Capítulo 3
Quanto mais descobria sobre a Nina mais inquieta ficava, a cada curtida e compartilhamento. Acessei suas fotos a metade era dela ao lado de uma moça chamada Emanuelle, entre diversas fotos havia uma foto em especial, uma correntinha com uma aliança, deixei o tablete de lado e fucei novamente sua mochila.
-A onde está, achei.
O ergui olhando nitidamente pra ver se achava alguma pista mais nada, casada ela não era.
Suspirei aquilo era um alivio, fechei os olhos balançando a cabeça colocando tudo dentro da mochila novamente, me preparando pra deixar o cassarão. Ao sair encontrei os dois meliantes fumando me ofereceram, mas neguei partindo por sorte estavam tão altos que nem notaram a mochila em meus ombros.
-Gatinha demorou!
-Estava ocupada, Jhon.
-Ocupada com aquela gente ? Vou te dar um motivo maior pra se preocupar.
John e eu nos conhecemos numa corrida de racha, não estava num período bom da minha vida, mas nossa química foi inevitável tudo contribuía para o mal, vê-lo pilotando aquelas maquinas no início me causou um medo, medo da polícia chegar e principalmente de vê-lo se machucar, com o tempo as coisas foram fluindo nossas trocas de olhares e sinais foi a cereja do bolo. Ele me passa tanta segurança que as vezes esqueço que meu irmão está atrás de mim, sentia seu hálito de álcool enquanto descia os lábios pra beijar e provavelmente marcar meu pescoço.
-Ai John chega!
O afastei pra sua indignação estava excitado, mas aquele cheiro de álcool saia de todos os seus poros.
-Qual o problema gata, está naqueles dias ?
Seus braços me envolviam em um abraço por trás sentindo sua ereç*o em minha bunda.
-Não vim aqui pra isso! Fala sério não pode esperar chegar a noite pra beber.
Olhei pro seu quarto várias garrafas de cerveja espalhadas, e uma quantidade de saquinhos de cocaína em cima da mesa.
-Se avisasse que vinha tinha dado um jeito na casa.
Me sentei na cama, enquanto ele guardava os saquinhos dizendo que hoje sim lucraria bastante.
-O Caio deixou minha parte ?
Ele sorriu, tirando do bolso um saquinho e me entregando.
-Não acredito que deixou ele na mão.
John falava enquanto arrumava a mochila, contei o dinheiro 500 reais, não era muito mais dava pra pagar o aluguel da casa a onde estou.
-Sabe que quero largar essa vida, não basta o dinheiro vim fácil as consequências são altas.
-Eu vou pagar sua dívida, assim não terá que se esconder mais do seu irmão.
Sentia seu toque em meu rosto apesar de ser bruto e beberam as vezes, John cuidava de mim com tanto que não fizesse merd*.
-Vai me ver hoje a noite ?
Falava enquanto colocava a mochila no lugar.
-Talvez, não quero me arriscar.
-Sei, vai ficar com os paz e amor daquela casa.
Ele enchia o copo enquanto falava mal de todos da casa, inclusive da Nina.
-Aquela cozinheira hein, pensei que estava de rolo com o Marcelo, quem diria ficar com uma doente mental.
-A Nina não é doente mental!
Gritei as palavras me pondo de pé o encarando, John não entendia meu comportamento, mas muito menos eu.
-Calma gata, foi só um comentário, que revolta é essa.
-Comentário maldoso, sabe que a lei protege pessoas como ela... só não quero que fale assim na frente dos outros.
-Relaxa, agora vem cá.
O beijei e logo me afastei alegando que não poderia ficar, deixei sua casa logo em seguida indo pra casa.
Durante o caminho minha cabeça estava cheia de coisas, poderia pagar minha dívida a entregando, mas isso seria muito arriscado e se machucassem ela, é se saísse tudo errado.
-Posso entrar ?
-Há sim entra querida, algum problema ?
-Só preciso de um conselho.
-Silvana querida do que adianta eu lhe aconselhar se não me escuta.
-Eu sei Marcele, só que desta vez e diferente, bem diferente.
-Tudo bem, sente aqui, e me conte o que tanto te aflige.
