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Maktub por Sam King

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Palavras: 2401
Acessos: 3701   |  Postado em: 13/05/2018

Capítulo 8

 

Pietra

 

 

Já me preparava para dormir quando vi Clara parada na frente de casa, sua silhueta está parcamente iluminada pela luminária da rua, não pensei duas vezes , desci de pijama mesmo com um casaco por cima, peguei a chave do carro e sai para rua. Não consegui me conter e olhei desconfiada para todos os lados, mas naquela hora a rua está deserta. Quando parei ao seu lado, ela saltou para dentro, não perdi tempo e dirigi para a parte alta da cidade, um lugar onde o pessoal iria namorar, um lugar onde conseguíamos ver a nossa minúscula cidade de cima. Não falamos nada até chegar, mas percebi que tremia, tirei meu casaco e dei a ela que o colocou rapidamente.

O local estava com alguns carros, mas não me importei, se eles reconhecem meu carro poderia inventar qualquer história, mas os casais ali queria é mais se pegarem do que reparar quem iria ali.

Desliguei o motor e me virei para Clara, peguei sua mão gelada e esfreguei entre as minhas para esquentar, preocupada pergunto:

- amor o que está acontecendo?

A menção do vocativo ela se vira para me encarar, nunca a havia chamado assim, então ela começa a chorar. A abraço, mas ficava difícil nos bancos na frente, com algum malabarismo conseguimos passar para o banco de trás, ali sim pude dar todo o conforto que precisava.

Muito tempo depois Clara para de chorar, seca as lágrimas e se afasta de mim, nesse momento já estava pirando e novamente pergunto:

- Clara o que aconteceu? está me deixando meio louca aqui.

Ela tira um envelope da calça e me estende, o pego e tento ler na penumbra do carro e quando consigo meu coração bate descompassado, a encaro:

- já leu?

- não.

Franzo a testa e pergunto:

- há quanto tempo você estava parada lá em frente?

- o dia todo.

Eu a trago novamente para o calor dos meu braços e exclamo meio revoltada:

- porque não tentou falar comigo!

Ela sorri , mas não tem nenhum traço de humor em sua expressão, mais uma vez se afasta de mim e agora feroz me ataca:

- claro, da próxima vez vou bater palmas, assim quem sabe, eu, você e seu pai podemos tomar um chá. Ele adoraria me ver.

Sei que errei, tento apaziguar o clima:

- Clara, me descu...

Mas ela não deixa, levanta a mão como se cortasse minhas palavras e continua encolerizada:

- que se foda tudo isso Pietra, essa cidade que me condenou por tudo o que ela fez, eu odeio verdadeiramente esse lugar. E não vejo a hora de ir embora.

Meu coração se confrange, não é a primeira vez que ela diz isso, eu encaro o lado de fora da janela, suas palavras me doem, como se o que temos tivesse acabado de ganhar um prazo de validade, digo baixinho:

- e seu pai?

Mais calma Clara responde:

- quero que ele venha comigo, mas não vou obriga-lo se ele quiser ficar, mas eu não fico nem mais um dia depois da formatura.

 

O silêncio que se segue depois de suas palavras resolutas me oprime, percebo Clara se arrastando pelo banco até estar quase no meu colo, seu rosto a centímetros do meu, ela vira o meu rosto me segurando delicadamente pelo queixo:

- você vem comigo?

Seus olhos estão dentro do meus como nunca, é por isso vê minha hesitação, me solta mas não se afasta, ainda espera a confirmação do que percebeu pelas minhas palavras:

- não sei Clara.

- não sabe? - ela não está nervosa, apenas decepcionada- porque não?

- as coisas são diferentes para mim.

Dessa vez ela vira o rosto e cospe as palavras indignada:

- claro que são, as vezes me esqueço o quanto é privilegiada, que se não fosse pelo seu ato falho nem teria voltado. Porque iria abandonar tudo por mim!

