Novos Caminhos por bobbi
Capítulo 8 - Está tudo bem
Cap 8 -
Passei a manhã tentando esquecer os mil problemas que tinha e tentei me concentrar no trabalho, coisa que eu era realmente apaixonada. Meu desejo era que minha única preocupação fosse descobrir o que está errado e simplesmente consertar os carros. Sempre que algum dos rapazes faltava e eu tinha que ficar no pátio ajudando naquele momento eu era capaz de esquecer o mundo, mas infelizmente tinha sempre alguém para me trazer a realidade, e nesse caso hoje era meu irmão.
- Fala Maninha, quem é a Jatinho que chegou com você hoje. - Perguntou Digú entrando no banco do passageiro enquanto eu testava o carro.
-Ela tem nome...Leticia. - Respondi sem olhar para ele e continuando meu trabalho.
- E onde você achou ela?
- “onde você achou ela?”.... Diego ela não é um animal de estimação que achei na rua e levei para casa. - Já estava me irritando como ele. - Você não tem trabalho para fazer?
- Hummm se não te conhecesse ia achar que isso é ciúmes.
- Ciúmes de quem?! Aff Diego me erra garoto!!! - Saí do carro, que não estava funcionando e voltei para o motor para procurar o problema.
- Ok..ok, então me responde quem é ela? - Ele perguntou encostando na lateral do carro. - Ou posso perguntar para ela.
- Aff ta bom...Ela é amiga do Caos e da Julie, eles pediram para ela ficar na minha casa um tempo até achar um lugar, e como ela já trabalhava com administração em POA e estamos precisando de alguém no escritório resolvi que seria bom para ela e para nós.
- Então você só está juntando a fome com a vontade de comer. - Ele falou e ficou olhando para mim, entendi perfeitamente o que ele quis insinuar, mas preferir não entrar na dele.
- Diego faz o seguinte, me deixar terminar isso, e enquanto isso dispensa os rapazes, depois toma um banho e vai para o hospital ver como realmente está o Tomás.- Quando falei o nome do Tom ele ficou sério.
- Você acha que ele ta bem mesmo? - perguntou em um tom preocupado.
- Claro que está. - Parei o que estava fazendo para olhar para ele.- Ele é um Guerra, antes de vir para a oficina recebi uma ligação dele e ele me disse que está bem. Vai dispensar os rapazes, e vá para o hospital que vou terminar aqui e vou para lá também.
- Pode deixar...ah e vou passar no escritório para me despedir da Jatinho e avisar que já vamos fechar. - Falou enquanto saia com um sorriso mais safado do mundo.
Terminei de consertar o carro do sr. Tulio e fui para o banheiro e enquanto tomava banho repassei minha manhã: Acordei abraçada com uma ruiva linda, hetero só para adicionar mais um problema aos que eu já tenho. Meu irmão está no hospital está bem pelo que ele falou, mas quase morto pela descrição dramática do meu pai e da Ana ao telefone. A oficina está um caos com muito serviço atrasado sem falar que ainda preciso descobrir o quanto Stela roubou e quem estava ajudando ela. E o dia só tinha chegado na metade.
Quando sai, encontrei Leticia sentada no sofá da sala de espera, fiquei na porta alguns minutos observando ela enquanto mandava áudios para alguém, fiquei ali ate ela perceber minha presença.
- Oi...estava conversando com a Julie. - ela falou já se levantando do sofá. - Você tá aí há muito tempo?
- Não... Acabei de chegar. - Menti. - Desculpe a demora, estava tomando banho acabei me sujando hoje.
- É seu jeleco estava bem sujo. - ela falou e antes de terminar a frase estava com o rosto todo vermelho.
Fiquei encarando ela, achando muito fofo como um comentário tão bobo fez ela ficar tão sem graça e tão vermelha. Não tinha nem 24h que nós conhecemos e eu já estava me sentindo atraída por ela, o que claramente era uma péssima ideia já que ela é hetero e quase uma completa desconhecida. Ela me encarou de volta e o rosto ia ficando quase da mesma cor dos seus cabelos. Acho que ela se sentiu um pouco constrangida porque do falou um tímido:
- Podemos ir?
- Ah...sim, sim vamos. - Dei passagem para ela. - Me espera no carro vou sou trancar a oficina.
Verifiquei se todos os carros estavam fechados, desliguei alguns equipamentos, tranquei tudo e fui para o carro, estava morrendo de fome, mas antes precisava passar no hospital para ver como o Tom estava.
- Agora tudo certo... Agora podemos ir. - falei com ela assim que entrei no carro. - Leticia tenho que ir no hospital ver como o Tom está, se você quiser posso te deixar em um shopping e te busco quando voltar.
- Não precisa, se você não se incomodar posso ir junto e depois podemos ir ao shopping ou comer alguma coisa.
