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  • Capítulo 22 - Agnes: Como tudo aconteceu!

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Desejo e Loucura por Lily Porto

Ver comentários: 4

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Palavras: 3683
Acessos: 2410   |  Postado em: 24/05/2018

Notas iniciais:

 

Músicas do cap:

Jessie Ware – Till the end https://www.youtube.com/watch?v=lzCJNB5dGW8

Cloves – Don’t forget about me https://www.youtube.com/watch?v=kM1wb2hXLws

 

Capítulo 22 - Agnes: Como tudo aconteceu!

 

Agnes

O tempo por aqui está voando, lembro como se tivesse sido ontem o dia em que a linda Clara esbarrou em mim. E pensando bem, ela me encantou desde o primeiro esbarrão. Lembro também que na ocasião, meu avô pediu para que eu não me metesse com ela. E estava tudo certo, até a Kiara falar aquelas bobagens.

Desde aquele dia passei a diminuir o contato com a Clara, estou com medo, muito medo mesmo, de estar me apaixonando por ela. Embora, para mim isso é impossível. Afinal, meu coração ainda bate mais rápido quando encontro a Carolina. Coisa que raramente acontece, ainda bem.

– Preciso de um favor seu!

– Nossa!!! – levei a mão ao coração – O senhor me assustou.

– Você anda muito distraída ultimamente. Se não te conhecesse, diria até que está apaixonada.

– Eu não mereço isso – disse demonstrando chateação. – Em que posso ajuda-lo, seu Giovani?

– Alguém está de mau humor hoje. – gargalhou enquanto colocava uma pasta na mesa – Preciso que vá até a Clara e entregue esses documentos.

– Sinto dizer que a sala dela fica no outro lado do corredor. E eu estou cheia de coisas para fazer.

– Ela não está na empresa. Passou mal mais cedo e, por esse motivo não virá hoje!

Levantei apressada: – O que ela teve? Está melhor?

– Para quem estava ocupada, você desocupou rapidinho, não é mesmo?!

– Vô, não brinca!

– TPM, é isso que você tem? Sua variação de humor está enorme, filha.

– Vô!

– Tá bom, Calma. Muda essa cara! Não tenho muitas informações sobre ela. Por isso quero que vá até lá, a Lívia está viajando a trabalho e elas só tem uma a outra aqui. Como sei que vocês ficaram bem amigas diante dos últimos acontecimentos, quero que vá levar os documentos e passe o dia com ela.

Ele não pode tá falando sério. Será que ainda não percebeu que estou tentando manter distância dela, droga! Por outro lado, não poso deixa-la sozinha. Ainda mais passando mal.

– Eu... – tentei fugir, ele pode mandar outra pessoa. A assistente, ou a secretária dela seriam melhores que eu – Manda a Marília levar. Tenho uma reunião daqui a pouco, não posso faltar.

– Já adiei todos os seus compromissos de hoje. Agora vai. Qualquer coisa me liga! Ahh, esses documentos precisam estar no banco antes das 17h. Tenha um bom dia – saiu sorrindo.

Que ideia maluca essa do vovô. Pensei muito antes de vir parar aqui na porta da Clara, só agora me dei conta de que minhas mãos estão suando e eu estou nervosa, sem falar desse frio estranho na barriga. Isso tá bem estranho.

– Ei, onde está indo?

Aquela voz só me fez ficar ainda mais nervosa. Me virei e lá estava ela, abatida. Caminhei em sua direção e a envolvi em um abraço apertado. Por um momento esqueci de tudo e só queria cuidar dela.

– Como você está? O vovô disse que você não estava bem.

– Tive uma crise de enjoo, até a agua que bebi coloquei pra fora, e depois veio um mal estar horrível.

– E não comeu nada depois disso?

– Não quero comer. Estou sem apetite.

– Nem pensar. Você precisa se alimentar. Vem, – segurei sua mão e fui entrando – desculpa. É que vocês precisam se alimentar, imagino que não deva ser nada fácil depois de uma crise de enjoo, mas mesmo assim, é necessário.

– Você é muito gentil, mas não quero incomodar. Já estou melhor, não se preocupa.

– Nem pensar. Hoje serei sua acompanhante, se você permitir, é claro! Só preciso de um favor seu antes – falei envergonhada.

