Capítulo 2
- Sim, ela tem e sou eu - Júnior que já tinha puxado uma cadeira e sentado ao meu lado, falou com muito entusiasmo
- Que bom - deu um riso falso
- Então Isabela, de onde você é?
- Eu sou do Rio grande do sul
- Olha só...
- Não é atoa, com uma beleza dessa seria de onde - falei no impulso e vi seu riso
- O que veio fazer aqui? - perguntou Júnior
- Meu pai tem negócios aqui, então viemos.
- Você é filha de quem? - parecia uma entrevista pessoal que Júnior fazia
- De Luciano Vilela
- O dono do rancho?
- Ele mesmo - sorri
- E você, tem namorado?
- Júnior... - o repreendo
- Não, deixa. Ele é o primeiro que me faz essas perguntas desde que cheguei a cidade - sorri - não, não tenho namorado
- Olha aí Raphael, solteira - reviro os olhos
- Quer parar? - sussurro em seu ouvido
- Só quero ver ele namorando, só isso
- Relaxe Júnior, não quero a Valentina, se eu quisesse ela, vocês nem namoraria
- Como é que é rapaz? - se levanta alterado
- Olha, vamos parando por aqui - faço ele sentar novamente - para de implicar com o Rapha, ele é só meu amigo
- Amizade de homem com mulher não existe - falou com raiva
- Olha - segurei seu queixo fazendo me olhar - não gosto desse tom de voz comigo, então trate de mudar. E outra, aqui somos todos amigos, há não ser que você dê em cima de todas suas amigas...
- É diferente
- Diferente minha bosta. E eu saí pra me divertir e não me contrariar e trate de ficar tranquilo, quero aproveitar a noite. - ele me dá um selinho, o que nunca foi um incomodo, até agora
- Olha, eu já vou - vejo Isabela levantar -Eu preciso ir, desculpa
- Eu te levo... - eu me levanto
- Não! Eu vou com meu irmão
- Tem certeza? - insisto
- Sim, absolutamente sim! - dá um meio sorriso
- Então tchau - me despeço com dois beijos. Lá seguia ela pra saída do restaurante - tá vendo - dou um tapa de surpresa no peito do Júnior
- Aiiii - coloca a mão onde eu bati - tá vendo o que?
- Que por causa de seus comentários ela foi embora - olho feio pra cara dele
- Verdade, ninguém convidou e quando chega espanta a menina - Rapha brada
- Vamos embora também - se levanta autoritário
- Se você quiser pode ir, mas eu não vou - degustei mais uma vez do meu refresco
- Eu tô mandando Valentina!
- Você o que? - pergunto pra me certificar
- Tô pedindo... - falou manso
- Ahhh, pedindo - viro-me novamente em direção ao meu copo - e esse pedido não atenderei - levanto e depósito um selinho em seus lábios - tenha uma boa noite querido - volto a me sentar.
Vejo Júnior saindo soltando fogo pelas vendas de raiva. Ele odiava o Raphael e eu não tinha nada haver com isso, Rapha era meu amigo e ele meu namorado, não tem porque ciúmes.
O fim de semana não queria passar, eu passei maior parte dele no quarto, nem o Júnior eu queria ver, minha mente focava em uma certa loira que me tirava a paz.
A segunda chegava, e novamente duas aulas do Marcelo no primeiro horário. Sento-me no mesmo lugar de sempre, como os demais. Minha atenção naquela manhã estava a todo vapor.
- Ora ora, que temos alguém que está acordado na aula de hoje - caçoa o Marcelo fazendo a turma rir
- Uma hora eu teria que tomar juízo né? - mal sabia ele que o que me mantinha acordada era os meus hormônios
- Já que está acordada, é em comemoração a isso que irei passar um trabalho valendo 4, no lugar do teste - todos festejam - porém...
- Iiiiiihhh sabia...
- Calma - ele dá um sorriso - é em dupla - todos festejam novamente - mas....
- Sempre esse mas...
