A mecânica por KFSilver
Capítulo 4
Laura
Sabe quando você quer muito uma coisa, mas, por algum motivo, o mundo parece conspirar contra? O que te causa uma tremenda frustração, e quando você finalmente esquece, puf, como mágica o seu desejo aparece manifestado na sua frente, sorrindo. Doido, não? Pois é! Encarei aquela figura sedutora, imaginando que eu deveria estar tendo alucinações. O seu sorriso me atraiu de um jeito que eu, precisava ter certeza que não estava sonhando acordada. Senti as minhas pernas fraquejarem um segundo, enquanto eu explorava a sua boca, as suas mãos fortes envolveram firme a minha cintura, puxando o meu corpo para o seu, suspirei com aquele contato. “Não é mais um sonho!” Sorri, entre os seus lábios; buscando mais, permitindo mais, querendo mais! Aos poucos, a falta de ar se fez presente e com muito sofrimento, desgrudei daqueles lábios carnudos que sorriam charmosos. Olhei um instante sobre o seu ombro, vendo os meninos gesticulando (como se estivessem com falta de ar) e dando um tchauzinho. Encarei o seu olhar curioso, ampliando em meus lábios, o meu melhor sorriso.
– É sempre prazeroso te reencontrar… – Arqueou sutilmente a sobrancelha, completei.
– Laura! – Os meus olhos brigavam, entre encarar o seu olhar ou me perder naqueles lábios – Sam… – Arranhei suavemente a sua nuca.
– Laura… – Repetiu com a voz rouca – Que bom que eu não preciso me apresentar. – Olhou rapidamente ao redor – Já que não somos de perder tempo, acho melhor irmos a um lugar mais apropriado! – Sussurrou entre os meus lábios, pegando forte em minha bunda.
Sorri satisfeita, deixei que nos guiasse entre a multidão. O nosso caminho, foi repleto de beijos e troca de olhares. Não demorou muito para chegarmos ao nosso destino, em um bairro considerado nobre. Subimos até o seu apartamento sem desgrudarmos as nossas bocas. A minha vontade dela, estava me consumindo (desde que a vi pelo espelho e depois daquele beijo), eu tinha urgência em saciar aquele desejo. Sorrimos, pelo constrangimento do casal mais velho no elevador. Sam me pressionou contra a porta, enquanto tentava abri-la, a minha boca explorava aquele pescoço alvo com algumas pintinhas discretas. Não deixei de notar alguns arranhões típicos em seu pescoço, aquilo só me atiçou mais, atrevida, enfiei a minha mão dentro da sua calça, ali mesmo, no corredor. Sam pressionou mais o meu corpo na porta, abafando um “PQP!” em meu pescoço, fiquei deliciada com o que encontrei entre as suas pernas. Gemi, quando mordeu forte o meu pescoço, tentando abafar os gemidos que arranquei de sua garganta. Samantha, abriu a porta desesperada, os seus olhos haviam escurecidos e o meu corpo reagiu diante daquele olhar, daquela lembrança, que só tinha presenciado em meus sonhos mais eróticos, com a mesma. Fechou a porta de qualquer jeito com o pé, tomando posse da minha boca. As suas mãos experientes, iam tirando as nossas roupas pelo caminho até o quarto. O tesão era tanto que não aguentei até chegar lá, puxei pelo pescoço, o seu corpo pressionou o meu contra a parede, exigi o seu toque mais íntimo. Cravei as minhas unhas em suas costas, com o contato de seus dedos longos, invadindo o meu interior, explorando-me deliciosamente. Não havia maneira de descrever, o quanto eu desejei aquele toque e o quão maravilhoso era. Levantei a minha perna para mais contato, Samantha, devorava o meu pescoço; marcando-o, ch*pando-o, sem parar de estocar com vontade. O gozo veio rápido, só o tempo dela tirar os dedos e me pegar no colo. As minhas pernas abraçaram a sua cintura, as nossas bocas se buscavam com fome, nem quando os nossos corpos caíram naquela cama, deixei que ela se afastasse um centímetro que fosse, iniciando um rebol*do ritmado. Exigi o seu olhar, quando o nosso gozo veio forte. Contornei, os seus lábios com o meu polegar que foi acariciado com a sua língua, ch*pando-o sedutoramente. Suspirei, diante daquela visão, Samantha, tinha um olhar predatório, em seus lábios um ligeiro sorriso cafajeste, quando roçou a sua boca em meu bico enrijecido, brincando com a pontinha da língua, iniciando um tortura deliciosa. Samantha, estava me levando a loucura, explorando todo o meu corpo; marcando-o, com os seus toques possessivos, com os seus beijos quentes e molhados. Samantha, explorou a minha intimidade sem pressa, se superando a cada gozo que me proporcionava.
