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O Diário Sem Datas por anonimo42

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Palavras: 5824
Acessos: 998   |  Postado em: 14/04/2018

Capítulo 22 Segredos

Abri meus olhos e saltei da cama profundamente irritada com a falta de educação de Rafaela, nem olhei para Lira apenas passei por ela sem dizer uma só palavra, precisava de ar e espaço antes dela me encher de perguntas e me fazer voltar.

Desci as escadas rapidamente passei pelos meninos na sala que aguardavam notícias silenciosos e pensativos, não disse nada e fui para a cozinha e peguei um copo no armário parei diante da pia ainda irritada. Pensei comigo como ela pode falar daquele jeito, como ela pode ser tão irresponsável e não dar a mínima para o que estava acontecendo aqui? Como ela podia ser tão egoísta? Suspirei desapontada e enchi o copo com agua e então percebi que Lucas estava ali me olhando preocupado.

- Feh? – Ele me chamou receoso.

- Está tudo bem Lucas – Me virei para ele e tomei a agua em um só gole – Ela está bem ao que me parece – Coloquei o copo com força sobre a pia.

- Você não parece bem – Ele ainda estava inseguro.

- Relaxa – Olhei dentro dos olhos preocupados dele – Está tudo bem, confie em mim.

- Você conseguiu? – Ele mudou o semblante para mais brando e confortável, talvez tenha acreditado no que disse.

- Sim e não – Percebi que essa resposta era recorrente no mundo deles – Ela está com um tal de Silas.

- Silas? – Foi Lira quem se anuncio entrando na cozinha como um raio – Ele te expulsou? – Ela parecia assustada – O que aconteceu? – Ela se aproximou de mim.

- Sim Silas, foi o que ele disse e quem me mandou embora foi Rafaela – Tenho certeza que torci a cara ao me lembrar de como ela falou comigo – O tal de Silas estava querendo contar algumas coisas e bem eu não quis, mas ela sim e por isso ficou dizendo que logo voltara – Dei de ombros transmitindo o recado.

- Garota – Lira me pegou pelos ombros – Tem ideia do que fez? – Ela estava claramente irritada comigo – Devia ter trazido ela de volta, sabia que você era uma inútil – Ela começou a aperta mais meus ombros.

- Lira solte ela – Lucas ordenou.

- Cala a boca – Gritou Lira para o Rapaz alto atrás de si – Como pode deixar ela pra trás?

- Você está me machucando – Olhei no fundo dos olhos dela e pude ver o desespero estampado no fundo daquele castanho escuro – Ela me mandou embora! – Gritei deixando claro meu desapontamento com Rafaela.

- E você é frágil demais e não pode aguentar – Ela me largou com um empurrão – Sempre soube que você era fraca, Nunca será uma de nós – Lira saiu a passos duros empurrando até Lucas.

- Você está bem? – Lucas correu até mim preocupado.

- Estou – Disse para acalma-lo.

- O que ela quis dizer com isso? – Ele questionou confuso.

- Eu não sei Lucas, existe muitas coisas estranhas que me ligam a Rafaela que ninguém explica – Estava dizendo aquilo mais para mim do que para ele – Eu perdi a chance de entender assim que a deixei lá, não sei como a estupidez dela pode me afetar tanto – Encostei na pia decepcionada comigo mesma – Deveria ter arrastado aquela idiota pra cá – Cruzei os braços.

- Ei – Lucas se aproximou me tomando em um abraço carinhoso – Não é sua culpa, Rafaela é uma teimosa nem você e nem ninguém ia conseguir fazer ela sair de lá se não quisesse – Ele me soltou e me fez olhar em seus olhos cheios de ternura - Ela vai voltar e tudo vai ficar bem – Ele me deu um selinho rápido.

Desde aquela noite do Bar Lucas e eu tínhamos nos aproximado criando um relacionamento que não era algo propriamente dito. Na escola ele sempre me procurava para andarmos junto e ficar próximos, mas por algum motivo eu não achava uma boa ideia as outras pessoas saberem incluindo Rafaela, na verdade principalmente ela ainda mais depois do incidente na praça as coisas tinham ficado ainda mais claras. Parecia loucura da minha cabeça só que quanto mais eu ficava próxima dela mais eu tinha certeza que existia alguma coisa entre nós. Lucas era uma ótimo pessoa, gentil, carinhoso e muito atencioso embora houvesse algo magnético e seguro nele ainda tinha a sensação de que algo faltava ou simplesmente algo estava errado. Agora mesmo quando seus lábios tocaram- me de forma rápida eu senti naqueles milésimos o peso de cada um deles me dizendo que não deveria.