- Ótimo, melhor ainda porque estou morrendo de fome.
O caminho para o hospital foi regado a perguntas amenas, como se ambas estivessem evitando perguntas mais pessoais. Quando chegamos ao hospital ela preferiu ficar no carro, não insisti muito e entrei no hospital. Não demorei encontrar o quarto do Tom, papai e Dona Ana tinha saído para almoçar e buscar algumas coisas para o Tom. Digú estava com ele e estavam rindo quando entrei no quarto.
- Para quem está quase morto você está bem alegre. - Me aproximei da cama e dei um beijo nele. - Como você está?
- Ana e o papai são muito exagerados, eu estou bem...desloquei a clavícula e o quebrei o braço, estou dolorido mas estou bem. Sou um Guerra maninha, vaso ruim de quebrar.
- Mas já tá todo remendado. - Completou Digú e caimos na risada.
- Brincadeiras a parte me conte o que aconteceu. - Perguntei sentando na cama.
- Sinal abriu eu saí e uma mulher entrou com tudo na lateral do meu carro. Eu estava de cinto e ela bateu na lateral do passageiro por isso não estou pior, mas pelo que o médico disse a mulher teve que fazer uma cirurgia na cabeça e está em coma agora, e o bebê...
- Bebê...como assim que bebê?. - interrompi ele. - Qual o problema dessa mulher, que se matar e levar vários com ela? A criança está bem?
Não sei qual o problema dela, vamos ter que esperar ela acordar para saber e o bebê pelo que a enfermeira me contou está ótimo. - Tom tentou se arrumar na cama. - Mano me faz um favor procura uma enfermeira para mim?
- Claro volto já. - Já respondeu saindo.
- Para que chamar enfermeira eu te ajudo.- Me levantei para ajudá-lo
- Obrigada, mas não precisa só queria que o Diego saísse do quarto. Preciso de pedir uma coisa?
- Claro, é tão sério assim?
- Preciso de uma ajuda do Luca, e preciso que você chame ele aqui para mim.
- Luca? Pra que você precisa de advogado? Para acionar o seguro, tem mais coisa nesse acidente que você não me contou?
- Calma Fellipa, tanta pergunta de uma vez só. Respira.
- Me conta logo que já estou ficando preocupada. - Já estava ficando impaciente.
- O seguro papai acionou e ja está resolvendo isso então não se preocupe, preciso do Luca para ajudar o bebê e a mãe dele.
- Você quer dizer processar a mãe. A louca quase te matou.
- Nossa agora você falou igualzinho o papai. - Tom se arrumou na cama e continuou. - A enfermeira contou que quando chegou a mulher ainda estava consciente e perguntou pelo bebê e implorou para ela proteger o bebê “dele”.
- “Dele” quem é “ele”? Aff Tom, explica direito não estou entendendo mais nada.
- A enfermeira acha que ela estava fugindo de alguém e que por isso avançou o sinal.
- Como ela pode ter tanta certeza? Meu Deus Tom para que se meter nessa história?
- Essa história bateu no meu carro e como você disse quase me matou, só me ajuda liga para o Luca e pede para ele vim aqui, e não conta nada para ninguém por enquanto.
- Acho isso uma péssima ideia, mas se é o que você quer vou ligar para ele e pedir para ele vim aqui. - Quando terminei de falar Digú entra no quarto com a enfermeira.
- Desculpe mas o horário de visita acabou, apenas uma pessoa vai poder ficar acompanhando ele.
- Ok, obrigada. Digú você fica com ele até o pai ou a Ana voltar. Preciso ir resolver algumas coisas.
- Resolver problemas com Jatinho? - Ele piscou.
- Jatinho?... Domi tá na área? - Tom perguntou
- Não Tom, esse Jatinho o Caos mandou para ela de POA. - Respondeu e começou a sorrir.
- Aff Moleque, não me respeita, mas não vou poder ficar batendo boca com você eu tenho que ir.- Levantei dei um beijo no Tom e ele sussurrou para mim enquanto eu estava perto: “Por favor não esquece do que te pedi”. - Tchau para vocês dois e Diego qualquer coisa você me liga...Tchau.
Antes de sair ouvi o Tom falando: “Quero saber, me conte tudo Digú.”. Saindo do hospital já liguei para o Luca e pedi para ele se encontrar com o Tom.
- Como está seu irmão?- Leticia perguntou assim que entrei no carro.
- Ele está bem Graças a Deus, obrigada por perguntar. Agora podemos ir comer e fazer comprar. - responder ja ligando o carro.
- Vamos. - Sorriu.
Fim do capítulo
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lay colombo
Em: 22/06/2018
Tô adorando a história, achei bem interessante o jeito que vc tá levando as coisas
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