Hey Hey, voltei com um novo capítulo. Espero que gostem muito, de verdade. Feedback sempre são bem-vindos. Assim sempre saberei se vocês estão gostando da história ou não.
Uma beijoca meninas, até o próximo capitulo.
Ela realmente não foi embora
— Leo, eu posso… — Charlotte parou, fechando a boca. Ela não podia explicar, fora pega em flagrante. Sentiu-se suja por isso, porque não era dessa maneira que esperava ser a conversa com sua mulher. Mas as coisas as vezes não aconteciam como nós esperamos.
Ela achava que hoje em dia estaria casada com Gia e com um filho, mas ao invés disso estava aqui. Vendo a humilhação tomar forma.
— Era por isso que você me perguntava sobre minhas viagens… você nunca se interessou nelas, Deus como eu sou burra. — Leo sorriu em um suspiro cansada, ela colocou a mão na testa e outra na cintura. Enquanto rapidamente desfocava seus olhos de Charlotte.
— Desculpa…— Charlotte falou em um fio de voz, tentando reprimir o soluço que escapava de sua garganta. — Tudo aconteceu tão rápido.
— Você me traiu por uma trans* rápida. Não pensou na gente? — Leo rebateu um pouco mais furiosa e fitou Gia. Ela encolheu os olhos e então os esbugalhou. — Eu conheço você.
Gia ainda se posicionava levemente na frente de Charlotte. Respirou fundo estudando o peito, as coisas estavam prestes a sair do controle.
Leo riu.
— Sério, Charlotte? Quanto tempo até ela fugir de novo? Lembra como eu te conheci, o que ela fez com você. Eu estava lá, essa mulher nunca esteve. — Leo continuou, sua voz estava um pouco mais estridente e uma veia no meio de sua testa sobressaltou. — Você mesma falou o quanto você se odiava por amá-la.
Gia trincou os dentes ao sentir a mão de Charlotte apertar sua mão. O que ela deveria ter passado nos últimos anos? Gia talvez nunca saberia. Nunca saberia de seus pesadelos, de suas febres, nem mesmo de seus sucessos. E se arrependeu por ter ido, por ter perdido tudo isso. Ela sentiu a dor real, após ter que lidar com o fato de Charlotte se odiara por causa dela.
— Leo, eu…
— Eu estou com você há 3 anos, ela estava do seu lado quando sua mãe morreu?
Gia sentiu seu peito apertar, ela sequer sabia que a mãe de Charlotte tinha morrido.
— Eu não queria que você descobrisse assim, eu ia te contar.
— Você ia me contar? E não me contou, por que? — Leo indagava apontando para Charlotte, até que seus olhos mais uma vez miraram Gia. — à quanto tempo você está fodendo minha mulher?
Ela é minha. O sentimento possessivo da soldado resvalou em seu ser. Sua vontade crescente de sair dali com Charlotte aumentava. Mas ela compreendia o quanto Leo estava humilhada, entretanto, não estava ali para ver a sua Charlotte ser também.
— Eu a amo. — Gia disse convicta.
Leo riu novamente.
— Tanto a ama que a abandonou.
— Leo, por favor, pare. — Charlotte interveio.
Leo levantou as mãos em sinal de rendição.
— Eu estou com tanta raiva, porque você me fez de idiota! — exclamou Leo. — Charlotte, ela vai te largar, essa mulher é fraca. Pode ser o que for, a melhor soldado condecorada do país, mas eu que estava do seu lado. — Ela voltou a respirar fundo e colocou um sorriso de lado, estava disposta a machucar.
— Leo, eu compreendo que esteja assim ferida e eu não imagina encontrar Gia, mas aconteceu. — Charlotte tentou se explicar.
— E se não estivesse a encontrado, você teria ido para casa e foder comigo. Ou se ela não te quisesse, você voltaria para mim ainda assim, não é? E eu estaria ali. Você é uma vagabunda, Charlotte.
Desta vez Gia se aproximou, invadindo o espaço pessoal de Leo. De repente ela parecia maior, com o olhar duro de quem já vira muita coisa ruim acontecer.
— Não ouse chamá-la assim! — A voz de Gia aumentou e sua raiva também.
Charlotte engasgou e olhou para os lados, a última coisa que queria era ter a atenção dirigida para elas.
— Mas é o que ela é. Você foi embora e ela veio correndo para mim. Carente. Você tem ideia do que ela faz quando está assim. Ahhh, espere você conhece o corpo dela também, não é?
Ali fora o momento de ruptura.
Gia lhe agarrou pelo colarinho da blusa e a sacudiu. Seus olhos pegavam fogo, assim como cada poro do seu ser. Faltava muito pouco para fazer algo que certamente iria se arrependeu, mas então ela ouviu a voz doce de Charlotte atrás dela. Uma voz fraca quase como um miado.
