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Beautiful and Dangeours por contosdamel

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Palavras: 3376
Acessos: 2796   |  Postado em: 29/05/2018

EPISÓDIO 11: Remember


 

                Dulce chegou ao flat de Gisele no final da tarde, visivelmente desanimada. Encontrou a amiga concentrada encarando a tela do seu notebook. A escritora mal percebeu a chegada de Dulce, até a jornalista dizer com ares de quem flagrava algo escuso:

 

-- Ahá! Peguei você! Revendo fotos do passado! Espera aí... Onde você e a Nanda tiraram essa foto? Não me lembro desse lugar... Hum, mas que fofas juntas...

 

-- Ai que susto Dulce!

 

                Nesse momento, Dulce pouco se importou com as regras da boa educação, começou a clicar nas fotos, passando-as na tela, fazendo caras e bocas, depois prosseguiu nas insinuações:

 

-- Que casal lindo! Como eu não saquei vocês? Por que eu não dei um flagrante?!

 

-- Para de falar bobagem garota! – Gisele tentou disfarçar, fechando o laptop.

 

-- Ok Dona Gisele Frazão, ou Catherine Morgan, chega de enrolação. Quero saber tudo agora em detalhes! Que você no presente está caidinha pela Fernanda isso eu já sei, mas do passado de vocês duas estou voando legal, então comece a soltar essa língua aí!

 

                Gisele suspirou. Revirou os olhos, enquanto Dulce se acomodava na cama da amiga, demonstrando sua disposição de não abrir mão de escutar o relato da escritora.

 

-- Ok, Dulce, eu conto, desde que você me prometa uma coisa.

 

-- Até parece que você está podendo impor condições, mas, como sou generosa, manda.

 

-- Não diga, não deixe a Fernanda perceber que você sabe, é pedir muito você ser discreta?

 

-- Do que você está me acusando? De ser indiscreta? De não saber guardar um segredo? Ah, mas que ofensa Gisele!

 

                Gisele sorriu ironicamente em resposta.

 

-- Vou relevar esse insulto, e pode deixar, que a agente Garcia não saberá das informações que tenho sobre vocês...

 

-- Você não ouse usar isso em barganhas com ela viu, isso é sério! Você não perde só o teto, perde também a amiga!

 

-- Calma Gi... Eu não seria tão filha da mãe assim, poxa vocês são minhas melhores amigas.

 

                Dulce retrucou com tom magoado.

 

-- Acho bom você lembrar sempre disso primeiro. – Gisele emendou irredutível na sua exigência.

 

-- Chega de enrolação, vamos lá, me conte tudinho!

 

-- Tá... – Gisele se sentou na cama. – Eu a Nanda, bem, a gente começou a ficar mais próximas, na época que meus pais viajaram e eu não podia acompanha-los, estava no meio das provas finais, e fiquei na casa da Nanda uns dias.

 

-- É, eu me lembro disso, fiquei até enciumada porque vocês não se desgrudavam!

 

-- Aqueles dias, dormindo no mesmo quarto, ficamos mais íntimas, eu estava meio que paquerando o Vinicius, lembra?

 

-- Claro! Lindo ele, tão loirinho...

 

-- Então, a Fernanda começou a colocar defeitos nele, implicava quando ele ligava pra casa dela pra falar comigo, até aí, tudo bem, a Nanda sempre implicou com todos os garotos mesmo. Mas, certo dia, combinei de sair com ele, íamos ao cinema.

 

-- Iam? E não foram?

 

-- Fomos, rolou uns beijinhos, coisa inocente, mas lógico cheguei em casa empolgada, contando tudo a Nanda, que ficou de bico, não abriu a boca pra nada, só pra desejar boa noite e virar pro lado, sem me dar trela.

 

-- Ela devia estar se roendo de ciúme, tadinha, mas, com amigas isso é normal.

 

-- Foi o que pensei também. Mas, não imagina minha surpresa, quando no dia seguinte, a Fernanda estava toda derretida pra um primo dela, a mãe fez um almoço para comemorar o aniversário do pai da Nanda, e a família estava toda lá, inclusive esse primo.

 

-- Nossa! Como era mesmo o nome dele? Muito gato!

 

-- Ruan.

 

-- Ah sim! Ai morenaço, ele era mais velho que nós, era doida naquela boca carnuda dele...

