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O amor em todas as suas formas por Ablueautumn

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Palavras: 3290
Acessos: 1942   |  Postado em: 06/06/2018

Rompendo Barreiras

POV Elena

A gente sempre se surpreende à medida que conhecemos mais das pessoas. Eu estava aflita mesmo com a história de minha mãe e Louise estava lá por mim. O mais engraçado que ela era justamente quem pensei que poderia estar, enquanto o resto do mundo a pinta como uma megera.

Fui parar novamente em sua casa, a surpresa quando vi seu carro encostou ao meu lado foi enorme, porém, sempre acho que estou atrapalhando, mas em dado momento sabia que queria tanto aquilo, não queria ficar sozinha naquela casa como sempre acontecia, mergulhando em meus medos e aflições.

Ainda sim era estranho estar lá, só consegui relaxar quando saímos para caminhar. Os pensamentos ruins sobre minha mãe naquele hospital se aquietaram ou se perderam no mar a minha frente, o silencio só era bom, pois eu tinha certeza que ela estava ali. Louise estava ao meu lado. Não sei que tipo de relação temos, mas não parece muito uma amizade. Só não sei mesmo.

O que mais me surpreendeu nesse dia, o auge de tudo foi o que Louise me contou. Juro que eu esperava algo terrível do tipo "matei alguém", "sou foragida", "sou uma canibal", ou melhor, ainda "sou um alien", mas não. "Sou transexual", não vou ser falsa de dizer que isso não mexeu comigo, porque primeiro, nunca consegui uma, segundo, nunca reparei e quando ela disse não consegui deixa de correr os olhos por seu corpo buscando qualquer coisa que indicasse, entretanto não tem ou sou muito lerda e, terceiro e o que mais me incomodou foi o fato dela estar receosa para contar a mim, afinal, minha opinião contava tanto assim? Por quê? Meus pensamentos me matam.

Permanecemos na escadinha até muito tarde, não falamos nada, não precisa. Levanto e digo que vou dormir , estou caindo de sono, só preciso fechar os olhos mesmo.

Devo ter apagado por cerca de 4 horas. Meu celular desperta três vezes indicando que preciso mesmo levantar, da outra vez que estive aqui sai muito cedo, Louise estava dormindo. Porém, dessa vez, o cheiro de café me diz" que alguém está por aqui.

Faço minha higiene matinal e encontro Louise sentada na mesa com uma xícara de café olhando ao longe. Tão distante. Chego a passos lentos.

- Mais um dia aqui por seus pensamentos. - Brinco e ela ri.

- Quem disse que eu te quero aqui mais um dia? - Pergunta arqueando a sobrancelha.

- Abrigou uma vez já era, Srta. Poks. - Sento me servindo com café.

- Estava pensando que Eva marcou o jantar para hoje. - Empurra um prato com bolachinhas para meu lado. - Ela quer que você vá.

- Não sei por quê..

- Você tem mais um dia para ficar aqui. E você vai, né? - Pergunta com um sorriso pequeno.

- Preciso ir com roupa formal? Assim, tipo no escritório?

- Vestido? É um jantar realmente importante, vão ter outras pessoas..

- Acho que não quero. Odeio vestidos. - Sou sincera.
- Vamos lá, um dia só. Por favor, Elena, preciso muito desse contrato, almejo há muito tempo, como bem sabe, e você aparentemente a ganhou em cinco minutos de conversa.

- Ok. - Respondo meio incerta. Fico parecendo uma "coisa de vestido". - Preciso ir ao hospital antes de ir à empresa.

- Eu sei, vou te levar.

- Não precisa, estou atrapalhando demais já.

- Elena Law, anda logo, vamos chegar atrasadas.

Sorrio. Arrumo a cama onde dormi, pego minhas coisas e seguimos para o hospital. Quanto mais nos aproximamos mais começo a ficar nervosa novamente.

- Tudo bem.. - Louise diz alcançando minha mão. - Você está tremendo, se acalma.