- Preciso voltar lá – Ele arqueou a sobrancelha confuso.

- O que? – Eu me afastei e o encarrei.

- Tenho que traze-la – Tentei justificar minha repentina decisão naquele momento que corto o clima – Lira tem razão, preciso voltar lá.

- Feh – Ele segurou meu braço enquanto passava por ele – Não acho uma boa ideia.

- Por que? – O questionei vendo em seus olhos o receio e insegurança.

- Não sei – Ele passou a mão nervoso pelos fios do meu cabelo – É como um pressentimento.

- Lucas eu vou ficar bem – Tentei convence-lo e ele soltou meu braço ainda receoso – Eu vou traze-la e voltar para você – Ele abriu um sorriso tímido e concordou.

Deixe-o na sala com os meninos e subi novamente as escadas decidida a encarar o tal Silas e colocar juízo na cabeça de Rafaela e traze-la de volta nem que fosse a força. Entrei no quarto e Lira não estava lá olhei em volta, mas nenhum sinal talvez estivesse lá fora esfiando a cabeça. Olhei Rafaela ainda deitada como em um sono profundo e me deitei ao lado dela olhando seu rosto, a pouco eu estava furiosa pela forma como ela me tratou. Ela sempre fora gentil embora muitas vezes seria na forma que falava qualquer coisa; me lembrei da noite no Bar em como ela parecia distante mas em alguns momentos parecia se importa, na verdade e não sabia bem como explicar. Quando ela me questionou na biblioteca na noite anterior ela parecia assustada com a possibilidade de ter feito algo de ruim para mim, isso talvez pra ela explicasse meu sumiço ou minha distancia o que na verdade era uma jeito que eu achei de não falar sobre o que aconteceu, nem contar sobre mim e Lucas é ridículo eu sei.

Só que quando a questionei se lembrava de algo na praça foi decepcionante porque naquele dia eu tinha percebido a conexão entre nós; então assumi que era apenas coisa da minha cabeça. Como haveria de ter algo se só uma das partes lembrava de algo? E daí passei me distanciar e me aproximar dele.

Mesmo com muitos questionamentos sobre ela sempre tento concluir que isso é coisa da minha cabeça o que pode funcionar as vezes, mas se tratando dela dizer que era loucura poderia significar que loucura era real. Isso me assustava porque minha principal pergunta era o que somos uma para outra?

 

                                             *************************************

 

- Weldblemel é sua Alma gêmea – Ele disse aquilo como se fosse algo simples de compreender.

- Não é possível – Eu balancei a cabeça rejeitando a afirmação dele – Silas ela é criação de Gaia e eu sou um Arcanjo -  Disse receosa com fato de ser um arcanjo – Não somos fruto da mesma energia, tem um furo nessa sua história.

- Você me diz que não pode ser apenas amiga dela – Ele levantou – daí eu digo que são almas Gêmeas e você me diz não ser possível, oras afinal de contas o que exatamente será aceitável para você em relação a ela? – Ele parecia curioso com minha resposta.

- Qualquer coisa – Dei de ombros sabendo que nada que ele pudesse me dizer eu aceitaria sem uma resposta explicada e complexa.

- Khadriel – Ele sorriu – você dentro dessas cascas humanas tem te deixado com a cabeça oh – Fez sinal de pequeno com a mão e voltou a sorrir – Eu vejo as coisas de um quadro muito maior, vocês se completam e isso é básico do básico na definição de almas gêmeas... Veja bem – Ele colocou as mão para trás – não importa em que lugar ou dimensão estejam vocês se atraíram até se encontrarem lá trás.

- Como ela pode ser Filha de Gaia e eu aqui? – Aquilo ainda martelava dentro da minha cabeça.

- Querida – Ele começou a ficar impaciente com minha teimosia – Completa integração de corpo, mente, alma, energia e existência não pode entender agora... Espera – Ele balanço a cabeça negativamente – Vem aqui.

