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  • Capítulo 22 - É sua, Maria Luiza. Sempre foi.

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Game Over por SteS

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Palavras: 3075
Acessos: 1222   |  Postado em: 17/06/2018

Notas iniciais:

Música do capítulo: Flaws and All - Beyoncé. 

Capítulo 22 - É sua, Maria Luiza. Sempre foi.

Resolvi pensar nisso depois. Minha vida deu uma guinada absurda nos últimos dias. Hoje eu resolvi tirar o dia de folga pra por tudo nos trilhos. A primeira coisa era personalizar meu apartamento. Graças à vovô não precisaria de muita coisa da casa de Pierre. Mas ainda precisava ir lá pra acabar de pegar minhas coisas. Roupas sapatos, minhas caixinhas de som e meu computador. Era só o que eu queria daquela casa. Troquei de roupa, me vestindo bem simples só shorts e camiseta mesmo, chamei um táxi e fui pro Flamengo buscar minhas coisas. No fim do da tarde pediria pra Luiza ir levar meu carro lá.



Passei a tarde no meu quarto separando as coisas e resolvi mandar uma mensagem pra Luiza avisando dos meus planos. Assim ela poderia se programar. Por último, as fotos. Separei as fotos que eu queria levar comigo. A minha conhecendo Maya estava na minha cabeceira, havia umas com Math, com o pessoal da faculdade além de uma antiga com Luíza que eu não havia rasgado e a foto da minha mãe. Isso me fez pensar em várias coisas. Como ficaria minha relação com Lívia a partir de agora? Na minha mente eram duas pessoas diferentes. Havia minha mãe. Morta. Presa naquele retrato. A pessoa que Pierre roubou de mim. E havia Lívia. Com um sorriso muito parecido, com quem eu sentia uma ligação, mas por enquanto uma pessoa diferente daquela da foto. Ela queria que eu a chamasse de mãe? Eu tinha que procurá-la ou esperar pra não parecer desesperada? Oh céus, que complicação! Vou perguntar a Luiza quando ela chegar. Ela pode me dar uma opinião neutra sobre o assunto.



Quando estava quase tudo pronto, separado em cima da cama. Luiza chegou. O porteiro nem interfonava mais. Quando fui abrir a porta pra Luiza, passei pela sala e vi meu álbum de foto no armário. Será que eu devia levar? Pierre não faria questão mesmo. Mas eu faço? Pensando nisso abri a porta. Uma Luiza sorridente aguardava.


-- Oi, Al. -- Disse me arrastando pra um abraço de urso. -- Tá melhor? -- Meu pensamento foi clichê: "agora estou".



-- Ei, você. -- Respondi simplesmente. Luiza apertou o abraço e beijou minha cabeça. Ela estava com cheiro de quem acabou de sair do banho. -- Cheiro bom. -- Sussurrei elogiando e me moldando ao corpo maior.



Entramos e nos sentamos no sofá. Ninguém diria que eu a tinha visto ontem. Parece que fazia uma eternidade. Tudo mudou tanto em alguns dias, Maya saiu da minha vida com a mesma graça que entrou. Não queria que ela saísse totalmente, mas não quero impor minha presença. Iria deixa-la pensar se queria ter outra relação comigo. Se queria continuar na minha vida ocupando um novo lugar. Torço pra resposta ser sim.


Luiza voltou a ocupar o lugar que conquistou anos atrás. Minha companheira, meu alicerce e principalmente meu amor. Não havia como negar. Tinha medo de estar sendo apressada em aceitá-la tão rápido. Como eu me sentiria? A traição ainda não havia sido esquecida. Muito menos suas mãos em meu pescoço, o ciúme obsessivo ou minha overdose. Óbvio que nós duas amadurecemos desde então. Mas será suficiente? Sua voz me arrastou de meus devaneios.



-- Em que você está pensando? -- Luiza questionou me olhando.



-- Em nós. -- Respondi sinceramente. -- Fode um pouco com a cabeça, sabe? -- Acrescentei.