- Ela vai estar bem, né? - Pergunto quando estacionamos e sua mão aperta a minha.

- Vai.

Ando rápido procurando pelo médico. Louise me deixa e vai na área administrativa. O médico está próximo ao quarto.

- Bom dia, Elena. - Aperta minha mão.

- Bom dia. Como ela está? - Falo olhando pelo vidro.

- A noite ela acordou, conversou comigo, mas não disse o que houve. E ainda não pode sair, precisamos que esteja consciente por mais tempo para fazer outros exames. - A expressão séria dele me deixa mais nervosa.

- Quantos dias?

- Não posso prever. Mas pode entrar.

Entro no quarto e escuto a porta sendo fechada atrás de mim. Sento na cadeira ao lado da cama, como ser forte quando sua mãe está inconsciente, com hematomas feios por toda parte. As lágrimas me ganham sem dificuldade.

- Porque a senhora faz isso? - Pergunto pegando a mão que está sobre o corpo. - Quantas vezes ainda vou ter que passar aflita com seus sumiços? Com suas paranoias? É como estar à beira de um precipício e ser empurradas, repetidas vezes. Não mereço isso mãe. Eu tento ser boa, tento não ser um peso em sua vida e sempre tentei, mas sempre piora. Nossa relação sempre piora, se é que tivemos uma. Sei quem fez isso com você, tenho certeza que foi ele, mas me recuso a acreditar que você esteja se envolvendo com esse tipo de pessoa novamente. A senhora pode morrer. - Minha voz falha tanto, preciso respirar fundos muitas vezes para conseguir me manter. - E sei que você não ouviu nada, até porque se estivesse acordada já estaria gritando, não é? - Sorrio em meio às lágrimas passando as mãos em seus cabelos. - Pense em mim, mãe, pelo menos uma vez. Não me deixe sozinha.

- Elena. - Louise chama na porta, não me viro, não quer que me veja assim. Será que ela escutou? - Quer que eu saia?

- Não. - Falo antes mesmo da frase terminar.

- Você quer ficar aqui? Eu vou pra empresa, não tem problema.

- Eu vou também, eu só preciso.. - Tento, mas calo quando minha voz me denuncia.

- Não chora, você não vai ficar sozinha. - A olho e tenho certeza que ouviu, minha bochecha cora, acredito que estou roxa, azul, vermelha até laranja.

Dou um beijo na testa de minha mãe e alcanço Louise na porta. Ando em sua direção e ela permanece parada, nenhum passo, seu olhar preso ao meu, espaço pessoal é algo que deixei de conhecer, só a olho, quero gritar qualquer coisa, porém, permaneço sentindo essa tensão palpável entre nós.

- Tudo bem. - Sua mão alcança meu rosto por alguns segundos e sai do quarto.

Louise me deixa na porta da empresa e sai para uma reunião, já atrasada. Cumprimento algumas pessoas e vejo Elsa me acompanhar até o elevador.
- Vamos conversar. - Fala assim que a porta se fecha.

- Ótimo dia pra isso. - Resmungo.

- Qual é a sua com Louise? - Pergunta.

- Tem uma? Qual é seu problema comigo?

- Meu problema é você. Louise nunca gosta das secretárias dela e você ela parece venerar. - Fala e eu ri.

- Você é paranoica, nós trabalhamos juntas, temos que ter uma boa relação. - Dou de ombros. - Não tenho culpa de ser competente.

- Você não sabe como ela era com as outras, por isso diz isso. - Bufa.

- Nem quero, gosto de como ela me trata.

- Segue meu conselho e não se envolva com ela. - Aperta meu braço, sua reação diante de mim e Louise é sempre intrigante.

- Cuidado, vou casar com ela. - Brinco soltando meu braço, dando uma piscadinha.

Saio do elevador e rio do jeito dela.

- Alguma coisa tinha que me fazer rir. - Sussurro ligando o computador.

