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  • CAPÍTULO 38: LIÇÃO 34 – NEM TODO SEGREDO É SAGRADO

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MANUAL NADA PRÁTICO PARA SOBREVIVER A UM GRANDE AMOR por contosdamel

Ver comentários: 5

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Palavras: 2071
Acessos: 3381   |  Postado em: 19/06/2018

CAPÍTULO 38: LIÇÃO 34 – NEM TODO SEGREDO É SAGRADO

A audiência foi agendada, e nos dias que a antecederam, uma avalanche de ódio nas redes sociais aconteceu, e meu infortúnio acabou se tornando uma pauta nas discussões de homofobia. Diariamente, posts, Tweets, Fake News tomaram de conta nas páginas relacionadas a grupos de conservadorismo extremista, e a reação imediata daqueles que me apoiavam, ganhavam simpatia de outros defensores da causa gay.

 

                De repente eu estava no centro de novo de uma exposição não desejada. A dimensão que aquilo causou me surpreendeu e me assustou. Não estávamos mais falando de um incidente local, restrito aos burburinhos no campus e no meio das redes sociais da universidade. Páginas de Facebook divulgavam a versão de Tamires, ignorando a minha versão dos fatos.

 

                Como estava liberada para as atividades da pesquisa, fui ao laboratório para tentar ocupar minha cabeça com outros assuntos que não fossem redes sociais. De fato, consegui me distrair daquele contexto enquanto me dedicava aos experimentos, no entanto, aquela pausa nas minhas preocupações foi interrompida por Lena, a nova técnica do laboratório.

 

-- Doutora Luiza, tem uma garota pedindo para falar com a senhora, ela é bem insistente, está causando uma confusão no corredor por que não autorizei sua entrada.

 

-- Uma garota? Mas, por que causando confusão? Você não autorizou a entrada?

 

                Olhei no monitor do PC para identificar as imagens do corredor, e vi o pequeno tumulto que a garota causava, era a minha algoz acusadora, Tamires.

 

-- Mas, o que essa garota pensa que está fazendo?

 

-- O que a senhora quer que eu faça?

 

-- Não abra a porta, eu não vou me render a essa armadilha dela.

 

                Não caí na armadilha, mas o show da Tamires foi transmitido ao vivo pelas redes sociais, imediatamente meu celular recebia dezenas de mensagens dos meus amigos mais próximos e logicamente de Marcela.

 

-- Meu amor, essa menina está louca! Alguém tem que fazer alguma coisa!

 

-- Calma, meu amor, já avisei a segurança do campus. Ela está fazendo um espetáculo, e isso vai contar ao meu favor na audiência, quero mesmo que alguém registre isso.

 

-- É, mas ela tem uma galera apoiando ela...

 

                A preocupação de Marcela era legítima. Poucos minutos depois do vídeo transmitido, foi compartilhado por páginas homofóbicas, tomando uma proporção inesperada para mim. No vídeo Tamires berrava:

 

-- Agora você não quer falar comigo, professora Luiza?

 

                Tudo que eu menos precisava era um confronto, contive-me até que os seguranças do campus acompanhados de dois policiais militares dispersaram o grupo de alunos, nesse mesmo momento, vi Beatriz pela câmera, e autorizei sua entrada no laboratório.

 

-- Beatriz nem posso dizer o quanto sinto por essa confusão...

 

-- Ei Luiza, não precisa se desculpar. Essa menina é louca! Eu mesma chamei os policiais quando me disseram o que estava acontecendo, tive medo que você tentasse conversar com essa maluca e só piorasse tudo.

 

-- Eu pensei nisso, mas, quando percebi que era um espetáculo transmitido ao vivo, eu me contive.

 

-- Isso não vai dar em nada, Luiza, fique calma.

 

-- Já deu em alguma coisa. O que eu tanto preservava: minha intimidade, minha reputação, estão no epicentro da bandeira do arco-íris, eu nunca quis ser uma militante, você sabe disso.

