EPISÓDIO 12 – No rastro certo
Letícia segurou a mão de Fernanda com sutileza, lentamente a conduziu até seu quarto, iluminado apenas com a luz do abajur. A pouca iluminação deu um ar romântico quando a médica se desfez da camisola de alça, deixando-a discorrer pelo seu corpo até alcançar o chão diante da morena que sentada à cama olhava com um desejo delicado, mas cheio de volúpia.
Fernanda deslizou primeiro suas mãos pelas pernas de Letícia sentindo sua pele alva se eriçar e ferver, a resposta do seu próprio corpo era instantânea, o frio na barriga, a vibração do seu sex*, o coração acelerado. Letícia se deixava ser tocada, explorada pelas mãos quentes da policial, que suavemente juntou sua boca naquela exploração, deixando sua língua beber a excitação que transbordava por cara poro da ruiva. Beijou sua barriga enquanto segurava a cintura da outra, que já sentia as pernas trêmulas pela proximidade da morena no seu sex* úmido.
O que estava lento e suave, começou gradativamente a ganhar a velocidade que o desejo de ambas ditava. Fernanda alcançou os seios entumecidos de Letícia que deixava gemidos escaparem a cada novo contato entre seus corpos. Tomada de um tesão incontrolável, Fernanda se desfez da última peça de roupa que cobria Letícia, sua calcinha rendada. A médica estava ali, inteira para se dar a Fernanda, que praticamente salivava diante de uma especiaria apetitosa e irresistível. Diante dos grandes lábios, Fernanda iniciou uma excursão com seus dedos, provocando, instigando o desejo de Letícia, alcançou os pequenos lábios e ali a massagem buscava um ponto específico, que se inchava indicando que o auge não tardaria.
Nesse momento, Fernanda não protelou sua fome, sua sede. Puxou Letícia, suspendeu uma de suas pernas sobre a cama a fim de dar mais espaço à sua boca e a mergulhou no sex* já encharcado da médica, e ali não teve pressa, beijou, sugou, se deliciou com aquele líquido quente e a pulsação que emanava ali. Letícia prendia com força os cabelos desalinhados negros de Fernanda e gemia ainda contidamente.
Como se não suportasse o peso do próprio corpo que dava espasmos e sua carne tremia diante daquele prazer, Letícia deixou seu corpo cair na cama sobre o de Fernanda, o gozo iminente de ambas parecia guardado, adiado.
-- Quero sentir sua pele inteira na minha Fernanda.
A necessidade era urgente, imperativa. Fernanda ansiava por isso também, assim, se desfez da camisa, sentindo-se devorada pelo olhar de Letícia quando viu os volumosos seios da morena presos por aquele sutiã de algodão, aproveitou-se do fato do fecho ser à frente, e ajudou a Fernanda se desfazer da peça. Contemplou com desejo que chegou a deixar Fernanda tímida. A ruiva acariciou os seios de Fernanda, apalpando-os, e seguindo o instinto do seu corpo os beijou delicadamente, não imaginava quão prazeroso era ter os seios entre seus lábios.
Arrancou um gemido de Fernanda, acompanhado de um tremor do seu próprio corpo. Desceu entre os seios da morena por sua barriga bronzeada, acompanhando o trajeto dos poucos pelos dourados pelo sol das praias cariocas. Com dificuldade, a morena se desfez do jeans justos e das botas que ainda usava, diante da médica que sorria divertida ao perceber a pressa de Fernanda estar pronta, inteira para ela.
Para arrancar as peças que lhe cobria, Fernanda foi obrigada a levantar-se, e finalmente sem nenhum empecilho físico, foi a vez de se jogar sobre Letícia, apoiando-se com uma das mãos sobe a cama, deixou que as peles se tocassem por igual. Os seios ficaram à mesma altura, os sex*s úmidos se uniram. Letícia cerrou os olhos numa expressão de prazer. Fernanda selou o encontro com um beijo calmo mas lascivo, abriu a boca penetrando sua língua como se desejasse entrar na alma da ruiva, mordiscou o queixo da médica, intercalou mordidas e beijos enquanto movimentava seus quadris sobre o corpo de Letícia.
