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Um divino amor. por SrtaM

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Palavras: 3247
Acessos: 1032   |  Postado em: 23/04/2018

Notas iniciais:

Boa leitura! :)

Apenas o momento errado.

 

--Íris, sagrada és! Utilidade, com certeza, é o seu segundo nome! É a minha adaga preferida!-Exclamou Juno(Hera) surpresa, deixando Íris cheia de orgulho, e Atalanta morta de medo.-Agora, meu bem,  fique calma. Não vai doer nada.-Disse à leoa.

 

A deusa dos céus azuis começou a mover-se em direção ao suposto animal, quem, a este ponto, possuía o coração acelerado como se fosse a sair de seu corpo. Juno(Hera) possuía um sorriso sádico, sendo acompanhada por Íris.

 

--Sim, Cupido, verei mais tarde, pois agora eu...-Começou a dizer Vênus em voz alta para seu filho ouvir enquanto abria a porta de seu quarto, porém engolira suas palavras com o susto que levara ao dar de cara com Íris e Juno(Hera).

 

Juno(Hera), com o susto, escondera a adaga atrás de si enquanto olhava para Vênus com um sorriso amarelo. Íris estava prestes a cair para trás se não fosse a mão da deusa dos céus em suas costas. Atalanta correu o mais rápido possível para as pernas da deusa do amor, cujo olhar permanecia sério e gélido. De fato, não teria outra alternativa. Agora era hora de jogar as cartas na mesa. Juno(Hera) resolveu ser a primeira pronunciar-se:

--Olhe, Vênus, eu...

--Vejo que gostaram tanto de minha leoa que quiseram apreciá-la de perto.-Disse a deusa do amor exibindo um inocente sorriso. Vênus, de fato, não era das mais inteligentes.

--''Mas é muito jumenta mesmo...''-Pensou Juno(Hera) enquanto dizia com um amistoso sorriso:-Claro, meu bem. Por isso mesmo.

 

Íris não tinha fôlego para falar, e apenas foi arrastada pela deusa dos céus até o salão principal.

 

          ----------------------------------------

 

 

A noite já era anunciada por uma esbelta coruja. As estrelas pareciam cristais que foram esparramados pelo escuro céu. Quem caçava à noite já mantinha seus passos sorrateiros. Um confortável frio era trazido por um silencioso vento. Uma grande fogueira fora acesa. Ao redor, alguns troncos para servir de bancos. Tapetes coloridos foram forrados sobre o chão. Vagalumes passeavam pelo local. Uma mesa havia sido posta com os melhores manjares. Algumas ninfas tocavam liras, flautas ou tambores. Outras dançavam. Diana se divertia com tudo, e dançava também.

 

A festa em homenagem à deusa ocorria tranquilamente. Dafne esperava o momento certo para por seu plano em prática. A deusa não percebia, porém, toda vez que sua taça de vinho chegava pela metade, a ninfa sorrateira a enchia novamente até a borda. Isso fez com que Diana ficasse completamente embriagada. 

 

Todas as ninfas prestaram uma homenagem à deusa, até mesmo Salmácis, quem apenas deu um breve abraço em sua velha amiga . Dafne seria a última. Como já dizia o ditado: ''o melhor fica para o final''.

 

A ninfa trazia consigo uma cesta, e de lá tirou uma grande serpente. As ninfas ao redor correram para próximo de Diana procurando abrigo. A deusa da caça, por sua vez, solveu o último gole de vinho de forma um tanto bruta, e sorriu ao ver a longo animal. Diana amava os animais mais selvagens, e o efeito do álcool fazia tudo girar, dando a ilusão de haver apenas ela, Dafne e o ser rastejante.

 

A deusa também não percebeu também, mas fizera um sinal para que as ninfas se afastassem de si. Talvez Dafne tivesse posto algo a mais na bebida. Salmácis cheirou a taça e olhou para Dafne e Diana.

--''Lá vem...''-Pensou a ninfa, dando um longo suspiro.

 

A ninfa portadora da serpente manteve-se de olhos fechados adquirindo a energia do animal. Após alguns segundos, começou sua apresentação. A deusa caçadora tinha seu braço no qual apoiava-se trêmulo. Dafne começou sua dança. Seus quadris pareciam ter vida própria. Seus braços se mexiam como folhas de palmeiras sendo sutilmente balançadas pela calma brisa. O vestuário da ninfa era constituído por um tecido vermelho extremamente fino, denunciando levemente suas vergonhas. A veste cobria apenas os seios, deixando um decote, cobria um pouco seus quadris, como uma saia, e totalmente seu sex* e nadegas. Estava mais do que sensual.