 

-- Eu temo que sua atividade docente na graduação também seja prejudicada, Luiza.

 

-- Como assim?

 

-- Estou vindo de uma reunião da diretoria de centro, votaram pelo seu afastamento.

 

-- Mas, a audiência sequer aconteceu. Por que já decretaram minha sentença?

 

-- O medo dos outros coordenadores é que isso tenha sido um estopim para outros alunos usarem isso, e chover processos contra professores...

 

-- Mas, Bia! Afastando uma pessoa inocente das acusações só motiva mais a injustiça.

 

-- Eu concordo com você, argumentei isso, mas, fui voto vencido. Acho que você atrai muita inveja de outros colegas, querem sua vaga nas disciplinas. Pense pelo lado bom, vai poder se dedicar mais a pesquisa, nos programas de mestrado e doutorado.

 

-- E vou perder também a direção do GRUFARMA, se eu sair da graduação, perco.

 

-- Abre outro grupo, Luiza. As patentes são suas.

 

                Senti o amargo da derrota com aquela notícia de Beatriz. Fui para casa com um grande peso nos ombros, ao menos eu teria Marcela à minha espera, para me confortar, ela estava mostrando quão forte era, feroz na minha defesa inclusive nas redes sociais.

 

                Já era noite quando entrei em casa, as luzes apagadas me fizeram crer que Marcela ainda não estava em casa. Qual não foi minha surpresa ao entrar no quarto e encontrar minha namorada, sentada na cama com meu notebook sobre as pernas. Senti um calafrio, só conseguia torcer para que eu tivesse lembrado de fazer o logout do maldito perfil fake do Facebook.

 

-- Tudo bem, meu amor? Faz tempo que chegou?

 

                Aproximei-me de Marcela e seu olhar gélido só confirmavam outro desastroso deslize que cometi.

 

-- Vamos pedir alguma coisa para jantar? Estava pensando em comida tailandesa. Você gostou do Pad thai daquele dia?

 

                Marcela continuou em silêncio, o que já me apavorava. Colocou o laptop sobre a cama, e virou a tela na minha direção, a razão do meu pavor tinha sentido, o que eu temia aconteceu:

 

-- Marcela, meu amor, eu posso explicar...

 

-- Explicar exatamente o que? Seu perfil fake ou o fato de me manipular desde que nos conhecemos?

 

-- Não exagera, Mah... Isso foi uma tentativa de me aproximar de você no início, e depois me ajudou a entender o que você sentia por mim, eu estava confusa, você era cheia de mistérios, eu estava apaixonada e...

 

-- E você acha que esses argumentos justificam me enganar? Fingir ser outra pessoa para influenciar minhas decisões?

 

-- Marcela não justifica, só explica, foi uma idiotice, foi infantil, mas, nunca quis manipular você!

 

-- Mentira! Você tanto quis, que manipulou as situações a seu favor.

 

-- Até parece que você é uma pessoa tão influenciável assim, claro que não é!

 

-- A Lorena tinha outras fãs, conferi aqui... Você conheceu outras meninas usando essa fraude?

 

-- Para com isso, se você conferiu mesmo, viu que eu só conversava com você no último ano.

 

-- Falou bem: último ano! Você teve um ano para me contar sobre essa sua solução para se aproximar de mim, e não fez isso!

 

-- Eu ia te falar, mas tudo foi acontecendo, e eu não queria discutir por algo sem importância.

 

-- Sem importância? Luiza eu mudei minha vida por você, há dias venho lutando pra te defender, por que eu confiava cegamente em você, mas, olha só, você tinha uma identidade secreta!

 

-- Você está exagerando...

 

-- E você está subestimando meus sentimentos. Por que sou uma menina boba do interior?

 

-- Não começa a se diminuir, odeio isso!

 

-- Ah, odeia? Você se esqueceu de pedir a Lorena de me dar esse recado...