O corpo da legista desconhecia aquela delicada coreografia que Fernanda executava sobre ele, o rebol*do massageava simultaneamente o clit*ris de ambas, enquanto a morena não cessava as carícias com suas mãos e boca por toda extensão da pele da ruiva que parecia ter sido lançada às chamas tamanho o calor que sentia percorrer seu sangue. Calor, eletricidade, magnetismo. O movimento ritmado de Fernanda sobre Letícia levou as duas ao clímax, antes mesmo que qualquer outro mecanismo de prazer fosse apresentado a legista.
Extasiada Letícia sorria encantada, acariciando os cabelos de Fernanda que repousava entre seus seios com a perna encaixada entre as dela.
-- Oh my God... Como eu vivi até hoje sem conhecer essas sensações? Por onde você estava durante toda minha vida?
Letícia pensou alto, mas Fernanda não se esquivou de responder:
-- Estava esperando a hora certa de entrar sua vida e te fazer minha...
A ruiva estremeceu o tom sensual da voz de Fernanda que já insinuava que sua fome ainda não estava saciada. As carícias anunciaram as pretensões da policial que sem pressa, acariciou o corpo nu de Letícia que se contorcia pelo simples toque de Fernanda, quando esta, alcançou seu sex*, Fernanda pediu:
-- Dá pra mim?
-- Eu sou sua, faça o que quiser de mim.
O sussurro sensual foi acompanhado de um beijo sôfrego. Com uma das pernas Fernanda abriu espaço entre as coxas de Letícia e delicadamente, introduziu dois dedos na cavidade encharcada da médica arrancando um gemido alto e uma súplica:
- Entra, entra gostoso...
Fernanda obedeceu, com dois dedos promoveu as estocadas que levaram a legista à loucura enquanto continuava a massagear com o polegar o clit*ris da ruiva, como se quisesse promover múltiplos orgasmos na médica investiu mais força impondo o seu corpo no vai e vem dos movimentos, goz*ndo ao mesmo que Letícia que deixava um grito ecoar pelo quarto:
--Aaah, aahhhhhhh.
Fernanda se jogou ao lado de Leticia ofegante. Satisfez-se ao contemplar a ruiva tão ruborizada quanto a cor dos seus cabelos, os olhos verdes agora cerrados, com a respiração curta, e nos lábios um sorriso abobado, foram suficientes para alegrar de uma maneira delicada e pura o coração da policial. A morena sabia que o que ocorrera naquela cama, transcendeu uma simples atração, era mais do que uma curiosidade satisfeita, era o começo de uma paixão que dava sinais que muito tinha a se revelar.
Letícia encarou Fernanda que acariciou seu rosto.
-- Está tudo bem? – A morena quis saber.
-- Está tudo maravilhoso...
Fernanda sorriu.
-- Você é linda Letícia, delicada, maravilhosa, não quero sair daqui...
-- Não quero que isso acabe aqui... – Precipitou-se ao exteriorizar seu pensamento.
-- Shi... A gente mal começou, pra que falar em acabar?
Leticia sorriu e jogou seu corpo mais uma vez sobre o de Fernanda roubando um beijo faminto, demonstrando sua vontade de propagar aquele prazer pelo seu corpo novamente. Atendendo aos apelos daquela situação a morena segurou a cintura da médica e conduziu seus movimentos de quadris, encharcando rapidamente os sex*s das duas, anunciando o clímax que se daria em segundos.
Acordaram abraçadas, nuas com as pernas entrelaçadas.
-- Oi... Bom dia... Dormiu bem?
Fernanda pausava o cumprimento com selinhos. Letícia sorriu.
-- Bom dia, pra falar a verdade dormi muito pouco...
-- Sério? Eu dormi como uma pedra!
-- Alguém já te disse que você ronca?
Fernanda sentou-se assustada e envergonhada.
-- Você não dormiu por causa do meu ronco?
Letícia gargalhou com a reação da morena.
-- Não boba! Dormi pouco, por que foi difícil dormir abraçada a você sem querer...
-- Huum... Quando estiver sem sono, com esse tipo de problema, sou muito solícita viu?
Letícia sorriu enquanto Fernanda lhe roubava mais um beijo.
-- Tô com bafo né? – Fernanda fez careta.
