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Noite de Natal por EdyTavares

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Palavras: 3427
Acessos: 1403   |  Postado em: 08/05/2018

Capítulo 10

Recomeço

 

 

 

 O dia amanhecia e Lana abriu os olhos tentando entender onde estava então se lembrou de que estava em casa, era sua casa, embora tudo parecesse estranho. Abriu os olhos e agradeceu a Deus, levantou-se, pois logo Adriana chegaria.

   O sol se fazia majestoso no horizonte e ela sorriu, o céu claro trazia um azul nunca visto pelos seus olhos, Lana levantou, tomou banho agradecendo a água que caia sobre seu corpo. Abriu seu guarda-roupa e gostou do que viu, eram suas roupas, vestiu uma saia verde comprida e uma blusa branca de seda, soltou seus cabelos e os escovou, achando-se linda quando se olhou no espelho.

   Desceu para o café e Josélia sorriu, ela abraçou a mulher que enchia seu coração de paz, era sua protetora, mesmo que sua mente não a reconhecesse, seu coração a reconhecia e Lana disse:

   — Bom dia Josélia, antes de qualquer coisa eu quero agradecer por está aqui. Sinto uma paz imensa com a sua presença e sei que o tempo irá me ajudar a lembrar de você.

   Josélia tomou as mãos dela, sentando-se ao seu lado e disse:

   — Ouça minha querida, muitas vezes a mente apaga algumas coisas para que o coração não sofra mais, mas o coração sempre lembrará daquilo que o faz sentir amor. Não se preocupe com as lembranças que foram apagadas, porque quando a gente reencarna, o esquecimento nos é dado por Deus, então entenda que você renasceu nesse acidente. Não sofra com as coisas ou pessoas que não consegue lembrar, tudo aquilo que for verdadeiro voltará ao seu lugar e seu coração irá amar de novo, tudo o que foi por ele amado.

   Lana sorriu diante a explanação de Josélia, ela tinha razão. Mesmo sem recordar dos anos ao lado de Josélia, seu coração já dizia que ela a amava e que nada havia mudado.

   — Você tem razão Josélia, sei que para mim, você é amada. Minha mente não recorda do seu rosto, mas meu coração recorda do seu amor e isso é o que importa você está certinha.

   Josélia sorriu e serviu o café, as duas tomaram enquanto Lana ia relatando toda a sua história.

   Meia hora depois Adriana chegava e Lana foi ao seu encontro e as duas se permitiram um abraço, o corpo de Lana estremeceu, sentiu imenso prazer com aquele contato e ela sorriu dizendo:

   — Senti imenso prazer nesse abraço. Sinto alegria quando vejo você, acho que meu coração se lembra de você.

   — Eu também minha querida, sinto alegria quando a vejo.

   — Já tomou café? – Lana perguntou, pegando sua bolsa.

   — Sim. Agora vamos, temos muitas coisas para resolver.

   As duas seguiram conversando e depois que foram resolver a questão dos documentos de Lana, foram ao banco e depois Adriana a levou para a loja, Consuelo estava ansiosa. Quando Lana adentrou a loja e olhou para Consuelo começou a chorar e disse:

   — Minha nossa Consuelo que alegria ver você!

   — Você sabe quem sou eu? Meu Deus que coisa boa, Lana que gratidão a Deus por você está viva!

   As duas se abraçaram e ficaram minutos assim, a emoção falava mais alto naqueles corações. Consuelo tomou o rosto de Lana entre as suas mãos e o beijou repetidas vezes, dizendo a Deus o quanto ela estava grata. Lana sorriu, a alegria tomava conta de seu coração, depois cumprimentou as vendedoras e agradeceu a todas por estarem ali, disse que não se lembrava delas, mas que isso não importava, estava feliz por ver cada uma.

   Adriana disse:

   — Vou ao trabalho querida, mas a deixo em boas mãos, Consuelo está aqui e sei que você ficará bem.