 

                Gisele fez cara de poucos amigos relembrando os adjetivos de Ruan.

 

-- O fato foi que... Esse derretimento todo da Nanda, foi praticamente uma vingança, por que foi a minha vez de me roer de ciúmes, não abri um sorriso, coisa que você sabe, é rara!

 

-- A Fernanda deve ter vibrado com isso né?

 

-- A Fernanda fingiu que eu nem existia! Isso me deixou ainda mais possessa de raiva. Eu os vi se beijando por acaso, fiquei transtornada e sem entender o porquê. Naquela noite, antes de dormirmos, não resisti, pressionei a Fernanda para que ela me contasse o que tinha acontecido entre ela e o primo.

 

-- E ela?

 

-- Sorriu vitoriosa, com aquele jeito dela dizer “estava esperando por isso”.

 

                Dulce riu, acenando em acordo. Foi a vez de um filme repassar na cabeça de Gisele, como se ela pudesse vê-lo ali na sua frente, seu diálogo, seu embate com Fernanda:

 

“—Fala Fernanda! Eu te contei sobre meu encontro com o Vinicius, você vai me esconder o que houve entre você e seu primo?

 

-- Você falou por que quis, não perguntei nada.

 

-- Nanda! Eu vi vocês dois se beijando no jardim! Você sempre me disse que achava seu primo um idiota bobão, que devia babar muito quando beija, e você passou o dia se derretendo pra ele, até beijou o cara!

 

-- Ah, não preciso contar nada então, você viu tudo.

 

-- O que foi que mudou? Por que você agiu assim com ele?

 

-- Ah Gisele, foi só um beijinho, mas, descobri que ele não baba, pronto, isso você não sabia!

 

                Nessa hora, minha fúria fez meu rosto mudar de cor, me deitei na cama que ficava ao lado, e me cobri, dando as costas a Nanda. – Gisele prosseguiu relatando. – Então, senti a Nanda sentar-se ao meu lado.”

“-- Gi?

 

-- Que é?

 

-- Olha pra mim.

 

                Eu me virei, e quando encontrei os olhos de Fernanda sobre mim, eu sabia que tinha algo diferente entre nós, eu me sentei na cama, cruzei os braços ainda emburrada, mas, a Nanda os descruzou e disse:

 

-- A gente vai ficar brigada por causa de um garoto? Vem cá, me dá um abraço vai.

 

                Eu estava morrendo de medo de abraça-la, porque meu coração estava disparado, sentia algo diferente no meu corpo, mas, cedi. Abracei e me deixei ser abraçada, e percebi que não era só o meu coração que estava acelerado, o dela também estava.”

 

                Foi a vez de Dulce interromper ansiosa o relato da amiga:

 

-- E aí?!

 

-- E aí, que quando nos separamos naquele abraço, os lábios tocaram o rosto uma da outra, até as bocas... E pronto, você pode deduzir não é?

 

-- Caraca! E foi bom? Como é o beijo dela?

 

-- Ah Dulce... É difícil traduzir em palavras, se você quer saber se foi bom, eu te digo, que foi o mais perfeito da minha vida até hoje. Detalhes, eu não sei verbalizar, mas mudou tudo em minha vida. A gente não conseguia se desgrudar, nem parar de nos beijarmos a cada oportunidade, você tinha razão em dizer que estávamos te excluindo, a gente queria ficar sozinhas o máximo que podíamos.

 

-- E eu, excluída, sendo enganada por vocês!

 

-- Dulce, era tudo tão forte, tão intenso, tão lindo! Fazíamos tudo juntas, o nosso corpo foi sendo despertado pelos desejos que a gente nem sabia que existia... Acabou que estávamos namorando e nem percebemos a dimensão e as consequências disso. Enquanto eu estava na casa da Nanda, foi tudo maravilhoso, meus pais voltaram, chegaram as férias, fomos para aquele acampamento, lembra?

 

-- Claro! A Nanda desafiou o Balofo, afirmando que comia mais cachorro quente que ele, e depois passou mal...

 

-- Então, naquele acampamento, tivemos nossa “primeira noite”. E tudo ficou mais forte, fazíamos planos pro nosso futuro juntas, mas...

 

-- Mas?