Ele me chamou e fui a passos receosos parando em sua frente, ele colocou a mão no meio do meu peito; fechou os olhos e senti um leve calor onde sua mão estava uma luz fraca emanava do local. Ele abriu os olhos novamente me encarou receoso afastou-se parecia confuso.

- Você a odiou quando se encontraram não é? – Eu arregalei meus olhos surpresa com a pergunta, parecia que ele tinha chegado a raiz da minha relutância em aceitar suas palavras e eu apenas assenti -  Existe um escudo em você por isso não vai entender nada do que eu explicar... Guarde minhas palavras...

A porta se abriu novamente chamando nossa atenção e Fernanda estava de volta, aquilo me causo um certo alivio.

 

                           ************************************************

 

Segurei sua mão e fechei meus olhos, não sabia bem como refazer o que fiz antes com a ajuda de Lira mas desejei do fundo do meu coração que pudesse conseguir ir até ela. Foi quando senti meu corpo leve e abri de imediato assustada.

- Relaxa – Disse em voz alta pra mim mesmo.

Fechei meus olhos novamente e me concentrei em Rafaela apertando com firmeza sua mão lembrando de seu rosto e o lugar onde ela estava. Meu corpo ficou leve como se estivesse boiando em uma piscina era um sensação estranha, embora estivesse muito insegura precisa me deixa levar, precisa relaxar ou não conseguiria.

De novo eu estava diante daquela porta segurando a maçaneta, era como um sonho não sabia como tinha ido parar ali mas estava ali. Girei a maçaneta soltando todo o ar em meus pulmões ou pelo menos com essa ilusão e abri a porta com calma. Entrei na sala e eles estavam ali próximos um do outro me olhando com surpresa mais da parte de Silas que parecia estar no meio de uma frase.

- Ora, ora quem volto – Ele fez uma reverencia – Como eu disse, não importa onde estejam sempre vão se atrair – Ele falou olhando para Rafaela que teve sua total atenção até desviar o olhas e fitar o nada.

Me aproximei dos dois meio insegura com ambas as reações o clima estava meio confuso e maior parte parecia vir de Rafaela que estava imersa em pensamentos.

- Fernanda venha até aqui – Pediu Silas com um sorriso gentil.

- Acho melhor não – Respondi insegura, não queria chegar perto dele.

- Faça – Rafaela olhou pra mim – por favor – Ela parecia suplicar e eu não estava confiante em ceder.

- Por que?

- Apenas faça – Ela olhou para Silas.

- Não acho tão necessário – Ele surgiu diante de mim em piscar de olhos, analisou-me de cima a baixo – Fernanda – Ele olhou firme dentro dos meus olhos e me senti sem barreiras totalmente desprotegida e vulnerável para aquele abismo negro e penetrante – O que vocês são uma para outra? – Ele segurou meus ombros e não consegui me mover – vou traze-la e voltar para você...

- Pare! – Gritei temendo pelo que viria a seguir e fechei meus olhos – Por favor – disse em um fio de voz.

Ele soltou meus ombros e minhas pernas falaram e fui ao chão com medo do que ele poderia dizer para ela agora.

- Khadriel – Ele tocou o ombro dela e soltou um suspiro – Tem que voltar com ela agora.

- Mas... – Ela se virou para ele confusa ele a interrompeu.

- Eu te disse muitas coisas guarde-as para você por enquanto, precisa voltar para seu corpo – Ele olhou para mim no chão imóvel e parecia ponderar as palavras -  Prometo que Lilith lhe contara o restante do que precisa saber.

   

- Silas... – Uma luz forte a fez sumir de imediato então levantei assustada.

- Para onde a mandou? – Eu questionei preocupada.