   Lana sorriu e disse:

   — Nos vemos a noite? Digo, podemos jantar o que acha? – Disse Lana sentindo-se desconfortável sem saber bem o que acontecia entre ela e Adriana, que sorriu e disse:

   — Sim, podemos jantar, passo em sua casa e então vamos ao restaurante.

   Adriana deu um beijo em seu rosto, despedindo-se de Consuelo também e seguiu.

   Consuelo tomou a mão da amiga e a conduziu para o escritório, indicou a ela a cadeira e fez café, Lana sorriu com tudo aquilo, adorava capuccino e tomou com prazer, Consuelo disse:

   — Conte-me tudo, desejo saber cada detalhe dessa história. Como você está agora? Está feliz minha amada?

   — Sim. Estou feliz e grata a Deus, aos Orixás por tamanha misericórdia. Sabe do acidente... Lembro-me agora de algo que não me lembrei, na hora que o carro explodiu, minutos antes eu havia pedido a Sandra, sim, ela era amiga de Pedro, trabalhava com ele no escritório, meu Deus! Eu havia pedido que ela trocasse de banco comigo, eu passei para o banco traseiro do carro, estava com dor de cabeça, então a minha bolsa ficou no chão do carro, na frente e a dela no banco que eu me deitei. Olha Consuelo tudo foi muito cuidado por Deus, fiquei meses no hospital em coma, depois que saí eu não me recordava de quem eu era, o médico explicou, disse que podo durar muito ou pouco tempo, isso depende de cada pessoa. E fico feliz porque não me esqueci de você.

   — Eu também fico feliz por isso. Lana e como foi que encontrou Adriana?

   — Quando eu ainda estava em São Paulo busquei um terreiro de Umbanda, estava muito angustiada, sentia muito medo e desejava rezar, acalentar meu coração, precisava de alento, estava sofrendo com a perda da memória. Então assim que cheguei lá uma jovem incorporou, a moça que era a cambona veio me chamar. A médium falava de forma diferente e me disse assim: — Salve sua força fia. – Lana limpou uma lágrima de descia pelo rosto e continuou depois que tomou um gole do café. — Eu confesso para você que nunca senti tanta emoção diante daquele ser que eu não via com clareza, mas sentia um amor grande. Ela tomou minha mão e me perguntou: — O que a fia veio fazer aqui? Eu respondi: — Sinto-me muito angustiada vó, não sei quem sou na verdade, sei que meu nome é Sandra, mas não me sinto sendo essa moça Sandra, eu perdi a memória num acidente de carro e o que me resta é um vazio imenso e uma moça linda com a qual eu sonho todos os dias, que não sei quem é. Muitas vezes vó a imagem dessa moça se mistura com a imagem de um homem, eu o vejo indo para a guerra, é lindo, alto e nos amamos muito, ele, no sonho é meu esposo, chama-se Ariel. Ele segue para a guerra e vejo um jovem chegando, depois as coisas se misturam, Ariel morre e me caso com esse jovem que chegava de longe, depois vejo meu esposo vivo e depois ele morre. Sonho em seguida com a moça, depois eu vejo outras pessoas, com corpos diferentes, vó Maria Conga, mas parece que somos nós, eu, essa moça e Ariel de novo, mas com nome de Lorenzo.

   Lana parou um pouco, limpando as lágrimas que desciam abundantes, Consuelo levantou e entregou a ela um lenço de papel, tomou sua mão com carinho e acariciou, dizendo:

   — Se não quiser falar mais, minha amada, eu aguardo para outro dia. Sei que as emoções são fortes, mas o que importa é que tudo passou que você está conosco e que tudo ficará bem.

   — Eu estou bem minha amada, quero contar-lhe tudo para que entenda o quanto a sua, ou melhor, a nossa amada Umbanda me protegeu através dos guias de luz. Todos os dias eu sonhava com Adriana, tenho a impressão que saia do corpo e ia me encontrar com ela, acho que por bondade das entidades, para me fortalecer a fé.

   — Salve a nossa Umbanda! Continue, estou aqui e desejo saber toda a história.

