Isabella, respira! – Tentou soltar o seu braço, mas, a fiz virar para mim – Isa, olha para mim! – O seu corpo tremia – Olha… – Pedi.
O rosto de Isabella, estava vermelho e as lágrimas desceram com facilidade. Vê-la assim, apertou o meu coração.
– La mia piccola ragazza, ti amo così tanto! – Abracei forte, o corpo menor, deixei que a angústia que havia naquele coraçãozinho, se dissipasse.
Afaguei os seus cabelos, até que a sua respiração, voltasse ao normal. Isabella, deu um risinho abafado, quando sentiu Shakira, arranhando as nossas pernas.
– Mãe… – Respirou fundo.
– Sì? – Aguardei.
– Aquela noite… Eu, eu… Fiquei com uma mulher! – Confessou.
Os seus braços, apertaram mais a minha cintura. Como se temesse, que eu fosse embora.
– E você gostou? – Fiz carinho em sua face, incentivando a dizer tudo, o que estava sentindo.
– Muito! – Abaixou o olhar, envergonhada – Acho que você também… Foi aquela loira, que te agarrou! – Revelou.
“É, Laura! Você quebrou, a barreira da minha pequena!” Beijei a testa de Isa, e a levei até o sofá. Assim que sentamos, Shakira, tomou posse do colo de Isabella, que pareceu bem entretida em fazer carinho na gata, querendo fugir novamente.
– Por isso, você saiu correndo aquela noite? – Confirmou com à cabeça – Você sabe, que eu não tive culpa? Eu nem sabia, o que havia acontecido. – Concordou, suspirando – Ela mexeu tanto assim com você? – Observei, as suas reações.
Confesso, que foi a minha vez de ficar um pouco preocupada.
– Bom… – Olhou-me – Sim! Ela era um mulherão da porr*! – Emendou envergonhada.
Ri concordando, Laura, de fato é um mulherão! Apertei, o meu maxilar, pensando no que dizer.
– É muito complicado no começo… Bom, para algumas pessoas não, pois de certo modo, elas já se aceitam… Como foi comigo! Agora, para pessoas como você… – Acariciei o seu queixo – É preciso trabalhar muito, com o preconceito, que você mesma se impôs. – Pausa – Eu te garanto, Isa! Que assim que você dissolver esse preconceito, você vai conseguir viver plenamente! Sendo você bi, ou lésbica! – Segurei, a sua mão – Saiba, que eu sempre estarei aqui para você! Procurando ser paciente, ou, puxando a sua orelha! Para te mostrar, e, para te guiar! – Falei sincera.
Isabella, puxou a minha mão para o seu rosto; beijando a minha palma, antes de colocá-la em seu rosto, assim como eu fazia, quando ela era criança.
– Eu te amo, Mãe! – Falou, com os olhinhos marejados.
Parecia que Isa, tinha tirado o mundo das costas, tamanho o alívio que sentiu.
– Eu também te amo, filha! – Respirei fundo.
Toda aquela situação, mexeu comigo, com as lembranças de um passado distante.
Engoli seco, puxando papo, sobre o que ela sentiu com o beijo da loira, e Isa, acabou confessando sobre outros rolinhos que teve. Evitei pressioná-la, queria que pudesse ter a liberdade de contar tudo, até os possíveis namoros futuros. Já imaginei, o tipo de nora que eu teria, com o temperamento da Isabella.
– Eu preciso tomar um banho rápido! Senão, chego atrasada na aula! – Levantou rápido.
– Eu te levo! Cuidado para não atropelar, a gata! – Avisei.
Ouvi, meia dúzia de xingamentos, quando Isa, bateu o dedinho do pé no cômodo, tentando desviar de Shakira.
Fui até a cozinha e lavei a louça. Eu, já havia tomado banho no apartamento. A recordação daquela manhã me fez sorrir, aproveitei e vi as mensagens da loira no “zap”.
Sinceramente, não sabia no que iria dar aquilo, até então, para nós, era apenas sex*. Achei desnecessário contar isso para Isabella, afinal, ela ainda está em um processo de aceitação. Assim que estacionei para deixar Isa na faculdade, a mesma, pareceu lembrar-se de algo.
– Ah, sim! Encontrei com uma amiga sua, e, ela te mandou lembranças! – Falou, ao tirar o cinto.
– Qual? – Mudei de estação de rádio.
– Uma coroa! – Debochou, pegando a sua bolsa, ri incrédula.
– Isabella! Eu tenho 41 anos, e você já acha que eu sou uma idosa! – Arqueei a sobrancelha, Isa tinha um ligeiro sorriso maroto – A “coroa”, disse o nome? – Ironizei.
Pensou, já saindo o carro, Isa tinha uma ótima memória com números, agora para lembrar de nomes, era uma novela.