- De volta – Ele estava sério – Você precisa encontrar Miguel e perguntar o que ele fez com você e precisa fazer a mesma pergunta para Lira em relação a Rafaela, ela não é sua amiga... Escute nunca fui muito seu Fã, mas você não é o que ela disse. Você tem compaixão e isso é sua fortaleza assim como a de Rafaela... Entendo seu relacionamento com Lucas – Ele suspirou e me fitou com carinho – e está certa em manter isso em segredo pelo menos por enquanto, minha jovem terá que ser forte – Ele acariciou meu rosto – Pois Lilith vai explorar sua maior fraqueza e vocês serão testadas como em nenhuma das outras vidas, ela vai escolher errado e você precisa salva-la dela mesmo.  Eu vou te responder agora o que vocês são uma para outra, Javé pode ter criado o conceito de outra parte para os humanos e suas criaturas que entram no mundo físico como regra para o animus mundi; mas a existência em si já tinha esse conceito em todo o universo em todas as dimensões e em cada ser e criatura existente. Você e ela são um só, não importa quem deu origem, porque vocês são a essência do que esse universo tem perdido pouco a pouco, não pense que vocês são únicas mas é a recorrência mais forte que já vi.

- Por que está me contando isso agora e sem a Rafaela aqui? – Questionei meio atordoada com as informações despejadas sobre mim.

- Porque eu vi o que Lira prometera a você e ela irá mentir. Ela não sabe, mas quando Lilith aparecer e Rafaela cumprir o acordo você terá todas as suas lembranças – Ele tocou meu ombro em um gesto de conforto – e isso irá te confundir e um turbilhão de sentimentos te afogaram, por isso vai precisar de Lucas, por isso está com ele, seu coração já presente o que virá.

- Mas o que vai acontecer? – Fiquei apreensiva.

O olhar de Silas era compassivo porém serio transmitindo a sinceridade e um ponta de preocupação em cada palavra. Ele até então parecia um profeta contando o futuro pra mim e embora as palavras não me disse muito; algo dentro de mim as absorveu preparando o espírito para uma grande tempestade.

- Minha jovem você também precisa voltar, não conte a ninguém sobre essa nossa pequena conversinha, guarde minhas palavras e quando você entender tudo eu ajudarei.

- Mas como eu vou te encontrar?

- Pedro, o teu anjo da guarda te guiara até mim quando for hora.

                       

                                ***************************************************

 

Acordei com meu corpo todo dolorido minha mão estava sendo segurada por Fernanda do outro lado da cama ao que parecia em um sono tranquilo, olhei em volta sem reconhecer nada. Sentei na cama soltando minha mão da dela com calma, balancei a cabeça ainda meio zonza tentando entender como tinha saindo da casa de Bernardo e onde exatamente eu estava. Busquei o celular no meu bolso e não encontrei.

Fernanda levantou com tudo o que me assustou, coloquei a mão sobre o peito tentando acalmar meu coração que estava pra sair do peito e controlar minha respiração.

- Quase que você me mata de susto – Nós olhamos e ela se jogou nos meus braços sem dizer nada.

Achei a atitude dela meio sem nexo e não compreendi, mas o abraço dela veio firme e cheio de carinho; me acolhendo e dando uma sensação estranha. Eu fechei meus olhos enterrando meu rosto em seu ombro coberto pelos fios castanho dourado, sentindo seu perfume inconfundível que eu guardara na memória desde a noite no bar.

- Prometa-me que nunca mais vai falar comigo daquele jeito – Ela falou baixinho ainda no abraço.

- Desculpe – Relembrei como eu fui estupida e sem consideração, estava tão determinada a entender tudo sobre ela que fiquei cega até para simples pergunta de como ela havia chegado lá – Eu me arrependi no mesmo instante que disse aquilo – Segurei- a com mais firmeza no abraço – Precisava entender o que há entre nós que eles não contam – Nos desprendemos do abraço lentamente – De verdade me desculpe – Eu não pude encara-la.

- Está tudo bem – Ela pousou a mão sobre meu queixo me fazendo olha-la – Se me prometer não fazer mais – Ela deu um sorriso gentil e Deus como ela era linda não tinha reparado com tanta clareza a beleza dela até então.

- Prometo – Confesso foi difícil não ter um sorriso bobo nos lábios naquele instante.

- E o que descobriu? – Ela mudou a expressão para mais séria e tirou mão do meu queixo.

- Não sei se é verdade mas Silas ... – Um barulho de alguém gritando me interrompeu e nos entre olhamos receosa.