   — Então disse a ela que eu sentia vontade de ir embora, mas que não sabia ao certo para onde ir, que na minha mente havia o nome de uma cidade e eu falei que era Catalão somente isso. Ela colocou a mão no meu coração e disse assim: — Oia fia suncê segue seu coração, vá para essa cidade e não saia de lá para canto algum. Vosmecê fica lá até que o vosso passado vos encontre. Eu perguntei mais coisas, mas ela me disse que era somente aquilo que Oxalá permitia a ela que falasse. Mas frisou com veemência que eu não saísse de lá para lugar algum e que eu assim que chegasse a cidade, buscasse um terreiro que ela iria falar comigo de novo. Disse: — Suncê fia será encontrada pelo vosso passado, uma parte vai tá esquecida e outra vai ser lembrada, mas oia fia, a parte que tiver esquecida, vai ser lembrada pelo amor que ainda vive no coração da fia e do vosso passado. Então quando eu cheguei a Catalão, assim que arrumei um apartamento eu procurei um terreiro, ela disse que ia me levar até ele, que ela tava me esperando lá e que eu não vacilasse na fé. Consuelo... Confesso que não foi fácil, havia dias em que eu chorava muito, sentia uma saudade imensa e não sabia do que ou de quem, sentia um vazio imenso e muitas vezes senti vontade de desistir, mas então eu lembrava-me que eu não tinha nem ao menos do que desistir, você entende?

   — Entendo minha amada, como desistir de algo que você não tinha? Sim, eu entendo.

   — Então o acolhimento no terreiro, duas vezes na semana foi o que me ajudou a manter a fé. Comecei a me ocupar com o trabalho, busquei ler sobre a Umbanda, busquei estudar sobre essa religião, participei de um grupo de visitas ao asilo e o contato com os idosos me fez crescer muito. A solidão daquele lugar, de tantos velhinhos ali abandonados pelos filhos, me mostrou que a vida era muito mais do que a minha perca da memória. Comecei a trabalhar mediunicamente no terreiro, meu contato com a pomba gira, com o exu, com a preta velha e com as entidades que tão amorosamente me protegiam, foi fazendo com que a ansiedade fosse diminuindo, comecei a acreditar que um dia as coisas iriam se resolver, quando chegasse o tempo de Deus. Passei a ser a Sandra, comecei a ter gratidão por ela, rezava por ela no terreiro, pois sabia em algum lugar dentro de mim, que eu não era ela. Tudo foi se apaziguando, comecei a viver sem tanta angústia e ansiedade. Aprendi muito no terreiro, fiz muitos amigos lá, na verdade fiz uma família e depois de um ano e meio, Adriana adentrou a loja e eu fui atendê-la. E o restante você sabe.

   — Minha nossa mãe Oxum, bendita seja a senhora! – Disse Consuelo limpando as lágrimas que caiam pelo seu rosto.

   Lana levantou e entregou a ela um lenço e pegou mais um para si, limpando também seu rosto. As duas se calaram, deixando que o abraço confirmasse que estavam juntas ali. Depois de algum tempo, Lana se desvencilhou do abraço da amiga e disse:

   — Tudo isso parece um sonho, mas quando eu vi Adriana senti algo diferente, senti na hora que ela era o meu passado que estava me encontrando, somos amigas, ela me disse e eu sinto isso também. Sinto algo que vai além de amizade, mas não sei entender ainda muito bem, sei que a amo.

   Consuelo sorriu e não falou nada da história que envolvia Lana a Adriana, se a amiga não havia falado tinha seus motivos e ela nada falaria.

   — Sim minha querida. Agora que está de volta, vamos trabalhar, tem muita coisa que precisa de você. Sua tia Amália cuidou de tudo até hoje.

   — Ela me disse o contrário, disse-me que você havia cuidado de tudo e que ela foi apenas suporte, disse-me que não permitiu nada ser vendido, porque sentia que um dia eu voltaria, minha tia é maravilhosa e tem uma fé inabalável.