-- Para de falar bobagem! Nós duas estamos!
Fernanda correu para o banheiro berrando de lá.
-- Vou aproveitar para tomar banho, por que depois de você me dizer que ronco e tô com bafo, só falta você me dizer que tô fedendo, e do jeito que você me fez suar ontem...
Letícia balançou a cabeça e sorriu, mordeu o lábio inferior, e saltou rapidamente, encontrando Nanda gargarejando um enxaguante bucal.
-- Você falou banho? Aceita companhia?
Fernanda sorriu divertida.
-- Acho que despertei um vulcão...
Letícia ruborizou e deu dois passos para atrás, mas Fernanda não permitiu que ela recuasse, puxou-a pela cintura, e a conduziu até o box, mais do que o banho, as duas se entregaram a paixão mais uma vez, a cada orgasmo alcançado, as unhas de Letícia deixavam a marca do prazer transbordado naquele momento.
*********
Com a expressão de quem acabara de ver passarinhos verdes, azuis, vermelhos e multi coloridos ao mesmo tempo, Fernanda chegou a delegacia com os cabelos molhados e a mesma roupa do dia anterior. Encontrou justamente a amiga Carol no elevador.
Carol observou a amiga dos pés a cabeça, como se estivesse lendo a morena. Notou até um assobio se fazendo no bico da policial que com as duas mãos no casaco olhava para cima disfarçando a vigilância da escrivã. Mal saíram do elevador, Fernanda foi arrastada pelo casaco por Carol até a sala onde a escrivã passava a maior parte do seu tempo, no mesmo andar que Fernanda tinha sua mesa.
-- Ai garota o que é isso? Vai me obrigar a depor é? Tá doida Cacá?
-- Xiii agora você assinou o atestado: eu te arrasto, você não resmunga, e a essa hora da manhã, gratuitamente você me chama pelo meu apelido carinhoso? Tem algo errado na cena, já achei 3 do jogo dos 7 erros...
-- Que? Você andou negociando erva com o pessoal da “anti-drogas” e fumou antes de vir trabalhar Carol? Que mané jogo, erro? Tô entendendo nada!
-- Coé Nanda?! Vai ficar de caô comigo agora? Acha que não manjo suas despistadas? Se bem que hoje você nem tá se esforçando pra disfarçar...
Carol se aproximou de Fernanda, sentiu um aroma diferente nos cabelos molhados da amiga.
-- Trocou de shampoo também? Nanda, desembucha!
-- Coé Carol? Você tá querendo mudar de função, virou investigadora agora que até faro desenvolveu?
-- Nanda...
O olhar de Carol, com aquele arqueado de sobrancelha era conhecido, Fernanda sabia que não escaparia da inquisição da amiga, uma hora teria que bater com a língua nos dentes, e Carol era digna de sua confiança, e era a única que já conhecia e elo que se desenvolvia entre ela e Letícia.
-- Aê, sem zuação tá? Sem mi mi mi, só escuta!
Fernanda se acomodou na poltrona à frente de Carol, que já sorria vitoriosa.
-- Eu e a Letícia, estamos ficando...
-- Tá, agora a novidade...
-- Han?
-- Nandaaaa, isso eu saquei, quero detalhes!
Fernanda foi narrando timidamente, sem citar os detalhes sórdidos como Carol definia. Sua postura ao menos no que dizia respeito às suas intimidades com as mulheres que saía era de discrição, deixava escapar um adjetivo, um suspiro, e naquela circunstância, um elemento novo era acrescido naquela narrativa: carinho e brilho no olhar. Obviamente isso não passou despercebido por Carol, que esperou a amiga encerrar a narrativa do romântico café da manhã com a paisagem que o morro de Santa Tereza proporcionou para perguntar:
-- Impressão minha ou você está ligeiramente apaixonada Nanda?
-- Han?
-- Você me ouviu. Desde que você esbarrou na doutora poderosa naquele coquetel, toda aquela implicância, tinha uma razão, pelo desenlace dos fatos, isso está meio óbvio.
-- Sem exagero tá Carol?
-- Tá, só me responde uma coisa.
-- Lá vem...
-- O que você está pensando em fazer nesse momento?