Era um grito masculino seguido por vozes alteradas que não conseguimos identificar nem compreender, Fernanda levou o indicador aos lábios em um gesto de silencio levantando da cama e indo até porta com cautela, ela abriu cuidadosamente e me chamou com um gesto pra junto dela. Levantei da cama e fui cuidadosa na direção dela e fique atrás.

- Ei – Sussurrei – Onde exatamente estou? – Naquela hora me dei conta que não sabia onde exatamente eu estava.

- Na minha casa – Ela sussurrou de volta e colocou pescoço para fora da porta – É os meninos – Ela disse alto saiu correndo pelo corredor e escada Fui no encalço dela.

- Como você pode Kaique? – Gabriel falava alto nitidamente irritado.

- Eu não fiz nada – Ele defendeu-se afastando e olhando para Bella – Diga a eles – Implorou.

- Eu te defendi, como pode nos trair assim? – Gabriel avançou mas Lucas o deteve – Me deixa passar eu vou quebrar esse traidor.

- Gabe para – Lucas empurrava o amigo para trás – Não vale a pena.

- Gabriel? – Falei do meio da escada e toda atenção se voltou pra mim – Controle-se por favor – Cruzei os braços.

- Rafa? – Ele abriu um imenso sorriso e pareceu estar aliviado – Você está bem? – Ele veio até pé da escada.

- Ta tudo bem – Eu desci mais alguns degraus – Kaique – Respirei fundo olhando pra ele e pensando o que faria agora – Você está bem?

O garoto magricelo de moletom preto, olheiras e totalmente temeroso me olhou assustado com a pergunta, acredito que ele estava surpreso pela primeira coisa a ser dita a ele era pergunta sobre seu estado.

- Não sei – Ele desviou o olhar – Não me lembro de muita coisa.

- Ele mente Rafa – Gabriel cuspiu as palavras, era nítido seu desapontamento para com o garoto no meio da sala.

- Gabriel por favor – Desci até ele e coloquei a mão em seu ombro -  Aconteceu muita coisa hoje – Olhei para Bella – Cadê a Lira? – Questionei.

- Eu não sei – Ela deu de ombros – Saiu e não está aqui.

- Acredito que a culpa seja minha – Fernanda falou se fazendo presente.

- Como assim? – Questionei sem entender o que havia se passado ali enquanto eu estava inconsciente.

- Eu voltei sem você e ela ficou brava – Disse resumindo.

Revirei os olhos pronta pra ignorar os chiliques de Lira e resolver isso outra hora, havia coisas mais urgentes que o ciúmes dela naquele momento.

- Ta, eu falo com ela depois – Sorri para Fernanda que concordou com a cabeça – Quanto a Bernardo que aconteceu?

- O corpo sumiu – Foi Lucas quem falou se aproximando de Fernanda e aquilo me incomodou.

- Como sumiu?

Ele me contou tudo que aconteceu desde de quando recebeu a ligação de Gabriel, de como saíram da casa e Fernanda tinha ido resgatar todo mundo, até Edmundo chegar e o corpo que Lira disse ter sumido.

- Edmundo você sabe como isso aconteceu? – Perguntei para o garoto em silencio observando tudo.

- Nunca vi isso – Ele sentenciou.

- Ah que ótimo – Bufei – Fér está morto.

- Tem certeza? – Kaique questionou inseguro e todo olharam para ele indignados com pergunta – Calma gente – Ele levantou as mãos se rendendo – Foi só uma pergunta.

- Kaique vamos sentar e conversa pra decidir o que fazer com você – Falei tentando ser democrática embora soubesse da opinião dos outros membros, pra mim ainda era uma coisa a ser avaliada, não sabia o que Fér tinha feito com ele e todo cuidado era pouco – Vamos para casa e mais tarde na escola conversaremos de cabeça mais fresca.

 Todo mundo concordou e os primeiros a deixar a casa foram Kaique e Edmundo afirmando já estar tarde e que se passara muito tempo fora de casa. Sentei no sofá reavaliando os acontecimentos relatados pra mim e achei muito incomum, afinal a maior ameaça de Fér era sobre a morte do Garoto. Cheguei na conclusão de que Silas pudesse ter feito alguma coisa, fiquei tão distraída com minha própria história que nem me atentei as coisas importantes, definitivamente não podia perde o foco desse jeito de novo. Comecei a pensar nas coisas que ele disse pra mim, o fato de ser um arcanjo e se deveria contar isso aos outros. Tive provas o suficiente que não era prudente esconder nada do grupo, mas Silas havia me pedido pra guarda a revelação e se ele estivesse me enganando? Poderia confiar na morte ou melhor no demônio da morte? Tinha muitas questões me atormentando e não conseguia responder muitas delas naquele momento, se eu dividisse essas informações com eles talvez mais de uma cabeça pensando ajudaria.