 

                A mágoa de Marcela estava nos olhos e nas lagrimas dela. Eu não conseguia mais argumentar, por que afinal, eu sabia que ela tinha razão.

 

-- Marcela, meu amor, eu errei... Tem razão de estar chateada comigo, eu sei que foi um tremendo vacilo, será que você pode me perdoar?

 

-- Não sei, Luiza. Só sei que não quero ficar perto de você agora.

 

                Marcela pegou sua mochila e caminhou para fora do quarto e eu a segui impulsivamente, segurando sua mão.

 

-- Solta, me larga, Luiza!

 

                Ela foi taxativa no seu brado e no gesto que beirou a violência.

 

-- Pode me respeitar, e me deixar em paz!?

 

                Sem ação, sem palavras, coloquei as mãos no rosto, cobrindo minha cara de choro. Ouvi a batida na porta que doeu não só nos meus ouvidos, ecoou na alma, tremi de medo de perde-la.

*******************

                Os dias se passaram, e Marcela me mantinha no vácuo. Nos dois primeiros dias, sequer visualizava minhas mensagens, nos dias seguintes, se limitou a perguntar sobre a audiência.  Recusou-se a me receber, aliás, pediu que não a procurasse, eu respeitei, tamanha era minha culpa, mais que respeitar eu devia obedecer sua vontade.

                Sentia um aperto no peito que era físico. Era visceral em meu corpo aquela angústia por ter ferido Marcela e maculado nosso relacionamento. Naquela tormenta de sensações, eu evitei meus amigos, isso era um sinal ruim que Cris não deixou escapar. Chegou à minha casa depois de me mandar mensagem, avisando que precisava falar comigo.

 

-- Então, você vai me dizer o que mais está acontecendo, ou vou ter que adivinhar? – Cris falou se espalhando no sofá.

 

-- Só se você me prometer que não vai dizer aquela frase irritante: “eu te avisei”.

 

-- Meu palpite então foi certeiro de novo na sua vida, não gosto disso... O que houve?

 

-- A Marcela descobriu meu perfil fake, e está se sentindo enganada, manipulada...

 

-- Porr*, Luiza! Esse caralh* de perfil ainda existia? Como você consegue ser uma CDF respeitada ser tão tapada ao mesmo tempo?

 

-- Tá Cris, chuta cachorro morto...

 

-- Eu “tô” é sacudindo uma sapa lesada! Vocês estão juntas há quase um ano, eu deduzi que você já havia deletado as pistas sobre seu vacilo.

 

-- Cris, eu simplesmente me esqueci desse perfil...

 

-- Luiza, não me diga que acha que você engana alguém com esse papo de memória fraca. Eu sei perfeitamente o quão chata é, sua boa memória de elefante. Você usou a tal Lorena no seu namoro com a Marcela?

 

-- Algumas vezes...

 

-- Então você não esqueceu! Você queria ter alguma ferramenta para continuar sondando o que Marcela sentia, Luiza, é claro que ela se sentiu enganada e manipulada!

 

-- Não fiz nada demais, Cris. Juro.

 

-- Você quebrou a confiança, Luiza, em nome de uma insegurança sem sentido. Essa menina já te mostrou o quanto te ama, e você ainda queria ter outro poder sobre ela?

 

-- Do jeito que você fala, parece que forcei alguma situação, eu não fiz isso. O que sinto por Marcela é real, eu também já mostrei isso a ela!

 

-- E mostrou também que é capaz de trair a confiança e mentir para ela.

                Calei-me. Baixei os olhos, enquanto Cris continuava seu diagnóstico:

 

-- Você tem que mostrar que ainda é digna da confiança dela, ou pelo menos tentar reconstruí-la.

 

-- Difícil, ela sequer quer me ver, ou falar comigo.

 

-- Dê um tempo pra guria, pow! Quando vai ser a parada lá do processo?

 

-- A audiência? Será na segunda. Finalmente, quero logo encerrar essa página.

