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Um divino amor. por SrtaM

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Palavras: 4215
Acessos: 1278   |  Postado em: 07/04/2018

O Banquete

Juno(Hera), Íris, Minerva(Atena) e Júpiter(Zeus) estavam perante a gigantesca porta de âmbar do recinto de Vênus. Tal elemento abriu-se sozinho para os convidados.

--Que porta interessante.-Comentou Minerva(Atena).

--Interessante nada. É que Vênus não tem empregados para abrir uma mísera porta para ela. Isso sim.-Resmungou Juno(Hera).

 

Os deuses se dirigiram à parte principal da casa, onde muitos outros deuses estavam a conversar e admirar o lar da deusa do amor. Colunas de âmbar, pisos de ouro e teto de cristal eram características marcantes, fora os quadros e esculturas, que estavam simetricamente implantados no local. Tudo era muito belo...Belo até demais, e Juno(Hera) fazia questão de apontar todos os erros e defeitos que estavam presentes, se não, até criava-os.

--Olhe, aposto que esta estátua metida a antiga não tem mais do que dois séculos.-Comentou a deusa dos céus com desdém.-Vênus acha que engana quem com este quadro aí que nem bem é simétrico, e olhe essa...

--Juno, meu bem, como estás bela!-Exclamou a deusa do amor, um tanto histérica, enquanto se dirigia ao encontro da outra deusa após vê-la.

--Tu também, meu amor, estás mais bela do que nunca!-Retrucou Juno(Hera) com um sorriso que tocava cada ponta dos olhos.

 

Após as deusas trocarem delicadíssimos beijos em suas bochechas, pois fizeram de tudo para tocar os lábios o mínimo possível na outra, Vênus avistou Íris com seu sorrateiro olhar. A deusa mensageira estava bem distante de Juno(Hera), Minerva(Atena) e, por consequência, da deusa do amor, de uma forma um tanto proposital. A deusa do saber encarou mortalmente a deusa dos céus.

--O que foi?-Perguntou Juno(Hera), depois que Vênus(Afrodite) saíra, ao sentir o forte peso do olhar inquisidor de Minerva(Atena).

--Como podes falar mal de Vênus, e, no milésimo seguinte, trocar elogios com ela?

--Ora, meu bem, eu disse que eu sou melhor que Vênus, que sou mais do que ela. Se ela sabe ser falsa, eu sei ser mais falsa ainda.-Respondeu a deusa maternal como que desfrutando de seu ''imaculado'' saber

--Tua sabedoria deixa-me tola.

 

Íris andava aleatoreamente pelo local, visando evitar um desprazeroso encontro com a deusa do amor, porém o mesmo fora inevitável.

--Íris, meu bem! Finalmente te encontrei, gatinha fujona!-Exclamou Vênus, dando um susto na jovem deusa.

--Vênus, viestes!-Disse a deusa mensageira fingindo empolgação e surpresa.

--É claro que eu vim, bobinha. Eu sou a dona do banquete.

--Ah, sim, claro.-Respondeu Íris de forma rápida enquanto se virava para olhar outra coisa, ou melhor, qualquer coisa, pois queria controlar seu nervos.

--Estás a procurar por Mercúrio, meu bem?-Perguntou Vênus de forma curiosa.

--Não.

--Oras, por que não estás com ele? Não estão juntos?

--Não. Separei-me dele quando ele me traiu contigo.-Respondeu a jovem deusa com um sorriso cínico que tentava camuflar sua ira.

--Ah...-Sonou a deusa do amor de forma compreensiva.-...Essas coisas acontecem.-Completou exibindo um sorriso simpático.

 

Minerva(Atena), quem surgiu de repente, teve de segurar forte a mão de Íris, pois temia que voasse no rosto de Vênus.

--Minerva, estás tão bela, meu bem.-Elogiou a deusa do amor enquanto tocava delicadamente nas madeixas do cabelo da deusa do saber. A mesma acompanhava a mão deusa de rabo de olho.

--Igualmente.-Respondeu Minerva(Atena) brevemente.

--Sinta-se em casa, meu amor.-Disse Vênus(Afrodite) para, logo após, atender outros convidados.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Diana observava atentamente seus vestidos que botara sobre sua cama. Todos eram muito belos, porém só poderia vestir um, é claro. A deusa caçadora queria estar em sua forma mais bela. Seu arquétipo, embora demonstrasse algo forte e rígido, era bem delicado. 

