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  • Capítulo 31 -- O Resgate

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A Ilha do Falcão por Vandinha

Ver comentários: 3

Ver lista de capítulos

Palavras: 3160
Acessos: 3666   |  Postado em: 01/05/2018

Capítulo 31 -- O Resgate

 

A Ilha do Falcão -- Capítulo 31 

 

O Resgate 

 

A chuva continuava a cair torrencialmente, aumentando o risco de um novo desabamento. 

O tempo passava e Natasha ia se sentindo cada vez mais perturbada, até que, não aguentando mais a tensão, levantou-se de repente. Esfregou suas mãos de cima abaixo por seus braços num claro sinal de angústia. 

-- Por que Erivaldo está demorando tanto? -- era doloroso demais olhar para a irmã naquele estado. Não podia deixar que isso continuasse -- Vou tentar remover a barra de concreto, fazendo uma alavanca. 

--Tassa! -- Carolina a chamou com voz fraca. 

-- Carol, amor, o que aconteceu? Está com dor? 

-- Não tente tirar a barra Natasha, é uma loucura e sabe disso. Saia daqui enquanto é tempo. Não quero que arrisque a sua vida. 

Natasha estava sacudindo a cabeça antes mesmo que ela terminasse a frase. 

-- Está tudo bem -- disse Natasha, com carinho. Carolina chorava -- Está tudo bem. 

Continuou afagando os cabelos da irmã e não voltou mais a falar em remover o bloco. Fechou os olhos, abraçando-a. Era dor demais, para ela, descobrir a verdadeira irmã em meio a uma tragédia. 

De maneira nenhuma deixaria a irmã para morrer. Morreriam juntas, se assim fosse o destino. Agarrou-a contra ela e a abraçou enquanto passava a mão por seu cabelo. 

Natasha não conseguia reprimir os tremores que lhe percorriam o corpo. Pingos de água barrenta escorriam de seus cabelos castanhos para o rosto e pescoço. Os lábios estavam arroxeados, e não havia uma única parte de seu corpo que não doesse. Qualquer movimento que fizesse a deixava ofegante. 

Com dedos trêmulos, ela procurou pela bombinha no bolso da calça e fez uma careta. 

-- Droga! Por que eu sempre esqueço -- sorriu nostálgica, ao lembrar o que a mãe sempre dizia: "Menina cabeçuda. Está sempre esquecendo essa bombinha". 

Natasha apertou os olhos. Estava sentindo-se mal, preocupada demais para pensar em qualquer outra coisa que não fosse tirar a irmã dali. Natasha tinha a impressão de estar no meio de um pesadelo. Aquilo não podia estar acontecendo! 

 

Dentro do Hangar, Erivaldo andava de um lado para o outro, impaciente, ignorando a todos os conselhos, inclusive do experiente comandante Faraco, que, encostado à mesa, os braços cruzados, tentava convence-lo a não decolar.  

-- Infelizmente, não temos outra saída -- disse Erivaldo, tocando o ombro do amigo piloto -- Não tive problema algum com a decolagem com vento de cauda de 5 ou 6 nós, mas com um vento de cauda de 10 nós, nunca decolei. 

-- Você pode estar entrando em uma roubada, Erivaldo. O amigo está indo além dos limites que permeia as cabines de helicóptero. O perigo de queda existe e, infelizmente, vejo-a com mais frequência que gostaria de admitir. 

-- Não posso mais ficar aqui parado enquanto a chefe está precisando da minha ajuda -- disse decidido - Eu prefiro arriscar e correr o risco, do que viver frustrado por não tentar. 

 

Elisa estacionou o carro diante do portão do hangar com uma manobra habilidosa e saiu correndo em direção a Rambo, com o rosto pálido, transfigurada pelo desespero. 

-- O que está acontecendo? -- perguntou tomada por terrível angústia -- Não me esconda nada, Rambo. 

-- A única coisa que sei dona Elisa, é que a velha cabana desabou e a senhorita Natasha solicitou o helicóptero para um resgate. 

Elisa ficou pálida e suas pernas fraquejaram. 

-- Meu Deus! -- Se Rambo não a estivesse amparando teria caído.  

-- Cinco minutos para decolar -- avisou Erivaldo, enquanto olhava para o céu cheio de nuvens escuras -- Vamos pessoal. 

Rambo olhou para a inquieta senhora, com um sorriso tranquilizador nos lábios, embora seu coração se contorcesse em preocupação. 

-- Fique tranquila, dona Elisa. Vamos trazer a senhorita Natasha sã e salva. 