– Se puder ajudar, ficarei feliz. E será um grande prazer ter a sua companhia.

Entreguei a pasta: – Nosso chefe pediu para que os assinasse. Preciso entregar no banco antes das 17h. E acabei de ter uma ideia, enquanto você os analisa, eu cozinho.

Ela me olhou espantada contendo o riso, dizendo:

– Você sabe cozinhar?

– Assim você me magoa, cozinho sim e muito bem! Você vai ver.

– Quanta modéstia em uma só pessoa.

– Engraçadinha! Agora vai lá, descansa e lê a sua papelada. Eu vou pra cozinha.

– Não quer ajuda?

– Nem pensar! Você, ou melhor, vocês precisam descansar.

– Fica a vontade, e qualquer coisa me chama!

– Pode deixar – pisquei pra ela e entrei na cozinha.

Nem preciso dizer que tive um grande problema, não é! Afinal, essa deve ser a segunda ou terceira vez que venho aqui, e nunca antes tinha entrado na cozinha. Derrubei umas duas panelas, quebrei um copo, cortei o dedo e para completar ainda me bati na pia, e fiquei com o braço roxo, só agora me dei conta que a cozinha dela é bem menor que a minha, o que não me ajudou muito. Mesmo porque a cada movimento que eu fazia esbarrava em alguma coisa.

– Tá tudo bem aqui?

– Oi! – levantei o rosto sorrindo: – Tá sim.

– Meu Deus, sua camisa tá imunda. Isso é molho de tomate, ou... Agnes, me diz que você não se feriu.

– Calma. Está tudo bem! Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Menos – apontei para um canto da pia – aquele copo e os ovos.

Ela levou a mão a boca e me olhou, achei que fosse ser expulsa. Ao contrário disso, disse debochada:

– Ainda bem que você não colocou fogo na casa. Não sei onde estava com a cabeça quando te deixei vir sozinha para cá.

– Para com isso. O almoço já está quase pronto. Eu só esbarrei na prateleira onde estavam os ovos, quando levantei, e o copo, bom, ele não aguentou ver o chão que pulou da minha mão.

– Um furacão chamado Agnes, acabou de passar na minha cozinha.

– Nem tá tão desarrumado assim. Eu não tenho culpa, se sua cozinha é pra gente pequena.

– Ahh, a culpa agora é minha e da cozinha, senhora gigante! Certo. Tem certeza que você não se machucou? Ouvi uns gritos, e estou com duvidas agora que vejo o que aconteceu por aqui.

– Bobagem, um cortezinho de leve. Nada mais que isso. Olha, o almoço já está pronto, vá lavar as mãos e volte.

– Sim, mamãe!

Almoçamos naquele clima animado, volta e meia ela roubava pedacinhos de cenouras do meu prato, eu quase nem comi de tanto que ri com ela. Quando terminamos, eu fui cuidar da bagunça que tinha feito por lá e ela ainda ficou fazendo graça.

– Cozinheira, qual a sobremesa?

– Não deu tempo de fazer.

– Maldade. Queria tanto um sorvetinho de chocolate.

– É desejo?

– Sim.

– Ah não. Não se pode negar o desejo de uma grávida. Você já assinou os documentos? Levo ao banco e trago o seu sorvete.

– É que eu queria o sorvete daquela sorveteria da saída da cidade.

– Sério?

– Sim, mas deixa pra lá. Não quero te atrapalhar e você ainda tem coisas para fazer. O almoço estava maravilhoso, e a sua companhia é sempre magnifica. Obrigada.

– Disponha. Mas isso soou como despedida, e eu não estou indo ainda.

– Bom saber! Você tá muito suja, gosta de roupas claras, né?

– Sim. E esqueço que sempre que estou contigo acabo me sujando muito.

– Nem vem, dessa vez eu não tive culpa, você se sujou sozinha. – saiu da cozinha falando: – Mas, tenho uma solução. – voltou e me entregou uma camiseta.

– Tinha esquecido dela.

– Deveria ter ficado com ela pra mim, seria uma ótima lembrança.

– Quer guardar lembranças minhas, é? – perguntei desafiadora.

– Queria guardar outras, mas, a camiseta já seria um bom começo.

Era engano meu, ou ela estava flertando comigo? Fiquei desconcertada e ela percebeu. Achei que fosse parar por ali. Triste engano o meu.