 

Passando sua suave mão, Diana sentia qual era o vestido mais macio. Seus olhos estavam fechados. Acabou decidindo-se. Era um vestido que beirava o verde e o azul ao mesmo tempo. Viu uma sandália de ouro com detalhes de cristais. Era mais do que linda, porém, por impulso, resolveu não usá-la, pois julgou-a muito frágil, e sempre usava a sandália mais resistente devido às suas caçadas.

--Mas não caçarei nenhum animal. Não há problema em eu usá-la.-Justificou-se Diana.

 

O cabelo da deusa descia como numa cascata de  cachoeira sobre seu corpo. Diana também passou um óleo, que deixou sua pele brilhando como se fosse de ouro. Em seu pescoço repousava-se um colar de pérola.

 

Diana percebeu que estava sendo observada, e prontamente voltou seu olhar para a sorrateira observadora: era Dafne. A ninfa olhava fixamente para a deusa, como se estivesse a estudando. Não podia negar que a caçadora dos caçadores estava mais bela do que nunca havia a visto. Isso levantava ainda mais suspeitas.

--Algo de errado, Dafne?-Questionou Diana, quem, de certa forma, sentiu um pouco de medo pelo olhar insisivo da ninfa.

--Como estás bela, minha deusa.-Começou Dafne como uma serpente sorrateira.

--O-Obrigada, Dafne. Vejo que és muito atenciosa.-Retrucou a deusa afastando-se receosamente da ninfa à medida que a mesma se aproximava de si.

--Estás assim para sua comemoração sagrada?-Perguntou Dafne. De certo, ela sabia comer bem a refeição pelas bordas.

--Não. Sairei para resolver alguns assuntos.-Respondeu a deusa brevemente.

--Logo hoje?!-Questionou a bela ninfa com uma expressão de surpresa.

--O que tem hoje?

--Hoje era nosso dia...-Respondeu Dafne, porém o calor da emoção fez com que a mesma deixasse escapar escorregadias e comprometedoras palavras.

--Nosso dia?

--S-Sim, digo, teu e nosso, as ninfas.-Corrigiu a ninfa soando frio.

--Não me recordo de nada desse gênero.-Respondeu Diana enquanto dava os últimos retoques para sair.

--Hoje é o dia sagrado em que tu matas o javali mais voraz e o preparamos para comer. Também é o dia em que tu levas nós ninfas para assistir Aracne tecendo lã.

--Aahh...Mas Aracne tece lã todo dia, e, além do mais, vós podeis muito bem ir por conta própria. Não precisam que eu as levem cono uma pastora guiando suas ovelhas.-Tentou a deusa relutar como uma criança fazendo birra, porém Dafne sabia ser mais birrenta.

--Mas tu prometeras!

--Prometi nada. Eu, hein.

 

Dafne precisou utilizar de sua última arma secreta. A ninfa começou a contrair seu corpo e a olhar para o chão. Em seus olhos haviam lágrimas. Seus lábios, um biquinho dengoso. Começou a encarar a deusa de forma manhosa. As primeiras lágrimas começavam a deslizar sobre sua face.

--N-Não chore...Por favor, não chore, meu bem.-Dizia Diana enquanto secava as lágrimas da face de Dafne, porém isso era tão inútil quanto tentar esvaziar o mar com um copo. A verdade era que Diana tinha o coração mole.

--Por que estás a tratar-me dessa maneira?-Perguntou a ninfa ainda fazendo manha.

--De que jeito?-Perguntou a deusa de forma confusa.

--Estás a tratar-me de forma seca ultimamente. Quase não tens tempo para tuas ninfas.

--Desculpe-me. Não havia me dado conta.-Respondeu uma sensibilizada Diana.

--Às vezes sinto vontade de ir embora...-Disse Dafne com seu corpo contraído e com o rosto abaixado, sendo coberto por seus cabelos.

--Não! Por favor, não se vá.-Disse a deusa de forma estranhamente súplicativa, o que fez a ninfa dar um sorrateiro sorriso. Na verdade Diana temia a vergonha que passaria se soubessem que uma de suas ninfas quis fugir de si por livre e espontânea vontade.

