Vamos dá uma trégua tá?

 

-- tá amor...

Dá-me um beijo?

 

-- claro minha pequena...

Sorri e beijei a testa dela.

Eu estava sim ainda magoada...

Também enquanto não conversar com ela não ficarei sossegada.

 

Bárbara

Agora vejo a burrada que eu posso ter feito.

Sinto no olhar da Dávi certa tristeza.

Pedi um beijo a ela, porém ela acabou me beijando a testa.

Sei que ela tem razão de estar assim.

No lugar dela talvez eu estivesse e fazia pior.

O que foi que eu fiz meu deus?

Eu quase estraguei tudo...

 

Dávila

Espero que isso passe meu deus.

Você sabe que eu não fiz nada, a Bárbara vai acreditar em mim uma hora ou outra.

Pensei isso e dei um sorriso fraco...

 

-- amor agora que você acordou e já até se alimentou irei tomar um banho, tá?

 

-- você passou a manha aqui, Dávi?

-- Sim, passei.

Não iria deixar meus amores sozinhos.

Tenho que cuidar de você e do nosso filho.

 

-- ah Dávi...

Pode me dá um abraço?

 

-- logico amor

 

Sentei na cama e abracei minha pequena.

Confesso que estava morrendo de saudades dela. Queria tanto mima-la.

 

-- te amo Bárbara...

 

-- eu também amo amor.

Amo-te tanto chega a doer de tanto amor.

 

-- vai ficar tudo bem minha loirinha.

Eu juro.

Apertei-a nos meus braços e dei um selinho nela.

Segui para tomar um bom banho depois desse pequeno susto.

 

A Dávi foi para o Banho e eu permaneci na cama.

Estava pensando nos últimos dias, eu não sei por que fui tão grossa com ela.

Tenho tanto medo de perdê-la e acaba acontecendo isso.

 

-- tá pensativa amor?

Perguntou-me ainda de toalha.

 

-- um pouco minha vida.

Nada demais não, Dávi.

 

-- tá bom então.

Como está se sentindo?

 

-- menos mal.

Mais ainda estou me sentindo fraca.

 

-- precisa continuar descansando amor.

Tá?

Eu preciso ir à Padaria vê como está por lá, mas é coisa rápida.

 

-- tudo bem Dávi, é seu trabalho.

 

-- Olha, eu prometo que vou me esforçar mais pra gente ficar mais tempo juntas, tá?

Saímos mais também pra onde você quiser.

Só quero passar mais tempo com você.

 

-- isso tudo é porque a gente brigou?

 

-- não precisávamos ter brigado.

Era só você ter me chamado a atenção e com certeza iríamos dá um jeito nisso.

 

-- eu errei Dávi.

Sei disso

E você não sabe o quanto estou envergonhada.

 

-- Ei, não quero lhe vê triste tá?

Por favor, quero te vê sorrir pequena.

Estamos passando por uma crise, todo casal passa por isso.

Eu só peço, acima de qualquer coisa tenha confiança em mim.

 

-- tá bom Dávi.

Eu confio em você

 

-- que bom amor.

Vou me arrumar e volto pra ficar contigo tá?

 

-- tá meu amor.

 

Arrumei-me e já era praticamente umas 15h da tarde.

Cheguei à Padaria e estava tudo calmo, porém não por muito tempo.

 

-- Filha, já ia falar com você.

 

-- diga Pai?

 

-- você precisa viajar o mais rápido possível.

Deu um problema no caixa em uma das filiais.

 

-- não acredito Pai.

 

-- se puder hoje mesmo pela madrugada você pega o voou.

 

-- tão rápido assim?

 

-- estamos perdendo dinheiro e se não marcamos em cima vai ser pior.

 

-- tudo bem manda alguém marcar tudo da viajem e reservar o hotel Pai, quando tiver tudo pronto me liga que já vou voltando pra arrumar as malas.

 

-- Tá filha

Vai lá.

 

Que péssimo momento pra dá esse problema, logo hoje?

Não sei nem por quantos dias vou ficar fora.

E meu amor ainda assim doente.

Sei que ela vai ficar chateada, e com razão.

 

Bárbara

 

Estava no quarto esperando minha Dávi voltar, e não demorou muito logo o carro já estava estacionando.

Será que aconteceu alguma coisa? Ela voltou tão rápido.