– Flávia? – Murmurou – Fernanda… Francesca! – Deu um sorriso sagaz – Isso, disse que se chamava, Francesca!
Isabella, olhou para o lado, cumprimentando alguns colegas, não notou, quando eu desfiz o sorriso.
– Tem certeza desse nome? – Apertei o volante.
– Sim! Ela era estranha… Mãe, eu to atrasada! Depois a gente fala mais da “esquisitona; maníaca, ex-namorada!” – Brincou – Te amo! Fui! – Correu para o grupinho de colegas.
– Boa aula… – Murmurei, atordoada.
Observei, Isabella entrando no prédio. Mantive, o meu olhar por algum tempo, antes de dar a partida e sair.
***
Laura
– Eita, nós! Você é a prova viva que: Uma mulher bem resolvida, é uma mulher bem comida! – Sorriu malicioso.
Diego, comentou, quando eu invadi o seu apartamento, trazendo comigo, uma aura arco-íris.
– Por que só uma mulher que deu muito, vai estar radiante, a essa hora da manhã! – Bocejou, deitando no sofá.
– Invejoso! – Sorri, sentei na poltrona.
– Olha, invejo mesmo! Bem que, eu queria ter todos os meus crush, realizando todas as minhas fantasias sexuais! – Suspirou em devaneio – Certamente, eu iria viver uns mil anos, depois dessa dádiva de piroca! – Quase babou, pensando nas rolas dos famosos.
– Que horror! – Ri, jogando uma almofada nele – Deixa o Otávio, te ouvir! – Olhei ao redor – E cadê ele? – Questionei, curiosa.
– Está roncando no quarto! Pode desabar o prédio, que ele morre dormindo! – Reclamou – Mas, me conte, o que foi aquilo? Sério! Me passa essa simpatia, por que você já é rabuda demais! Nossinhora! Alguém, pra ter tanta sorte na vida! – Gesticulou dramático.
– Idiota! – Ri do teatro que fez – Não é para tanto! – Dei de ombros – Alguém ali em cima, gosta muito de mim! – Pisquei, tentando controlar a minha euforia.
– E como gosta viu!? Ainda que, você não tivéssemos passado pela exposição, era o seu dia de sorte! – Levantou, indo pegar o celular.
– Do que você está falando, garoto? – Olhei sem entender.
– Disso! – Mostrou a selfie deles, ampliando a foto, destacando o grupo logo atrás.
– Isa! – Peguei o aparelho, tocando a sua imagem.
– Pois é! E você, em vez de gastar essa sorte jogando na loteria, gastou, realizando uma das suas fantasias sexuais! – Lamentou.
– Deixa de ser babaca, Diego! – Fiquei irritada – Além do mais, valeu cada minuto! – Sorri com as lembranças, ainda marcantes em minha pele.
– Estou vendo! E ficando com cãibras, de tanto que você está sorrindo! – Abriu um largo sorriso.
– Senta logo esse rabo, aí! E me deixar contar! – Ordenei.
Ficou quieto, enquanto, eu contei toda a minha maratona, inclusive, a revelação sobre o beijo em Isa.
– Caraca! Ela é tão zen assim? – Questionou em pé, preparando o café da manhã – Essa sua mandinga, é poderosa mesmo! Santa Cher! – Fez uma prece – Finalmente, trouxe a caminhoneira, que vai levar essa aqui! – Me segurou pelos ombros – Para o lado, colorido e monogâmico da vida, amém! – Sorriu irônico.
– Aff! Ela não é tão masculina assim! – Cruzou os braços – Bom, pode ser mais que vocês dois juntos! – Apontei, quando Otávio, apareceu no cômodo ainda sonolento – Ela só tem uma pegada meio “boyfriend”, mas, te garanto que é completamente feminina na cama! – Sorri vitoriosa.
– De quem vocês estão falando? – Otávio, perguntou com a voz rouca, pegando um copo com suco.
– Da futura, senhora caminhoneira de Lins Nunes! – Diego implicou, sorrindo.
– Babaca! – Ri, jogando o guardanapo na cara dele.
***
Depois que Samantha, me levou para casa. Trocamos um beijo cheio de promessas, e os números de celulares. Com muito sofrimento, me despedi. Queria passar o dia com ela, na cama, mas infelizmente, apenas eu estava de férias. Subi, acionando o segundo andar, precisava conversar com alguém, e, quando eu digo alguém; era com o meu melhor amigo, Diego! Nós nos conhecemos, quando eu fui estagiar na agência de publicidade. Não nos demos bem, logo de cara, mas, o desprezo mútuo, pelo chefe babaca; misógino e homofóbico, nos uniu. Fazer o meu nome, em um lugar que a maioria era homem, foi o meu maior sucesso e fracasso. Consegui chamar atenção, de outra agência inovadora, pela minha arte, e, apesar de sair com um gosto amargo, que a minha antiga agência deixou, pude levar um grande amigo e excelente diretor de criação, junto. Diego, depois do meu pai, foi o único homem que eu amei! Ele conversou com a síndica do prédio, que segurou o apartamento, que eu pude pagar, graças a ajuda da minha irmã Maya (que também buscava, a independência, da casa dos nossos pais). Agora no auge dos meus 33 anos, eu, disponibilizava de um bom salário e amigos, para todas as horas.