Samantha, estava abraçando-me por trás, estávamos curtindo, após o seu gozo delicioso. O seu braço em minha cintura, entrelaçando os nossos dedos. Os nossos beijos eram preguiçosos, carinhosos. Não percebi, quando adormeci em seus braços, despertei, sentindo falta do calor do seu corpo no meu. Não escondi o sorriso de satisfação em meu rosto, virei e abracei o seu travesseiro, que mantinha o perfume de seus cabelos. Acendi o abajur no criado mudo, ao lado da cama, parei um momento, prestando atenção naquele ambiente. O quarto tinha tons claros e mobílias modernas, que davam grande contraste no ambiente. Deixei a curiosidade tomar conta e fui até a sala, procurar por Samantha.
“Está é uma visão, que eu poderia me acostumar facilmente!” Pensei ao ver Samantha, de costas, olhando para uma janela e conversando com alguém no celular. Sam, estava vestindo apenas uma camiseta, que cobria parte da sua bunda, os seus cabelos negros; levemente bagunçados, estavam presos em um coque frouxo. “Diego é cego! Como não achar um mulherão desses, linda?! Tinha que ser gay, mesmo!”.
– Está tudo bem? – Aproximei, envolvendo as suas costas, beijando o seu ombro.
– Uhum! – Desligou o celular, jogando-o na bolsa – Apenas avisando a minha filha, que dormirei fora hoje. – Pegou as minhas mãos, virando-se para mim, sorrindo safada.
“Isabella!” Lembrei da minha outra tentação apenas um segundo, Sam, pressionou o meu corpo contra a parede, devorando deliciosamente, o meu pescoço. As suas mãos exigentes buscando por mais contato, arranhei as suas costas, precisava senti-la mais. Um som constrangedor. Troca de olhares. O meu rosto, ficando roxo de vergonha e de Sam, corado, pela gostosa gargalhada. Escondi o meu rosto em seu pescoço, querendo morrer. A morena apenas ria divertida, enlaçando a minha cintura, guiando-me até a cozinha.
– É melhor, eu te alimentar primeiro! – Secou a lágrima que teimava escorrer em sua face – Não quero ser acusada por ter te privado de comida. – Beijou a pontinha do meu nariz – Ou ter privado, a sua criação de “verminhos”, aí! – Apontou para a minha barriga.
– Meu Deus, que vergonha! – Por mais constrangida que eu estivesse (pela traição do meu corpo), a risada de Samantha, era tão gostosa que não tinha como eu não rir junto.
– Você gosta de massa fresca? – Questionou olhando para dentro da geladeira.
– Eu amo! – Sorri empolgada.
– Ótimo! – Retirou de uma travessa, a massa, e pegou outra continha molho. – É melhor você vestir algo, senão de fato, ficará sem comer! – Advertiu divertida, piscando travessa.
Fui até Sam, envolvi o seu rosto, roubando um selinho demorado. Ri com o tapinha que deu em minha bunda, antes de esquentar a comida. “Caramba! Não é à toa que estou faminta, já passa das 23 horas!” Lamentei não ter lanchado a tarde, havia tomado apenas um suco. Só não lamentei, ter passado aquelas horas deliciosas com a minha morena. “Minha! Se controla, Laura! Não vai dar uma de namorada stalker, só por conta do sex* maravilhoso que fizeram! Deixa a loucura pra quem pertence; deixa tudo pra Maya!”. Vesti a minha blusinha e voltei para a cozinha.
– Vinho? – Ofereceu uma taça de tinto suave, aceitei de bom grado.
Beberiquei, observando o jeito da morena nos preparativos da nossa refeição, já que ela havia negado ajuda. Sentei e apreciei a vista.
– O cheiro está delicioso! – Comentei pensativa – Sabe que hoje foi o meu dia de sorte? – Sorri.
– É mesmo? – olhou-me rapidamente – Por quê? – Bebeu o vinho.
– Saiba que eu tinha programado, um final de noite bem chato! – Repensei, sobre dizer que passei a semana pensando nelas. – Você me salvou de um filme chato, e de me encher de gordices com os meus amigos. – Sorri sapeca.
Samantha, não disse nada, sorriu discretamente, servindo-me uma massa fresca com molho vermelho (bem tradicional de tomates frescos), o que me deixou com água na boca.