Esperei ela entrar e quando ela abriu a porta pulei nos braços dela.

 

-- não vou te soltar mais amor.

 

-- calma pequena a gente vai cair

Risos...

Que foi isso em?

 

-- amor...

Não quero te soltar mais.

 

-- te amo sua boba.

 

-- porque voltou tão rápido amor?

 

-- pequena, acabou acontecendo um imprevisto.

 

-- que tipo Dávi?

 

-- um problema com caixa em uma das filiais.

 

-- isso quer dizer?

 

-- que terei que viajar o mais rápido possível.

 

-- não amor.

 

-- não queria ir pequena.

Nem te deixar só, ainda mais assim.

 

-- me leva junto Dávi...

 

-- eu iria adora

Mas você tem curso amor, e, além disso, a viagem é muito cansativa.

Pode fazer mal a você e a nosso bebê.

 

-- Dávi...

Eu vou morrer sem você aqui.

 

-- nada disso.

Eu sei que também vou sentir saudades suas, mas prometo que vai ser rápido.

 

-- daquela vez foi uma semana amor.

Como vou passar mais dias sem sentir teu cheiro em mim?

Sem poder te beijar?

Sem sentir teus carinhos?

Amor, nosso filho também vai ficar triste sem a mãe dele aqui.

Estou chateada agora.

 

-- oh minha neném, não vai ficar assim.

Senta aqui, minha loirinha eu prometo que vou tentar resolver tudo rápido.

Logo eu volto e a gente resolve nossa situação.

 

-- sem você nada tem graça Dávila.

Meu mundo não faz sentindo.

 

-- Pequena, olha aqui nos meus olhos.

Eu te amo, e vou voltar.

 

-- quando você vai viajar?

 

-- se conseguirem marcar irei logo hoje pela madrugada.

 

-- já Dávi?

Pois tomara que ninguém ache.

Quero aproveitar mais tempo com você.

 

-- também quero minha pequena

Beijei a testa dela...

 

-- me abraça amor.

Agarrei-me com a Dávi...

 

Sabia que iria ser assim.

O resto da tarde a Bárbara praticamente só me abraçava e nada mais.

Já estava preocupada com essa carência toda.

 

-- amor posso ir ao banheiro?

Posso arrumar as malas?

 

-- não...

 

-- risos...

Pequena, você está me apertando a um bom tempo aqui.

O que foi?

 

-- não quero que vá.

Quero que fique, mas entendo que precisa ir.

Só estou tentando te marcar em mim, quero ficar com teu cheiro em mim amor.

Volta logo, por favor.

 

-- volto sim amor, eu vou arrumar minha mala, quer me ajudar?

 

-- não,

Vou pro jardim Dávi.

 

-- tá bom vá tomar um pouco de ar.

Já lhe encontro lá

 

É espero que não seja uma viagem longa

Quero voltar o mais rápido que puder...

 

Arrumei a mala e os documentos que precisava.

Na hora do jantar meu pai já me comunicou que estava tudo certo e que seria nessa madrugada mesmo.

Iria viajar preocupada com a Bárbara, mas já falei com a Dinda e com minha mãe.

Nada de deixar a Fernanda entrar aqui, e que elas possam dá toda a atenção a minha pequena.

Falando nela, fui vê como ela estava.

Quando cheguei ao jardim ela estava sentada em uma mesa tomando uma agua de coco.

 

-- tá se hidratando amor, muito bem.

 

-- seu pai já decidiu amor?

 

-- sim pequena.

Pela madrugada eu pego o voou.

 

-- sabia...

 

-- você estará descansando amor

 

-- não vou dormir, quero ir com você.

 

-- Bárbara, você vai ficar descansando.

 

-- não vou.

 

-- meu amor você esta teimosa hoje.

 

-- quero sua atenção Davi.

Só isso.

 

-- risos...

Boba, você tem tudo que quiser de mim.

Eu te amo minha loirinha.

 

-- vamos pro quarto?

 

-- está indisposta amor?

 

-- não, apenas quero ficar grudada em você novamente.

 

-- tá bom meu chicletes.

Vamos, ante disso vamos se alimentar primeiro.

 

-- estou sem fome amor.

 

-- vou te alimentar pequena

Não vai fazer esforço nenhum

Eu juro que por mim não iria viajar, pois estou preocupada com tua saúde.