 

-- Quanto mais o tempo ia passando, mais as dificuldades se apresentavam, provavelmente você não lembra, mas, houve um período no Nossa Senhora das Graças, que as freiras nas aulas, começaram a falar sobre o pecado do homossexualismo, o quanto era repudiável, que quem praticasse iria pro inferno, que seria uma vergonha para as famílias...

 

-- Ah, mas eram freiras Gisele, o que vocês esperavam? Isso era dificuldade para vocês?

 

-- Eu era uma menina, descobrindo o amor e a sexualidade Dulce, e muito cobrada pelos pais, claro que era dificuldade para mim, mas, o pior foi que essas pregações das freiras, foram desencadeadas porque elas encontraram bilhetes nossos, meus e da Nanda, não tinha identificação de nomes, mas, era claro que se tratava de um relacionamento de meninas.

 

-- Que babado! Como elas acharam esses bilhetes?

 

-- Um vacilo nosso, uma ideia romântica que tive de juntar nossa história, e guardamos tudo em um envelope, acabei esquecendo em uma prateleira da biblioteca... Depois disso, eu ficava tensa com tudo, coincidiu com a festa dos meus 15 anos, meus pais fizeram aquela grande festa para me apresentar à sociedade carioca... Arranjaram um “príncipe” pra mim, as coisas foram começando a se complicar.

 

-- Como a Fernanda ficou com tudo isso?

 

-- A Nanda sempre foi forte, determinada. Ela sempre reafirmava o quanto me amava, e que enfrentaríamos tudo, mas, foi se magoando, se cansando das vezes que recuei, desmarcava encontros nossos para sair com os meus pais e os pais de garotos que seriam pretendentes, minha mãe se dizia preocupada comigo, e esses encontros passaram a ser frequentes, tudo para me tirar de casa, conhecer pessoas...

 

-- Sua mãe devia estar farejando algo, mãe sempre sabe de tudo...

 

-- Eu temia isso, mas, a Nanda não aceitava, começou a cobrar uma mudança de atitude minha, nos víamos cada vez menos, e quando isso acontecia, brigávamos por ciúmes, por idiotices... Estávamos nos distanciando. Aí aquela tragédia aconteceu...

 

-- O incêndio, a morte da...

 

-- É, todo aquele trauma, não consegui voltar para aquela escola, e aquele drama, nos aproximou de novo, meus pais facilitaram, sabia que eu precisava estar perto das minhas amigas, a psicóloga orientou que eles estimulassem isso, lembra que começamos a sair de novo juntas? Viajar?

 

-- É, eu me lembro.

 

-- Eu e a Fernanda, voltávamos a nos entender, íamos para outra escola, decidimos até fazer vestibular para outras cidades, para que morássemos juntas, enfim, a gente tinha tudo planejado.

 

-- O que aconteceu Gi? O que mudou?

 

-- Mudou que meus pais decidiram se mudar do país, e eu, decidi ir com eles.

 

-- Mas Gi, e a Nanda? Vocês não tinham planos?

 

-- Tínhamos, mas, era meu futuro, tinha muita coisa em jogo, e eu não tinha certeza, se queria enfrentar o mundo pra ficar com a Nanda, morarmos juntas, assumir uma relação um dia, ficar longe da minha família... Meus pais não aceitariam, e eu ia ter grandes oportunidades fora do país, estudei em uma das melhores universidades do mundo, olha a carreira que construí Dulce...

 

-- Gisele, mas, você não amava a Fernanda? Você simplesmente esqueceu tudo e foi embora?

 

-- Claro que não Dulce! Eu sofri com essa decisão, foi muito duro para mim, tentei manter contato com a Nanda, pensei que acharíamos um meio termo...

 

-- Você em outro continente? Que meio termo Gisele? Você propôs namoro à distância?

 

-- Qual o mal nisso? Se fosse amor de verdade, resistiríamos...

 

-- Desculpa minha amiga, mas você foi uma filha da mãe com a Fernanda, isso sim. Se eu soubesse disso na época, teria te dito isso. No lugar da Fernanda, eu não ia querer mais nem olhar na sua cara, que dirá namorar a distância.

 

                Gisele tentou uma réplica, mas se viu sem argumentos. No fundo, concordava com a Dulce, apesar de sua carreira de sucesso, graças as oportunidades que teve nos Estados Unidos, a grande verdade na história do seu primeiro amor, era uma só: ela a deixou para trás.