- Rafa? –Gabriel me tirou dos pensamentos – Você está bem? – Ele estava inseguro.

- Estou – Olhei pra ele e dei o melhor dos sorrisos.

- Me desculpe... – Eu levantei a mão em protesto pelo discurso de desculpas das atitudes dele.

- Gabe relaxa, acabou tudo bem... apenas tente se controlar daqui pra frente – Ele concordou com a cabeça e olhei para próximo da escada e percebi Lucas de frente para Fernanda tocando em seu ombro, parecia uma conversa regada de carinho pela parte dele porém pouco receptiva pela garota – Aqueles dois – Indiquei para Gabriel que estava alheio – eles ... – Não consegui termina de formular.

- Eu não sei – Gabe deu de ombros – Mas é possível não? – Gabriel parecia pouco se importa com isso então não teria olhos atentos para a situação.

- Claro – disfarcei minha dúvida para não ser torna tão claro meu interesse na história dos dois, se algo estivesse acontecendo Lucas diria

Ele sempre era muito transparente com tudo então era difícil imaginar que ele pudesse estar com ela sem nos contar nada, ainda mais que sempre tinha dúvidas de como se comporta perto das meninas e buscava concelhos comigo ou com Gabriel.

- Ei – Bella se jogou no sofá alheia a nossa conversa – Vamos pra casa? – Ela tinha um sorriso e apesar das circunstância parecia animada.

- Vamos – Joguei minha cabeça para trás um pouco cansada e tentando absorver a animação de Bella.

- Então – Bella levantou e pegou meu braço – Levanta – Deu um leve puxão e pesei meu corpo de propósito.

- Me carrega? – Olhei para ela pidona e estiquei o outro braço para ela puxar.

- Super. – Ela revirou os olhos e pegou o outro braço puxando com um sorriso infantil nos lábios.

Olhando para Bella animada eu percebera que aquelas circunstancias me impediam de ter uma diversão saudável com os meus amigos, embora Bella estivesse ausente nos perrengues era ela quem me dava um elo de normalidade ainda, nas conversas sobre provas e a rotina típica de um adolescente. Ela pouco se importava se estava acordada nessas horas ou não mas fazia questão de aproveitar os momentos que não era a casca para ficar com os amigos.

- Vai me carregar? – Ainda fiz corpo mole com ela me puxando.

- Rafaela – Ela soltou meus braços desistindo e colocando as mãos na cintura fingindo irritação – Para de graça – Ela fechou a cara mais ainda.

- Ta mamãe – Nos duas começamos a rir uma da cara outra o que despertou atenção dos outros dois se juntando a nos.

- Vocês já vão? – Fernanda se colocou do lado do rapaz moreno e nos olhou curiosa.

- Sim – Parei de rir e olhei para Lucas atrás dela como uma sombra, tinha algo ali que os dois estavam escondendo.

Essa proximidade constante, como eu disse ele era muito transparente diferente dela por tanto se algo estivesse acontecendo era pra ele que eu deveria perguntar.

- Eu ainda preciso falar com você Rafaela – Fernanda se referia a conversa anterior que fora interrompida pelo pequeno desentendimento dos meninos.

- ´Tudo bem – Dei de ombros – Pode falar agora – Lucas olhou mais atentamente para a garota em sua frente com curiosidade.

- Em particular – Ela desviou olhar com vergonha.

- Gente eu preciso ir mesmo – Bella olhou para a tela do Celular.

- Se precisa mesmo pode ir Bella.

- Mas vou subir sozinha – Ela se queixou.

- Gabe ou Lucas podem ir até um pedaço com você – Sugeri olhando diretamente para Lucas no intuito de avaliar sua reação.

- Eu vou com ela – Foi Gabriel que se ofereceu tranquilamente – Também preciso ir pra casa.

