Capítulo 13
Na sala a conversa corria solta entre as três mulheres quando Tina e Ju retornaram com o gelo, sendo discretamente observadas pelas outras mulheres.
– Então, Camille, bebe alguma coisa conosco? Perguntou Ju, tentado ser simpática com a namorada da amiga, mas dando suporte emocional para Tina.
– É cedo, mas tudo bem. O mesmo que vocês forem tomar.
– Vou seguir no uísque, anunciou Tina. Sendo ouvida pela primeira vez por Camille, mas não encarando.
– Tá ótimo pra mim. Acrescentou Camille.
Todas concordaram.
Durante a conversa que se seguiu algumas vezes os olhares de Tina e Camille e de Tina e Luana se encontravam. Claire já suspeitando, e Ju já sabedora do constrangimento imediatamente chamavam a atenção, como se tentando evitar uma catástrofe.
Camille procurou disfarçar que já percebera os sentimentos de Tina por saber que a namorada e a mulher eram amigas de longa data e que, mal ou bem, Luana não parecia dar mostras de ter se dado conta. Chegou a gostar das amigas da namorada, e acreditar que poderiam também se relacionar.
Tentando não deixar Tina mal, evitou até de chamar a namorada de amor na sua presença, coisa que foi percebida pelas duas outras amigas e encarado como sinal de tato e consideração.
Quarenta minutos depois, imaginando que a amiga já tinha aguentado demais, Ju convidou Tina para irem embora, dizendo que tinham combinado de ir ao cinema. Aproveitando a deixa, Claire convidou-se para acompanhá-las, querendo que Tina também se abrisse com ela.
– Quer ir também? Perguntou Luana à namorada.
– Não, mas se você quiser nos encontramos mais tarde. Tenho que arrumar umas coisas para a viagem. Salvou a situação, percebendo o olhar em suspenso das outras mulheres.
– Não, então, não. Tenho que começar arrumar algumas coisas também.
– Bom Camille, foi um prazer conhecê-la. Quando retornarem combinamos algum coisa. Despediu-se Ju, já anunciando a saída.
– O prazer foi meu. E me perdoem por estar roubando a amiga de vocês por um tempo.
– Divirtam-se. Claire beijou-a.
Então foi a vez de Tina.
Sem saber se aceitaria o abraço, Camille esperou.
– Camille, me desculpe pelos telefonemas. E... obrigada. Cuide bem de Lu por nós.
– Pode deixar, vou fazer o possível. Ligamos pra mantê-la informada.
Ju e Claire que assistiam a cena não acreditavam na amabilidade de Camille nem na força de Tina, que engoliu o orgulho e buscou uma trégua com a mulher que lhe roubara a sua mais que amiga.
Tina abraçou Luana.
– Gosto muito de você. Seja feliz. Ligue se precisar de alguma coisa. Beijou-a e virou-se em direção a porta, já sendo aguardada por Ju.
– Adoro vocês. Ligarei.
Claire mandou um beijo de longe e saiu fechando a porta.
– Elas gostaram de você. Comentou assim que ficaram sozinhas.
– Também gostei delas, amor. Mas gosto mais de você. E não deu margem a mais conversa empurrando-a para o sofá com a boca colada a sua.
No elevador, Tina soluçava sendo confortada pelas amigas.
Hora e meia depois, tomaram banho e Luana pegou algumas coisas para passar a noite na casa da namorada, como combinado.
Como já havia ficado tarde, e estavam com fome resolveram deixar o EcoSport de Luana na garagem, e saírem no Crossfox de Camille para, no caminho, jantar no Bar des Arts, antes de irem para o loft.
No restaurante, encontraram conhecidos das duas, cumprimentaram-nos de longe, indicando que preferiam ficar à distância, provocando alguns cochichos por estarem de mãos dadas.
Eram mulheres bonitas, já chamavam atenção por isso, depois os frequentadores do lugar conheciam-nas profissionalmente. Por último, vê-las como um casal era mesmo de causar frisson porque apesar de saberem a preferência sexual da escritora, jamais a tinham visto assumidamente com alguém. Então confirmavam as suspeitas levantadas pelas fotos publicadas da noite de estreia da exposição de Camille...
Saborearam o fabuloso Spaghetti Italiano do Pescador, pasta ricamente acrescida de camarões, lula, polvo e lagosta, e beberam um Chardonnay, da Laroche.
Durante a refeição, Camille explicou à namorada o trabalho que faria em Lion, e pensaram juntas o roteiro turístico pela França.
Passariam duas noites em Paris, depois iriam para Lion. Alugariam um carro e assim que Camille estivesse com o trabalho bem encaminhado tirariam uma semana para percorrer Nice e a Riviera Francesa: Cannes, St. Paul de Vence e Mônaco.
Depois, Saint-Tropez, Port Grimaud e a região de vinhos. E se tudo corresse conforme o programado teriam tempo suficiente para visitar a Toscana, onde iriam à Florença Arezzo e Livorno, panos de fundo do romance de Luana.
Já no loft, livraram-se imediatamente dos saltos.