– Porque está vermelha?

– Calor! – falei a primeira coisa que veio a mente – Fico assim quando está muito quente.

– Você deve estar com algum problema – apontou para a porta do fundo. – Tá com febre? – se aproximou de mim.

– Chuva! Que coisa, né. O tempo tá meio estranho hoje. Eu, é. Bom, acho que já vou. – gaguejei a última frase inteira, e estava suando.

– Você não tá bem! Suando em meio a essa forte chuva. Eu estou começando a ficar com frio.

Não me perguntem como aconteceu, não saberia dizer ao certo, fechei os olhos por um segundo e no segundo seguinte ela estava imprensando meu corpo com o seu no balcão, sua respiração estava tão forte e ela tão próxima a mim, lembrei do que prometi ao vovô e tentei cumprir minha promessa, mas, mandei minha razão passear no momento em que ela encostou seus lábios nos meus e pediu passagem com sua língua. Envolvi sua cintura e me entreguei àquele beijo calmo, carinhoso, intenso e com um encaixe perfeito, poderia ficar ali por horas. E ainda assim, ia querer mais.

Separamos nossos lábios e ela encostou a testa em meu ombro. E eu? Bem, eu estava nas nuvens! Tudo veio a tona como num passe de mágica, as brincadeiras, os carinhos, o bem-estar diante da companhia dela, a birra para que a Ki não saísse com ela, o fim do “lance” com a Liu, eu estava realmente apaixonada. Apaixonada pela Clara, que se encontra em um momento de “fragilidade” e readaptação em sua vida. O que eu vou fazer? Meu avô vai me matar!

– Tá tudo bem? – olhou em meus olhos enquanto perguntava.

– Tá! Eu, – passei a mão no cabelo – nossa! O que...

– Agnes, eu não queria te pressionar. Achei que também quisesse isso.

– Eu queria, quero. Sei lá. Mas como... Explica isso direito, por favor.

– Vem, – segurou minha mão – eu ainda não estou cem por cento para ficar apoiada em você assim – sorriu. – Depois que chegamos a sala ela continuou: – Eu queria muito te beijar, já tinha cogitado isso algumas vezes, e sempre faltava coragem. Sem falar, que tinha momentos que parecia que você também queria e tinha outros que parecia que queria me ver longe. Nessas duas últimas semanas mesmo, você não aceitou nenhum convite meu. Fiquei com medo de fazer alguma coisa e você se afastar ainda mais.

– Você percebeu o meu afastamento?

– Claro, já estava acostumada a almoçar com você todos os dias, e quando isso não acontecia a comida perdia até o sabor. Sempre que te chamava você tinha uma reunião, ou já tinha marcado com outra pessoa. Fez de propósito?

– Sim – disse envergonhada.

– Quer se afastar de mim?

– Não, de forma alguma. Eu estava confusa, além do mais, prometi a alguém que não me envolveria contigo. E chegou um determinado momento que comecei a questionar o que realmente sentia por ti.

– Prometeu a quem? E o que sente por mim?

– Meu avô, depois do nosso primeiro jantar tive uma conversa com ele, e ele me fez prometer que não te conquistaria. Digamos que eu não fosse um “bom partido”. Estava bem confusa, mas depois do beijo – inspirei fundo e ela beijou meu rosto, me dando forças para continuar a falar: – Acho que estou apaixonada!

– Você, como a Liu, detesta relacionamentos, não é isso?

– Sim. E confesso, estou com medo desse sentimento. Não quero te magoar, você já teve tantos problemas em tão pouco tempo, não quero ser mais um.

– Calma, vamos por partes. Acho que estou apaixonada por você também, lidar com esse sentimento será fácil, se você estiver comigo.

– Acho que não entendi direito, mesmo com a minha insegurança e com tudo o que passou, você quer tentar ter algo comigo, é isso mesmo?

– Somos duas mulheres que compartilham de um mesmo sentimento, que estão com medo e receio do que possa acontecer, e solteiras – me olhou de canto, como se sondasse a minha reação ao ouvir aquilo – até onde eu saiba. Não vejo nada que impeça a gente de se conhecer melhor, e se não der certo, vamos arrumar uma forma de lidar com isso da melhor maneira também.

Fiquei boba olhando pra ela. Nem parecia a mesma mulher que encontrei insegura a alguns meses.