– Chega a ser irritante, esse seu sorriso, de quem fudeu a noite toda, sabia? – Maya comentou, assim que saiu do banho, andando pelada pelo quarto – O cara que eu “fiquei”, estava tão ansioso, que melou as calças, antes mesmo de pensar em tirá-las! – Bufou irritada – Pelo menos, o serviço de quarto, era excelente! – Pegou o hidratante corporal.
– Mulher mal comida, é ranzinza para caralh*, mesmo, hein!? – Zombei, enquanto mandava mensagem para a morena.
– Bom, se você me der licença, eu pretendo resolver isso, e, dormir a tarde toda! – Indo até o armário, pegando a sua caixa de brinquedos.
– Eu tenho até medo, do que tem ai dentro! – Antes de sair, comentei – Não se esqueça, que a dona Tereza, vem nos visitar esse final de semana! E nem adianta fugir, você sabe que a nossa mãe, não vai embora sem antes nos ver, e passar algum sermão! – Informei.
Sai, ouvindo Maya reclamar sem parar, sorri e apesar das divergências com a nossa mãe, que sempre nos cobrava algo, éramos muito amadas. Passei, o restante do meu dia sorrindo e controlando a ansiedade, Samantha, havia dito que quando desocupasse, mandaria uma mensagem para podermos nos reencontrar. Confesso que às vezes, ficava olhando para o celular, esperando alguma mensagem dela, que parou de responder, em um determinado momento, daquela manhã maravilhosa. “Ok! Recado entendido! Sossega, Laura! Vai assustar a morena!” Suspirei e fui gastar as minhas energias, na academia.
– Toma, logo esse chá de camomila, para acabar com essa ansiedade, Laura! – Maya reclamou, segurando a minha perna, que não parava de balançar – Que chá de bucet*, ela te deu!
– Estou agindo, que nem adolescente! – Suspirei – Passei a desejar tanto por elas… Que quando, estive com a Samantha… – Interrompeu.
– Eu sei, eu sei… Foi maravilhoso demais e blá, blá, blá… – Revirou os olhos.
Estava com a resposta na ponta da língua, quando o som do meu celular, chamou a nossa atenção. Dei um pulo, e, Maya praguejou, quando espirrou nela, gotinhas quentes do chá. Atendi sorrindo.
– Alô? – Pausa – Espera! Não desliga! – Pausa – Podemos almoçar juntas, amanhã? – Sugeri receosa.
Continua…
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Runezinha
Em: 30/06/2018
Mossa ui, que capitulo, do inicio ao fim me manteve presa e curiosa querendo saber mais, quem e essa assombração/encosto do passado? Sera que Isa ja descobriu sobre a Sam e a Laura? Quem foi que ligou afinal?
Uma coisa ja deu para notar tanto Sam quanto a Laura ja sentiram e estao na defensiva com relação aos seus sentimentos, Autora como pode fazer isso com coração da gente ! Curiosa! Mais! Estou Amando, confeso que com do da Laura e Sam, que elas se gostam e óbvio .
Resposta do autor:
Quem será Francesca, ein?! Eis o mistério xD
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Mille
Em: 28/06/2018
Olá Karine
Sam saber que a filha também ficou com a Laura fez ela forçar a filha a se abrir. Mais será que a Isa gostou mesmo da loirinha??
Sam saber da coroa não ficou muito contente será que vem problemas???
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Isa ainda é muito nova, ainda falta muita experiência... Assim que ela entender a si própria vai saber como agir... ou não... nunca se sabe ;D
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NayGomez
Em: 28/06/2018
Ai G-zuis esse final foi meio duvidoso será que é a Isa ou a Sam, enfim isso vai dar merda, pq se a Isa realmente se apaixonar pela Laur com certeza a Sam vai abrir não dá Laura pra que isa fique com ela, e mew se a Laura realmente amar a Sam e a Sam não querer ficar com ela por causa da isa, Aaaaaah isso tá me deixando Ansiosa, Arruma alguém pra Isa. Maya Amei ela bem espontânea pena que não está no lado colorido da força. Obg pelo CAP.
Resposta do autor:
Calma muié! Vou pedir pra Laura preparar um cházinho de camomila para vc, aceita? ~~ (rsrsrs) Eu q agradeço o carinho e os comentários! ;)
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