Continuei encarrando Lucas esperando que ele dissesse alguma coisa só que ele não se moveu nem disse nada.

- Então beleza – Bella sorriu para o garoto moreno ao seu lado.

- Então vou abrir o portão para vocês – Fernanda saiu andando na direção porta seguida pelos dois que iam partir e eu fiquei ali olhando para Lucas, cruzei meus braços analisando o garoto meio receoso diante de mim.

- Tem certeza que não precisa ir para casa? – Eu perguntei me lembrando que ele estava fora desde de cedo muito antes dos outros.

- Não – Ele deu um sorriso fraco – Minha mãe não liga – Ele parecia nervoso diante de mim.

- Que bom – Eu retribui o sorriso desconfiada.

A garota voltou jogou as chaves sobre a mesinha de centro de vidro e madeira; sentou do meu lado suspirando me fitando de braços cruzado olhando o garoto de pé diante de mim, ela apoio o braço nas costa do sofá e olhou pra o Rapaz com uma ponta de irritação.

- Lucas preciso conversa em particular com Rafaela – A atenção do rapaz se desviou para ela – Melhor você ir pra casa também – Ela sugeriu.

- Vou ficar para acompanhar Rafa depois – Ele tentou arrumar uma desculpa para ficar ali.

- Não precisa – Eu derrubei seu argumento.

- Tem certeza? – Ele insistiu.

- Tenho sim, pode ficar tranquilo – Ele se incomodou com minha afirmação.

- Então eu vou também – Contrariado e sem argumentos ele olhou para a garota esperando que ela levantasse e o acompanhasse até o portão.

- O portão eu deixei aberto – Ela disse percebendo o olhar dele – Só puxar o trinco e empurrar com força quando sair.

- Ta – Ele disse meio ríspido.

O garoto que nunca se despedia com beijos no rosto curvou-se para me dar um beijo rápido na bochecha e outro um pouco mais carinhoso na garota ao lado fazendo a me olhar com mais atenção. Ele saiu pela porta a passos lentos e permanecemos em silencio até ouvir a batida do portão anunciando a saída confirmada do rapaz. Nos entre olhamos ela parecia desapontada com a situação que se desenrolou a pouco.

- Rafa – Ela parou e seus sábios se moveram mas nenhum som ou palavra foi dito, ela tinha muito duvidas e estava insegura de continuar.

- Vocês...? – Insinuei sem poder formula aquilo em forma palavras.

Ela desviou o olhar passando a mão pelos cabelos em um gesto nervoso.

- Sim – Em um fio de voz.

- Que bom – Mesmo incomodada com a situação sentindo um aperto no coração engoli em seco cocei o nariz na esperança de esconder essas reações involuntária que explodiam dentro de mim e forcei um sorriso – Lucas é um ótimo rapaz.

Ela finalmente me fitou surpresa parecia confusa com minhas palavras e meu sorriso falso.

- Não vai – Ela suspirou – Sei lá pergunta como, nem desde quando?

- Acho que isso não é importante – A frase saiu mais ignorante que na minha cabeça – Digo – tentei arrumar – ele é um rapaz legal e vocês já tinham ficado naquela noite, acho perfeitamente previsível.

- Entendo – Ela abaixou o olhar meio desapontada talvez esperasse outra reação de mim – O que descobriu sobre nós?

- Bem – Me lembrei das palavras de Sila pedindo pra guarda apenas para mim – não descobri muita coisa ele enrolou bastante.

- Mesmo assim o que ele disse? – Ela me fitou curiosa.

- É.. - eu não queria contar antes e agora sabendo dos dois menos ainda, eu tinha que escolher entre meu amigo estar feliz e uma hipótese dita por Silas que não era confiável, estava entre a cruz e a espada – Bem... – Tentei achar qualquer coisa na minha cabeça – A gente – Os olhos dela se abriram com um brilho neles – ficou junto em uma das vidas passada, mas não deu certo – Ela parecia confusa – então parece – Tentei parecer convincente – que ficou uma ponta disso enterrado na nossa memória que pode explicar tudo – Cocei a nunca meio nervosa.