Nanda revirou os olhos. Respondeu com cara de menina travessa:
-- To pensando no nosso próximo encontro.
Carol gargalhou.
-- Você se comporte, não deixe ela saber que você sabe, não conversamos sobre isso...
-- Eu é que tenho que te dar um conselho: cuidado, você é transparente demais, e trabalhando no mesmo lugar, você sabe que as coisas podem se complicar, você conhece esse mundo de amores entre mulheres, ela não, ela é diferente, como você mesma descreveu.
Fernanda acenou em acordo, saiu da sala da escrivã e foi ao encontro dos peritos de informática, a fim de se inteirar das descobertas sobre a origem das chamadas efetuadas pelos números fornecidos, sendo estes números associados ao suposto assassino das mulheres.
-- Digam-me alguma notícia boa pessoal dos computadores!
Fernanda chegou fazendo graça com os peritos, que já estavam acostumados com o jeito despachado da policial.
-- Agente Garcia, nós temos sim o local de origem das chamadas.
O rapaz com a típica aparência de gênio da informática apontou para uma imensa tela de LED, com um mapa da cidade, na imagem, alguns pontos vermelhos foram indicados pelo rapaz.
-- Mas, como você pode notar, são bairros diferentes e com uma distância relativa. No entanto, temos chamadas que correspondem aos locais onde os corpos foram encontrados, assim como onde a venda das drogas foram feitas, o que nos leva a reforçar nossa hipótese que estamos na pista certa.
-- Ok ow Steven Jobs, tudo que temos até agora é só a confirmação que estamos na pista certa? – Fernanda disse decepcionada.
-- Calma agente Garcia, isso dá trabalho... E meu nome é Cláudio.
-- Desculpa Cláudio, é que o tempo está correndo, esse louco pode nas próximas horas assassinar outra inocente, e precisamos impedir!
-- Nós sabemos disso agente Garcia, e continuamos trabalhando. – Outra moça se apresentou – Oi, sou Alice, tenho outra informação para adiantar.
-- Oi Alice, me diz, que é uma coisinha mais concreta, por favor... – Fernanda juntou as mãos como quem reza.
Alice ajeitou os óculos de grau, sorriu e respondeu:
-- Estamos monitorando as chamadas do número fornecido pelo senhor Raimundo, o último traficante preso, é um ponto novo, mas, todas são do mesmo bairro, aqui está uma lista das ruas que o GPS identificou as ligações.
Fernanda pegou ávida o papel entregue por Alice e comemorou dando um murro no ar.
-- Isso garota! Isso sim!
Numa atitude intempestiva, Fernanda deu um beijo na bochecha de Alice e disse:
-- Muito obrigada Alice! Vamos varrer essa área aqui, vamos achar o Capitão Gancho, Wendy, Peter Pan, até o crocodilo!
Alice se surpreendeu com o gesto da policial, mas apenas sorriu, nada disse, enquanto Cláudio interviu:
-- Ei, ela só conseguiu isso, graças a meu trabalho viu?
-- Que é que foi nerd, quer um beijo também?
O rapaz abriu os braços, como se esperasse o beijo como recompensa. Fernanda se aproximou, mas não beijou a bochecha do rapaz, deu duas tapinhas no ombro de Cláudio e disse:
-- Continue trabalhando pra merecer isso.
Fernanda saiu animada da sala em meio a risos dos peritos que assistiam a cena, quando avistou pelo vidro, Letícia parada no corredor de braços cruzados, ao que parecia, testemunhou a cena toda.
-- Letícia, oi, é, olha...
Fernanda parecia intimidada com o olhar e a postura da ruiva. Não sabia o que dizer direito. Letícia descruzou os braços, e deu as costas em direção ao elevador.
-- Letícia? – Fernanda chamou baixo seguindo a legista.
-- Bom dia pra você também Agente Garcia.
O cumprimento seco da médica incomodou Fernanda, que não hesitou e entrou no elevador junto com Letícia. Não estavam a sós no elevador, a ruiva cumprimentou educadamente os demais funcionários naquele cubículo, enquanto Fernanda só meneou a cabeça, observando os gestos da médica.