 

A ninfa dançava bem próximo à fogueira, porém não se queimava. Estava milimetricamente no limite de segurança. Gostava da sensação ardente. Ela estava ardente. O contraste da chama com a escuridão da noite em sua pele aumentava o clima.

 

Diana estava em estado psicodélico. Dafne parecia a própria serpente em chamas. Sua dança era hipnotizadora. A ninfa era totalmente sensual. Seus  movimentos  manipulavam a deusa como cordas que mexem um fantoche.

 

Todas as outras olhavam a cena e iam afastando-se aos poucos das duas para não atrapalhar. Salmácis estava com raiva de Dafne e de Diana por ter-se deixado levar pela ninfa sorrateira.

--''Como podes ser  tão tola, Diana! Como podes?!''-Pensou. Estava acostumada, porém, com ''rituais'' deste gênero.

 

Dafne era uma ótima caçadora, e esta era uma de suas caçadas. A dança erótica era apenas o preparo da armadilha. A ninfa daria o bote agora:

--Diana...-Sussurrou sensualmente ao ouvido da deusa.

 

A caçadora dos caçadores estava em uma outra realidade. Na verdade, não sabia que se tratava de Dafne. Para ela, estava perante uma serpente exótica, e estava apenas a admirando. Seus atos, porém, eram traduzidos como êxtase erótico pelas outras. A deusa também não sabia como reagir.

--Diga...-Respondeu a Diana num fio de voz.

--Peça-me para deitar contigo no leito de sua casa...-Sussurrou Dafne enquanto sentava-se no colo da deusa, de forma que só ela poderia ouvir.

 

Diana não mantinha relações com suas ninfas em suas casa, muito menos em sua cama. Tal cama que construíra para ter momentos com sua corredora. Dafne planejara tudo para ser a primeira. O estado da deusa caçadora não a deixava raciocinar. Foi inevitável a temida resposta:

--Dafne, deite-se comigo no leito de minha casa.-Repetiu Diana em um tom alto, fazendo com que todas as ninfas se surpreendessem.

--Seria uma honra, minha deusa.-Respondeu a ninfa enquanto recebia toques da deusa.

 

Salmácis nunca se metia nesses assuntos, porém deixar que Dafne dormisse com Diana em sua cama era demais, esteja ela embriagada ou não.

--Ninguém vai dormir no leito de ninguém!-Bradou Salmácis, fazendo com que as outras ninfas, que já estavam se retirando, voltassem para apreciar a confusão que se iniciaria.

--Não se meta, sua inútil.-Respondeu Dafne rispidamente.

--Não sentes tu vergonha por te posto algo na bebida de uma deusa. Isso lhe daria pena de morte!-Exclamou a ninfa preguiçosa.

--Tu não tens como provar nada! Diga a ela que queres estar comigo, Diana.-Comandou a ninfa traiçoeira.

--Diga a ela que queres estar comigo, Diana...-Repetiu a deusa, denunciando seu estado insano.

 

Diana, após uma tocida, perdera Dafne de vista, quem, àquele ponto, tinha a face sendo arrastada pelo chão, tal como um arado, pelas mãos de Salmácis. A deusa caçadora resolveu, então, elevar seu olhar ao céu, porém acabou tombando seu corpo. Permaneceu estirada no chão. Acompanhava as estrelas como um bebê. Lembrou de Atalanta. Como era bela. Sua curvatura. Seus cabelos. Seus olhos. Tudo. Mais do que tudo. Sem perceber, um sorriso fora desenhado em sua face. A imagem da corredora começou a preencher sua mente. Não havia nenhuma lacuna que não fora imersa naquelas lembranças. Precisava tê-la.

--A-Ata...Lanta...-Babulciou a deusa de forma que só seus ouvidos puderam captar.

 

As ninfas pensavam se tomariam alguma ação perante a dolorosa briga de Salmácis e Dafne. Se assim fizessem, a briga consequentemente acabaria, e isso era o que elas mais temiam. As duas ninfas briguentas pararam de se agredir, porém, ao notar que Diana caíra em um profundo sono.

--Diana! Por Júpiter!-Exclamou Dafne de forma desesperada enquanto se atirava sobre o corpo da deusa.-Padecestes?

--Ela só está dormindo.-Informou Salmácis.

--Como sabes?-Perguntou a ninfa que já chorava sobre o peito de Diana.

--De sono eu entendo. Aliás, não consegue ver que o peito dela se move em virtude da respiração? E ela é uma deusa, ou seja, imortal, sua imbecil.

--É verdade...-Disse Dafne ao notar que tudo o que a outra falara fazia sentido.