 

                        ***********************************************************

  Comecei quebrando uma das coisas que Silas disse, não contar a ela agora sobre Lucas e eu mas como eu poderia mentir pra ela assim na maior cara de pau. Lucas tinha colocado tudo a perde no momento que ficou aqui esperando por ela enquanto os outros iam embora.

Eu senti raiva de mim mesmo por me colocar nessa situação, por não conseguir dizer ao Lucas que ele era apenas um soquete do destino pra mim. Se Rafaela era a pessoa certa porque não conseguia dispensar Lucas de uma vez?

Quando acordei e olhei para ela com todas aquelas informações pipocando dentro da minha cabeça eu só quis abraça-la. Quando o fiz todo o barulho da minha cabeça se silenciou e me senti segura e confortável nos braços dela, tudo que consegui dizer naquela hora foi pedir para que ela nunca mais agisse daquele jeito comigo.

Não consegui encara-la até ela começa a dizer coisas que eu sabia que era mentira, embora ela tentasse transmitir verdade nas palavras eu sabia que o que eu disse a pouco colocaria uma escolha diante dela O amigo ou a Garota?

Silas me alertou que ela faria uma escolha errada, se tratava dessa? Ela estava escolhendo a felicidade do amigo? Se ela soubesse o que sei ela não colocaria em consideração minha escolha? E meus sentimentos? Ela já concluirá que escolhi Lucas sem ao menos me pergunta? Será que ela estava em dúvidas sobre as coisas que Silas disse?

Minha mente começou a ficar barulhenta novamente e apenas balancei a cabeça tentando silencia-la ou espantar uma parte das perguntas que não obteria resposta agora.

- Você está bem? – Ela colocara a mão suave sobre minha perna com olhos preocupados.

- Tem certeza? – Ignorei a pergunta dela.

- Do que? – Ela pareceu confusa com minha questão.

- Disso que me contou sobre nós – Expliquei numa tentativa falha de torna mais nítido que o fizera ela desistir de me contar a verdade.

- Não sei – Pareceu receosa mas isso sumiu na frase a seguir – Por que não ia ser verdade?

- Me... – Ponderei as palavras para não entregar o que eu sabia – Parece meio estranho, se é apenas isso por que ninguém disse antes?

- Acho que não era um fato tão importante – Ela disse simples e isso me doeu – veja pode ser como eu e Lira.

- É – quando ela comparou as história percebi que ela estava disposta a esconder a verdade – Faz sentindo olhando por esse ângulo.

O fato dela comparar as situações me deixou magoada e desapontada, Lucas havia me contado a tal história sobre elas e naquele momento eu me senti mal dela querer que eu acreditasse nisso. Eu sabia da possível verdade e agora estava decidida a provar o que Silas me disse por que provavelmente Lira havia feito algo com ela e isso era uma migalha da trilha que eu deveria seguir.

- É só isso? – Ela ainda tinha a mão sobre minha perna.

- Sim – Olhei para a mão dela sobre minha coxa e instintivamente pousei a minha sobre – Rafa que acordo você fez com Lilith? – Ela arregalou os olhos surpresa com minha pergunta.

- Quem te contou? – Ela quis saber.

- Os meninos falaram por cima e acabei ouvindo – Menti.

- Você sabe o que aconteceu ontem?

- Sei – me recordei das mensagens de Lucas durante a manhã me contando dos acontecimentos sem mencionar o acordo.

- Então ela pediu dois beijos – Ela estava receosa em dizer as palavras – Um eu dei no dia e falta o outro – Desconfiei pelo modo que falou que ela escondia algo.

- Nossa e por que ela pediu parcelado? – Sorri.

- O segundo – Ela fez uma pausa e continuou – Tem algumas exigências.

- Como assim? – Perguntei curiosa e com medo de que ela ocultasse alguma coisa.

- Você e Lira – Ela fez outra pausa com temor nos olhos – Tem que estar presente.

- Por que? – Embora agora se explicasse o que Silas me disse eu quis saber o que ela me diria.

- Não sei – Ela deu de ombros.

- Que estranho – Eu fingi não entender mas aceita as palavras dela.

- Nem me diga – O Teatro dela seria convincente se eu não soubesse nada.

 

Continua.....

Fim do capítulo

Notas finais:

Estarei postando hoje pois amanhã não terei tempo.

bjss


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