Silvana se sentou em minha cama, estava nervosa desta vez se ela não me escutasse o bicho ia pegar.
-Me fale.
-Beijei a Nina!
-A meu Deus!
Sempre estou preparada pra tudo nessa vida, mas escutar aquela revelação me desandou.
-E o que mais.
Ela estava frágil e se sentindo mal, pois o namorado da Bebel a insultou, veio pra casa meu coração doeu quando a vi daquela maneira, não pensei apenas agi.... até que fomos interrompidas, pela Bebel.
-Escute querida, pense bem no que está fazendo. A última coisa que quero e ver aquela menina mal.
-Não quero fazer mal pra Nina, só que aquele beijo mudou tudo dentro de mim, o que que eu faço ?
-Primeiro tem que saber o que realmente sente por ela, se não é uma fase sua ou se realmente essa descoberta terá valido apena.
-Entendo, e estranho ficar assim por uma mulher, que bom que foi com ela.
-Conversou com ela sobre isso ?
-Não, ainda não, não quero bagunçar a cabeça dela ainda.
-Isso é bom.
Ao entrar na casa escondi o tablete e fui indo direto pro quarto, ao entrar encontrei a porta do banheiro aberta e meus olhos se encontraram com os dela ainda pondo a blusa.
-Eu... tenho uma notícia boa pra você.
Caminhou lentamente até onde estava me perguntando o que era, estendi a mochila pra ela ao ver seus olhos brilharam.
-Minha ....Mochila! Como....consegui....de...volta.
-Conheço umas pessoas que... que conhece a área.
Era incrível como conseguia ficar sem ar diante da sua presença, ainda mais assim estando tão perto.
Ela remexia na mochila estava procurando pelo tablete, mas a decepção foi logo vista naqueles verdes.
-Algum problema ?
-Não, eh... obrigada.
Ela se aproximou quebrando a única distancia que existia entre nós, me abraçando gostosamente sua cabeça encaixava perfeitamente no meu ombro.
Aspirei o perfume pós banho do seu pescoço, sorrindo em seguida, mas nosso contato foi logo quebrado com batidas na porta.
-Entra.
A porta foi aberta era Silvana olhando pra nós seria, era incrível como essa mulher conseguia estragar tudo.
-Está tudo bem ?
-Acho que essa claridade cegou os seus olhos, está vendo a Nina machucada!
-Escuta aqui Bebel não lhe perguntei nada.
-Como disse ?
Ficamos nos encarando uma de frente pra outra.
-Você ouviu muito bem.
-Meninas.
Ouvimos a voz baixa da Nina se aproximando de nós, me afastei entrando no banheiro em seguida.
-Essa Bebel é uma roubada Nina.
-Pode...ser.. Olha.
Ergui a mochila falando que ela tinha conseguido de volta isso era bom, pois ia ter minhas roupas de volta.
-Fico feliz por você, mas só vim aqui pra saber se ainda está de pé o lance com os salgadinhos.
-Sim...quero ajudar.
-Ótimo, então vamos.
Escutei a porta sendo fechada, encostei minha cabeça na porta, sorria feito uma boba.
Aproveitei pra lavar o cabelo, ao pegar a toalha algo a mais caiu no chão, ao pegar era a blusa dela.
A ergui olhando cada detalhe a aproximei sentindo seu cheirinho de rosas, sorrindo mais ainda.
-Essa semana vamos ter outro evento.
-A barraquinha... e simples.
-Há isso é verdade, está pensando em algo ?
-Sim.
Sorri.
-Maravilha, olha enquanto você bola alguma coisa lhe faço uma vitamina, gosta de banana com morango ?
-Adoro.
-Faço e levo pra você no quarto.
Me beijou o topo da cabeça se preparando pra fazer a vitamina, aproveitei que a casa estava quase vazia e fui acessar o computador.
Depois do banho aproveitei pra assistir televisão, ao descer encontrei com a Nina na sala mechendo no computador, aproveitei que a Silvana estava ocupada e me aproximei.
-Quer ajuda.
Meu sorriso desapareceu quando a vi aeria.
-Nina...Nina... Nina!
Seu rosto virou me fitando aqueles olhos verdes me amostrava muito mais do que gostaria de ver.