-- Sei. Eu fiquei louca da primeira vez. -- Apesar de parecer brincadeira, seus olhos estavam sérios. -- Tô cuidando para que não aconteça de novo. -- Ela fez carinho no meu rosto.



-- Será que dessa vez a gente consegue? -- Um dos muitos casos onde um pensamento foge sem minha permissão pela boca.



-- Acredito em nós. -- Ela respondeu sorrindo. Toda a tensão da conversa se dissipou. Luiza ficou me olhando por um tempo. Eu a beijaria, mas meu telefone tocou.



-- Alô? -- Atendi sem me afastar de Luiza. Ouvi a voz de Lívia e isso me endurecer a postura.



-- Oi, Alice. Sou eu. -- Havia uma certa indecisão em sua voz. Parecia não saber se fez certo em ligar. -- Tudo bem?



-- Tudo. Que bom que ligou. -- Disse tentando tranquilizá-la. Ouvi seu suspiro aliviado. Sorri ao notar que eu não era a única nervosa com a situação.



-- Ao anoitecer vou dar uma volta na praia. Toma um suco comigo? -- Fiquei feliz com o convite. Aceitei e nos despedimos.



Atualizei Luiza sobre o convite de Lívia ao qual ela se convidou alegando estar faminta. No fundo ela sabia que precisava dela ao meu lado. Peguei meu álbum de infância e ficamos rindo com a minha cara emburrada nas fotos. Eu só sorria nas que foram tiradas antes de presenciar o assassinato. Tinha uma em que eu estava no colo da minha mãe. Havia esquecido completamente dessa foto.



Levantei para pegar água pra nós e passei pelo quarto de Pierre. Na verdade era mais um escritório já que ele nunca dormia lá. Uma luz acendeu na minha cabeça. Entrei no quarto e comecei a fuçar suas coisas. Achei vários documentos relativos a trans*ções comerciais e coisas relativas ao hotel da galeria. Peguei todos os documentos e levei até a multifuncional onde imprimia meus trabalhos. Copiei todos eles sob o olhar atento de Luiza. Deixei as cópias entre os documentos que separei pra levar pra minha casa. Os outros fui devolver ao lugar onde peguei. Fiz com cuidado para que ele não notasse. Ao guardar o último ouvi um barulho na sala.



Não foi difícil descobrir o que era. Sua voz asquerosa me era inconfundível.



-- Que surpresa te encontrar aqui, Maria Luiza! -- Ele disse tentando ser simpático.



-- Boa tarde, Pierre. -- Nunca ouvi a voz de Luiza tão dura. Saí devagar do quarto e fui a cozinha buscar um copo d'agua.



Voltei e fingi surpresa ao vê-lo. Depois disso o ignorei completamente. Eu sei que deveria disfarçar, mas se olhasse pra ele por muito tempo meu olhar de ódio me entregaria. Ofereci a água pra Luiza e fui pro quarto começar a pegar as coisas. Logo depois que entrei, Luiza chegou e levou a primeira leva de roupas e sapatos pro carro.



-- Você entrou no meu quarto, Alice? -- Sua voz estava igual aquele dia no cemitério. A ameaça em seu tom era palpável. Não me assustou.



-- O que faria em seu quarto, Pierre? Só vim levar o que faltou. A porta está aberta de novo? A moça que limpa sempre esquece. E Fátima não está aqui para fechar. -- Lembrei que não fechei a porta ao sair e inventei essa desculpa de bate pronto. Não sei se ele acreditou, mas acho que fui convincente.



-- Você ia mudar sem nem me comunicar? -- Mudou de assunto. -- Olha até que você me surpreendeu, Alice. Sempre soube que você era esperta, mas essa de conseguir o apartamento e a galeria do velho mão de vaca foi um golpe de mestre! -- Como ele ousa falar assim do vovô? Quis voar em seu pescoço. -- Só não se empolgue e pare sua ambição por aí. -- A ameaça de novo. Bufei e voltei ao que estava fazendo. Ele se retirou.