********************

 

                Operação montada, policiais em vigilância, aguardando a trans*ção entre o suspeito e o traficante de ketamina. Mais uma vez os planos foram frustrados, Fernanda e seus companheiros de equipe prenderam o traficante em flagrante e o comprador, mas esse último não tinha as características do “Capitão Gancho”.

                No interrogatório, o traficante foi mais acessível que Ernesto dos Anjos na ocasião da prisão. Raimundo dos Santos estava apavorado, não hesitou em dar nomes de comparsas, e de compradores de ketamina e outras drogas.

 

-- Senhor Raimundo, estamos interessados especificamente em um possível comprador, o senhor reconhece esse homem?

 

                Fernanda mostrou a foto capturada do vídeo da clinica que Ernesto trabalhava.

 

-- Não dá pra ver o rosto direito nessa foto. – Raimundo respondeu apertando os olhos para a imagem.

 

-- Preste muita atenção, ele tem uma deficiência, uma das mãos, é torta, dedos atrofiados. – Beto completou.

 

-- Ah! Atendi um cara assim, mas já tem uns dias.

 

-- Quantos dias senhor Raimundo? – Fernanda retrucou sobressaltada.

 

-- Dois, três dias, não tenho certeza.

 

-- Precisamos do contato dele, como ele chegou até o senhor, onde se encontraram?

 

-- Deve ter no meu celular, mas não salvo números, ele nem me deu nome.

 

                Com essas informações os policiais entregaram o aparelho a perícia, a fim de identificar as chamadas recebidas nos últimos dias, e a localização das ligações, fazendo uma triangulação com os dados dos outros números fornecidos por Ernesto.

 

                A polícia agora tinha menos tempo para impedir o terceiro assassinato. Fernanda colheu mais algumas informações sobre quantidades da droga vendida por Raimundo, e agora, restava aos peritos dar os subsídios para os policiais seguirem a investigação.

               

                Cansada, e experimentando preocupação e frustração, Fernanda, se dirigia para sua casa, quando, lembrou-se de Letícia, e do encontro delas de mais cedo. Riu sozinha, segurando o volante, ao rememorar a expressão da ruiva, nos seus braços, quando ela disse: “Agora não”. Se houvesse uma aposta no que a médica sentiu naquele momento, Fernanda apostaria em revolta, era isso que os olhos da legista traduziam.

 

                Ligou a seta à esquerda e mudou seu trajeto, indo para Santa Tereza. Era quase madrugada, quando Fernanda tocou a campainha da casa de Letícia. Pelo interfone a ruiva atendeu com voz de sono:

 

-- Quem é?

 

-- Sou eu, Fernanda.

 

                Letícia até hesitou em abrir a porta, pensou por quase um minuto antes de apertar o botão que abria o portão externo da casa. Com pressa, Fernanda subiu às escadas, à porta, Letícia nervosa ainda se perguntava como agiria diante da policial, coberta por um hobie de seda, a ruiva abriu a porta devagar, num ritmo bem diferente do que Fernanda lhe tomou dizendo:

 

-- Agora sim!

 

                Fernanda não deu espaço para recusas ou questionamentos. Sabia que podia ser castigada por Letícia pelo seu comportamento de outrora. Por isso, depois de falar, avançou na boca da médica, tirando seu fôlego com um beijo voraz, absolutamente necessário.

 

                O beijo era faminto, assim como as mãos de Fernanda, afoitas, sedentas pela pele alva  de Letícia que foi exposta quando a morena soltou o laço que prendia aquele hobie, acariciou o colo ruborizado com o dorso de uma mão, enquanto a outra apertava-lhe a cintura, suspendendo a camisola de seda ao mesmo tempo.

                A médica mesmo que racionalmente tentasse oferecer alguma resistência, seu corpo não permitia que o cérebro dominasse a situação, rendeu-se ao desejo, sua pele não só queria estar colada a de Letícia, mas precisava, carecia como algo vital, assim como língua tinha sede dos lábios de Fernanda, assim, sugou-os como fruta apetitosa, e imponderada, foi se desfazendo do casaco da policial enquanto a jogava no sofá da sala.