--Parece que teu planinho deu errado, meu bem.-Disse Salmácis em tom irônico.-Agora saia daqui antes que eu conte a Diana o que fizeras.

 

Dafne odiava admitir uma derrota, mas saiu como um rato com o rabo entre as pernas. Salmácis prontamente expulsou as outras ninfas e olhou para sua amiga. Tinha um sono pesado e leve ao mesmo tempo. Possuía um sorriso nos lábios. No que estaria pensando?

--A julgar pelo peso de seu sono, terei que carregá-la até sua cama...-Disse a ninfa suspirando pela tarefa eminente, porém sorriu, pois sempre estava disposta a ajudar sua amiga, embora quase nunca precisasse.

 

Com passos rápidos Salmácis carregou o corpo da deusa e o jogou na cama, pois era muito pesado. Respirou rapidamente para recobrar o fôlego.

--Por que raios deuses são tão pesados?!-Questionou a ninfa.

--Ata...Lanta...-Babulciou Diana ainda de olhos fechados.

--O que?-Perguntou Salmácis, sem dar muita atenção, enquanto procurava uma coberta.

--A-Atalanta...-Disse a deusa de forma mais alta, fazendo sua voz sair mais vacilante.

--Que raios é isso?-Perguntou a ninfa.

--Atalanta...

--Olha, Diana, não tenho tempo para isto.-Disse Salmácis enquanto se virava para sair do quarto.

 

A ninfa pretendia fazer uma solução de ervas para dar à deusa como um estabilizador, porém pensou:

--''Ela é uma deusa. Não morrerá. Nem sei porque eu ia perder meu tempo e fôlego fazendo isto.''--Pensou Salmácis.-Vou dormir.-Concluiu e deitou-se no chão.

 

 

 

          ---------------------------------------

 

 

--Sim, sim, meu filho. Concordo contigo. Agora vá.-Disse Vênus qualquer coisa enquanto empurrava seu filho porta à fora. 

--Mas mamãe...-Tentou relutar o jovem deus.

--Nada de ''mas''. Saia mundo a fora e faça grandes feitos que sejam relatados em grandes epopeias. Faça com que o anfiteatro tenha prazer em representar tua figura e índole. Aproveite enquanto ainda és jovem para deixar tua marca. Não vê Eros, que até uma moça digna conseguiu?-Disse a deusa do amor rapidamente, para, logo após fechar a porta com seu filho do lado de fora e sem poder queixar-se pela menção ao seu arque rival.

 

O banquete já se encerrara. Vênus(Afrodite) olhou bem para sua extravagante morada e abriu um sorriso.

--Enfim, só!-Exclamou a deusa com os braços abertos para, logo após, tirar brutalmente suas delicadas vestes.-Agora sim estou em meu estado mais digno e belo!

 

Atalanta, ao ouvir o grito histérico, não conseguiu identificar o conteúdo da mensagem, e preferiu averiguar e ver do que se tratava. Ao chegar no local, viu Vênus(Afrodite) completamente nua, e acabou desequilibrando-se com a visão.

--Essa é, normalmente, a reação de todos que me vêem neste estado.-Informou a deusa do amor em tom esnobe.-Inveja tenho eu de ti, porém. Podes viver nua sem sofrer repreensão ou sansão de ninguém. Tomarei um banho. Venha comigo, pois aproveito e te dou um banho também.

 

Vênus relaxava na vasta banheira de ouro, mantendo seus olhos fechados. Atalanta brincava com as bolhas. Nunca tinha visto isso antes. Só sabia que a deusa do amor costumava a chamar de sabão. Após um tempo, Vênus olhou para sua leoa e disse:

--Sabe, meu bem, estava pensando uma coisa. Tu sempre se comportas muito bem, ao contrário daquele leão desprezível. Acho seus olhos lindos, e sempre me pergunto o que tem por trás deles, que alma está por trás deles. Como deveria ser a mulher que os portava? Em suma, pretendo transformá-la em humana mortal novamente, porém com uma condição: viverás comigo. Serás como uma serviçal. Será minha protegida assim como Helena de Tróia.

--''Helena de Tróia é a vilã da tensão pelo que posso lembrar-me.''-Pensou a leoa.-''Mas, se ela me transformar em humana novamente, será meio caminho andado para eu voltar à minha vida normal.''

 

 

          ----------------------------------------

 

 

A face de Esqueneu  estava úmida por causa de lágrimas de outrora, que ameaçavam voltar. Sentado em uma cadeira, lamentava o sumiço de sua filha. Tárcilis e Linus estavam o consolando. Eram boas pessoas. Embora estivessem lá para tranquilizar o coração de Esqueneu, ambos não podiam deixar de sentir suas dores individualmente. 