Ela fungou balançando a cabeça. 

-- Que Deus os abençoe! -- Sua preocupação agora era em dobro. Não havia encontrado Carolina em nenhum dos abrigos. Teimosia devia fazer parte da genética da família Falcão. Credo, como são cabeça-dura. Nunca abrem mão da própria opinião e não dão importância aos conselhos dos outros quando pretendem fazer algo. Pensou a jovem senhora, com o coração aos pulos. 

Um segundo depois de terem saltado para dentro, o helicóptero iniciava a difícil subida. Erivaldo podia sentir o helicóptero sendo empurrado com força pelo vento contrário.  

 

Em sua suíte, Carol andava de um lado para o outro, preocupada demais para se sentar e esperar notícias de Natasha. 

-- O que pode ter acontecido? -- perguntou, aflita, caminhando novamente até a janela -- Será que algo de ruim aconteceu à Natasha? -- seu coração falhou uma batida. 

-- Não sei -- respondeu Sidney -- Só sei que o helicóptero acabou de levantar voo. 

-- Meu Deus! -- lágrimas escorreram pelas faces de Carol -- Será que ela está perdida na mata? 

-- Não diga tolices -- debochou Marcela -- Natasha deve conhecer essa mata, da mesma forma que você conhece o meu apartamento no Rio. 

-- Não fique tão preocupada, Carol. Natasha é uma mulher forte e acostumada a esse tipo de situação -- comentou, Sidney. 

-- Não sei porque toda essa agonia, afinal de contas, pense no quanto ganharíamos caso ela morresse -- havia um brilho gelado nos olhos dela. 

Carol não conseguiu controlar a revolta. As palavras maldosas de Marcela, causaram uma reação intempestiva na irmã. Ela chegou mais perto e berrou, com o dedo apontado para Marcela. 

-- Nunca mais diga isso! -- Carol tinha os olhos enormes brilhando de indignação. 

-- Calma Carol. Controle-se -- Sidney a segurou pelo ombro. 

-- Sempre a achei interesseira e maldosa, mas agora vejo que é muito mais do que imaginei! -- Carol se afastou, furiosa -- Vou sair daqui antes que eu te meta a mão na cara. 

Ela simplesmente virou as costas e saiu dali, deixando Marcela atônita. 

Sidney não tentou impedi-la, ficou apenas olhando enquanto ela batia a porta. 

-- Agora você passou dos limites Marcela -- ele balançou a cabeça -- Veja o estado que ela ficou. 

-- Eu vi. E confesso que estou bem admirada. 

-- Ela gosta de verdade da Natasha -- Sidney andou lentamente para a ampla janela e olhou para o céu, nas nuvens densas e escuras -- E quer saber, Marcela. Eu também gosto. Gosto da Natasha, do Leozinho, da Jessye, de todos nessa ilha. Não devíamos ter armado essa farsa, foi um grande erro e eu estou arrependido. 

Marcela deu uma gargalhada diante do comentário inocente de Sidney. 

-- Não seja bobo. É tarde demais para arrependimentos -- ela jogou os cabelos para trás e olhou para ele com uma expressão séria, misto de irritação e preocupação. Tentou controlar a voz quando falou: -- Ela vai mandar a gente para a cadeia, no mesmo instante. E sabe de uma coisa, Sidney. 

O rapaz continuava a olhar pela janela, mas depois virou-se e encarou Marcela. 

Ela ergueu o rosto e olhou-o nos olhos. Sua expressão era fria. 

-- Andreia não suportaria essa vergonha e muito menos papai -- Marcela olhou-o de um jeito estranho, examinando a reação dele -- Você quer dizer alguma coisa, Sidney? 

Houve um momento de silêncio. Ela esperou pacientemente até que ele respondesse. 

-- Não! Não tenho nada a dizer. 

-- Ótimo. Agora, vamos atrás daquela louca. 

 

-- Tassa! 

Natasha levantou a cabeça quando ouviu seu nome e pela primeira vez desde que se encontraram, ela sorriu com entusiasmo. 

-- Como você está? -- ela perguntou com uma voz tranquila enquanto tocava os dedos nos botões de pressão da jaqueta que cobria a irmã. 

Com a cabeça, Carolina fez um sinal demonstrando que estava tudo bem. Natasha notou emoção nos olhos dela. 

-- Por que está me olhando como se eu fosse a Gal Gadot? -- brincou -- Não me ofenda, sou muito mais gata que ela. 