No andar da perícia médica, Letícia deixou o elevador, e foi seguida por Fernanda. A morena disfarçou antes de entrar no escritório da legista, nem bateu à porta, sabendo que estava sendo seguida, Letícia deixou a porta aberta, e recebeu a policial com uma pergunta sarcástica:
-- Você começa cedo assim a distribuir beijos pela delegacia?
Fernanda enfiou as mãos no bolso da frente da calça depois de jogar os papéis que segurava em uma poltrona e segurou o riso para responder:
-- Geralmente começo depois do almoço, mas como já comecei a distribuir beijo assim que me acordei... resolvi quebrar o protocolo hoje.
Letícia apertou os olhos, animosa ao tom jocoso da policial.
-- Ah Lê... Você tá com ciúmes? Sério?
A ruiva pareceu se derreter com aquele novo apelido que saía da boca da policial. Relaxou os ombros, baixou o rosto encarando os sapatos de verniz, mexendo um dos pés, tímida. Não percebeu a aproximação de Fernanda que disse mais perto do seu ouvido:
-- Tá com ciúmes de mim doutora?
Ainda de olhos baixos, Letícia respondeu:
-- Não, não, não é ciúme, só acho que não é uma postura correta para alguém do seu cargo...
Atrapalhada com as palavras, Letícia se calou, quando Fernanda levantou sua cabeça segurando o queixo da ruiva, até os olhos se encontrarem:
-- Tá com ciúme ou só quer beijo também?
Letícia sorriu com o canto dos lábios, relutando em dar o braço a torcer, mas, a proximidade do corpo da policial a desestabilizava.
-- Aquele beijo xoxo? Não...
-- Ah! Agora meu beijo é xoxo? Abusou de mim a noite toda, e agora me desdenha é doutora?
Letícia sorriu mais relaxada, ainda encostada na sua mesa, se apoiando com as duas mãos para trás.
-- Abusei de você é?
-- Hurrum – Fernanda disse se aproximando da boca da médica – Um absurdo, abusou, me usou a seu bel prazer...
Letícia agora sentia o corpo estremecer, relembrando a noite de paixão que tiveram juntas, mordeu o lábio inferior e disse:
-- Acho que não abusei o suficiente.
Fernanda sorriu e retrucou:
-- Vem então, use e abuse...
A morena segurou o rosto de Letícia entre as mãos e a beijou apaixonadamente. Encostaram as testas depois de saborear aquele beijo, roçando a ponta do nariz, arrancando mais alguns selinhos, antes de se afastarem.
-- Adorei o jeito que você me chamou: Lê. Ninguém me chamou assim antes.
-- Acostume-se então...
-- O nosso jantar de hoje está de pé?
-- Ué, que jantar?
-- O nosso encontro Fernanda, que você me convidou ontem, não se lembra?
-- Ah não! Já era, já consegui o que queria, te levei pra cama, pra que jantar?
Letícia bateu no braço de Fernanda indignada.
-- Au! Mão pesada heim!
-- Então é assim? Você só queria me levar pra cama é?
-- Ahan, mas na verdade, foi você que me levou, nem tive tanto trabalho...
Outra tapa foi deferida por Letícia.
-- Ei! Exijo exame de corpo de delito, vou te processar por agressão!
Letícia cruzou os braços e voltou a perguntar:
-- Então, aquele convite era pura fachada agente Garcia? Só pra me seduzir? É assim que você age? A próxima é aquela menininha da informática?
-- Sabe que você fica uma gracinha enciumada?
Dessa vez Fernanda se protegeu de uma nova tapa, segurando a mão da médica, beijando-a suavemente, arrancando arrepios da ruiva.
-- Pego você as oito e só pra você saber: não é assim que eu ajo.
Fernanda beijou outra vez a mão de Letícia e caminhou em direção à porta se despedindo:
-- Tenho muito trabalho hoje, nos vemos mais tarde. – Pegou os papéis na poltrona.
-- Ei, Fernanda! – Leticia disse antes que a policial deixasse a sala.
-- Oi...
-- Pode parar a distribuição de beijos por aqui mesmo viu?
-- Para de ser boba, só tem uma nerd que quero beijar nessa delegacia...
Fernanda deu uma piscadela com o olho e saiu jogando charme, deixando Letícia com um sorriso bobo nos lábios.
Fim do capítulo
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