Luiza voltou e depois de um tempo colocamos tudo no carro. Olhei uma última vez para o meu quarto. Fui embora sem avisar a Pierre que estava em seu quarto e sem olhar pra trás.




Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx





Fomos a Copacabana encontrar Lívia. Estacionei próximo a praia e fomos ao quiosque combinado. Como ela não havia chegado, escolhemos uma mesinha e sentamos. Luiza foi logo pedindo um sanduíche e suco. Logo vem Lívia correndo. Ela estava se exercitando dando uma corrida na praia. Falou algo com o dono do quiosque e pegou sua bolsa e toalha com ele. Sentou-se de frente pra nós.




-- Olá, meninas! Que calorzão, né? -- Disse isso secando o rosto. Estava certa. Mesmo sendo novembro estava mais calor do que o admissível.



-- Pois é, mas aqui na orla é um pouco melhor. -- Comentou Luiza e eu assenti. -- Se ALGUÉM gostasse mais de praia eu até que frequentaria com maior frequência. -- Ela disse me olhando. Revirei os olhos.



-- Você odeia praia, Maria Luiza. Logo se vê por essa sua cor de fantasma. Nem adianta me culpar, mesmo porque terminamos há anos. -- Disse num tom mais divertido que irritado. -- Olá, Lívia. Está tudo bem? -- Cumprimentei depois de ouvir Luiza bufar.



-- Estou bem e vocês? -- Ela nos olhou divertida. Parecia achar graça da nossa interação. Pegou sua bolsa e retirou uma caixinha. -- Sei que seu aniversário foi sexta, comprei isso pra você. -- E me entregou. Quando abri havia um outro cordão. Dessa vez em ouro branco. Com dois corações delicados entrelaçados. -- Esse simboliza nosso recomeço e lembra que em nossos corações nunca nos afastamos.



-- Obrigada, mãe. -- Lágrimas rolaram de nossos lábios simultaneamente. Luiza apertou minha mão e sorriu pra mim. Estávamos as três sorrindo agora. -- Que bom que você voltou. -- Tomei pela primeira vez a iniciativa de abraçá-la e recebi um beijo na testa. O rosto de Luiza não escondeu a surpresa com o meu gesto.



Depois desse momento passamos a conversar normalmente, nos conhecendo mais. Contei do apartamento que vovô me deu e do almoço que Fernanda ofereceu pra mim. Quando falei o nome Lívia perguntou:



-- Fernanda Vieira de Albuquerque? -- Sua voz ficou séria.



-- Essa mesmo. Antigo amor de Pierre e atual namorada também. -- Respondi mais rápido que o normal. Não acrescentei ser mãe de Luiza para que ela falasse sem reservas sobre o passado.



-- O principal motivo foi ela sabia? Óbvio que eu era uma ameaça que ele queria se livrar, mas Pierre fez isso por ela. Porque achou que sem mim seria mais fácil ela largar o marido e os filhos pra ficar com ele. Seu pai nutre uma obsessão por essa mulher. -- Eles estão juntos há muito tempo? -- Perguntou curiosa.



-- Na verdade, eles perderam o contato. Se reencontraram por causa de nós duas. -- Disse sinalizando para Luiza. Lívia fez uma cara confusa.



-- Fernanda é minha mãe. -- O queixo de Lívia quase caiu quando Luíza sanou suas dúvidas.



-- Mas esse mundo é realmente surpreendente! -- Foi só que ela disse.



Dessa vez a conversa fluiu melhor. Claro que os anos que se passaram e nós estivemos distantes, pesam ainda. Mas eu me senti mais relaxada, Lívia também. Luiza parecia não se incomodar em nos acompanhar, mas nos deixava conversar falando apenas de vez em quando. Nós conversamos bastante até resolvermos ir embora. Enquanto Luiza pagava a conta avisei que daria um pulo no carro. Peguei meu álbum de fotos e voltei pra perto delas.



-- Também quero te dar uma coisa. -- Estendi o álbum em sua direção. -- Isso é coisa de mãe, não sabia muito o que fazer com ele. Espero que goste. -- Ela o folheou sorrindo.