– Amor, tenho que comprar a minha passagem. Preciso de acesso à internet, e da sua reserva pra ver se consigo assento no mesmo voo.
– Já está comprada, fiz isso hoje à tarde. Pegaremos o vôo das 18h25 da Airfrance, no Guarulhos. Desembarcando no de Gaulle às 8h30 do dia seguinte. É um presente meu pra você.
– Mas, não devia. Interrompeu-se porque Camille a encarava com desaprovação. – Ok, obrigada. É o segundo presente que você me dá hoje.
– Ah, não seja boba. Tenho que começar a arrumar algumas coisas pra levar, se importa em me ajudar? Prometo que ajudo você com as suas.
– Só se me der um beijo bem gostoso.
– Humm, se der um beijo bem gostoso não vou querer arrumar mais nada.
– ...Já está me devendo de hoje de manhã. Lembrou, rindo.
– Bom, como não gosto de dívidas...
Enlaçou o pescoço da mulher passando os dedos por seus cabelos curtos, rebeldes, puxando sua mão para que a tocasse mais intimamente. Achava sexy o ar andrógeno que a namorada às vezes tinha, e já estava mesmo molhada.
As roupas foram sendo deixadas pelo caminho enquanto bocas e mãos exigiam mais. Fizeram amor e chegaram ao orgasmo juntas antes de Camille anunciar que tendo pagado a dívida Luana podia se levantar para ajudá-la a separar algumas coisas para a viagem.
– Mas amor, já tá tarde. Deixa isso pra amanhã. Volta pra cama. Estou com vontade de novo.
– Hei, dá pra guardar um pouco disso para viagem? Desse jeito seremos apenas companheiras de quarto depois.
– Ninguém mandou mexer com quem estava quieto.
– Devia ter investigado você antes. Estou vendo que vai me dar muito trabalho, não vou poder deixá-la sozinha mais que doze horas pra não correr o risco que se engrace por outra.
– Doze horas? Nesse espaço de tempo vou ficar com vontade umas quatro ou cinco vezes. Seguiu provocando, com ar debochado.
– Vai nada, vai estar com os dedinhos e a cabeça ocupada escrevendo seu livro. E se souber se comportar bem até prometo que faço amor gostoso com você todo o tempo que não estiver trabalhando.
- ...hum, já começamos a nos entender. Risos.
– Tá, agora levanta essa bunda gostosa da minha cama e trata de colocar uma roupa para me ajudar antes que eu faça com que se arrependa.
– Taí uma coisa que eu queria ver. Risos.
– Não me provoque, moça... Ameaçou, com ar de que cumpria a promessa, parada ao pé da cama. – Tô avisando...
– Parole... parole...
Camille ajoelhou-se na cama e foi com tudo, puxando o lençol que encobria o sex* da namorada. Não dando tempo para que reagisse. Sugou e lambeu alternadamente o clit*ris, e a penetrou com dois dedos, até fazê-la goz*r.
Quando a outra arqueou o corpo, e sentiu que se satisfizera não lhe deu trégua, apesar de ter tentado escapar. Seguiu fazendo os mesmos movimentos com a língua e os dedos, agora mais suavemente, fazendo-a goz*r novamente, minutos depois.
Quando Luana pensou que não tinha mais forças para nada Camille empurrou-lhe as pernas para acomodar-se sobre ela, cobrando ser saciada também. Os curtos pelos pubianos molhados aumentavam a aderência. Além das carícias nos seios e as tentativas de sugá-los.
Camilla, em transe, murmurava coisas indizíveis, aumento o prazer de ambas com o contato. Não satisfeita acabou girando o corpo sobre o da mulher voltando a sugá-la e a exigir que fizesse o mesmo consigo.
O orgasmo chegou rápido então para ambas, deixando Luana completamente exausta. Camille voltou à posição anterior sem sair de cima da namorada, que não se movia mais.
– Dá próxima vez que resolver mexer com alguém procure uma do seu tamanho, porque agora quem quer mais sou eu. Avisou, divertindo-se.
– Sem chance. Você acabou comigo.
– Não quero nem saber. Vai ter que me fazer goz*r de novo...
– Não consigo mais nem me mexer, quanto mais....
– Dê seu jeito. Vou te ensinar a não brincar com gente grande.
– Tá, já aprendi.
– Agora não adianta querer jogar a toalha, pode tratar de me dar o que quero. Adoro esse cheiro de sex* misturado e quero você em mim de novo, ou não saio mais de cima de você.
– Amanhã não vou conseguir sair da cama.
– Problema seu...
– Não vai ter acordo, não é? Ainda perguntou, com ar resignado, mas no fundo achando gostoso demais a exigência da mulher, que com a cabeça indicou que não.
Então, num movimento rápido rolou com ela na cama colocando-se sobre seu corpo e mordiscando-lhe um dos mamilos, com a mão já a percorrer o caminho que levava ao sex* molhado.
Camilla teve um orgasmo sutil, mas riu gostosamente em seguida sendo acompanhada pela namorada, completamente suada e com o corpo dolorido.
Fim do capítulo
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