--Por que tanta desgraça, meus deuses? Tenho eu extraviado-me perante seus estatutos?!-Exclamou o vivido homem aos céus enquanto deixava-se romper em lágrimas. Os dois jovens nada fizeram, pois sabiam que Esqueneu  precisava daquele momento para extravasar-se.-Será que ela casou-se com Hipomene e deixou-me aqui?!

--Impossível, Esqueneu!-Exaltou-se Tárcilis com a pergunta.

--Ela não o amava.-Completou Linus.

--O que ele fez com ela?!-Questionou o velho homem.

--O tempo dirá.-Presumiu o jovem caçador.

 

          ----------------------------------------

 

 

A noite caia tingindo o céu. Quieta. A Lua vigiava tudo enquanto era galanteada por lobos selvagens. Cobras arrastavam seus corpos, fazendo barulho ao se movimentarem pela terra, como chocalho. Uma coruja estava no pico de uma árvore supervisionando tudo. Os animas fracos estavam em suas tocas. Quem ousaria sair à noite? A floresta estava em coro. Cada animal emitia seu som, louvando a brilhante Lua. Para uns a noite estava fria, insensível, sorrateira, sonsa e amarga. Para outros, a noite estava aconchegante, afetuosa, calma, sábia e doce.

 

Para quem pode fechar os olhos, tão logo a noite chegou, tão logo ela saiu. Ora, se à noite era a o momento dos predadores cantarem, so amanhecer era o momento das presas entoarem suas vozes. Os pássaros davam bom dia à Aurora assim que a viam  passar pelo céu azul. A mesma retribuía as gentilezas enquanto manejava seu carro de fogo, que era puxado por seus cavalos.

 

Um olhar voraz era uma das virtudes da deusa da manhã. E foi com ele que percebeu uma certa deusa caçadora extrapolando sua cota de sono. Diana precisava acordar e caçar pela manhã para manter o equilíbrio e a ordem na natureza. Aurora astuta e delicadamente deu um vasto sopro, que foi externado em forma de raios solares, que atingiram a face da outra deusa.

 

Diana sentiu uma leve ardência em suas pálpebras. Abriu seus olhos e os elevou à janela para contemplar o céu. Ele estava mais do que lindo. O azul claro daquele céu motivou a deusa a dar um longo e profundo suspiro enquanto alongava-se. Planejou dar uma motivadora e forte pisada  com os dois pés no chão, e, assim, pensou que fizera até ouvir uma voz histérica:

--Aaaaaiiiiii! Que praga do Hades! Qual o intuito disso?! Matar-me?! Que raios!-Bradou Salmácis ao sentir o peso da deusa em suas costas.

--Salmácis? O que fazes aí? Estás a tentar demonstrar tua devoção perante mim, servindo-me de tapete?-Questionou Diana de forma sarcástica, enfurecendo a ninfa.

--Cale a boca! Fui eu quem te trouxe para dormir aqui quando estavas sem nem ao menos conseguir abrir os olhos! Acabei dormindo no chão para não dormir em sua cama.

--Mesmo? O que aconteceu? E obrigada.

--Ah...Beberas em demasia.-Respondeu Salmácis de forma breve.

--Epa...

--Olha, voltarei para minha pedra, onde posso tirar um sono digno.-Disse a ninfa enquanto saía do quarto.

 

Diana permaneceu sentada em sua cama enquanto mergulhava em seus pensamentos. Tais pensamentos tinham um só nome: Atalanta. A corredora não saía da cabeça da deusa. Pensar nela era como beber mel, ou melhor, como beber hidromel, pois a deixava embriagada. A cama em que estava a sentar-se logo seria dividida com Atalanta. Logo essa cama seria palco de atos amorosos, juras de amor. Seria o local onde tomaria a corredora para si todos os dias. Um pouco mais de pensamentos sobre Atalanta...Um pouquinho mais...Só mais um pouquinho, e...Todo aquele momento sagrado foi interrompido por fortes barulhos de batidas na porta.

--Quem ousa a importunar-me em um momento tão importante come este?!-Questionou Diana enquanto seguia até a porta.

Tão logo abriu a porta, pôde ouvir um tenebroso e animado grito:

--Surpresa!

--O que vieram fazer aqui?-Perguntou a deusa da caça de forma rabugenta ao ver Íris, Minerva(Atena), Juno(Hera) e Mercúrio (Hermes).