– Tem certeza que quer mesmo tentar?

– Claro que sim! Você é uma mulher maravilhosa, e nada me impede. – a olhei interrogativa e ela pareceu ler meus pensamentos e voltou a falar: – Sei que a alguns meses disse a você que precisava de um pai para o meu bebê e não de outra mãe, não posso retirar o que disse lá atrás, mas, quero que saiba que naquele momento eu estava cega pela angustia e nem percebi que fui muito preconceituosa contigo – fez um carinho bom no meu rosto. – Me dá uma chance, eu não sou daquele jeito.

– Não sei se fico com medo da Clara insegura, ou da Clara segura. As duas são lindas, e essa tem uma lábia muito boa – a trouxe para os meus braços beijando-a docemente, até meu celular tocar, ela sorriu quando viu a foto do meu avô na tela. – O patrão me chama.

– Será que ele adivinhou que a netinha descumpriu a promessa? – perguntou marota.

– Ah, você acha isso engraçado, não é? Vou contar pra ele que foi a senhorita que me seduziu.

– Nem vem, você bateu na minha porta.

– Isso soou estranho. Você seduz todos que batem a sua porta?

– Todos não, mas uma enóloga linda, que tem duas piscinas naturais no lugar dos olhos, sim, eu confesso que a seduzi.

– Você é uma graça. Preciso ir, não atendi e ele já mandou mensagem. O gerente está me esperando. Posso voltar?

– Nem precisava perguntar! Claro que pode. Cuidado ao sair, a chuva tá muito forte.

Nos despedimos e segui para o banco, onde passei grande parte da tarde. De lá resolvi mais algumas coisas e voltei para a casa dela, já com o jantar pronto. Não queria “destruir” a cozinha novamente.

– Achei que não fosse mais voltar!

Me puxou para dentro, me dando um beijo de tirar o folego, por pouco não derrubei as sacolas que segurava.

– Sempre que eu chegar aqui, vai me receber assim? Porque se for, vou sair novamente.

– Você voltou bem engraçadinha! Deixa eu te ajudar.

– Não, deixa que eu levo. Você não pode fazer esforços.

– Eu estou grávida, e não doente!

– Respondona.

Ela tentou ficar séria, mas não conseguiu, caímos na risada e a puxei para a cozinha.

– Você atravessou a cidade nessa chuva, não precisava.

– Você queria o sorvete! Não quero que a neném nasça com cara de sorvete de chocolate. Como está o enjoo? Já tomou suas vitaminas? Trouxe o jantar, aprendi que cozinhar aqui é perigoso.

– Pra você, é quase uma missão suicida, – gargalhou – desculpa. Não resisti.

– Uma comediante, nossa, que legal!

– Desfaz esse bico ai, olha como fica ainda mais linda, – apertou minhas bochechas – que coisinha mais fofa.

– Clara, eu vou repensar o seu pedido.

– Nada disso, você aceitou. Agora, não pode mais voltar atrás. E obrigada pelo sorvete, você é a nossa heroína – alisou a barriga – não é meu amor. Opa, ela chutou. Viu ai, ela tá agradecendo também.

– Sério que vai usar ela. Golpe baixo! Vamos jantar, vocês precisam descansar.

Jantamos em meio as gracinhas dela, fazia tanto tempo que não me sentia tão bem assim na presença de uma mulher. Fiquei ainda mais admirada por ela, a conversa era leve, suave. Assim como a companhia. Realmente, eu estou apaixonada.

Quase um mês se passou desde que começamos a nos conhecer melhor, e estamos muito bem, inclusive, pela vontade dela já teríamos contado as nossas famílias sobre o nosso relacionamento. Mas, eu preferi esperar, ainda mais por não conhecer os pais dela. Sem falar, que o Alex agora resolveu bancar o papai atencioso e volta e meia aparece querendo saber como elas estão. Na primeira vez que o encontrou, ela chegou lá em casa tremendo, disse que ele estava estranho e com uma ideia de voltar para criarem a filha juntos.

Conversamos sobre essa questão antes dela encontra-lo, e ela me garantiu que não queria mais nada com ele e só aceitou o tal encontro, para deixar claro que ele era o papai da bebê. Depois disso ele forçou mais umas duas abordagens e ela não gostou nada, disse que se ele continuasse que ia pedir até uma medida protetiva. Achei estranho, mas, preferi não me envolver diretamente. Afinal, ainda não temos um status definido na relação, e nem quero que a pequena venha a crescer distante do pai por conta de algo que eu diga.