-- Eu te admiro, muito -- admitiu com sinceridade -- Você é uma mulher incrível. Não se lamenta sobre a situação. Não demonstra medo. Apenas aceita com calma e controle. 

Natasha deu uma risada divertida. 

-- Verdade que pensa isso de mim? Pois fique sabendo que toda vez que me olho no espelho, penso: Que merd* é essa -- os olhos verdes de Natasha estavam ainda mais claros. 

-- Estou falando sério. Há muito tempo acompanho as suas conquistas. 

-- Carolina? -- Natasha inclinou a cabeça e continuou brincando com o botão da jaqueta -- Você tinha a pulseira com o seu nome e endereço. Por que não me procurou? 

-- No momento do acidente, fui arremessada para fora do carro. Quem me encontrou foi um casal de moradores de rua que viviam há anos embaixo de um viaduto, próximo à ponte. 

-- Você morou embaixo do viaduto? -- Natasha ficou perplexa. 

-- Sim. Vivíamos em um espaço pequeno, fechado com placas e alambrado. O local era limpo. Tínhamos dois sofás, colchão, estante, guarda-roupa e varal, entre outros objetos típicos de uma casa. 

-- Eu não acredito que se conformava em viver dessa forma. 

-- Eu era apenas uma criança -- Carolina disse, baixinho -- Eu vivia muito bem na minha casa, me sentia no paraíso. Ninguém nos atrapalhava. Só o trem que parecia passar em cima da minha cama, mas já estava acostumada -- disse Carolina, rindo. 

-- E depois? Quando você não era mais criança? Eles não contaram a verdade? Por que você não fugiu de sua família e me procurou? 

-- Eu não precisava fugir. Eles nunca me impediram de nada. Inclusive me contaram tudo -- Carolina fechou os olhos sentindo-se fraca, como se todos os seus ossos estivessem quebrados -- Eles me ensinaram a amar, a ser humilde, me ensinaram a pensar por mim mesma, me deram amor, me deram tudo o que eu precisava. Eu pegava recicláveis, limpava terrenos e ganhava dinheiro assim. Eles fizeram tudo por mim. Não precisava de bens materiais. Somente o amor bastava. 

-- Como dizia o filósofo lendário Elvis Aaron Presley, músico e ator, mundialmente denominado "Rei do Rock": A única coisa boa em ter dinheiro é que você não precisa se preocupar com ele. Se eu gastar tudo hoje amanhã ganho mais. Isso não importa. O que importa são as pessoas que temos a nossa volta -- ela fez silêncio durante um tempo antes de continuar: Não precisava ter vindo atrás do dinheiro, poderia ter vindo atrás de sua irmã -- disse Natasha, sorrindo fracamente -- Daria todo o meu dinheiro para ter você de volta. 

-- Sim. Sim, hoje eu sei disso. Porém sua fama de malvada corria longe. Quando falava na intenção de lhe procurar, todos agiam, como se eu estivesse indo para a forca. 

-- Sério? -- o olhar interrogativo de Natasha fez com que Carolina sorrisse novamente -- Você sabe que não sou do tipo simpática... -- murmurou ela, pensativa -- Não é de admirar, já que todos agem como se eu fosse capaz de morder, não acha? -- Dessa vez ela fitou a irmã, erguendo uma sobrancelha. 

-- Os boatos devem ter algum fundamento -- resmungou Carolina. 

Uma sombra de tristeza passou pelos luminosos olhos verdes de Natasha. 

-- Porém com você seria diferente. 

-- Como foi com a falsa Carolina? -- foi a vez dela erguer uma sobrancelha. 

As feições delicadas de Natasha refletiam tristeza. 

-- Como poderia imaginar que ela estava me usando e que tudo o que compartilhamos tinha sido uma mentira? 

Eram tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que Natasha nem sabia ao certo o que pensar. Ela exalou um suspiro pesado e com curiosidade voltou a perguntar sobre a atual família de Carolina. 

-- Eles ainda moram embaixo do viaduto? 

-- A assistente social já tentou tirar a nossa família de lá, mas não aceitamos sair. No abrigo tem hora para tudo, a gente perde a liberdade, eu e meus irmãos teríamos que ficar separados -- disse Carolina, balançando a cabeça -- As pessoas erram, mas na maioria das vezes erram por amor. Eu não podia abandoná-los -- Carolina não conteve as lágrimas -- Você deve estar me odiando. 