-Nina.
-Sim.
Suspirei aliviada.
-Você bugou.
Ela sorriu lindamente pra mim, como ela conseguia me transmitir tanta paz, como se pudesse apagar tudo de errado que fiz nessa vida.
-Quer ajuda.
-Aceito.
Aproveitei pra ver o que tanto procurava, estávamos focadas em cada imagem até que achamos a ideal.
-Essa!
Tocamos o mouse ao mesmo estante, minha mão estava pousada sobre a sua seus olhos encontraram os meus.
-Parece que ambas temos a mesma presa.
Seus lábios estavam entreabertos e aquele cheiro me invadindo, isso era maldade comigo, estava ao ponto de beija-la quem chegasse naquela hora mandaria se fuder.
Escutei o click do mouse e a foto sendo salva, e seu impulso de se manter afastada ao máximo de mim.
Então ela se levantou me afastei dando espaço, queria impedi-la de ir, mas o que falaria pra ela.
A vi deixando a casa provavelmente se abrigar na praia, deixei a sala subindo pro meu quarto e me fechando.
-Que surpresa Nina veio aqui comer poeira.
Brincou Vitão, Mauricio estava com ele, sorri fazendo companhia pra eles.
-Aí mano não vejo a hora de ter outra festinha, pra pega muita mulher!
-Que isso cara, respeita a Nina aí.
-Foi mal Nina.
-Sem...problema.
-Nossa olha aquele carro!
Vitão avistou a Ferrari do outro lado da pista, aquele era o sonho de consumo de qualquer mortal, em pensar que meu pai tem duas.
Mais sua motivação foi pros ares quando descobriu quem era o dono John, logo voltou para as suas atividades.
´-Pensei que o John só se ligasse em motos.
-Que nada esse daí e que nem a Bebel se mete em cada furada.
Bebel pra todo lugar que fosse esse nome iria me cercar, como ela consegue ser boa e ao mesmo tempo se relacionar com esse tipo de gente.
John entrou na oficina quebrando o clima, nem Vitão e Mauricio gostavam dele muito menos eu, isso era bom, pois provava que nós gostamos da Bebel.
Nós...
Fiquei refletindo por um bom tempo não percebendo que ele falava com os garotos, até que me levantei e ele me olhou com ar de deboche.
-A cantorinha da praia! Olha foi mal por ontem, minha mina me deu o maior fora por causa disso.
-Ela...te pediu...pra vim...aqui...falar isso.
-É pediu sim! Sabe como é quer que eu interaja com vocês e não quer nenhum mal-entendido, rolou até um papo de que a lei te protege.
Deixei a cozinha com a vitamina da Nina nas mãos, mas ao chegar na sala não a encontrei. Andei pela casa toda e não a encontrei, escutei o som ligado vindo de um dos quartos e subi.
-O que você quer com a Nina ?
Fui falando ao abrir a porta e despejando, sem pedir permissão, chegando até proximo a cama dela.
Bebel estava deitada se sentou me encarando.
-Primeiro lugar bata na porta antes de entrar, segundo lugar está ocupada, terceiro lugar, o que eu quero ou não com a Nina não é da sua conta.
-Poupe-me das suas ironias Bebel.
Ela levantou nessa hora e eu também e ficamos uma de frente pra outra.
-Ironia, foi aquele seu beijo nela. Você que até dias atrás se arrastava por um homem.
-Irônica, hipócrita e falsa é você com o John, é de olho em mulher você está gostando da Nina ?
Disse temendo a resposta.
-E se estiver qual o problema! ?
-Vários quer mesmo que eu enumere pra você ?
-Silvana, não te pedi opinião sobre a minha vida, não se meta comigo não sabe com quem está mexendo.
-Será mesmo Bebel ?
-Sai do meu quarto agora!
Silvana deixou o quarto ao mesmo tempo que entrou, rápida direta e curta. Bati a porta com força.
-Inferno!
Fim do capítulo
Olá meninas eai estão gostando ? No quarto capitulo vou abordar mais sobre a paralisia cerebral da Nina ela buga as vezes rs. Quem quiser saber quais as músicas dessa estória deixem nos comentarios
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