   — Sim, ela cuidou de tudo com minha ajuda, fizemos o melhor, mas a loja precisa de seu toque. – Disse Consuelo com largo sorriso.

   Lana agradeceu mais uma vez e junto com Consuelo foi ver uns papeis que precisavam a respeito de um novo fornecedor. As horas passaram e Lana pediu a Consuelo que parassem um pouco, ela entendeu e disse:

   — Desculpe-me minha amada, acho que você tem razão, descanse um pouco, temos tempo para tudo.

   Ela saiu deixando Lana entregue aos seus devaneios, vendo-se sozinha ali, a imagem de Adriana invadiu a sua mente, ela pegou o telefone e ligou.

   — Oi querida... Tudo bem? – Disse Adriana atendendo o celular.

   — Oi... Sim estou bem, queria saber se você está bem. Na verdade queria ouvir você, era isso, senti saudade, não sei bem por que.

   — Com o tempo saberá, não se angustie, saiba que estarei sempre por perto. À noite nos veremos.

   — Sim. Acho que estou ansiosa. – Ela disse isso e sorriu, Adriana também sorriu e disse:

   — Eu também minha querida.

   Lana despediu-se e desligou o telefone, seu coração estava acelerado, não sabia ao certo o que pensar, mas sentia um amor diferente, a voz de Adriana trazia ao seu ser imensa alegria e um desejo que ela ainda não sabia entender o motivo. Seria lésbica? – Ela pensou e sorriu. O que teria acontecido entre ela e aquela mulher no passado? Pensando assim ela pegou alguns papéis e deu sequência ao seu trabalho, precisava tirar um pouco Adriana da sua cabeça.

   A noite chegou e Lana esperava por Adriana que não demorou. As duas seguiram para o restaurante e depois que fizeram o pedido, o garçom trouxe vinho, as duas brindaram.

   — Como foi seu dia na loja?

   — Foi bem, no começo achei que não conseguiria, mas depois comecei a entender e foi tudo bem. Adriana eu quero muito agradecer a você por tudo o que tem feito por mim, me sinto protegida ao seu lado.

   Lana disse isso segurando a mão de Adriana que sentiu leve tremor no seu corpo. Como era bom sentir novamente o calor da mão de sua amada, como era bom está novamente com ela, mesmo que ela não recordasse do amor que havia entre as duas. Lana estava viva e isso era motivo somente para agradecer.

   Lana olhava para Adriana tentando buscar dentro de si algo perdido, seu coração estava acelerado, seu corpo sentia vontade do abraço daquela que estava ali na sua frente e ela não sabia precisar como entender tudo aquilo.

   — Você está bem? – Perguntou Adriana tentando entender o que se passava na mente da amiga.

   — Sim.

   O jantar foi servido e elas jantaram em silêncio.

   Os dias passavam e fazia um mês que Lana havia retornado para Brasília e quase todos os dias via Adriana e cada dia que passava o amor dentro de si ia sendo confirmado pelo seu coração.

   O dia amanheceu, era domingo e o sol despontava dizendo que faria imenso calor, Lana abriu os olhos, virou para o lado e puxou um travesseiro para perto de si, abraçando o, em sua mente imaginou ser Adriana ali, sorriu com a imagem. Levantou-se de uma vez da cama e foi para o banheiro, tomou banho, vestiu um short jeans e uma blusa vermelha, prendeu seus cabelos no alto da cabeça e desceu as escadas.

   Josélia fazia café, a mesa já estava posta, o pão cheirava e Lana passou manteiga em um, depois que cumprimentou Josélia com um beijo.

   Josélia levou o café para a mesa e elas sentaram e comeram. Terminado o café Lana pegou o celular, Adriana atendeu, sempre sentia seu coração aos saltos no desejo de sua amada dizer que se lembrava dela.

   — Oi minha querida, eu preciso ver você. – Disse Lana sem esperar.

   — Oi. Claro.

   — Estou indo para ai. – Disse isso e desligou, pegou a chave do carro e saiu.