-- Claro que eu gostei, minha linda. Obrigada! -- Fez um carinho no meu rosto. Nos abraçamos e ela foi pra casa.



Luiza passou o braço por meus ombros e caminhamos até meu carro.




xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx




Como já estava tarde e estávamos ao lado da minha casa resolvi que Luiza ficaria lá em casa. Bom que ela me ajudava a arrumar tudo. Chegamos e aos poucos fomos retirando as coisas do carro e levando pelo elevador de serviço. Quando eu finalmente tranquei o carro e conseguimos subir equilibrando as últimas roupas e sapatos, Maria Luiza reclamou:



-- Precisa ter 200 sapatos? -- Disse exagerando. Só revirei os olhos.



-- Eu não tenho nem 100, Maria Luiza. Para de exagero. -- Disse sem dar muita importância.



-- Exagero porque alguém só carregou papel, né? -- Ela disse emburrando. A boca contorcida.



-- Gente que reclamona. Já sei o que resolve.



De repente era como se estivéssemos há dois anos atrás de novo. Colei meus lábios nos seus por puro impulso. Como se fosse uma ação cotidiana. Quando nos separamos eu lembrei que não era assim e apesar de todo nosso passado, presente e da certeza que Luiza ainda me queria, morri de vergonha. Meu rosto está pegando fogo. Ela poderia parar de me olhar com essa cara de idiota e chamar os bombeiros, a coisa tá séria aqui. Chegamos ao andar e eu saí do elevador e abri a porta ainda sem olhá-la. Segurei a porta e ela caminhou até o meu quarto para deixar as coisas. Eu fui para o quarto de hóspedes arrumar as coisas pra ela dormir. A falta de resposta de Luiza foi recebida pelo meu corpo como rejeição. Mesmo sabendo não fazer sentido. Enquanto eu ligava o ar condicionado algo me atingiu em cheio. Foi tão forte que me senti arremessada como uma bola de futebol americano e ainda assim não saí do lugar. Fechei meus olhos em entendimento. Não precisava olhar para saber que era ela. Finalmente eu estava segura.



Luiza me abraçou com a força de um lutador de MMA. Meus braços presos dentro de abraço, sua cabeça baixa com a respiração ofegante na minha orelha. Afastei a cabeça buscando as duas estacas que ela tinha no lugar dos olhos. Sabia que as encontraria molhadas. Eu entendia. Foi a primeira vez depois do ocorrido no banheiro que não havia resquício de mágoa entre nós. Foi uma situação tão leve, tão natural que nos chocou. Não foi planejado, simplesmente aconteceu. Não parecia esquecido, apenas o início de uma superação. Pareceu realmente possível ser feliz de novo. Possível deixar aquele passado tenebroso para trás. Agora nesse quarto de hóspedes, nesse apartamento, nos braços de Luiza a minha volta e no peito dessa que vos fala existe apenas amor.



Senti seus lábios cobrindo os meus devagar. A certeza e a calma desse encontro me fizeram levitar. A língua de Maria Luiza acariciou a minha com saudade, mas sem pressa nenhuma. Não tenho palavra para definir a não ser magnífico. Quando percebi que os braços dela ainda estavam me prendendo sorri em sua boca. Por seus próprios motivos, Luiza sorriu também.



-- Eu não vou fugir, amor. -- Disse separando nossos lábios e colando nossas testas. Quanto tempo eu não a chamava assim? Parecia certo.



-- Prefiro não arriscar, preta. -- E nos beijamos de novo. E de novo. E de novo.



As mãos de Luiza só me soltaram pra agarrar minha cintura e ficamos assim por um tempo. Seus beijos desceram por meu pescoço e o clima esquentou. Suas mãos apertaram minha bunda me fazendo suspirar, mas ainda assim segurei seu rosto.



-- Vamos devagar dessa vez, tá? -- Disse com a voz carinhosa. Ela assentiu e me deu um selinho.