--Prometa que me dará atenção.-Requisitou a ninfa como um cão abandonado.

--Bem, eu...

--Prometa!

--Tudo bem. Eu prometo.-Disse a deusa caçadora aproximando-se milimetricamente da ninfa, o que a fez achar que seria beijada, porém um caloroso abraço com direito a um aroma de petúnia fora o máximo que conseguiu adquirir.

 

Diana acabou saindo de sua casa, deixando uma contrariada Dafne para trás. A deusa passava pelo bosque pensando se seria melhor levar seu arco com suas flechas ou não. 

--Apenas buscarei Atalanta. Não caçarei nada...Mas, se bem que meu arco me dá um ar mais nobre, e, aliás, o meu arco sempre esteve comigo. Nada mais justo que, em um momento tão importante, ele também me acompanhasse.-Pensou a deusa em voz alta. 

 

Diana se pôs a virar para buscar seu utencílio de caça, porém foi surpreendida por seu cavalo, que apareceu portando seu arco de marfim em seu pescoço.

--És o melhor cavalo de todos!-Exclamou a deusa energicamente enquanto montava em seu animal.

 

Diana cavalgava com seu cavalo como ninguém. Era notório a conexão entre ambos. Os movimentos do animal mesclavam-se com os da deusa, com seus galopes tão divínos que os mais exímios dos bardos tentavam reproduzir em seus tambores, porém sem sucesso.

 

A caçadora amava sentir o vento rechear sua face. Diana sabia saborear bem a juventude como um vinho bom. A vontade de encontrar a pessoa dona de seu coração era o combustível essencial para aquela montaria, e seu cavalo parecia saber disso, pois galopava com avidez por aquele bosque eclético, onde ora bebera o sangue vertido naquela terra pelas guerras e caçadas , e ora engolira todas as juras secretas de amor de jovens casais apaixonados. Assim era o coração da deusa, ora feroz e destemido, ora amante e compassivo.

 

Pelo bosque ia a bela Diana até avistar uma espécie de canteiro de flores. Como aquelas flores lembravam Atalanta...Coloridas, alegres, passavam calma. Tais pensamentos fizeram com que, dos lábios da deusa, saísse um involuntário sorriso. Diana ausentou-se de seu cavalo por um breve monto para colher as flores que julgara as mais belas. Montou novamente em seu animal e deu a devida partida.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Enquanto isso, em um lugar rústico e de paredes de pedras, a escuridão caia como um véu. Não caia como um manto, pois era sutilmente perturbada por uma lareira no canto da sala. Seja lá quem habitava naquele lugar gostava de esconder-se na escuridão. Lá estavam Tífani e Nárcis. Não eram eles que moravam lá, mas  sim o homem à qual requisitaram um certo serviço.

--Aqui está.-Começou a dizer Tífani.-Esta carta obsoleta de Atalanta para o pai dada em seu aniversário contém a grafia da mesma. 

--Agora tudo o que tens de fazer é forjar um documento falso dizendo que Atalanta casou-se com Hipomene, e que algo aconteceu fazendo com que eles fugissem para viver um ''grande amor''.-Terminou Nárcis de ditar os comandos com uma voz maliciosa.

--Com o que me pagas, faria até mais.-Disse um homem quem tinha desenhada em sua face a avançada idade e o ar de trapaça.

--Que isso o estimule a forjares um documento tão perfeito que nem Minerva poderá negar que é verdadeiro.-Disse o desalmado aristocrata.

 

 

           ----------------------------------------

 

 

As divindades presentes no banquete preparavam-se para tomar seus respectivos acentos. Vênus(Afrodite) sorrateiramente já havia determinado os lugares de todos. A deusa do amor não desperdiçaria a chance de arranjar uma intriga. Fez questão de por Íris frente a Mercúrio(Hermes). Ao seu lado estava  seu amado filho Cupido. Vênus(Afrodite) fez questão que Júpiter(Zeus) sentasse ao seu lado também:

--Meu querido Júpiter, por favor, sente-se aqui...Nossa que braço forte tu tens.-Disse a deusa do amor enquanto notava cada músculo do deus do raio.