   A campainha soou e Adriana abriu a porta, Lana sorriu, estava linda, o seu perfume adentrou a narina de Adriana que respirou profundamente aquela fragrância, Lana entrou.

   — Já tomou café? – Perguntou Adriana.

   — Sim.

   — Sente-se, - ela falou tomando a mão de Lana e as duas sentaram-se no sofá. Lana começou a falar.

   — Olha Adriana eu não sei bem como falar disso, não sei o que fomos, mas o que sinto por você é amor, um amor diferente, sinto vontade de ficar perto de você, como se estivesse sempre com saudades de você, como se em algum tempo eu e você...

   Lana não terminou a frase, Adriana tomou seu rosto entre suas mãos e ela fechou os olhos esperando o beijo da amada, que cobriu os lábios dela, com os seus.

   Terminado o beijo Adriana sentiu-se mal, Lana tomou suas mãos e elas estavam suadas e geladas, seu coração estava acelerado e ela parecia ter perdido a cor. Como uma fera o espírito de Pedro havia avançado sobre ela e o senhor Caveira nesse instante se aproximou dele dizendo:

   — Até quando vai agir assim meu irmão?

   — Não se meta onde não foi chamado. – Falou Pedro tomado por ódio.

   — Sabe que nada vai conseguir, Adriana sentiu sua presença porque está fragilizada, com a volta da companheira esqueceu-se das orações e do trabalho no terreiro, mas logo voltará a fazer isso e tu não terás mais acesso a ela.

   — Eu não vou permitir que elas, fiquem juntas. Sei que é ela é Ariel, aquele maldito, miserável.

   — Pedro ouça meu irmão.

   — Não sou seu irmão, você é um pobre exu e eu não sou seu irmão e não desejo seus conselhos e nem a sua ajuda, a não ser que seja para destruir Adriana, eu pago o que desejar.

   Nesse instante o senhor Caveira soltou uma gargalhada, Adriana arrepiou-se e parecendo despertar disse:

   — Ouça minha amada, vamos fazer uma prece pelo Pedro.

   E orou pedindo a Deus que o envolvesse em luz e que Maria mãe amorosa o tomasse em seu colo. Nesse instante uma luz se fez em torno das duas mulheres e Pedro foi afastado por uma força que ele desconhecia. O senhor Caveira encheu o ar com mais uma gargalhada e alguns espíritos comparsas de Pedro na empreitada, partiram em retirada, deixando o sozinho e o senhor Caveira disse:

   — Observe Pedro que a oração afastou você de Adriana e cada dia mais ficará sem acesso a elas.

   — Não se preocupe caro exu, ela não é perfeita e um dia sentirá raiva, então estarei por perto e atacarei novamente.

   — Nenhum ser é perfeito meu caro, mas não se iluda. Você estará por perto? Eu também.

   Pedro sentiu ódio intenso e desapareceu deixando exu Caveira ali envolto na proteção de Adriana, que agradeceu a volta do bem estar.

   — O que houve minha amada? Vi que você perdeu a cor do sangue do teu rosto. Acredita que foi Pedro? Ele não nos quer juntas, está sofrendo em alguma parte do cosmo?

   — Acredito que tenha sido ele, mas não nos preocupemos em demasia com isso, tudo está sendo cuidado por Deus, que nunca nos desamparou, não é verdade?

   — Sim. Você tem toda razão, os Orixás estão conosco e acho que devemos voltar aos nossos trabalhos no terreiro, isso nos ajudará a nos mantermos equilibradas. E assim ficaremos mais distante, do alcance dele e de outros irmãos infelizes. Que Deus cuide dele e de todos nós.

   Lana abraçou sua amada e ficou ali por minutos. O beijo uniu novamente aqueles lábios e o amor se fez naqueles corpos. Adriana acariciava os cabelos de sua amada e no mais profundo do seu ser agradecia a Deus pelo presente que Ele havia lhe dado. Era o amor se fazendo lembrado no coração de Lana.

   O domingo passou e Lana voltou para casa e junto com ela Adriana seguiu, dormiria com sua amada.

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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