Esqueci de contar, minha amiga resolveu passar uma temporada no Brasil, e detalhe, ela não está mais morando comigo! A louca, resolveu de uma hora para outra alugar um flat. Algo nessa história não bate bem, ou melhor, tenho certeza que o que a fez ficar e se mudar da minha casa, foi uma mulher. Conheço a Kiara muito bem!

Falando em amiga, acho que está na hora de contar sobre a minha relação com a Clara, segundo ela, a Lívia tá marcando em cima, acha que ela quer voltar para o ex. Aproveitarei a tal conversa que ela quer ter, para resolver essa situação logo.

– Conta, quem é a mulher da vez?

– Que papo é esse?

– Você tá saindo com alguém. Não ia se mudar assim de uma hora para outra, sem um grande motivo.

– Conto quem é, quando você me contar com quem está saindo também.

Bati a porta do carro me fazendo de ofendida: – Por quem me tomas, Kiara?

– Nem vem bancar a ofendida, sabe bem que esse seu comportamento é totalmente novo. E além do mais, você está muito animadinha para estar sozinha. Eu aposto na linda administradora da empresa do vovô, estou certa?

– Não sei!

– Como assim, não sabe?

– O que ouviu! E não insiste. Pode me dar uma carona para o centro?

– Posso, mas não demora nesse banho. Tenho compromisso.

– Huum, toda enigmática. Você está saindo com alguém, e me atrevo a dizer, que está apaixonada.

– Eu não disse nada.

– Chata – gargalhei.

– Sua campainha tá tocando! Vai atender.

– Estou tomando banho, se não percebeu.

– E eu estou arrumando minha mala.

– Vai atender, Kiara!

– Não trabalho para você, fala comigo direito.

Estava secando o cabelo quando escutei vozes alteradas vindo da sala. Me vesti rapidamente e segui para lá. Nem precisei chegar ao final do corredor para saber de quem se tratava. Kiara, muito irritada tentava a todo custo fazê-la sair.

– O que faz aqui?

– Ah, finalmente você apareceu. Essa sua empregadinha estrangeira não queria me deixar entrar.

– Empregadinha é p...

– Kiara! – falei chamando sua atenção para que não concluísse a frase. – Ela não é minha empregadinha. É minha amiga, e tem motivos para não querer que você entre na minha casa.

– Amiga? Posso saber qual a intensidade dessa amizade?

– Ninguém te chamou aqui, e outra, se você não sair por bem, faço questão de arrastar essa cabeleira vermelha até lá fora – minha amiga disse debochada.

O clima estava bem tenso ali. Elas se encaravam e desafiavam com os olhos.

– Você sabe com quem está falando, estrangeira?

– Nem quero. Com essa cara de mulher da vida, e esses modos, deve ser alguma rameira que vem a casa dos outros sem ser convidada.

Precisei agir muito rápido, para que elas não se pegassem ali mesmo.

– Já chega! Não vou tolerar isso dentro da minha casa. Saia daqui Carolina, por favor.

– Foi ela que me insultou primeiro, ela que tem que sair.

– A partir do momento que você não foi convidada para estar aqui, quem vai sair, é você! – abri a porta.

– Vim conversar sobre a sua amiguinha, você precisa saber algumas coisas dela.

Olhei para Kiara que tinha uma interrogação no rosto. Tudo o que eu não queria era que ela aparecesse ali, ainda mais hoje, enquanto a minha amiga que por sinal sempre quis enfiar a mão na cara dela, estava ali pronta para fazer isso. Contei para a Ki sobre a Carolina a alguns anos, e da primeira vez que ela veio a cidade nos encontramos rapidamente no Pátrias, e o meu amigo apresentou a irmã a ela. Nem preciso dizer que precisei segurar a mão dela na ocasião, não é.

– Não temos nada para conversar. Vá embora.

– Tem certeza que não quer saber onde a Clara está agora?

Respirei fundo e a Kiara veio em meu “socorro” dizendo: – Ela não quer saber de nada! Você ouviu, saia!