- Eu quem escolho as duplas - sorrio
- Agora fudeo - sussurro
- Irei abrir caderneta e o nome que cair vai fazer dupla com outro que eu abrir e ver novamente - lá começou o sorteio. Chegou a minha vez - Valentina com... - sorteou - ... Isabela Vilela - ela me olhou sorrindo, eu não sei se o sorriso que devolvi foi de desespero ou de quem estava adorando. Terminou o sorteio, e vem a pior coisa daquele dia
- Professor, fiquei sem dupla - avisa André
- Vix, vou sortear um nome e você vai fazer trio - lá vai ele e paaaaah - Valentina!
- Poxaaaa Marcelo, porque não abriu mais pra frente, vai logo na letra V, lá no final
- Pare de reclamar, vou colocar os temas do trabalho no quadro, se reúnam e escolham.
Todos se reuniram, eu fiquei de frente pra Isabela e o pé no saco do André ficou ao meu lado.
- Que tal escolher o 3? - pergunta Isabela
- Eu gosto do 3, porém o 7 tem uma abordagem mais livre pra se tratar
- Verdade, então podemos ficar com o 7 - concorda ela
- Por mim ficaria com o 2 - avisa André
- Mas a maioria votou e quem ganhou foi o 7, pois maioria vence - dou dois tapinhas em seu braço
- Isso vai ser divertido - fala ele
- Já vou logo avisando se não ajudar, não terá nome no trabalho, e quando for ajudar quero tudo certo, porque se vier com coisa errada...
- Eu já sei, sem nome no trabalho - revira os olhos
- Que tal começarmos esse trabalho logo? - Isabela
- Por mim tudo bem
- Por mim também, o que cada um tem que fazer? - pergunta André. Nós dividimos o que cada um iria fazer, tínhamos um mês pra entregar o trabalho, era um trabalho de pesquisa. Nosso tema era como a sociedade via os orfanatos, e o que de positivo tinha em cada um.
O dia transcorreu bem, a Isabela já estava mais enturmada com a galera, ela era de fácil comunicação, por isso nao era difícil a sua participação em conversas com a galera. Na quinta-feira marcamos de ir no orfanato "Júlio Pacheco" um dos mais lotados de nossa região. A Isabela falou que o irmão nos levaria, quando entro no carro me deparo com o cara que sempre saía com ela da escola
- Valentina, esse é meu irmão Thiago - me apresenta - Thi, essa é a Valentina minha amiga
- Prazer Thiago - aperto a mão dele que mantinha o foco na estrada
- Prazer é meu Valentina - dá um riso - você não me avisou que ela era gata assim, irmãzinha
- Pare de olhar pra ela, pois é comprometida - me olha de relance
- Pena - lamenta ele
Nossa quinta foi intensa, tinha muitas crianças no orfanato, inclusive tinha 3 recém nascido que tinha acabado de chegar, fiquei muito triste em saber que os pais os largaram, era pequenos seres indefesos, que não fazia mal nenhum a ninguém. Passamos o dia com eles, eu brincava de bola, de pique-esconde, eu os amei. Fizemos comidas pra eles, na hora de ir embora alguns choraram, mas prometi voltar pra brincarmos mais.
Na hora de voltar pegamos um táxi, a Isabela não para de sorrir
- Isabela...
- Isa! - me olhou intensamente
- Isa - dou um sorriso
- Sim?
- Qual o próximo? - pergunto e vejo que seu rosto tá bem próximo ao meu
- Você quer saber? - sinto sua respiração bater em minha boca, já estava ficando tonta de desejo
- Sim... - sussurro
- Orfanato " Pequeno ser" - se afastou de mim pra falar, sinto que minhas pernas estavam bambas, mesmo estando sentadas.
Fizemos o trajeto todo em silêncio, até recebermos um ligação
- É o André! - avisa ela. Logo percebo que aquele embuste tem o número dela e eu não - Oi? - vejo ela tentar acalmar ele, e dizer que domingo iríamos pra outro orfanato e que no de domingo ele iria
- Que foi? - pergunto
- André tá chateado porque viemos sem ele, falei que iríamos em outro no domingo e ele iria
- Hm - não estava muito bem com essa aproximação
Chegamos no segundo orfanato e não foi diferente do primeiro, fizemos nossa pesquisa e logo depois fomos embora.
- Vamos lá pra casa? - me chama. Olho com olhos arregalados pra ela - pra. Terminar a pesquisa - avisa, dou um riso falso indicando que consentia.
Seguimos pra sua casa. Um casarão, uma mansão. Entramos e ela sempre muito simpática ia falando com os serviçais de sua casa.
- Dora, por favor, leva um suco depois pra gente - a moça assentiu com a cabeça e seguimos pra o quarto
Ele era grande, todo trabalhado em branco com lilás ou roxo, nunca sei diferenciar essas cores. Uma cama de casal ao centro, uma escrivaninha, guarda-roupa embutido e o quarto decorado.
- Nem parece que se mudou recentemente - comento
- Meu pai quis nos fazer se sentir na outra casa, e já faz uma semana, me sinto confortável aqui
- Também né... - sorrimos.
- E você? - sua voz sedutora que me despertava arrepios
- É... - dou uma tosse - eu o que?
- Filha única? Ou não? Mora com seus pais? Porque namorar eu já sei que namora...
- Filha única, moro com meus pais, eles são o dono do mercado "Mercanto"
- Ahhh o mercado grandão...
- Isso!
- E o Júnior?
- O que tem ele? - me encosto na parede ao lado da porta
- Como está o namoro de vocês? - senta-se na cama
- Bom - olho pro chão, - a muito tempo não estamos bem
- Vem aqui - bata a mão direita ao seu lado na cama - senta aqui comigo
Dou passos curtos e demorados até chegar, sento ao seu lado, seu perfume me embriaga, vejo os pelos do meu braço enrijecer com um contato mais próximo a ela.
- Ele não te faz feliz? - coloca uma mexa do meu cabelo que insistia em cair
- Às vezes ele faz
- Mas tem que ser todas as vezes - sorrir
- Eu sei... - suspiro
- Procure alguém que te dê comida e não problemas - caímos na gargalhada
- Tô atrás mesmo, eu gosto do Júnior...
- Você não o ama?
- Não, quer dizer, não sei. Eu gosto dele, mas não sinto amor sabe? É complicado, quero o bem dele, mas meu coração não se alegra muito com ele, acho q minha mente quem manda nessa relação - sorrimos
- Entendo.
- Vejo que o fogo do início acabou. Não sei!
- Você merece um cara que moveria montanhas pra estar com você, se preciso for - dá um riso que me desmonta toda.
O clima estava pesado, sentia borboletas em minha barriga, sentimentos nunca sentidos por mim. Ouvimos batidas na porta
- Entra - Isa avisa e se afasta sentando na mesa do computador
A moça entra deixando um lanche pra gente, dá um sorriso e sai.
- Bom vamos terminar esse trabalho - aviso já sentando ao seu lado e adiantando o trabalho.
Durante o resto do dia vejo seus olhos pesarem em cima de mim. Sinto ser avaliada de forma tão indiscreta que não me incomodava, eu queria ver além daqueles olhos o que eles tinham a se revelar pra mim. Eu não conseguia me mexer, só fazia movimentos leves, tentava sensualizar... pera "sensualizar" pra uma mulher? O que tá acontecendo comigo. Droga preciso ir.
- Valentina - ela pousa a mão sobre minha perna esquerda
- O..o..Oi - suspiro forte, meu sex* pulsa por um simples toque
- Quer dormir aqui? - sua voz em tom de sussurro me dominava, queria dizer não, mas o que sai de minha boca me assusta
- Sim! - droga, droga
- Que bom... - ela encosta mais, passando sua mão na minha cintura, beija minha bochecha, eu arfo. Seus lábios beija a minha bochecha, desce mais, viro-me de frente pra ela, ela beija devagar meus lábios, morde a parte inferior, dá um riso e me desestrutura, minhas mãos criam vida por seu corpo. Ela muda de sua cadeira para meu colo, senta-se encaixando-se em minha cintura, minhas mãos vão para debaixo de sua blusa e alisa sua pele macia. Suspiros vão saindo de minha boca e da sua boca. Ch*po sua língua, eu não estava em mim, algo me apossou, aquela não era eu. Desço beijos pelo seu pescoço, levanto-me com ela no colo e caminho em direção a cama deitando-a, aquela com aquele desejo era desconhecido pra mim. Em um ato de puro prazer, de instinto sexual/animal ela coloca a mão por dentro o meu short tocando minha intimidade, me deixo levar. Ela afasta nossas bocas e sorrir.
- Filha - batidas fortes na porta me faz pular de cima dela, fico perdida. O sangue volta correr entre minhas veias.
- Droga - esbraveja irritada - desculpa é minha mãe.
- É... - saio catando minhas coisa colocando na mochila - eu não posso dormir aqui, eu...
- Ei ei ei... calma, porque?
- Filha??? - a sua mãe grita mais uma vez
- Nada pessoal, o Júnior tá me esperando - saio que nem vento em tempestade - Olá senhora - nem a olho direito, e desço as escadas. Vou direto para um ponto de ônibus, ia dar as 10h da noite
Meu coração estava na boca, olhava pela janela do ônibus a cidade e pensava "como eu pude sentir isso, nunca senti isso com o Júnior" estou apavorada - coração burro - reclamo comigo mesma.
Cheguei em casa, nem falei direito com meus pais
- Essa menina tá estranha - escuto minha mãe
- Calma querida, deve ter brigado com o Júnior, normal da idade - meu pai me defende e o vejo beijar seu rosto e ela sorri, o amor deles é lindo.
Entrei no meu quarto, fui tirando a minha roupa e seguindo para o banheiro, meu estado estava quente, era muito fogo. Ao tirar minha calcinha vejo o quão real foi o que sentir. Estava frio aquele horário, mas a água gelada não me incomodou me ajudou a esfriar algo que não pode ir pra frente.
- Valentina - minha mãe bate na porta - o que você estava fazendo na rua até essa hora? - já sinto sua voz dentro do quarto.
Ao sair do banho, visto uma roupa e a vejo sentada em minha cama
- Estava onde? - insiste
- Estava fazendo trabalho com a Isabela - estendo minha toalha no box do banheiro
- Quem é?
- Aluna nova! - respondo sem olha em sua direção
- Hmmm, sei - ela me avalia
- Tá duvidando? - questiono
- Não, só que você nunca falou dela
- Entrou essa semana, aí o professor sorteou as duplas e eu caí com ela e o idiota do André.
- Vixxx então tá explicado essa sua cara, ele fez algo?
- Não, o de sempre. Só abre a boca pra falar merd* - ligo o ventilador e deito
- Não vai comer?
- Já comi lá na Isa, não se preocupe - dou um riso e ela me devolve.
- Então tá, já vou - me deposita um beijo na cabeça - boa noite minha pequena
- Boa noite mãe - solto um beijo pra ela.
A noite quase não passa, passei ela em claros, na sexta de manhã inventei uma desculpa qualquer e não fui ao colégio, meus pensamentos estavam nela, não parava de pensar nela um segundo. O sábado chegou, Larissa e Rapha até foram lá em casa, conversávamos, mas nem isso me distraiu de lembrá-la. Larissa tinha ido embora, eu e Rapha estávamos na varanda de casa.
- Pronto, agora fala
- Ué, falar o que? - me faço de desentendida
- Tem alguma coisa acontecendo com você, e eu sei. O que o Júnior fez?
- Ele não fez nada! - garanto isso
- Então se não foi o Júnior, quem? - ele me conhecia como ninguém. O encarei por segundos, não sabia como começar aquela conversa
- Não me julga - me endireitei na cadeira e o encarei
- Não faz o meu perfil - se aproxima de mim, ao se inclinar na cadeira.
- Eu acho que estou gostando de uma pessoa
- Quem?
- É complicado, não queria, mas aconteceu
- Quem?? - pergunta nervoso
- Eu não tenho coragem
- Não me diz isso - fica incrédulo - não me diz que é o professor Marcelo?
- Ecaaaa - faço cara de nojo - por que você pensaria isso?
- Ué, você não dorme mais na aula dele, vocês estão conversando bastante...
- Verdade, mas isso tem outro motivo e não é ele
- E que seria?
- Isabela!
- O que tem a Isab...- ele parece entender - não!
- Sim!
- Não!
- Sim! - dou um riso
- Quando?
- No dia que ela chegou.
- Uau!!!
- É!
- E aí? Como você vai resolver isso?
- Então... - respiro fundo - ela me beijou na quinta!
- Sério?
- Sim
- E como foi?
- Bom - soltei um riso - muitoooo bom
- Então temos que mandar o Júnior pastar, já passava da hora
- Aiiii Raphael, para.
- Você sabe que eu não o aturo, só falo porque está com você, fora isso, caguei pra ele.
- Sei, ele é difícil mesmo.
- Mas me conta mais
- Não sei, tô confusa. Não fui ao colégio ontem porque não queria encontrá-la, eu fiquei com bastante desejo nela, queria ter dormido lá com ela, mas graças a Deus a sua mãe chegou e atrapalhou nosso beijo
- Que mulher otária
- Não fala assim
- Ahhh desculpa, sua nova sogra
- Eiiii, eu e a Isa não vamos namorar
- Hmmmm Isa é?
- Para!
- Parei!
- O que eu faço?
- Deixa as coisas acontecerem
- Difícil, eu tô fugindo dela... imagina eu contando isso prós meus pais
- Eles te amam Valentina, calma, não sofre com antecedência
- Sim, beleza. Mas eu não sei se quero isso pra minha vida, tô confusa.
- Beija de novo que passa, beijar mulher é muito bom - sorri descarado - agora veja pelo lado bom!
- Que seria?
- Nós dois podemos sair e pegar mulheres
- Para Raphael, não sou lésbica!
- Aiii meu Deus! Lenta!
- Para!
- Eu já vou, mas pensa bem no que fazer e se não tá dando certo com o Júnior, termina, porque é o melhor que você faz... arranca logo esse encosto de sua vida.
- Te amo
- Eu te odeio, tchau
Nós despedimos, jantei com meus pais e segui para o quarto. Terminava minha parte do trabalho, não queria reclamações e nem fazer perto da Isa.
O domingo chegou, tínhamos mais pesquisas. Eu por um lado queria vê-la, e pelo outro eu fugia. Vejo várias ligações da mesma em meu celular, mas não quero atendê-la, eu sederia qualquer coisa. Ela ligou para o fixo lá de casa e minha mãe atendeu, inventei que não estava muito boa pra não ir. E lá foi ela sozinha com o André. Depois de imagina-los juntos, me arrependi na hora de não ter ido. Passei o dia andando de um lado a outro imaginando ele dando em cima dela.
- Vamos pro mercado? - chama meu pai, logo após entrar no quarto
- An?
- Mercado?
- Ahhh sim, vamos!
Troquei de roupa e segui com ele. Meus pensamentos estavam longe
- Vocês vão se entender - meu pai inicia uma conversa
- Quem? - não entendia o que ele queria dizer
- Você e o Júnior, vocês vão se entender
- Nós estamos bem!
- E porque tá com essa cara de quem brigou com o namorado?
- Não é nada pai.
- Conta pra mim, filha!
- É aquele menino lá da escola que me tira a paz
- O tal do André? - dividia sua atenção comigo e a rua
- Ele mesmo - cruzo meus braços com raiva
- Ele fez o que dessa vez?
- Tudo inclusive nascer
- Meu Jesus - dá risada
- Não tô achando graça - fico emburrada - ele tá no meu grupo de trabalho e tá me dando dor de cabeça.
- Imagino, estilo bad boy!
- Bem isso, aquele idiota
- Isso é amor embutido
- An?
- Vocês!
- Eca pai, não fala isso nem de brincadeira.
- Vamos distrair essa cabeça com trabalho!
- Vamos! - fiquei animada. Mas a animação acabou quando vejo o Júnior vindo em minha direção me dando um selinho, ato esse que eu senti nojo
- Bom dia gata
- Bom dia Júnior - já tentava sair de seu abraço.
- Aconteceu algo? - pergunta
- Não, o que aconteceria?
- Você assim, fria comigo!
- Tá doido? Tô normal!
- Não tá não, Valentina
- É que eu quero trabalhar, vim aqui pra isso, pra dar bom exemplo para os funcionários e não mal exemplo, aqui somos colegas de trabalho. - dei um beijo em seu rosto
Começo a trabalhar, a ajudar os clientes, tinha mercadoria pra colocar nas prateleiras. O dia foi passando e eu não via, afinal dentro do mercado não via o tempo passar. Almoçamos por ali mesmo e logo depois voltamos ao trabalho. Meu pai trabalhava de um lado e eu do outro, afinal é aquele ditado "o que engorda o gado é o olho do dono" e lá estava eu e meu pai trabalhando. De vez em quando o Júnior passava e tentava uma gracinha, ele era um amor, carinhoso, mas eu não o amava, tinha mais como amigo.
- Oi gatinha - ele me abraça pelas costas
- Oi lindo - continuo arrumando as coisas na prateleira
- Quer me passar seu número por favor? - beija meu pescoço
- Não posso, sou comprometida - mostro minha aliança
- Que cara de sorte esse viu - deposita outro beijo em meu pescoço
- Ahhh, não beija meu pescoço que além de sentir cócegas eu sou comprometida...
- Ahhh é? - enfia a cabeça em meu pescoço me dando vários beijos, eu sinto cócegas, começo a rir sem parar, ele me prende em seus braços de costas me tirando do chão.
- Para.... - não parava de rir - meu... de Deus para - meu corpo estava todo arrepiado
- Vou roubar você pra mim - falava entre os beijos. Me virou de frente e continuava beijando meu pescoço
- Sério moço eu não aguento - tentava empurra-lo
- Aguenta sim - agora fazia cócegas em minha axila.
- Hahahahahah, para, hahahahahahahha, socorro
Eu gostava desses momentos com o Júnior, ali não éramos só namorados, mas sim amigos.
- Ran ran... - um voz limpando a garganta ecoa no corredor
Paro o que estou fazendo com o Júnior, achei até que fosse meu pai, mas o perfume denunciava quem estava perto
- Senhorita Vilela - diz Júnior me abraçando de lado
- Senhor Júnior - fala sarcástica - Valentina - me olha intensamente
- Isabela!
Fim do capítulo
Mais um capítulo... Vamos postar o início dessa trajetória, e depois vamos postar ou somente nas quintas feiras ou escolhemos dois dias na semana e postaremos, fica a critério de vocês.
O que preferem? Duas vezes na semana ou só na quinta?
Comentar este capítulo:
olivia
Em: 20/06/2018
Olá autora , é a primeira vez que, encontro. Um conto seu. Por sinal muito bom , adoro esse nome Valentina!! Como será a reação dela ,diante da dupla? Parabéns,,????????????????!!!
Resposta do autor:
Aiii que amor, realmente é meu primeiro conto.
Estou tendo ajuda da minha amiga Usuariojafoi, que tambem tem um conto aqui "amor de alma" e estou desenvolvendo essa historia.
Amei saber que vocÊs gostou. estou demorando pra postar, por causa dessas agonias da copa, mas logo logo regularizo.
Obrigada e beijão!!!!!
Val Maria
Em: 03/06/2018
Ola autora.
Só espero que voce não ppare de postar os capitulo,pois essa historia tem um enredo maravilhoso,as personagens são demais.
Ate o proximo capitulo
Beijão.
Val Castro
Resposta do autor:
Não pretendo parar não. Amando saber que vc amou.
O que achou dos dois últimos capítulos?
Beijão!
Espero lhe ver mais vezes aqui
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