--Não precisas de tantos toques, Vênus.-Informou Juno(Hera) enquanto tirava a mão da deusa do amor de seu marido.

--Poxa, Juno, como és regrada. Isso causa rugas, sabia? Por isso eu tenho a face lisinha e macia assim, e tu tens esta face desgastada deste jeito.-Respondeu a deusa do amor com uma voz doce e irritante, fazendo a deusa dos céus trincar os dentes, pois nada podia fazer, visto que os olhares de todos estavam voltados a si.

 

 

         ------------------------------------------

 

 

--Será que ela gosta de caçar?-Perguntou Diana ao seu cavalo.-Ela iria amar participar do meu grupo de caça. Ela seria a mais bela das caçadoras. Ela seria a mortal mais exímia na arte da caça, até por que ela teria aulas com a melhor.

 

A deusa da caça seguiu confessando seus sonhos e desejos ao seu cavalo até chegar na entrada de Ciros. Um calafrio a atingiu em cheio. Para expulsá-lo, Diana deu um forte suspiro, ergueu a cabeça e entrou pelos portões. Foi discreta. Não quis que ninguém a percebesse. Atalanta deveria ser a única a vê-la.

 

Já havia passado-se um certo tempo desde que Diana estava a procurar a corredora. Como estava acostumada a ser paciente no que diz respeito à caça, não notou o passar das horas.

 

 

          ---------------------------------------

 

 

--Onde será que esse dissimulado se meteu?-Perguntou Apolo a si mesmo enquanto vasculhava Ciros à procura de Hipomene.-Deve ter ido beber ou caçar. 

 

Apolo queria estar com a sua irmã para caçar. Diana era sua melhor amiga, e ambos os irmãos possuíam um vínculo muito forte um com outro. O fato de Apolo ter que ficar vigiando Hipomene impedia que o deus se encontrasse com ela.

 

          ---------------------------------------

 

 

Diana começava a perceber que estava se passando tempo demais. Saiu de seu cavalo e começou a farejar à procura de Atalanta. Estava olhando avidamente para o chão tentando achar rastros. A deusa acabou esbarrando em alguém. Ao elevar sua face, viu que não era ninguém menos que seu irmão, Apolo. A deusa percebeu que ele estava a procurar algo também. Diana não podia revelar a Apolo o que estava fazendo, por isso tentou passar tranquilidade e normalidade.

--Apolo, que veste o Sol, quanto tempo, não é mesmo?-Disse Diana de uma forma brincalhona, como sempre fazia com seu irmão.

--Diana, do arco de marfim, como estás?-Perguntou o deus do Sol, retribuindo o carinho.-Aliás, estás a procurar algo?-Indagou, pois percebeu que sua irmã estava a vasculhar incisivamente.

--Eu? Eu não.-Mentiu a deusa.-E tu?-A deusa também sentiu que seu irmão procurava por algo.

--Eu não.-Mentiu igualmente Apolo. Sua irmã pegara ranço de Hipomene. Sabia que não poderia citar o nome do caçador neste momento.

--Tudo bem...

--Tudo bem...

--Sim...

--De fato...

--Mas...Porventura, tens tu encontrado algo que precisa ser achado?-Perguntou Diana sutilmente.

--Não, e tu?

--Não.

--Certo...

--Certo...

--Até logo...

--Até mais...

--Vejo-te por aí...

--Igualmente...

 

E, aos poucos, os irmãos foram se separando e tomando seus próprios rumos. Diana seguiu sua procura. Percebeu que não achava a corredora em lugar algum. Egocêntrica do jeito que era, a deusa da caça julgou que Atalanta não estava em Ciros.

--Bem, se eu não a acho é porque ela não está aqui-Concluiu Diana.-Eu pareço uma desesperada a procurá-la com tanta avidez assim. Comporte-se Diana. Desta forma, assustara a bela corredora quando encontrá-la.

 

O cavalo da deusa, embora não pudesse falar, parecia ser um bom ouvinte. Diana seguia seu trajeto até que seus aguçados ouvidos executaram um certo murmúrio:

--Bem, o casamento está marcado para hoje no final das contas.-Disse uma mulher à outra.

 

--''Então haveria um certo casamento hoje.''-Pensou a deusa consigo mesma enquanto dava partida em seu cavalo.