-- Estou mesmo -- concordou Natasha, com um sorriso -- Sua bobinha, nunca seria capaz de odiar a minha irmã querida -- Inesperadamente a empresária tocou nos cabelos dela. Natasha não deixou de ficar emocionada também, e algumas lágrimas rolaram de seus olhos -- Poderíamos ter ajudado a sua família. 

-- Fui boba né! Me perdoe -- ela sussurrou. O cansaço parecia tomar conta dela -- Saia daqui eu te peço! -- a expressão dela era preocupada, cheia de dor -- Tudo aqui pode desabar a qualquer momento. 

Natasha levantou a cabeça e olhou fixamente para cima.  

-- Shiii! -- ela pediu pelo silêncio de Carolina -- Está ouvindo esse barulho? 

Os ventos aumentaram naquele instante, agitando as árvores com violência e uivando entre os matagais.  

-- É o nosso resgate! -- Natasha gritou com entusiasmo. 

O coração de Carolina não havia sossegado desde o momento que ela olhara aqueles olhos verdes da irmã. Encontrá-la ali, no meio de um desastre, sozinhas, por um momento a assustara para valer. Mas agora, vendo que ela estava pulando com o entusiasmo de uma garotinha que acabara de ganhar um brinquedo, ela sentiu algo completamente diferente de apreensão. Ela sentiu amor e carinho. 

Alguns minutos depois, a voz de Rambo veio através da fresta cortando o ar cerca de cinco metros acima de onde elas estavam. 

-- Chefe! 

-- Estamos aqui, Rambo. 

Ele olhou para baixo iluminando todo o lugar com uma poderosa lanterna e percebeu que uma barra de concreto havia desmoronado sobre a moça. 

-- Como está a situação? 

-- Está bem ruim -- disse Natasha, balançando a cabeça e abrindo os braços para enfatizar o local.  

-- Relaxa, chefe. Você tem a melhor equipe de resgate, lembra? Pena que paga tão mal -- disse o grande homem. 

Natasha lançou um olhar afiado para ele. Balançando a cabeça em negativa, ela estalou os dedos. 

-- Vocês têm uma hora. 

-- É pra já, chefe! 

Desviando a atenção para Carolina, Natasha sorriu.  

-- Agora falta pouco. 

Mal teve tempo de terminar a frase, antes que uma crise de tosse a dominasse.   

-- É sempre assim? -- perguntou Carolina. 

-- O que? 

-- Essa tosse. 

-- Sou asmática. Isso é normal -- balbuciou num fio de voz, tentando desviar-se do assunto. Natasha sabia que estava prestes a ter uma crise. Tensão emocional a tornava vulnerável, e ela tinha acabado de ter a mais incrível revelação de sua vida. Passou do sentimento mais puro que sentia pela falsa Carolina para o pior de todos: O ódio. 

 

Carol entrou correndo no saguão do hotel à procura de um rosto familiar. Afobada, aproximou-se de Elisa e agarrou-se ao seu braço, o rosto molhado de lágrimas. O olhar curioso da mulher pousou sobre ela. 

-- Onde está a Natasha? O que aconteceu com ela? 

A expressão desesperada do rosto de Carol, sensibilizou Elisa. Ela percebeu que a moça estava realmente preocupada. 

-- Natasha chamou o resgate. Parece que a velha cabana desabou com a tempestade e tinha alguém lá no momento do acidente -- ela fechou os olhos e passou a mão por seu longo cabelo -- Meu Deus! Estou desesperada! -- Elisa tinha as mãos úmidas e tremia. Sentou-se, respirou profundamente, e tentou se concentrar na conversa -- Rambo e Erivaldo já devem ter chegado ao local. 

-- Graças a Deus! -- após um momento de reflexão, Carol percebeu que Elisa estava nervosa demais, seu estado era deplorável -- Você conhece a pessoa que estava na cabana durante a tempestade? 

Elisa pensou bastante antes de responder. 

-- Não! Claro que não. É que... pensei que houvesse acontecido algo de ruim com a Natasha e, se essa pessoa morrer? Meu Deus, será uma tragédia. 

-- Verdade -- Carol suspirou fundo -- Estou mais tranquila com relação a Natasha, mas vou ficar orando por essa pessoa. 

-- Faça isso, minha filha. A oração é a arma mais forte que temos. 

 

Sem perder tempo, Rambo deslizou por uma corda até onde Natasha e Carolina estavam.  

-- Vamos remover essa barra de cimento de cima dela -- disse Natasha, quase sem ar -- Trouxe mais homens para ajudar? 

-- Sim, chefe. Já estão descendo. 

Carolina estava com os braços soltos na lateral do corpo e imóvel. Ela não tinha mais força para lutar.  