Irei ligar de hora em hora amor pra você.

 

-- você jura?

Jura que vai sentir minha falta?

 

-- coração, logico que sim.

Você é minha namorada linda.

Porque essa pergunta amor?

 

-- Dávi tem tantas mulheres por ai interessantes.

 

-- mas só você me interessa Bárbara.

Também vou sofrer estando longe de você.

Mas é só por uns dias, tá?

 

-- tá amor.

Tá bom...

 

-- vamos jantar que você ainda não está totalmente recuperada.

 

-- tá bom Dávi.

Vamos.

 

Seguimos pra mesa do jantar e estavam todos reunidos.

Meu sogro estava realmente preocupado, pois não parava de falar um minuto sequer sobre a viajem.

 

Filha vou te deixar no aeroporto as 2h da manha já vamos pra lá.

 

-- tá bom Pai.

Vou só cochilar e na hora vamos.

 

-- tudo bem meninas?

 

-- tudo sim, meu amor está só quietinha...

 

-- ela vai voltar logo menina.

 

Falou meu pai tentando tranquilizar a Bárbara.

 

-- vamos subir amor?

 

-- vamos Dávi.

 

Seguimos pro quarto e ela ainda estava calada.

Olhou pra minha mala e seguiu pra cama.

Eu só observava  cada movimento dela.

 

-- neném, não fica assim.

 

-- estou bem

 

-- vem cá vem.

Abraça-me

Ficamos abraçadas e eu fiquei por um bom tempo fazendo carinho na Bárbara.

Fazia cafune, mordia e beijava minha pequena.

Ela só recebia meus carinhos e se encolhia mais em mim.

Já estava com o coração partido por ter que deixá-la.

 

-- prometo que quando voltar vamos passar um dia inteirinho agarradinhas aqui amor.

 

-- promete mesmo?

 

-- prometo

Vamos morar nesse quarto...

Só vai existir eu, você e nosso filho.

 

-- vou esperar ansiosa Dávi...

E nosso filho também...

Precisamos escolher o nome sabia?

 

-- mais amor, não sabemos o sex* ainda do neném.

 

-- eu sei que você quer que seja menina...

 

-- mais se for menino, irei amar do mesmo jeito pequena...

 

-- vai ser menina amor...

Eu sinto isso

 

-- você acha que pode ser menina?

Ah amor, eu queria que ela fosse sua cara...

Loirinha, assim igual você...

 

-- Dávi, você quer mesmo assumir essa criança?

 

-- meu amor porque está perguntando isso agora?

É logico que quero.

 

-- não sei, só senti vontade de perguntar isso.

 

-- amor, vou amar essa criança como se fosse minha.

 

-- eu quero ter um filho com você Dávi...

Um filho nosso, meu e seu.

Quero uma parte de você no meu ventre...

 

-- serio Bárbara?

 

-- sim amor.

Quero um filho que seja só nosso...

 

-- amor, mais esse neném é nosso também.

 

--Dávi, você sabe do que estou falando.

 

-- tá amor, eu sei.

Será como você quiser.

Eu amo tudo de você...

E vou ser a mulher mais feliz do mundo em ser mãe de seus filhos...

 

Dávila

Confesso que estava estranhando essa conversa da Bárbara

Não entendo, será que ela está sentindo alguma coisa?

 

-- amor já estar tarde, tenta descansar tá?

 

-- queria estar acordada na hora que você fosse sair amor.

Quero me despedir.

 

-- não precisamos fazer isso, vou fazer cafune até você pegar no sono amor.

E amanha bem cedo assim que chegar lá, te ligo tá?

 

-- tá amor...

Te amo...

 

Minha pequena acabou pegando no sono e eu perdi o meu.

Confesso que depois dessa conversa eu estou preocupada.

Esse neném também já é meu, e porque ela comentou sobre tudo isso?

Não dormi nada e já estava na hora de ir me arrumar pra viajar.

Tentei fazer tudo o mais depressa possível e principalmente em silencio.

Não quero acordar meu amor.

Já estava na hora de partir e me aproximei lentamente dela, sorri e dei um beijo na minha pequena, quando puxei o cobertor pra cobri-la meu coração congelou.

Os lençóis estavam cobertos de sangue?

 

Continua

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo