• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • Um divino amor.
  • Procurando novamente

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,495
Palavras: 51,977,381
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Entrelinhas da Diferença
    Entrelinhas da Diferença
    Por MalluBlues
  • A CUIDADORA
    A CUIDADORA
    Por Solitudine

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Pelas
    Pelas lentes dela
    Por Anonimo 403998
  • Minha Garota
    Minha Garota
    Por Dud

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Um divino amor. por SrtaM

Ver comentários: 0

Ver lista de capítulos

Palavras: 3856
Acessos: 938   |  Postado em: 01/06/2018

Notas iniciais:

Boa leitura!  :)

Procurando novamente

O dia seguinte apareceu como uma cobra rastejante. Frio. Pouco a pouco as nuvens pesadas iam tomando conta do céu. Era um dia fechado. O Sol estava escondido. Parecia que havia chegado aos céus o desastre que ocorrera.

 

No centro da Árgora, em uma espécie de palanque, estava Esqueneu  preparando-se para passar um comunicado aos moradores de Ciros. Tárcilis e Linus estavam lá e sabiam que a mensagem era sobre Atalanta, e, pela cara de Esqueneu, sabiam que não era algo bom. A ruiva podia sentir seu estômago se revirar. Seu coração batia forte. Estava com um nó na garganta. Seus braços e pernas tremiam.

--Como bem sabeis, minha filha tem desaparecido junto de seu noivo Hipomene.-Começou a dizer Esqueneu.-Tenho, porém, uma carta em mãos escrita por ela. Tem sua mesma grafia...-Neste momento, passou uma de suas mãos trêmulas pelas letras da carta. Emocionou-se.-...N-Nela, minha filha Atalanta expressa que precisou ausentar-se para viver com Hipomene, quem agora é seu marido. Ela viverá com eles em outras terras por temor provindo de algum motivo que ela não especificou. Fiquemos alerta, portanto, para que esse perigo não caia sobre nós.-Terminou Esqueneu  com a voz totalmente embargada. Parecia que uma faca cortava sua garganta.

--O que? Mas como isso é poss...

--Tárcilis, quieta!-Tampou Linus a boca de sua amiga quando percebeu que a mesma havia ficado histérica.

--Mas, Linus...

--Ouça, Tárcilis, não desespere Esqueneu  mais do que ele já está.

 

Tárcilis se calou, porém borbulhava dentro de si. Como Atalanta poderia ter feito algo desse tipo com ela? Por que ela não contou? Não eram melhores amigas? Será que aquela história era uma mentira?

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Os dias se passavam. Dia e noite. Onda e brisa. Cheia e ressaca. Era noite de estreia da Lua minguante, que despiu de seu véu e o deixou cair sobre a Terra para atingir aquela deusa que levemente dormia em sua confortável cama. As estrelas a tudo assistia. O véu, que era fervente, cobriu  Diana, quem apenas deu uma remexida involuntária, e, logo após, o tecido desapareceu. Começava agora a fase Minguante da deusa da caça.

 

Iniciava-se o dia seguinte. O murmúrio entre as ninfas mostrou-se inevitável, e o assunto não podia ser outro: A Lua Minguante.

--Ninfas das árvores escondam-se dentro de troncos. Ninfas do rio, que lá enfiem-se. Só não tenham o desprazer de cruzar o mesmo caminho que o de Diana.-Advertia Eco insistentemente.

 

Tão logo a ninfa falante acabara de passar as informações, pôde-se ouvir o barulhos de fortes pisadas contra o solo. Barulho que fazia o próprio Hades tremer-se. Dava-se para ouvir barulhos de galhos de árvores sendo quebrados, supostamente, para dar espaço a quem passava. Esse foi o chocalhar da cascavel que as ninfas precisavam para sair apressadamente daquele local.

 

Diana chegou onde suas ninfas estavam reunidas, porém ela não as encontrou. Melhor assim. Diana sentia sua cabeça ferver. Tinha uma dor terrível em um lugar próximo ao ventre. Estava totalmente estressada. Poderia explodir em tragédia a qualquer momento. Suas têmporas pulsavam. Tudo isso devido a Lua Minguante.

 

A deusa buscava seu arco e flecha, e o havia posto em algum lugar. A ninfa Salmácis, ao ver que Diana se aproximava, lançou-se ao rio. Não estava disposta a ouvir os desaforos de sua amiga. A deusa pegou seu arco, suas flechas e seu cavalo, e saiu a galopar. Seu seu animal galopava velozmente. Diana mantinha seu olhar fixo. Não percebeu, mas Minerva(Atena) surgiu na garupa do equino.

--O que estás a fazer?-Perguntou curiosamente a deusa do saber.

--Não é da sua conta.

--Nossa, como estás ríspida!-Informou Minerva(Atena) com uma mão em sua boca, que estava  aberta, fingindo incredulidade.-Espera... Estás naquele dia, e, se eu te conheço bem, aposto que estás indo atrás da corredora!

 

Como resposta, Diana apenas olhou a outra deusa de rabo de olho.

 

--Diana, não acho isso a atitude mais prudente...

--Começou. Tu e tuas prudências.

--Não sejas ignorante. Estás estressada. Achas mesmo que este é um bom momento para pedir ela em casamento?

--Basta, Minerva! Nada de errado pode acontecer. Agora deixe-me em paz.

 

Nem tão bem a deusa da caça acabara de falar, a deusa do saber desapareceu tão fugaz como a névoa com uma face emburrada de raiva.

 

Diana chegou chegou em Ciros como um ladino. Estava focada em fazer o que pretendia. Após um tempo vasculhando o lugar em busca da corredora sem sucesso, a deusa suspirou e fez tudo novamente. Onde raios estaria Atalanta. Será que ainda estava em viagem? Bem, para Diana isso não importava mais, pois já havia perdido a paciência. Seja lá em que cidade estivesse, a deusa caçadora iria ao seu encontro. 

 

Olhou para a Lua. Ela estava visível no céu, embora estivesse de manhã. Foi nela onde Diana assentou-se para pousar seu atento olhar sobre a Terra. O tempo se passou, porém, e nada de achar a corredora.

--''Onde será que se metestes?''-Perguntou-se a deusa da caça.

Diana passou mais um tempo mantendo seus olhares atentos, porém, quanto mais tempo se passava, mais a deusa era pressionada a avaliar que não fora capaz de encontrar Atalanta, que supostamente estava na Terra, o que feria seu ego, ou avaliar see algo de mortal pudesse ter sucedido ao corpo da corredora. O coração de Diana apertou-se perante a última possibilidade. Se algo tivesse acontecido à Atalanta, nunca se perdoaria.

 

A deusa da caça não poderia ficar com aquela dúvida. Resolveu fazer uma última tentativa antes de tomar uma medida drástica. Diana perguntou aos pássaros se tinham visto a corredora, perguntou ao solo se recentemente tivera sido tocado por Atalanta, perguntou desde as árvores até formigas, porém ninguém possuía a resposta.

 

Bem, só restava uma alternativa, a qual dava à Diana arrepios. A deusa da caça agasalhou-se mais em sua pele de ursa e apanhou duas nobres moedas.

 

 

 

          ---------------------------------------

 

 

 

 

Diana esperava por algo às margens de um fúnebre e místico rio de águas escuras. O clima era pesado. Neblinas traziam consigo um ar de mistério. As árvores eram curvadas como que se estremecidas por medo de algo. O som do vento oco pairava pelo ar. Os pelos da deusa da caça já se eriçavam.

 

Diana não teve de esperar muito. A deusa da caça pôde ver uma canoa enfeitada com alguns crânios e ossos se aproximando através da neblina. Um velho homem coberto por uma capa guiava o transporte. Ao ver de quem se tratava abriu um sorriso.

--Diana, que bela surpresa.-Disse o homem misterioso com uma voz sussurrante e rouca.

--B-Bom te ver também, Caronte...-Comprimentou a deusa enquanto sentia suas pernas tremerem de ansiedade, fato que não passou despercebido pelos atentos olhos do barqueiro.

--Vejo que não é algo de bom o que te traz aqui. Na verdade, nunca vi algo de bom fazer com que pessoas cruzem estes dois rios. Agora suba criança.

 

Embora Diana fosse uma deusa, preferiu dar a moeda a Caronte, quem majestosamente aceito a peça de valor.

 

O barco navegava lentamente pelo rio Aqueronte. O tom da neblina aumentava. O cheiro de enxofre arfava as narinas da deusa. Era possível se ouvir gemidos agoniantes. Algumas das vozes clamavam por Diana, quem nada podia fazer, até porque estava focada em outro assunto. O barco entrou em uma gruta e chegou no final de seu trajeto. Diana se despediu de Caronte e seguiu andando pelo local.

 

Agora a poeira das rochas se mesclava com a penumbra. Haviam vários pedaços de esqueletos espalhados pelo lugar. Conforme a deusa andava pelo caminho escolhido, mais adornos e enfeites um tanto góticos apareciam. Diana parou perante duas  grandes portas de madeira e as abriu. Atrás delas haviam dois tronos feitos de pedras lapidadas e uma outra pedra preciosa escura e brilhante. Em um dos acentos estava Hades e em outro estava a bela Prosérpina (Perséfone), quem, ao ver a deusa, correu para um caloroso abraço.

--Por Júpiter, Diana! Que amável surpresa!-Exclamou a rainha do submundo.

--D-De fato.-Respondeu a deusa sem disfarçar sua apreensão.

 

Prosérpina (Perséfone) era um ninfa que fazia parte do séquito de Diana. As duas se davam muito bem. Era, também, filha de Ceres(Deméter), a deusa agrária. Um dia, ao divertir-se com outras ninfas, não viu uma suntuosa figura masculina aproximar-se de si com uma carroça. Ao se dar conta, já era tarde demais. Estava sendo raptada por Hades. O ocorrido gerara muita confusão. Ceres(Deméter) viu-se desamparada e em pura angústia por não saber onde sua amada e única filha estava. Foi o momento mais amargo das terras, tornando-as infrutíferas. Não havia ninguém que pudesse colher uma alface sequer do solo. Quem plantava uma semente, a terra não devolvia. O mundo clamava em fome. Os deuses acabaram por se movimentar para tentar achar a ninfa. Encontraram-na no submundo junto de Hades. A própria Diana, valentemente, oferecera-se para resgatar a amiga. Seu pai, porém, não permitiu, presumindo a confusão, e preferiu que Ceres(Deméter) a buscasse, mas com uma condiçãopara não se desentender com seu irmão: A filha da deusa não poderia ter comido nada do Submundo para que ela voltasse. Infelizmente, a ninfa já havia degustado das romãs do local, e o pior: estava gostando de Hades. Com tal devastadora notícia, a deusa agrária escondeu-se de dor em uma caverna de uma montanha e ameaçou matar a humanidade de fome. Júpiter(Zeus), obedecendo um pedido, ou melhor, ordem de Juno(Hera), quem não suportava mais tanta confusão, acabou por chamar Hades e Ceres (Deméter) para um definitivo acordo. Assim o fora firmado: metade do ano, Perséfone (Prosérpina) ficaria com Hades sendo a rainha da Submundo. Na outra metade do ano, ficaria com sua mãe sendo a certeza de uma Primavera.

 

A rainha do Submundo, ao ver o nervosimo de sua amiga, segurou suas mãos e disse:

--Vejo que não veio aqui apenas para ver-me. O que houve?

--É-É que...Eu...Bem...-Diana parecia ter desaprendido a falar. Seu coração pulava.

--Diana, calma. Respira. Agora diga o que de tão ruim te traz aqui.

--A-Atalanta.-Foi a única coisa que a deusa da caça conseguiu dizer.

--A grande velocista? O que tem ela?

--E-Ela está por aqui?

--Não me recordo de tê-la visto passar por aqui. Com certeza, se um ícone de bem-estar Helênico como ela estivesse aqui, eu saberia. Entretanto, no final das dúvidas, deixe-me perguntar à Morte.-Disse Prosérpina (Perséfone) indo em direção a uma bela mulher de lábios bem rubros que conversava com Hades. 

 

A rainha do submundo foi até Diana, quem, a este ponto, já estava mais que ansiosa, externar a informação recebida:

--Seja lá onde Atalanta estiver, posso garantir-lhe que ela nunca esteve aqui.

--Por tudo que é mais sagrado, obrigada!-Exclamou Diana dando um forte e apertado abraço em sua amiga.

 

 

 

          -----------------------------------------

 

 

Aurora comandava sua carroça de fogo, que era puxada por dois cavalos. A deusa da manhã possuía seu cabelo da cor das chamas e seu vestido dourado. Suas habilidades visuais eram bem avançadas e, lá do alto, pôde ver Diana acenando para si. Aurora retribuiu o aceno, deixando a deusa caçadora entrar em sua carroça.

 

 

Em questão de segundos, Diana já estava perto de Aurora.

--Algo para tratar comigo, Diana?-Perguntou a deusa da manhã de forma sorridente.

--Sim. Por acaso, tens visto Atalanta?

--Bem, agora que perguntastes, percebo que ela tem-se estado ausente. Não da forma que ficamos em casa por uns dias, mas por um longo período. Há de ressaltar que não a vi saindo de Ciros.

 

As palavras de Aurora faziam o coração de Diana acelerar e sua pele gelar. Um nó se fez em sua garganta.

 

--Q-Quando foi a última vez que tu a vistes?-Perguntou a deusa da caça.

--Uma das ultimas vezes que eu a vi, ela estava prestes a apostar sua corrida matrimonial com Hipomene.

--Aquele verme... Deve ter comido a poeira dos pés de Atalanta. Nem disso ele é digno.-Pensou alto.-Muito obrigada Aurora. Tenha um bom dia.

--Sou eu quem o faço mesmo. Até logo, Diana.-Despediu-se a deusa de forma alegre.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

--Meu bem, darei uma saidinha, e voltarei a noite, pois de dia, sob a luz do Sol, é que se deve cultuar a beleza, e, a noite, é que deve-se dela usufruir, ou vice versa.-Disse Vênus(Afrodite) à leoa.

 

Atalanta já estava meio acostumada a isso. O incenso e a própria presença da deusa do amor faziam com que as fendas do coração da corredora fossem tampadas. Desta forma, era difícil ela sentir saudade. 

 

Do luxuoso salão da deusa, pôde-se ouvir sons de batidas na porta, fazendo com que Vênus(Afrodite), quem, naquele momento, estava acariciando os sedosos pêlos de sua leoa, se assustasse.

--Oras, quem será, pois, numa hora dessa, quando todos ainda estão fadados ao sono matinal?! Ah, sim! Chamei Mercúrio para prestar seus serviços!-Disse Vênus(Afrodite) enquanto movia-se até a porta.

 

Ao ouvir o nome do deus mensageiro, Atalanta esticou seu pescoço para encarar melhor quem entraria pela porta. A leoa estava curiosa em saber como devia ser o deus velocista pessoalmente.

 

Mercúrio(Hermes) possuía um semblante de quem ainda queria estar na cama, mas tentava remoldar sua expressão facial para agradar a deusa do amor. A mesma não parecia se importar com o deus, senão com seus serviços.

--Em que posso ser-lhe útil?-Perguntou Mercúrio(Hermes).

--Então, meu querido, quero que vá até o submundo e peça para a Prosérpina me enviar um pouco de beleza para que eu possa começar meu dia.

--"Então é de lá que Vênus tira sua beleza. Que curioso".-Pensou Atalanta.

 

O deus mensageiro estava prestes a sair quando avistou a leoa. Observou seus olhos. Aquele olhar era familiar. De onde será que ele havia visto? A leoa parecia nervosa perante o olhar do deus.

--O que estás esperando, meu bem?-Perguntou a deusa do amor.

--N-Nada. Já estou a partir.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Diana já conseguia sentir sua cabeça fervendo. Ninguém sabia do paradeiro da corredora. A terra alegava não ter sentido os agitos dos pés de Atalanta. As árvores diziam que de seus frutos a velocista não tinha ultimamente degustado. O rio confidenciava que dele a corredora não havia se refrescado.

 

A deusa caçadora já sabia o que iria fazer. Não iria se aquietar até encontrar Atalanta. A Lua, que ditava seu humor, fazia Diana tremer de stress e ansiedade.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

--Apolo, não aguento mais procurar esse homem. Ele nem é relevante para a civilização Helênica.-Resmungou Íris, sendo concordada por Minerva(Atena). 

--Continuem procurando por mais um momento. Ele há de ser encontrado.-Respondeu o deus.

 

Apolo havia pedido às duas deusas para que elas o ajudassem a encontrar Hipomene.

 

--Pelo jeito Atalanta está desaparecida também.-Disse o deus solar, após parecer prestar atenção em sua audição.

--Como disse?-Perguntou a deusa do saber.

--Tárcilis acabou de rogar em preces chorando para que eu  proteja sua amiga.-Justificou o deus.

--É mesmo. Acabo de receber preces dela também.-Disse a deusa do saber.

--Eu também... Ela deve estar desesperada. Pediu ajuda até para mim que nada tenho a ver com esses assuntos.-Pronunciou-se Íris.

--Bem, não deve ser nada grave. Ela deve ter saído ladinamente com seu esposo afim de não serem incomodados.-Disse Apolo vasculhando atrás de uma rocha.

--Esposo?!-Perguntaram, de forma bradante, Minerva(Atena) e Íris.

--Sim,  o Hipomene.-Respondeu o deus solar sem entender o que se transpassava.

--Hipomene?!-Gritaram as duas deusas mais alto ainda.

--Ah, pronto...

--Como assim Atalanta está casada com Hipomene?!-Interrogou Íris.

--Ele venceu a corrida, ué.-Respondeu Apolo como se a resposta fosse a mais óbvia.

--Não, foi Diana quem venceu a corrida e ela está indo hoje apossar-se de Atalanta.-Inqueriu a deusa do saber.

--Diana?!-Foi a vez fo deus se chocar.

--Sim, Diana.

--De certo, ao encontrá-la, matará Hipomene...Espere, não há como duas pessoas ganharem uma corrida matrimonial.-Cuspia o deus as palavras, perdendo-se em seu próprio raciocínio.

--Não, tudo bem. Diana matará Hipomene, e pronto: haverá um vencedor apenas.-Provocou a deusa mensageira.

--Nem brinque com algo desse tipo! Tenho que achar Hipomene agora!

--É melhor ires rápido, pois, se Diana achá-lo primeiro, já sabes.-Provocou igualmente Minerva(Atena) enquanto tentava estancar o riso.

 

Em menos de dois segundos, pode-se ver o deus sumindo pelo ar.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Os passos apressados de Mercúrio(Hermes) não o davam o privilégio de contemplar o lugar por onde passava. Na verdade, o local não era, em si, um objeto de apreciação. Uma grande gruta que parecia degustar de ossos.

 

Em pouco tempo, chegou ao trono de Hades e Prosérpina (Perséfone). Após prestar as devidas reverências, dirigiu-se à filha de Ceres(Deméter).

--Grande Prosérpina, de beleza obscura, que traz em seus olhos, desde mortes, como maior ato de bravura, a mortes, como por banalidade e luxúria, a deusa do amor, Vênus, roga a ti para que a conceda o que tu cultiva em meio à escuridão, a tão sonhada beleza.

--Mais algumas palavras e igualar-se-ia à própria Íris.-Comentou a ex ninfa diânica de forma bem humorada, arrancando risos de seu esposo e do deus mensageiro.

--Meu bem, fale para ele sobre Diana.-Disse Hades à sua esposa.

--Ah, sim, meu amor. Diana esteve aqui.-Comentou Prosérpina enquanto entregava uma rústica caixa preta ao deus velocista.-Procurava por Atalanta.

--O que?!-Espantou-se Mercúrio (Hermes).

--Pelo que eu entendi, ela não a encontra em nenhum lugar na Terra.-Completou a rainha do submundo.

--A ponto de procurá-la aqui, no Submundo?!

--Exato. Há de ressaltar que ela me parece bem alterada por causa da Lua.-Pronunciou-se Hades.-Fez-me tremer ao sentí-la acordar.

--Obrigado pela informação. Preciso saber mais sobre isso.-Disse Mercúrio(Hermes) para, logo após, disparar como um raio, recusando despedidas.

 

 

 

          -----------------------------------------

 

 

Um tom escuro já se apossava do céu. Junto dele, estrelas, a Lua e um véu de vento frio que agitava as árvores, fazendo suas folhas cantarem. Diana estava no topo da residência de Esqueneu. Seu semblante era sério. Esperou o homem tocar seus joelhos no chão e atar suas mãos para chamá-la em preces, como comumente fazia quando estava preocupado. Ao ouvir seu nome saindo dos lábios dele, prionunciou-se:

--Esqueneu, onde está tua filha?

 

A voz da deusa era potente e rígida. Poderia derrubar uma nação com seu sussurro. O velho homem sentiu seus músculos enrijecerem e seus pêlos eriçarem. Ele sentiu como se a deusa estivesse perto de si, o que, sem saber, de certo, estava.

--D-Diana, proteja minha filha! Não sei onde ela está! Ela desapareceu a alguns dias junto de seu esposo.

--Esposo?!-Questionou a deusa. Não cabe a um deus ser tão sentimental acerca de um diálogo durante preces, porém Diana não conseguira conter a fúria. Sentiu seus dentes trincando.

--Sim, minha deusa. Infelizmente, Hipomene ganhou a disputa e se casaram escondidos de todos. Minha filha mandou-me uma carta contando sobre o ocorrido. Temo, porém, por sua vida, pois, de acordo com o oráculo, algo trágico trará a ruína dela após unir-se a um homem.-Disse Esqueneu  com voz trêmula enquanto deixava que lágrimas lavassem sua face.

--Eu a protejerei.-Foi a palavra final de Diana antes de deixar o local.

 

A deusa caçadora bradou um potente grito de fúria. Derrubava árvores com o braço e chutes por onde passava. Não podia acreditar no que ouvira. Teria Atalanta casado-se com Hipomene? Mesmo sabendo que já estava comprometida com ela?

 

--Diana...-Um sussurro pode ser ouvido chamanado pela deusa.

 

A deusa procurou a matriz da voz com o olhar enquanto pensava:

--"Era o que faltava. Agora fui vista por um mortal."

--Diana...--Novamente o sussurro.

 

Diana pôde ver uma silhueta feminina encima de uma árvore. A cor de sua pele era igualmente da cor do tronco. Era uma dríade. A deusa da caça  foi até a figura feminina e esperou que a mesma se pronuncia-se.

--D-Diana? És tu mesmo? Por Júpiter! Não acredito que estou perante a deusa Diana!-Exclamava a ninfa da árvore enquanto gaguejava e tremulava.

--O que queres?! D-Digo, o que desejas dizer-me?-Ponderou a voz, pois não gostava de ser grosseira com ninfas.

--N-Não posso deixar de notar, através de seu resmungar, que buscas por Atalan...

--Sabes de algo?! Sabes onde ela está?!-Inqueriu a deusa animadamente, invadindo o espaço pessoal da dríade.

--C-Creio que minha informação possa ser-lhe útil.

--Diga, meu bem.

--Vi Atalanta com seu noivo, o Hipomene. Eles estavam discutindo, suponho eu. Após um momento, pude ouvir a voz de Vênus. Ela estava cobrando algo de Hipomene. Com o transcorrer da conversa, Vênus acabou transformando Atalanta em leoa e Hipomene em leão. Ela mandou Cupido levar ambos a ela.

 

Diana não esboçava reação. Estava paralisada. A história a conturbava. Era muita informação. Seria cômico se não fosse devastadoramente trágico. Quem ousaria humilhar sua mulher de tal forma a ponto de transformá-la em um animal?! E, como sua mulher poderia ter entregado-se a um asco?! Como o pai dela deixara tamanha atrocidade sabendo que isso traria a ruína de sua própria filha?! Onde estava Mercúrio na hora do ocorrido?! Não fora ele mesmo quem havia incumbido-se de proteger Atalanta?! Como Cupido, quem mais parecia uma donzela, conseguiu carregar dois leões até sua mãe?! Estaria Vênus preparada para ter sua bela face desfigurada?! De fato, muitos questionamentos orbitavam dentro da cabeça de Diana.

--Atalanta...Vênus...Leoa...-Foram as únicas palavras que a deusa conseguiu babulcear.

--D-Diana? Tudo bem?

--M-Muito obrigada pela informação. Se ela condizer com a realidade, poderás participar do meu séquito de ninfas.-Disse Diana saindo do transe.

--Não acredito que poderei viver junto de Diana!-Exclamou a ninfa em pura euforia.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Apolo adentrava florestas em busca do caçador desaparecido. Acabou passando pelo mesmo caminho andado por sua irmã à algumas horas atrás. 

--Psiiiuuu! Apolo...-uma voz sussurrante chamou o deus.

--Quem está aí?

--Aqui na árvore.

 

Apolo foi até a árvore de onde saia a voz, e disse à ninfa:

--Acerca de que queres tratar comigo?

--Apolo?! És tu mesmo?! Por Júpiter! Não posso crer que estou perante o deus Apolo!

--Sim, sim. O que queres?

--A-Ah, sim! Pelo teu resmungar, vejo que procuras por Hipomene...

--Dissestes Hipomene?! Sabes onde ele está?!-Inquiriu o deus de forma agitada.

--S-Sim... 

--Então diga!

--Vi Hipomene com sua noiva, Atalanta. Eles estavam discutindo, suponho eu. Após um momento, pude ouvir a voz de Vênus. Ela estava cobrando algo de Hipomene. Com o transcorrer da conversa, Vênus acabou transformando Atalanta em leoa e Hipomene em leão. Ela mandou Cupido levar ambos a ela.

--Mas o quê?!-Bradou Apolo fazendo a árvore onde estava a dríade chaqualhar.

--Apenas digo o que eu presenciei.

--S-Sim, perdão. Se estiveres certa em tua arfimação, permitirei que faça o que quiser com meu corpo.-Disse o deus dando uma piscada maliciosa e saindo de pressa.

--Não acredito! Os deuses resolveram me abençoar! Serei do séquito de Diana e terei o corpo do deus da beleza masculina ao meu dispor!-Disse a ninfa de forma vibrante, enquanto batia palmas.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Mil desculpas pela demora. :,(

Esse capítulo havia sido deletado duas vezes do meu Word, mas, pacientemente, o refiz  :,)

Realmente não sei como essas autoras conseguem postar a cada semana.  (>___<|||)


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 17 - Procurando novamente:

Sem comentários

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web