Assim que os dois homens desceram, começaram imediatamente o trabalho de remoção. Com cuidado, e parando várias vezes para escorar com madeiras algumas partes que ameaçavam desabar sobre eles, finalmente conseguiram afastar a barra. 

-- Vou chamar o Erivaldo -- Rambo começou a estabelecer contato com o piloto pelo rádio -- Tenta pairar o helicóptero sobre a abertura em meio aos escombros. Mas, Erivaldo. Tome muito cuidado, pois isso aqui, está prestes a desmoronar. 

- Entendido! Em dois minutos - respondeu Erivaldo - Cambio desligo. 

Olhando para baixo, Erivaldo lançou um rápido olhar para a abertura informada por Rambo. Era pequena, mas o suficiente para a passagem da maca. 

-- Esteja pronto com a maca, Hans -- pediu o piloto para o rapaz. 

-- Ich bin bereit -- Hans deu um sorriso e caminhou até a escotilha aberta. Ele inclinou-se para fora do helicóptero, preso a uma tira de segurança. O vento chicoteava seu corpo, mas ele resistia com veemência. 

Erivaldo fez o helicóptero pairar constante, em baixa altitude, apesar do vento tentar afastá-los do seu alvo. 

Momentos depois, Hans começou a descer um cabo de aço, com uma maca presa na ponta. 

O giro das pás da hélice do helicóptero criava um turbilhão de areia e terra, prejudicando a orientação de Erivaldo. Depois de várias tentativas de pegar o cabo balouçante, Rambo conseguiu e Natasha ajudou-o a preparar a maca e todo o equipamento de segurança. 

-- Vocês estão prontos? -- gritou Hans, enquanto a maca de salvamento estava posicionada ao lado de Carolina. 

-- Como eu nunca estive antes em toda a minha vida! -- afirmou Natasha, tossindo. 

-- Tudo bem, chefe? 

Natasha se sentou em um monte de entulhos e colocou a mão sobre o peito. Seu peito chiava como um miado de gato. Suas vias aéreas se apertavam e ficava difícil de passar o ar para dentro dos pulmões. 

-- Esse lugar para mim, é como se fosse um tumulo -- com muito esforço ela colocou-se de pé -- Você é o especialista Breno, mostre-nos como fazer para colocá-la na maca. 

-- Vamos fazer o uso da imobilização manual da coluna cervical e do colar cervical e depois iça-la com o guincho elétrico do helicóptero. 

Natasha sentiu-se feliz em lidar com pessoas que sabiam agir com competência e segurança. Era a vida de sua irmã que estava em jogo e isso não tinha preço. 

Rambo sacudiu a cabeça e, em seguida, acenou para Hans, ainda pendurado para fora do helicóptero. Em um segundo, a maca foi subindo com cuidado. 

Natasha buscou ar em desespero.  

-- Cuidado! -- ela gritava para ser ouvida sob a barulheira do helicóptero.  

Algum tempo depois, a empresária também subiu a bordo e acenou para Erivaldo.  

-- Voe direto para o Hospital Celso Ramos em Florianópolis. Não temos tempo a perder.  

Erivaldo balançou a cabeça e o helicóptero saiu rasgando o céu em direção ao continente. 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 31 - Capítulo 31 -- O Resgate:
Anny Grazielly
Anny Grazielly

Em: 10/09/2020

Caramba... que momento tenso...

Responder

[Faça o login para poder comentar]

cidinhamanu
cidinhamanu

Em: 02/05/2018

No Review

Responder

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VNXPP
VNXPP

Em: 01/05/2018

No Review

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Mille
Mille

Em: 01/05/2018

Olá Vandinha 

Que bom o resgate chegou a tempo. Natacha devia dar uma promoção aos funcionários quando o chefe dizia que não daria certo eles não desistiram da chefe deles.

Bjus e até o próximo capítulo 


Resposta do autor:

Olá Mille! Tudo bem?

Natasha não esquecerá de seus fiéis funcionários. Pode ter certeza.

Beijos. Até.

Responder

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Rita Dlazare
Rita Dlazare

Em: 01/05/2018

Vc vai nos deixar sem notícias até quando?

Parabéns, esta é uma das melhores história que já li.

 


Resposta do autor:

Olá meu anjo! Tudo bem? Espero que sim.

Seu comentário é muito motivador. Me inspira, me incentiva. Obrigada.

Então, quer noticias? Aí está mais um capítulo postado.

Paz e Luz, Rita.

Beijos.

Responder

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