 

Diana saia de Ciros costurando seus pensamentos:

--Bem, é sabido que é mais digno pedir alguém em casamento em sua cidade natal. Também é sabido que é muito mais nobre pedir alguém em casamento em um dia que ninguém esteja se casando. Parece que hoje não foi um dia propício para nós duas, não é garotão?-Disse a deusa acariciando seu cavalo enquanto nele montava.

 

 

          -----------------------------------------

 

 

O banquete transcorria de forma bem variada: Para uns, o banquete estava muito prazeroso e divertido, para outros, o banquete estava o cúmulo do tédio, e para outros tantos, como Júpiter(Zeus), o que importava era a comida. Vênus(Afrodite) estava, neste momento, mostrando uma pintura que retratava Cupido bebê apunhalando uma jovem com sua flecha, tendo em vista que naquela idade o jovem deus não sabia manusear um arco. A pintura fora muito bem feita. Não era como as gregas ou egípcias. Antes, era totalmente realista.

--Olhem meu pequeno Cupido. Ele já tinha idade de um adolescente, porém parecia uma criancinha. Ele não sabia manusear bem um arco, então acabava cravando a flecha nos corações solitários como uma faca.-Dizia a deusa do amor paparicando seu filho.

--Mamãe...-Tentou Cupido repreender sua mãe, porém sua voz era doce demais e sua face estava rubra.

--Tem que estar brincando...-Resmungou Íris num tom baixo de forma que só Juno(Hera) pôde ouvir e concordar mentalmente.

 

A deusa dos céus queria ficar em um ângulo impecável, prefeito. Não queria passar nenhum vexame. Até sua respiração era milimetricamente ritmada. Estava como uma estátua de cera e tentava externar plenitude. Sua compostura, porém, fora totalmente perdida ao pousar seu olhar em seu esposo. O mesmo devorava a perna de um javali de forma totalmente animalesca. O olhar de Juno(Hera) o acertou como uma flecha, porém o grande Júpiter(Zeus) estava alheio demais para perceber que fora atingido.  O pé do deus foi, então, esmagado pelo da deusa.

--Aii!-Bradou o deus do raio.

--Tenha modos à mesa. Estás a comer como um animal!-Cochichou Juno(Hera) no ouvido de seu esposo, quem apenas acentiu.

--Algo de errado, meu bem?-Perguntou Vênus(Afrodite) ternamente ao deus do raio.

--Não, não. Está tudo bem.-Respondeu Júpiter (Zeus) brevemente, temendo levar outra repreensão de sua esposa.

--Ah sim...Eros, como estás belo, meu querido!-Exclamou a deusa do amor assim que mirou os olhos no deus dos amantes.-Sinto sua falta às vezes. Sinta-se à vontade para visitar-me sempre que quiseres.-Concluiu. Eros deu um cortez sorriso como resposta, fazendo Cupido inchar-se de ciúmes.

--Mamãe, não esqueça-se que tens algo a mostrar a todos.-Advertiu o jovem deus da paixão para interromper os elogios de sua mãe a Eros.

--Ah, sim, meu filho, bem lembrado!-Disse a deusa do amor num lapso.-Ahan.-Pigarreou Vênus(Afrodite).-Peço a atenção de todos. Como bem sabeis, tenho algo mais do que magnifissíssimo para mostrar. E agora o farei. Cupido, meu bem, traga Safira para cá.

--Sim, mamãe.-Respondeu o deus prontamente  movendo-se para atender o pedido.

 

Atalanta estava deitada, dormindo em uma vasta e confortável cama quando, de repente, Cupido apareceu.

--''O que será que  deve ter acontecido?"-Perguntou-se a corredora.

--Ei, ei, garota, está tudo bem. É apenas a hora de tu conheceres os convidados presentes neste banquete.-Dizia o jovem deus enquanto que acariciava a pelugem da leoa.

--''E lá vamos nós.''--Pensou Atalanta enquanto seguia Cupido.

 

O deus da paixão foi guiando a leoa através de uma coleira. Atalanta, após passar por uma grande porta, se viu em uma sala de jantar com uma considerável quantidade de pessoas. Não reconhecia ninguém, apenas Vênus(Afrodite), e foi para ela que correu por instinto. Todos a olhava  como que a analisando. Júpiter(Zeus) foi o primeiro a pronunciar-se:

--Servirarás uma leoa fresca a nós?-Perguntou o deus de forma esperançosa.