Recebi um e-mail de Eva confirmando se eu vou mesmo ao jantar e alguns de outros clientes. Com o passar dos minutos consigo me concentrar na papelada e dados a minha frente. Os números são meus companheiros diários, Louise me ensinou como calcular algumas coisas relacionadas a contrato e distrato. Também tenho controle sobre os honorários que pagam. Quanto mais tempo passo aqui, mais responsabilidade ganho, e experiência também.

Almoço depois do horário, não estou a fim de ser foco de cochichos e isso se tornou frequente com o tempo, para minha alegria. Louise não dá as caras, a única coisa que recebo é uma ligação dela dizendo que vai me pegar em casa as 20:00hrs.

Saio da empresa no horário e vou para casa. Está bagunçada demais, isso me incomoda. Ligo uma música e arrumo, também ligo no hospital e converso com o médico sobre minha mãe, Ruby pergunta se eu não vou mais estudar, respondo que as coisas estão complicadas no momento. Mas vou voltar em breve.

Agora parte chata, o vestido. Tenho três um preto, um vermelho e um azul bem escuro. Primeiro experimento o vermelho.

- Pareço uma puta de luxo, só falta o batom. - Digo em frente ao espelho.

- Pareço uma vovó, só falta o óculos. - Ri mais quando coloco o azul.

- Vamos ao pretinho básico. - Ele é bem social, o pano não é aqueles que colam no corpo, porém, foi feito sob medida, é como se "encaixar no corpo", deixando visível qualquer curva. Faço uma maquiagem leve e coloco um sapato de salto. - Louise não tem do que reclamar. - Me olho no espelho, penteando o cabelo.

Alguns minutos e a escuto buzinar. Sabe quando você sente que talvez algo não dê certo? Eu não estou nada confiante com esse jantar. Tento me convencer de que estou achando desculpas, porque não gosto de vestidos.

Louise sai do carro assim que apareço no portão, não entendo muito bem porque, mas seu olhar me mata. Como se algo estivesse errado.

- Você quer conquistar a Eva? - Pergunta séria.

- Por quê? - Coro na hora.

- Você.. Está tão diferente, está linda. - Sorri. Não sei onde enfiar a cara nesse momento.

POV Louise

No hospital eu precisava ver sobre os tratamentos que a Mary de foi submetida. Elena estava atrás do médico e a deixei ter um momento com a mãe. Enrolei alguns minutos no corredor e encostei-me à porta, pensei em abrir, mas pude ouvir claramente Elena conversando com ela a voz embargada. Ouvir a conversa de alguém é algo tão errado, mas minhas pernas travaram ali, encostei-me à parede e permaneci olhando o teto, as palavras dela entravam em mim me machucando, era como sentir a dor dela. Tão nova, não merece passar por nem 1/3 disso.

Quando não aguentei mais, entrei. Ela dizer que não queria que eu saísse foi tranquilizador, não que pudesse mudar o que estava sentindo, mas queria me manter perto e acima de tudo, queria que entendesse que não está sozinha.

Constantemente me pergunto o que é isso que eu estoi desenvolvendo, me importar é algo da qual não estou acostumada e de repente vivo preocupada, vivo pensando coisas tipo "o que ela sente?", "será que ela está bem?", já pensei até em investigar o que a mãe dela esconde, porque ninguém some a noite assim. Porém é, invasão de privacidade.

Voltamos e combinei de busca-la para o jantar, sabia que teria problemas. Eva é uma predadora nata, notei seu olhar sobre Elena quando se conheceram, mas realmente almejo contratos com a empresa dela e vou arriscar . Louise não curtiu a ideia de usar vestido e me acostumei a vê-la com uma roupa social básica, não consigo visualizar como vai ficar.

Coloco um vestido mais solto azul, sempre tomo muito cuidado com as roupas que uso, não gosto de deixar evidente certas coisas, para evitar falatório e possivelmente, um escândalo, tendo em vista que poucas pessoas além do circula familiar sabem.

Vou buscá-la e fico impressionada, acredito que seja essa a palavra que descreve melhor o que sinto ao ver Louise em um vestido preto e justo, ela ganhou uma expressão mais adulta, linda mesmo. Não consigo sequer disfarçar isso quando solto a pergunta sobre Eva, que a deixa sem graça.