Fico magoada e me defendo:

- isso não é justo Clara, não poderia fazer nada quando meu pai me mandou embora, você acha que não sofri? Você acha que sou a princesa perfeita, que tudo na minha vida e cor de rosa?! - minhas lágrimas começam a cair sem minha permissão, mas continuo - não é. Meu pai me cobra coisas que não posso dar, minha vida era uma merd*, até você voltar para ela.

 

Clara me olha espantada, vejo arrependimento no seu olhar, ela segura minha mão, entrelaça nossos dedos e diz quase sussurrando:

- me desculpe Pe, minha vida também é muito melhor com você nela. Hoje não sei o que faria se não a tivesse ao meu lado, vamos deixar essa discussão para depois.

Ela seca minhas lágrimas e me beija, meu sentimento e agridoce, na verdade não queria ter aquela discussão nunca mais. Ela pede ainda sobre meus lábios:

- lê para mim.

Eu concordo, ascendo a luz interna do carro, rasgo o envelope retiro a carta e começo:

 

"Minha filha, não sei se tenho o direito de chama-la assim ainda, mas é como me sinto ao seu respeito. Me desculpe por demorar 17 anos para finalmente escrever para você, e que só agora me sinto forte o suficiente para pedir o seu perdão ou pelo menos que ouça meu lado da história.

Sei que seu pai já lhe contou tudo e como conheço essa cidade sei como eles devem tratar vocês, me perdoe por isso também.

Queria dizer que sou inocente ou que meu erro foi justificado, mas não posso mentir para você.

Sim , Alexandre era meu amante e eu o matei. E me arrependo todo o dia por tudo o que fiz, além de carregar a culpa de terminado tão precocemente com a vida de um ser humano, ainda me privou de duas pessoas importantes. Não culpo a ninguém, somente a minha inconsequente juventude e meu vício pelas drogas. Eu amei seu pai, e enquanto você crescia dentro de mim, também a amei.

Mas algo foi destruído quando você nasceu, seu pai, maravilhoso como sempre , tentou me ajudar, mas eu estava além de qualquer ajuda. Ele nunca soube, mas mesmo antes de conhece-lo , usava drogas, maconha nas maioria das vezes, cocaína quando queria curtir mais pesado. Mas assim que me apaixonei por ele, tudo mudou, quis ser uma pessoa melhor, uma boa mãe e esposa. Mas falhei miseravelmente nas duas coisas.

Quando cheguei aqui , contei meu caso para a psicóloga da cadeia, ela me diagnosticou com depressão pós parto, mas conhecendo minha natureza nefasta , acho que mesmo assim teria destruído tudo, talvez essa doença apenas levou-me a fazer as coisas mais cedo.

Conhecia Alexandre há muito tempo, usávamos drogas juntos , já havia saído com ele algumas vezes, mas ele nunca me apresentou para família, afinal quem eu era ... Uma menina pobre criada apenas pela mãe com fama de puta da cidade, como não o amava , não me importei com isso. Anos mais tarde enquanto estava em agonia pela coisas insanas que sentia e não queria nos encontramos novamente. E infelizmente para minha eterna vergonha voltei para meus hábitos antigos. Quando chegava em casa, sofria, porque via você tão pequena, tão inocente e pura, e seu pai se matando para te criar. Prometia que iria mudar, que não voltaria para aquela vida, eu tentava. Mas não conseguia ficar perto de você, me desculpe minha filha, mas estou sendo sincera com você, a médica falou que foi por culpa da doença, creio nisso, porque hoje sinto sua falta como se um membro tivesse sido arrancado do meu corpo.

Então a minha tentação voltava, passei de cocaína para heroína, mas tenho que dizer que nunca forneci nada a ninguém, Alexandre e que trazia. Passados alguns meses , comecei sentir angustia, a ficar paranoica, e comecei a ter desejo de sair daquilo, já suportava ficar perto de você, e sentia imensa saudades do seu pai.