– Buon appetito! – Ergueu a taça, brindando.
Jantamos em silêncio, apreciando a companhia uma da outra. Percebi os olhares de Sam, imaginava que deveria ter curiosidades, procurei não demonstrar ansiedade em saber mais a seu respeito.
– Anda, pergunte! – Sam, riu suavemente, diante dos meus olhares.
– Me diz que você é Chef de cozinha, que eu te peço em casamento agora! – Brinquei, estava divino aquela massa e se nós, não tivéssemos planos de aproveitar mais a noite, certamente, eu teria repetido.
– Então não será essa noite que você irá casar! – Piscou divertida, percebeu o meu olhar tristonho – Eu apenas tenho mãos, muito habilidosas! – Falou com um sorriso malicioso.
– E eu espero, aproveitar muito mais dessas habilidades! – Retribui o sorriso, terminando a minha taça de vinho.
A conversa fluiu naturalmente, confesso que até falei um pouco demais. A bebida me deixava leve suficiente para tal, e a presença dela, me deixava muito à vontade. Curiosamente, falamos a respeito de quase tudo, menos, sobre nós. Já estávamos, na segunda garrafa de vinho, dançando e trocando carícias na sala com um som baixinho. Suspirei com os seus beijos, me deixei levar. Fechei os meus olhos, curtindo o momento, as lembranças se fizeram presentes, não percebi quando falei demais.
– Que beijo? – Questionou, os atentos olhos azuis.
***
Isabella
Depois daquele presente, eu era só sorrisos. Até ignorei o fato da Sam, sair de fininho com aquela mulher (para ficarem se pegando). Donna! Eu me lembrei dela, assim que a vi mais de perto, sentada no meu lugar, no carro da minha mãe. A ressaca ainda está um pouco presente, a lembrança do beijo roubado e lembrar daquela mulher (que por diversas vezes, exigiu atenção da minha mãe, quando eu era criança), me fez ficar de mau humor na hora. Mas agora, eu estava feliz demais, para deixar a presença dela, estragar a festinha que a Samantha, preparou com tanto carinho. Confesso que fiquei bem atentada em conversar com a Sam, (a respeito do que havia acontecido, e de como estava me sentindo) mas, achei melhor esperar ficarmos a sós. Apenas Giovana, compareceu na festinha, Aline, estava parecendo uma gata no cio com aquele ficante dela. Dei graças, pela falta de presença dos outros, depois do que houve. Me diverti bastante com a minha mãe Bel, estava feliz por ela estar bem e poder sair para se divertir. Há algum tempo, que ela vinha lutando contra um câncer de mama, e por diversas vezes, precisava de cuidados especiais. Eu, quase escolhi a faculdade de medicina, por causa dela, mas a minha vocação era em construir; especificamente robôs. O curso de Mecatrônica, era bem completo e puxado, porém, extremamente gratificante. A princípio, causou surpresa em todos, já que eu nunca demonstrei muito interesse por carros, mas, desde pequena sempre que eu podia, ficava até tarde, vendo o meu avô Edson e minha mãe trabalhando juntos. Os desenhos e a complexidade dos que eles faziam, despertou o meu interesse em outras áreas.
Como eu previa, a minha semana começou a todo vapor. Samantha, fazia o que podia para estar em casa, quando não estava trabalhando na oficina, trabalhava no barracão ou saia para ficar com aquela mulher. Suspirei, “Essas duas só tem fogo!” Me animei, quando soube da exposição e que o meu carro faria parte dela. Combinei com as meninas, de irmos ver um filme e depois, comermos um lanche. O meu desagrado ficou evidente, quando vi o rapaz junto de Aline e Cristiano. Thales, era um moreno simpático, mas, o que ele tinha de simpatia, descontava com insistência em querer ficar comigo. Eu, queria matar Aline, (que sussurrou um sorry) antes de voltar a ficar se agarrando com o Cristiano. Agarrei o braço de Giovana, que assustou, entendendo o meu olhar assassino. Sinceramente, eu nem lembro que filme era, só que era aquelas comédias românticas clichês. Passei mais da metade do filme, evitando a mão boba, ou cantadas baratas do inconveniente. Giovana, tava cagando para nós, (chorava de rir com a história do filme) e Aline, como sempre, desentupindo a pia com o fulaninho lá. “Aff!”
– Credo, que mau humor, Isa! – Giovana, comentou enquanto estávamos na fila, para pegarmos os nossos lanches.