Vamos para o jantar em silêncio, presto atenção a rua, porém, sempre que paramos em algum semáforo a olho, Elena permanece olhando para fora o caminho inteiro, quero ler mentes para saber o que se passa em sua cabeça.

- Louise, nunca mais faço isso, sou muito tímida. - Fala assim que encostamos. - E fico parecendo um ET de vestido.

- Se os ETs se parecerem com você, eles são lindos, Srta. Law. Para com isso, você está ótima assim, seja segura e firme como é no escritório, certo? - Penso nas investidas descaradas que Eva fará.

Entramos lado a lado, logo avisto Eva com mais duas pessoas sentada à mesa. Ela está com um vestido vermelho, mas, tão vermelho que dói meus olhos.

- Olha quem chegou. - Fala se levantando com os demais.

- Elena, você está linda! - Dá um beijo na bochecha dela. Noto que os rapazes que estão juntos também a analisam. - Esses são David e Killian. Boa noite, Louise.

Olho para David e estranho a semelhança dele com Elena, os olhos, os cabelos. Analiso alguns segundos e deixo isso de lado, Elena está totalmente sem jeito e além de Eva, Killian deixa claro o interesse nela.

- Você deveria me convidar para mais jantares com loiras lindas. - Fala quando nos sentamos.

- Essa loira linda é responsável por esse jantar. Louise deve isso a ela. - Diz colocando a mão sobre a de Elena, que a tira instantaneamente.

- Você namora? - Pergunta e ela me olha, sinto seu olhar pedindo ajuda.

- Vamos falar de mim mesmo? Não era um jantar de negócios? - Pergunta séria, não contenho o sorriso.

- Ingrid me disse que ela é mal educada, gosta de dar patadas. - Eva diz rindo alto. - Gosto assim.

- Ela é firme, é diferente, esse é um dos motivos de estar trabalhando comigo. Vamos ao que interessa? - Pergunto impaciente.

- Louise a sua proposta continua a mesma? - Eva pergunta e nego lhe entregando uma nova proposta.

- Mudamos algumas coisas Eva, temos outra linha de raciocínio outra visão dessa vez. Elena me ajudou a modificar algumas coisas pequenas que deixei passar.

- Certo. - Fala colocando o óculos na ponta do nariz, lendo página a página.

- Você não respondeu se namora. - Killian corta o silêncio.

- Sou casada! - Exclama. - Tenho 5 filhos.

- Louise, onde você encontrou ela tem mais? - Ele pergunta em tom divertido.

- Peça única. - Arqueio a sobrancelha. - E minha.

Todos me olham, até Eva desvia o olhar para mim. Talvez eu tenha exagerado, o olhar de Elena me invade. Olho para um ponto qualquer fugindo dos olhares curiosos.

- Eu aceito a proposta. - Eva conclui.
- Sério? - Pergunto voltando a atenção a ela.

- Sim, porém quero contato direto com você e Elena, há pessoas na sua empresa que não me agradam. - Fala séria.

- Elena é minha secretária, impossível não ter contato com ela. Mas seja profissional, obrigada. - Enfatizo.

- O que acontece fora da empresa não lhe diz respeito, né querida? - Eva pisca, reviro os olhos.

Fazemos nossos pedidos e ainda demorará alguns minutos, Elena está incomodada e noto isso.

- Vou ao banheiro. - Diz já se levantando.

- Eu mostro onde é. - Eva se levanta. Meu sangue ferve, minha vontade é levantar e ir atrás dessa doida.

- Ela é daqui? - David se pronuncia, acredito que pela primeira vez na noite.

- É, mora só com a mãe. - Respondo, olhando em direção ao banheiro.

- Eva raramente se interessa tanto por alguém, passou a semana falando dela, tive que conferir. - Killian diz com aquele sorriso cafajeste.