 

                Fernanda se surpreendeu, mas gostou da atitude de Letícia, encheu-se ainda mais de desejo, sorriu maliciosa para a legista que deixou seu corpo cair sobre o de Fernanda fitando o olhar da outra sem pestanejar, deixando evidente sua intenção. A policial acolheu o corpo de Leticia sobre o dela, e se deixou ser beijada, lentamente, enquanto se excitava vendo sob o fino tecido que cobria a ruiva, os mamilos túrgidos.

 

                Letícia ditou o ritmo do beijo, enquanto Fernanda orquestrava a coreografia das mãos, gemidos escapavam, a respiração acelerada e forte de ambas era crescente, assim como a umidade se apoderava dos seus sex*s.

 

-- Fernanda... Para...

 

-- Parar o que? Por que?

 

-- Para...

 

                Letícia disse se desvencilhando, contendo sua excitação, andando de um lado pra outro na sala. Fernanda tentou se recompor, se sentou no sofá, e observou Letícia nervosa nos seus passos.

 

-- Letícia, dá pra você parar de sapatear e me explicar o que está acontecendo?

 

-- Não, não dá pra eu explicar Fernanda, por que simplesmente não sei o que está acontecendo! – Letícia disse com as mãos na cintura, encarando a morena.

 

                Fernanda parecia enfim entender o quão confusa Letícia estava, e por se deu razão por não querer mais ser a primeira mulher na vida de outra, esse tipo de confusão, angústia, dúvida, era desgastante. Sem saber de onde vinha tamanha complacência, Fernanda sorriu e se levantou e deu dois passos em direção a Letícia que recuou institivamente.

 

-- Calma, eu não vou te atacar, só quero que você pare de gastar o piso da sua sala e se sente,  acalme-se um pouco.

 

-- Não consigo perto de você. Fique exatamente aí onde você está, é uma distância segura.

 

                Fernanda não resistiu, riu, mas assentiu o pedido da médica. Leticia sentou-se no que ela definiu zona segura, respirou fundo e disse:

 

-- Fernanda eu não sei o que está acontecendo comigo, aliás, conosco... Eu nunca estive assim com uma mulher, nunca senti nada parecido, eu nem ao menos conhecia essas sensações, isso é irracional, é insano! Eu sou comedida em todas as minhas atitudes, calculo todas as minhas ações e me descontrolo perto de você, estou assustada... – Letícia despejou.

 

-- Ei! Calma. Está tudo muito rápido para você não é?

 

                Leticia baixou os olhos e acenou em acordo.

 

-- Eu te quero Letícia, muito, você pode não acreditar, mas eu também estou assustada, por que não sinto algo tão forte por alguém, há muito tempo. Apesar de entender o que está acontecendo conosco, eu vou respeitar seu tempo para assimilar tudo, mas, você vai precisar ser menos racional, calcular menos e só sentir e se entregar.

 

                Dessa vez Fernanda estendeu as mãos para Letícia, na distância que estavam, o máximo que a morena podia fazer era segurar as mãos da médica, e o fez.

 

-- Se está muito rápido para você, vamos com calma. Que tal sairmos juntas amanhã? Um jantar onde você quiser, eu paro de implicar com seu jeito nerd, e prometo me comportar como mocinha educada, vamos conversar, tudo dentro dos seus cálculos...

 

                Letícia não conteve o riso, derreteu-se.

 

-- Um encontro? Um encontro tradicional? – A ruiva perguntou.

 

-- É, como chamam nos “estates”. Um encontro, o que acha?

 

-- Acho que seria interessante.

 

                Fernanda piscou o olho para Letícia, beijou suas mãos e se despediu:

 

-- Então, amanhã te pego as oito da noite, você escolhe o lugar. Boa noite Letícia.

 

                A policial pegou seu casaco jogado no chão, e caminhou em direção à porta, respeitando a tal zona de segurança da ruiva. Antes que Fernanda chegasse a saída, Letícia se levantou e segurou a morena pela cintura, abraçando-a por trás.

 

-- Você prometeu que ficaria por perto, não quero que você vá embora agora...

 

                Fernanda jogou sua cabeça para trás, expondo seu pescoço à boca de Leticia que sussurrou:

 

-- Eu também te quero, e agora, sem calcular a velocidade disso...

 

 

 

 

 

               

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 11 - EPISÓDIO 11: Remember:
patty-321
patty-321

Em: 01/06/2018

Linda cena. Mel vc é mestra..parece q estou nessa sala. Show. Bjs

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