Falei dos meus sentimentos para Alexandre, e disse a ele para também voltar para família. Ele ficou agressivo, disse que me amava e que não me deixaria ir, comecei a ficar com medo, mas fui estupida e não recorri ao seu pai, achava que não merecia ajuda e sairia daquele problema só.

Até que aquele maldito dia aconteceu e foi tarde demais.

 

Nós discutimos, eu estava decidida a voltar para vocês ou pelo menos tentar de verdade dessa vez, mas Alexandre ficou hostil e me ameaçou com a arma, brigamos, estávamos os dois drogados, nem me lembro como aconteceu , apenas que ouvi um barulho ensurdecedor e depois sangue, muito sangue.

 

Logo estava na delegacia e o que levo daquele dia e o olhar do seu pai, perdido, derrotado. A seguir estava sendo condenada e trancada.

Não quero contar minha vida aqui , só quero terminar minha carta pedindo algo que se você não puder me dar, eu não vou culpa-la.

Venha me visitar Clara, nem que seja apenas uma vez, seu pai manda fotos , não se zangue com ele por favor, eu implorei e você é uma moça tão linda, gostaria de vê-la pessoalmente.

Eu te amo minha filha, e se você nunca vier saiba que a amarei até o fim da minha vida.

 

                                                                                          Sonia Carvalho"

 

 

 

Clara

 

Quando Pietra termina a carta estou em prantos, de novo, tudo na minha mente está enlouquecido, mais uma vez ela passa os braços a minha volta e diz palavras de amor. E nesse momento percebo que a amo, que Pietra e essencial na minha vida. Paro de chorar, seco o rosto, ela me pergunta se vou visitar Sonia, mas não tenho resposta para aquilo, apenas me viro e a beijo cheia de paixão. Queria esquecer que aquela carta existe, queria esquecer aquela cidade, as pessoas, tudo. Só queria sentir Pietra e seus beijos.

Não sei como, mas logo estamos em amassos mais quentes, comigo deitada com uma parte em seu corpo e outra no banco, abro alguns botões da camisa do seu pijama e beijo sua pele desnuda até o começo dos seios, estamos arfando , Pietra está com as mãos por dentro da minha blusa, seu toque me queimando, me deixando acesa, úmida e percebo que estou pronta para mais. Que quero mais.

Abro os restos dos botões, e um tanto insegura agarro um dos seus seios e o manipulo por cima do sutiã, ela gem* e eu junto, seu mamilo endurece com desejo o coloco na boca, o ch*po devagarinho molhando sua lingerie, Pietra ondula e abre suas pernas onde me encaixo. Suas mãos agarram a minha bunda, segurando firme me trazendo para junto dela, entrelaçando nossas pernas. Paro minha exploração e volto para sua boca, nos beijamos como nunca antes, o tesão exacerbado, encobrindo qualquer razão.

Ela consegue me virar e ficar por cima, tento tirar sua blusa, ela não deixa, então tiro o casaco que ela me emprestou e começo a tirar minha camiseta, mas ela também não deixa. Deita sobre mim e prende minhas mãos acima da minha cabeça, depois me beija delicadamente e diz sem fôlego:

- tudo o que quero é fazer amor com você agora, mas não quero que nossa primeira vez seja dentro do carro.

Ela me beija de novo e entendo as suas palavras, ela solta minhas mãos que estão mais comportadas e vão para sua cintura. Ela deita a cabeça na curva do meu pescoço e ficamos assim até nossas respirações normalizarem, digo sem nenhuma vergonha:

- estou pronta Pe, quero ser sua.

Ela beija meu pescoço me fazendo arrepiar e sua voz suave no meu ouvido:

- eu te amo Clara.

Não sei como meu coração não explode, me viro afim de fita-la nos olhos:

- eu também te amo.