- Elena é muito fechada, nem sei se fica com mulheres ou se namora. Ela não conta nada. - Falo tentando cortar o assunto.

- Não temos ciúmes. - Pisca para mim.

Passa uns dez minutos e fico completamente impaciente, peço licença e vou até o banheiro pensando no que está acontecendo. Na porta posso escutar a voz de Eva falando.

- Você não vai me deixar na mão, né? - Me seguro para não entrar.

- Só me solta, odeio lugares fechados, mais ainda com pessoas que eu não conheço. - Elena rebate.

- Não estou te segurando, Elena. - Eva diz. Abro a porta. Ela prensa Elena na parede, está com uma mão em cada lado dela. Minhas mãos tremem.

- Eva, solta ela. - Tento manter a voz calma.

- Louise, deixa eu me divertir, eu sei que ela quer! - Fala sem se virar.

- Eu não gosto de mulher! - Elena fala em alto e bom tom e afastou Eva, que a olhou sorrindo.

- Toda mulher é bi, garota. - Diz saindo do banheiro nos deixando a sós.

Ficamos paradas por alguns minutos sem dizer nada. Ela olha para o espelho e eu olho para ela. Sua expressão séria me deixa curiosa e ao mesmo tempo preocupada.

- Vou matar ela. - Falo por fim.

- Por quê? - Elena se vira me perguntando.

- Ela não pode simplesmente te prensar contra a parede. - Deixo claro meu descontentamento.

- Porque está tão nervosa? - Pergunta se aproximando. - Eva é louca, mas não é para tanto.

- Não é pra tanto? Elena, ela pegou na sua mão, te comeu com os olhos quando te viu nesse vestido, te prensou na parede. Perdi mais alguma coisa? - Pergunto nervosa para valer, a muito tempo não fico assim e não deveria estar assim.

- Você está falando alto Louise. Acho que já disse que odeio que gritem comigo e você está fazendo isso e nem sei por quê. Aquela doida dá em cima de mim e sou a culpada? Tá certo. - Revira os olhos, estamos tão próximas, é a segunda ou a terceira vez que isso acontece e uma tensão pesa sobre nós.

- Ele.. - Digo, porém, ela sai. Permaneço me olhando no espelho, pensando nas palavras dela. "Eu não gosto de mulher", e nem ao menos sei por que penso nisso.

Chego a mesa e o silêncio reina enquanto comemos. A olho, às vezes, mas, seu olhar ora está sobre o prato, ora está sobre David. Mais meia hora e finalmente concordamos em irmos embora.

Não pergunto se ela quer ir para a casa dela, faço o caminho da minha e não sou questionada, entendo como um "tudo bem". Odeio brigar com Elena, porque pior que ela me dizendo qualquer coisa é o silêncio que vem depois ou as respostas curtas.

- Louise.. - A chamo depois de chegarmos, ela tomar banho e se sentar na escadinha.

- Pode dormir, estou sem sono. - Responde seca.

- Vai ficar assim? - Pergunto me sentando ao seu lado.

- Sou assim. - A resposta vem direta.

- Eu também sou assim. Te disse no primeiro dia. - Tento me explicar, não precisa, mas sinto uma necessidade enorme de fazer isso.

- Disse que surtaria, me lembro claramente. Mas, por que, Louise, você ficou completamente alterada naquele restaurante, por quê? - Se vira para mim, me encarando.

A resposta da pergunta entala em minha garganta. "Ciúmes", "não quero Eva dando em cima de você." Primeiro que não devo sentir isso, não tenho esse direito e segundo, não sei de mais nada.

- Desculpa ter gritado com você. - Falo por fim.

- Tudo bem.. - Passa uma mão da outra. - Você gosta de mim? - Sua pergunta me deixa abalada, como assim? - Digo, como secretária ou como pessoa que te atrapalha e se apossa da sua casa, da sua escadinha..

- Gosto. - Respondo com sinceridade. - E olha que nunca gosto de ninguém. - Completo. Ela encostou a cabeça em meu ombro

 

Fim do capítulo


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