– Você também ficaria, se alguém, ficasse o filme inteiro, querendo o seu corpo nu! – Murmurei aborrecida.
– Quem dera se a Mi, me desse essa moral… – Suspirou triste.
– Eu nem vou dizer mais nada, já sabe a minha opinião, a respeito dela! – Tentei não elevar a minha voz – Essa garota não presta! Até deu em cima da minha mãe! Não sei o que você viu nela. – Olhei indignada.
– Maltrata que eu gamo? – Deu de ombros – E eu, não sou a única! – Indicou Thales, um pouco atrás de nós, sorrindo que nem retardado.
– Ah, pelo amor de Deus! – Apertei a minha têmpora, agradeci a moça que entregou o meu lanche e ignorei, completamente o garoto.
Estava esperando um Uber com Giovana, depois que eu despachei com muito custo, o encosto, junto com casal. Havia acabado de falar com a minha mãe, que pelo tom de voz, deveria estar dormindo. Refiz o pensamento, quando disse que não dormiria em casa, já tinha entendido o recado. Fiquei distraída mexendo no celular, quando fui abordada por uma senhora.
– Desculpe, mas você é filha de Samantha Giordano? – Sorriu simpática – Não tenho dúvidas! Vocês são muito parecidas! – Olhou-me atentamente – Desculpe o jeito, é que eu conheço a sua mãe, há muito tempo. – Percebi o sotaque carregado.
– É, ela é a minha mãe. – Respondi a estranha.
– Tão bela, quanto a mãe! – Sorria orgulhosa – Qual é o seu nome, minha criança? – Não estava gostando nem um pouco daquela abordagem, eu iria mentir, mas, Giovana retornou do banheiro bem na hora.
– Isa, o Uber chegou! – Chamou.
– Isabel? – Percebi certo desconforto em sua face.
– Isabella! – Corrigi, se aquilo era um sequestro, eu tava pistola demais para papo furado.
Estava me preparando para dar uma voadora, no peito daquela mulher.
– Isabella… – Repetiu – Lindo! – Olhou para Giovana – Desculpe-me novamente, não quis parecer…
– Suspeita? – Interrompi.
– É! – Riu suavemente – Não nega a mãe que tem… – Os seus olhos azuis claros, tinham uma curiosidade, que estava me incomodando – Por favor, diga a ela que, Francesca mandou lembranças. – Pediu.
– Eu direi! – Dei um leve aceno e entrei no carro.
– Quem era Isa? – Giovana, questionou vendo a estranha, entrando no carro assim que saímos.
– Alguma amiguinha da minha mãe. – Suspirei aborrecida.
“Minha mãe, não perdoa nem as coroas!”, voltei a minha atenção para o celular.
Continua…
Fim do capítulo
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NayGomez
Em: 23/06/2018
PUTA QUE LOS PARIU isso vai dar merda, eu quero que ver oq vai acontecer quando a Sam descobrir sobre o Beijo, kkkkk Laura vai acabar se apaixonando pelas duas e com o Brasil não adere a bigamia ela terá que escolher com quem ficar, bem não vou dar meu palpite sobre isso só acho que, quando isso tiver acontecendo, coloque outra pessoa na para pra disputar o coração da Isa ou da Sam, por mais que eu ache a isa merece alguém melhor que a Laura, Laura combina mais com a Sam. Enfim obg pelo cap.
Resposta do autor:
A torcida já está se formando!? xD
Veremos o que Samantha achará dessa história toda ;)
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Mille
Em: 22/06/2018
O que será que a Laura falou para a Sam???
E essa nova personagem Francesca será que é mais um rolo da Sam, pelo visto a mãe pegava geral.
Isa tem uns amizades doida que não deixou ela curtir o cinema.
Bjus e até o próximo capítulo
Resposta do autor:
Pois é, Isa precisa por os pingos nos is com as amigas dela, a bichinha é brava! xD
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Runezinha
Em: 22/06/2018
EEr vou usar a tatica da Donna e ligar pedindo socorro! A sim Isa precisa rever essas amizades urgente! Eu ja teria derramado o copo suco, refrigerante, sem querer querendo no carinha e se bobiar ainda feito ele pagar outro para mim! Autora se nao for pedir muito um capitulo maior, eu sei historia nao será longa mas curiosa! !rsrsrs
Resposta do autor:
É, a tática é muito boa mesmo! (~~) Um capítulo maior é... vou ver o que posso fazer para o próximo, rsrsrs Bem lembrado, a história em si não será longa... Até a próxima ;*
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