 

Me despeço de Pietra mais leve de quando a encontrei, ela me deixa bem próxima da minha casa, um grande risco, ela diz não se importar. Às vezes ela podia ser muito corajosa, mas eu temia que quando realmente precisasse, essa coragem lhe faltasse, empurrei esse pensamento para o fundo da mente enquanto abria o portão de casa.

Quando entrei, meu corpo cobrou a atenção de ficar o dia todo em choque, minha bexiga estava cheia e uma fome voraz me atacou. Meu pai me esperava na sala para conversarmos, apenas disse que iria no banheiro.

Quando voltei, ele continuava na mesma posição, me sentei ao seu lado no sofá e seus braços me envolveram, quase chorei novamente, mas me esforcei para ficar firme , estendi a carta e ele pegou:

- ela quer que eu vá visita-la.

Ele se retesa, mas não me solta, sua voz grossa sai calma:

- você quer?

Pietra havia me aconselhado quando eu estava em dúvida, que talvez fosse bom eu ir vê-la, porque assim poderia escolher em me relacionar com ela ou dar um ponto final na nossa história, agora pensado mais calmamente digo para meu pai:

- quero.

Ele se vira e fita meu rosto, diz um pouco perturbado:

- se quer mesmo, não vou impedi-la Clara, mas apenas quando fizer dezoito anos.

Não sei entendi bem porque meu pai achava tão importante eu ser de maior, mas não iria discutir com ele.

- vou responder a carta pai.

- tem esse direito.

- sei que você escreve para ela também.

- na verdade apenas mando fotos suas. Você ficou brava?

- não, me sinto estranha, até hoje pensei que ela me odiasse.

Ele me abraça e diz:

- não minha filha, ela apenas estava muito confusa.

- ela me explicou tudo, quero que você leia.

Ele apenas assente. Ainda abraçada ao meu pai pergunto:

- você nunca esqueceu não é? e por isso que ainda estamos aqui pai, esperando ela voltar?

Ele se afasta e não foge do meu olhar:

- ela nunca irá voltar Clara, fiquei porque não conheço mais nada e também por você. Quero que tenha uma vida melhor, está em uma das melhores escola do país, não posso pagar sua educação e quando for embora, porque sei que esse e seu maior desejo ,vou com você.

- mesmo pai?

- sim, mas até lá temos que juntar o máximo de dinheiro que conseguirmos, vamos aguentar só mais um pouquinho sim.

 

Ele alisa meu cabelo e eu sorrio balançando a cabeça, o coração mais leve sabendo que ele iria comigo, agora só faltava Pietra.

 

Fim do capítulo


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Comentários para 8 - Capítulo 8:
Lea
Lea

Em: 06/07/2022

Podemos dizer que,a morte de Alexandre foi um acidente,e se a Sônia não lutasse contra ele,quem estaria morta seria ela. E ele solto,com toda certeza.

Espero que o desumano do pai da Pietra não tenha percebido sua saída.

Essas duas são muito fofas juntas(apesar da pequena discussão).

E elas parecem demonstram tão adultas,apesar da pouca idade.

 

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perolams
perolams

Em: 15/05/2018

Não sei se Pietra tenha coragem para seguir Clara, creio que a história delas vai acabar tens o uma pausa para continuar no futuro. Pelo menos o pai de Clara é legal, talvez apoie a filha no momento em que precisar. Algo me diz que esse amasso no carro teve testemunha, tomara que não tenham gravado, do contrário até o pai de Clara vai sofrer as consequências.
Resposta do autor:

Ola,

Realmente a Pietra nunca teve a coragem da Clara, e de alguma maneira se sente em divida com o pai e acha que deve  ser o que ele quer! Infelizmente as duas sao jovens, e na vontade de fazer tudo dar certo, nao entendem a limitações uma da outra! E erros acabam sendo cometidos.

Agora o beijo, nao tem consequências ,mas se o Sr Flavio soubesse com certeza  aconteceria o pior. 

O Pai da Clara e um fofo sempre estará do lado dela.

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