– Minha conversa não é com você, estrangeira – sentou cruzando as pernas. – A sua querida Clara, está no exato momento aos beijos com o namorado. Estava estacionando ai fora, quando – me mostrou o celular – recebi isso.

Era uma foto do Alex beijando a Clara, não podia ser. Ela estava em uma reunião, e teria me dito se já tivesse saido da empresa, afinal de contas estava chovendo e combinamos isso.

Entreguei o celular a ela tentando manter a calma nas minhas palavras: – Saia, por favor!

– Bom, eu já vou. Quando você quiser, te conto tudo o que sei dessa sonsa – sorriu debochada. – Boa noite!

Quando ela passou pela porta, meu coração quase saiu pela boca. Não era possível que a Clara estivesse com o Alex, ela me disse que não queria mais nada com ele.

– Merda!

– O que aconteceu aqui?

– Agora não Ki, eu só preciso chegar na casa da Clara, você pode me levar?

– Ok. Vamos lá!

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Obrigada pela companhia, um ótimo fim de tarde.

Bjs.


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Comentários para 22 - Capítulo 22 - Agnes: Como tudo aconteceu!:
duarte
duarte

Em: 24/05/2018

Tava bom demais pra ser verdade.

Até chorei de felicidade por finalmente meu casal tá juntas.

Ai chega a fdd da infeliz da Carolina pra atrapalhar, inclusive, Agnes deveria ter deixado a Ki bater na Carolina.

Como a Clara tá grávida e não pode bater na Carolina, poe a Lív pra fazer isso ou a Ki.


Resposta do autor:

Boa tarde, Duarte!

Carolina deu uma sumida, mas quando apareceu foi cheia de "arte".

Primeiro teste de fogo ai das meninas, elas precisam conversar e ver no que dá.

kkkkkk será que a Livia faria isso?! Tô achando que essa fila para "acariciar" a face da primeira dama só aumenta.

Se cuida querida, bjs.

Responder

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Baiana
Baiana

Em: 24/05/2018

Ao contrário da Carolina, a Agnes não tem motivos nenhum para duvidar do caráter da Clara. E tem mais,se ela for esperta vai se perguntar com que intuito alguém mandaria justo para a Carolina uma foto da Clara beijando o ex,alias, os dois foram noivos,e o Alex deve ter várias fotos desse tipo. Outra coisa,a atitude de Carolina ao mostrar a foto, é a arma predileta de uma pessoa quan do quer destruir o relacionamento de outra,logo ela sabe das duas. E se a Clara já confessou que está apaixonada e elas estão juntas, conclui-se o que? Que a Carolina e o Alex estão mancomunados para separar as duas.

Agnes, minha filha,coloque o tico e o teco para funcionarem e não caia nessa armacao da cobra.


Resposta do autor:

Boa tarde, Baiana!

Ao que parece, Carolina tentou jogar ai com a ajuda do Alex. Apostou alto nessa "armação", afinal, foi bater na porta da Agnes com esse possível golpe em mãos.

Acho que uma boa conversa sobre certos acontecimentos será a melhror saida para elas. Como a Agnes quer ir ao encontro da Clara, creio que esse "mal entendido" não vá durar muito tempo, e caso seja descoberta a "armação", Carolina que coloque as "barbas" dela de molho, porque vai chamar a atenção facilmente para si.

Se cuida querida, bjs.

Responder

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Mille
Mille

Em: 24/05/2018

Oxi Lily 

Mal começaram e já sendo vítimas das armações mais rápido que flahs.

Agora vamos ver como elas iram agir aos ataques da Carolina e antes de tirar as próprias conclusões conversar.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Boa tarde, Mille!

Menina diga não viu, as coisas estão meio rápidas para esse casal. 

E pra completar a Caroina resolveu se intrometer, elas precisam mesmo conversar, ou então, o que nem bem começou poderá ter um fim... eu creio que elas vão acertar os ponteiros logo.

Ate mais querida, bjs

Responder

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mtereza
mtereza

Em: 24/05/2018

A eu não acredito que as armações dessa psicopata da Carolina irão dar certo dela vai conseguir acabar o que nem começou direito


Resposta do autor:

Boa tarde, Tereza!

Olha, se ela vai conseguir eu não sei ao certo, mas que foi uma jogada baixa, isso foi e muito. 

Vamos torcer para que as meninas contornem essa situação ai.

Se cuida querida, bjs.

Responder

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