 

-- Eu venho te buscar, vou com você.

*************************

 

                Ao menos a justiça dessa vez foi cega à influência do magistrado avô da Tamires. Na porta do tribunal, houve uma pequena movimentação de ativistas contra homofobia, meia dúzia de blogueiros e alguns colegas e amigos, ouviram da minha advogada o veredicto a meu favor, acrescentando que ingressara com uma ação de calúnia e difamação contra a minha ex-aluna.

 

                Mais afastada do grupo de pessoas que me cumprimentavam, avistei Marcela. Pedi licença e caminhei até ela, com o coração aos sopapos.

 

-- Deu tudo certo. Acabou, fui absolvida.

 

-- Que bom. Fico feliz que a justiça tenha sido feita.

 

-- Cris e Ed improvisaram uma comemoração, lá em casa, você quer ir?

 

-- Eu não posso, obrigada pelo convite, mas, tenho plantão daqui a pouco.

 

-- Marcela, a gente precisa conversar, eu sinto sua falta e...

 

-- Luiza, para. A gente vai conversar, mas, não agora. Vai lá comemorar com seus amigos.

 

-- Eu quero você comigo. Eu te amo!

 

                Marcela não esboçou reação, só repetiu:

 

-- Eu tenho que ir. Parabéns pela vitória.

 

-- Passa lá em casa quando sair do plantão... Eles compraram comida e bebida pra um batalhão, acho que não saem tão cedo lá de casa...

 

                Marcela não respondeu, deu-me as costas, levando meu coração apertado junto com ela.

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Perdão meninas, final de semestre para professor é uma coisa louca!

Beijos a todas, até a próxima!


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Comentários para 39 - CAPÍTULO 38: LIÇÃO 34 – NEM TODO SEGREDO É SAGRADO:
mtereza
mtereza

Em: 29/06/2018

Esse perfil fake da Luiza era uma verdadeira crônica de uma morte anunciada todo mundo sabia que daria agora esperar que a Marcela possa perdoar bjs

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patty-321
patty-321

Em: 20/06/2018

Vacilona demais Luiza. Pqp. Eu tb ficaria bolada. Poxa. E agora o que fazer? Confiança e muito difícil ser conquistada, reconquista da, então...

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Nocturne
Nocturne

Em: 20/06/2018

Adooooro essa história.

A Luiza deu uma mancada com esse perfil fake, mas, sinceramente, prefiro assim, tudo às claras, sem mais segredos. Foi da pior maneira que a Marcela descobriu, claro, o certo era a Luiza ter contado. Mas daí não seria a Luiza, né? Hahahahah

Toda atrapalhada do jeito que ela é... Me divirto demais com ela. Já começo a sorrir desde o título (adoro os títulos dos capítulos). Se ela simplesmente apagasse o perfil fake, a Marcela nunca saberia. E na minha opinião o certo era ela saber mesmo, daí fica a critério dela perdoar ou não. Enfim, adorei!

Fico satisfeita que a justiça tenha sido feita na audiência, ou nas palavras da Cris, "na parada lá do processo", hahahahaha.

Uma pena que na Universidade, não será a mesma coisa... Uma porta que se fecha, mas pode ser que outras se abram a partir disso, assim espero. 

Obrigada, autora, por nos presentear com mais um capítulo.

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cris05
cris05

Em: 19/06/2018

Luiza deu mole. Muito mole. Deu mole mesmo. Ai que raiva!

Mas ela ama de verdade a Marcela. Espero que a Marcela a perdõe e que não demore muito.

 

Autora, parabéns. Como sempre você arrasa! Ansiosa para o próximo capítulo.

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 19/06/2018

Que sapatão lesada..... Por que não apagou essa porta de perfil falso.

Lesada! Lesada! Lesada! Kkkkjjj

Que raiva de você, Luiza!

Agora trate de consertar essa burrada!

Abraços fraternos procês aí!

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