— Por favor, Gia. Não vale a pena. Por favor…— Charlotte pediu, aproximando-se das duas. Ela fechou a mão em volta do punho de Gia e olhou para Leo, que a fitava com os olhos arregalados, com medo certo. — Solte-a, ela tem razão de estar assim. Eu fui ruim, não faço isso. Ela quer que você faça isso.
Gia travou o maxilar e depois o relaxou, suas mãos se soltavam aos poucos. Livrando-se do tecido amassado da camisa.
Leo deu um passo para trás e quase caiu para trás, ao se embolar em suas próprias pernas.
Ela se virou e correu, mas se virou por última hora.
— Isso não vai ficar assim. — ameaçou.
Alguns eternos segundos se passaram, antes de finalmente Charlotte chorar. Não era assim que ela queria. Não desse jeito. Sentiu medo e frio. Entretanto, sentirá dois braços em sua volta. Aquele abraço que por 5 anos ficará sem.
“ Eu estou aqui, e nada vai acontecer com você. Charlotte, você não é ruim, quem errou nessa história toda fui eu. Não deveria ter ido embora. Ter perdido você. — Gia falava contra sua orelha, cercando a promotora com seus braços protetores. Ela beijou a sua testa.
— Eu deveria ir atrás de Léo. Conversar com ela. Apenas eu e ela.
— Não. — Gia lhe apertou mais contra o seu corpo.
Ela tinha medo que Leo pudesse fazer algo, mas também tinha o medo constante de Charlotte ir e nunca mais voltar.
— Eu preciso, eu preciso acabar com isso. Eu devo isso a ela. Leo não é uma má pessoa.
— Fique. — Gia pediu, antes de beijar seus lábios.
Ela tinha uma péssima impressão disso. Sentia em seu coração, ela estava acostumada. Isso sempre acontecia quando algum amigo seu ia para o campo de batalha e tinha certeza que algo ruim iria acontecer com ele.
Charlotte riu, enxugando suas lágrimas com o polegar, enquanto ficava dentro do abraço de Gia. Ela olhou para baixo e fungou.
— Eu molhei toda sua camisa. — Charlotte falou fracamente, esfregando os dedos levemente contra o tecido da blusa de Gia. — Desculpe.
— Eu não me importo com ela.
— Eu sim você tem uma entrevista de trabalho.
— Volte comigo para o apartamento.
Gia não a largava, não queria que Charlotte saísse de sua vista. Tinha medo que se isso acontecesse e tudo fosse perdido. Charlotte poderia confiar em Leo, mas Gia não.
— Por mais que eu queira, você precisa ir Gia. Isso é importante para você. — Charlotte comentou, beijando-lhe novamente. — E precisamos ter uma notícia boa hoje.
E você é importante para mim. Muito! Gia pensou.
Tudo o que Gia queria era subir novamente para o apartamento e fazer Charlotte sua novamente, fazer com que ela esquecesse Leo para sempre. Mas a promotora tinha razão. Para começar uma vida nova lado a lado, tudo isso tinha que ser colocado para trás. Ela começaria sua vida junto a Charlotte de maneira integra e saudável.
— Me ligue se qualquer coisa acontecer. Não hesite.
— Eu irei. Charlotte prometeu, — Agora venha, tenho uma entrevista para te levar. Não chegaremos atrasada, você sabe como eu dirijo. — tentou mudar tensão que ali fora formada.
Gia assentiu e sorriu docemente.
Ambas foram para direção do carro.
A soldado olhou para a promotora enquanto ligava o motor e seu coração novamente se apertou. A mesma sensação ruim se apoderava nela. Ignorou. Ela precisava confiar em Charlotte. Tudo ficaria bem agora. Finalmente, Gia teria o que merecia com sua ex-mulher. Mas uma única frase sempre passava pela sua cabeça: Deus, porque eu perdi todo esse tempo.
Fim do capítulo
Ahhh, quem quiser saber mais dos meus outro trabalhos, por favor fiquem a vontade em me adicionar.
https://www.facebook.com/mariana.rosa.520 <3
Obrigada e até mais.
Comentar este capítulo:
Rosangela451
Em: 26/06/2018
Boa noite Mariana.
Lir a Garota dos lirios e tambem Sob a mesma Constelação, gostei muito de ambos. .
E pelo visto tambem gostarei desse.
Sucesso viu
Abraços
Resposta do autor:
Que linda <3 é sério que você leu??? NOSSA EU FICO MUITO FELIZ AO LER ISSO! SÉRIO MESMO MESMO!
poxa, espero que essa historia te encante também.
Um abraaaaço muito grande uma beijoca!
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