Nos deitamos por mais um tempo e ficamos nos fazendo carinho. Deitei em seu ombro, enlaçando sua cintura. Lembrei de uma coisa que escrevi quando namoramos e achei hoje arrumando minhas coisas. Luiza aparentava cansaço e eu também estava exausta, mas não queríamos dormir. Por incrível que possa parecer eu que senti fome dessa vez.



-- Tô com fome. -- Disse pra Luiza. Ela sorriu irônica.



-- Hoje é o dia internacional dos milagres? -- Perguntou fingindo desconfiança. -- Quer que eu lhe prepare algo? -- Acrescentou mais séria.



-- Não, eu vou. Tem algo quero te mostrar também. -- Disse me preparando para levantar. Luiza girou o corpo ficando por cima de mim e encheu meu rosto de beijos. Eu com certeza poderia me acostumar com isso.



Fui até a cozinha e nos preparei sanduíches como os que ela fazia. Coloquei os mesmos ingredientes, tentei imitar até a ordem. Dei uma boa mordida no meu e aprovei o gosto. Depois fui até o meu quarto e procurei uma folha de caderno amassada. Minha cama estava cheia de coisas em cima e eu pensei que teria que arrumar mais tarde. Achei o papel e coloquei embaixo do prato dos sanduíches. Entrei no quarto e Luiza estava me esperando. Sorrindo ainda.



-- Você vai parar de sorrir algum dia? -- Perguntei levantando uma sobrancelha.



-- Deixa de ser metida, esse é pro sanduíche. -- Respondeu tirando um do prato da minha mão. Olhei séria pra ela. -- Não vai cair migalha nenhuma, coisa chata. -- Respondeu entendendo. -- Cadê meu refrigerante?



-- Vem cá você é folgada assim mesmo ou o quê? -- Que garota abusada, gente. Da a mão e quer o braço. Ela levantou pra ir buscar. -- Traz suco, tá bebendo muito refrigerante. -- Ela saiu resmungando, mas voltou com o suco.



Quando voltou comemos conversando amenidades. Luiza levou os pratos para cozinha enquanto eu fui escovar os dentes. Voltei e me deitei na cama olhando o papel. Depois de lavar a louça ela voltou para o quarto.



-- Tem algo que eu queria te mostrar. -- Ela se deitou e esperou que eu continuasse. -- Escrevi quando ainda namorávamos. Não é nada demais, só que eu encontrei hoje e achei que gostaria de ler. -- Entreguei e ela começou a ler.



"Sou um trem destruído pela manhã

Sou uma vadia pela tarde

As vezes, e sem nenhum aviso

Eu posso ser realmente má com você


Sou um quebra-cabeça sim, e daí

Sempre complexa em todos os sentidos

E todas as peças que nem mesmo estão na caixa

E contudo, você vê a figura clara como o dia


(Refrão)

Eu não sei porque você me ama

E é por isso que eu te amo

Me levanta quando eu caio

Aceita meus defeitos e tudo mais

E é por isso que eu te amo

E é por isso que eu te amo

E é por isso que eu te amo

E é por isso que eu te amo


Eu abandono você quando estou trabalhando

Quando eu preciso de atenção eu tendo a reclamar

Sou cheia de imperfeições

E você ignora tudo isso


Sou uma camponesa para alguns padrões

Mas aos seus olhos sou uma rainha

Você vê potencial em todos os meus defeitos

E é exatamente isso o que eu preciso"



Quando ela acabou estava sorrindo.


-- Bem a sua cara mesmo, Al. Eu adorei. Posso ficar com ela? -- Perguntou sem desviar os olhos da folha. Ela parecia encantada. Seus olhos estavam brilhando quando me encararam esperando a resposta.



-- É sua, Maria Luiza. Sempre foi. -- Respondi olhando fixamente em seus olhos.


E eu não falava só da folha.

Fim do capítulo


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Comentários para 23 - Capítulo 22 - É sua, Maria Luiza. Sempre foi. :
fabsales
fabsales

Em: 04/12/2019

Elas são lindas juntas. Amoooo

Responder

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patty-321
patty-321

Em: 14/07/2018

Ah essas duas. Que capítulo fofo.

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