--Ora, não sejas malcriada.-Repreendeu a deusa dos céus.-Agora mostre-nos. Onde está a mocinha Atalanta?-Perguntou enquanto invadia a casa de forma averiguadora, assim como os outros.

--Ela não está aqui.-Disse Diana incomodada com a invasão.

--Ela está com as ninfas?-Palpitou Íris.

--Não.-Respondeu a deusa caçadora.

--Onde ela está, então?-Questionou Mercúrio(Hermes)

--Viajando, provavelmente.

--Mas não ias pedí-la em casamento?-Perguntou a deusa dos céus.

--Sim, mas ela está viajando, como eu acabei de dizer.

--O que isso te impede?-Insistiu Juno(Hera).

--É mais honrado pedir uma bela mulher em casamento no local onde mora. Aliás, no dia em que eu fui procurá-la, estava acontecendo um casamento de alguém, e também é mais honrado pedir uma bela mulher em casamento quando ninguém da cidade estiver casando-se.

--Nossa, Diana, tens os pensamentos mais nobres.-Elogiou a deusa mensageira.

--Mas é claro.-Esnobou-se a deusa caçadora.-Agora, dêem-me licença, pois caçarei nesta manhã, como de praxe.-Disse pegando sua lança e saindo pela porta.

 

Os deuses se entreolharam e suas respirações começaram a ficar pesadas. Algo entalado em suas gargantas estava pedindo para ser expelido pelas suas bocas. Mercúrio(Hermes) foi quem tomou a iniciativa:

--Não sei se esse relacionamento dará certo...

--Penso da mesma forma.-Disse a deusa do saber, tendo sua opinião concordada pelas outras deusas.

--Pergunto-me se o que Diana sente realmente é amor, pois, do contrário, fará Atalanta sofrer.-Refletiu Íris.

--Digo o mesmo em relação à Atalanta. Ela foi condenada a não se apaixonar por ninguém, senão a corrida.-Disse Mercúrio (Hermes)

--Eu não sabia desse detalhe da história.disse Minerva(Atena).

--Bem, eu ocasionei isso para que Atalanta não caísse no destino do oráculo.-Respondeu o deus mensageiro.

--Mas que grande besteira fizestes, Mercúrio. Agora como Atalanta gostará de Diana?-Questionou a deusa do saber de forma repressiva.

--Fiz isso para protegê-la. Como saberia eu que Diana, a deusa que foi predestinada a não se apaixonar, cairia de amores por ela?-Defendeu-se o deus mensageiro.

--Verdade, Mercúrio. O que valeu foi tua intenção. Seria muito difícil presumir este ocorrido.-Disse Minerva(Atena).

--Mas saibas que fostes um idiota.-Sentenciou Íris.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Esqueneu  ouviu a rústica porta de madeira sendo batida. Seu coração apertou. Poderia ser sua amada e única filha. Ao abrir, porém, viu Nárcis e Tífani. Ambos portavam uma expressão falsamente consoladora.

--Alguma notícia de minha filha?

--Esqueneu, queira sentar-se.-Sugeriu Tífani enquanto conduzia o homem de certa idade até uma confortável poltrona.

--O que houve?-Quis saber Esqueneu.

--Achamos uma carta...-Disse Nárcis.

--De Atalanta.-Completou sua esposa.

 

Os olhos de Esqueneu  se encheram de lágrimas só em saber de sua filha. Queria-a de volta. Nárcis estendeu a carta a Esqueneu  para que o mesmo lesse. O coroação do vivido homem começou a bater forte. Parecia que queria sair de si. Suas mãos tremiam. Pegou a carta e leu:

''Papai, estou bem. Não se preocupe. Não pude viver aí com Hipomene. Acabei descobrindo que o amo, porém não posso amá-lo em Círos. Algo terrível aconteceria se ,assim, fizesse. Por este motivo, estou partindo com Hipomene. Já nos casamos no bosque das orquídeas de modo discreto. Espero que siga todas as normas do casamento. Papai, podes ficar tranquilo, pois estou bem.

 

Com amor,


Atalanta."


Esqueneu  chorava copiosamente. Mais do que outrora. Não sabia como Atalanta pôde amar alguém como Hipomene. Nárcis e Tífani o olhavam confusos. Acharam que Esqueneu  ficaria mais acalentado com a notícia. Bem, mas isso não importava. O que importava era que já tinham como provar que Atalanta havia casado-se com Hipomene. O casal não pode deixar de notar, porém, as palavras que saiam da boca de Esqueneu  de forma delirante enquanto chorava como uma criança: --Ela se uniu a um homem...Ela se uniu a um homem...

Fim do capítulo

Notas finais:

Bem, demorou um pouco, mas postei (π--π)

 


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