 

Com a pergunta de Júpiter(Zeus), a deusa do amor ficou com expressão de incredulidade e repulsa. Jamais mataria sua leoa. Jamais mataria uma de suas fontes de vaidade. Juno(Hera) apenas pôde sorrir amarelo.

--Não, não comeremos minha leoa, Júpiter.-Respondeu a plena Vênus(Afrodite), tentando controlar seus nervos.

--Que bela leoa.-Constatou Minerva(Atena), enquanto analisava cada detalhe do animal.-A estrutura óssea parece ser bem leve e rígida, analisando o modo dela de caminhar.

--Ah, sim! Bem notado, minha cara Minerva!-Exclamou Vênus(Afrodite).-A estrutura óssea leve e rígida dela é apenas uma de suas virtudes.-Disse a deusa do amor sem saber ao certo dos termos que estava a falar.

 

Todos os presentes no banquete esticaram seus pescoços para tentar ver o animal, que buscava refúgio entre as pernas de Vênus(Afrodite).

--''Oras, esses ornamentos todos por causa de um mero animal. Bem fez Diana em não ter vindo. Não perdeu nada...Espera...Ela deveria ter vindo. Assim, ela acertava uma flecha nesta leoa, e acabava com essa alegria sem base de Vênus''-Teceu Juno(Hera) em seus pensamentos.

--Vamos, meu amor, deixe que os outros te vejam.-Pediu a deusa do amor com voz doce e mansa, enquanto acariciava os pelos de sua leoa.

 

Aos poucos, Atalanta foi aparecendo. Um passo de cada vez. Muito cautelosamente. Juno(Hera) já havia desistido de olhar a demorada aparição do animal. Após ficar totalmente à mercê dos olhares de todos, Atalanta sentou-se um tanto receosa. Todos ficaram deslumbrados com a leoa. Os pelos cor de trigo eram da mesma cor do cabelo de sua dona.

--Podem ver minha leoa? Guardem seus deslumbres  para quando ela mostrar o que ela pode fazer!-Disse a deusa do amor animadamente satisfeita com a reação dos deuses.-Pronta Safira? Faça do jeito que treinamos.-Requisitou Vênus(Afrodite) para, logo após, fazer um sinal para Cupido.

 

O jovem deus puxou uma corrente, fazendo de uma porta sair um malhado guepardo. Atalanta engoliu seco. Após ficarem totalmente alinhados, a deusa do amor fez um sinal para que ambos começassem a correr. Em poucos segundos a corredora em forma de leoa desbancou o outro animal, vencendo plenamente a corrida. Todos estavam boquiabertos. Para os gregos, nada era mais belo do que um ser excedendo suas capacidades físicas, pois isso era sinal de uma alma igualmente excedente. Como já dizia o antigo ditado:"mente sã, corpo são".

--Nossa!-Exclamaram todos unanimemente, até mesmo a impassível Juno(Hera).

--Mas não é que este animal é interessante mesmo?-Cochichou a deusa dos céus de forma surpresa para Íris.

 

A deusa mensageira não podia nem ao menos mexer os lábios. Estava em puro deslumbre perante a velocidade da leoa. Do mesmo modo estava Mercúrio (Hermes).

 

 

          ------------------------------------------

 

 

O Sol começava a se banhar no mar, anunciando o seu pôr e a chegada da noite. Diana entrava em seu bosque guiando seu cavalo por uma corda. Ao alcançar uma boa pastagem, a deusa caçadora soltou seu animal. Andando mais um pouco a dentro, pode ouvir uma barulheira, que, com certeza, era de suas ninfas preparando algo...Ah, sim! Era sua festa sagrada!

 

Darlene acabava de ajeitar alguns mantos, Dafne acendia uma grande fogueira, Eco tentava chamar alguns vagalumes para iluminar o local, mas acabava puxando assuntos desnecessários com os mesmos, atrasando sua tarefa, e Salmácis supervisionava tudo com seu nem tão atento olhar.

--Diana chegou!-Exclamou Darlene assustada em ver que a deusa via tudo sem estar pronto.

--Não, Diana, não veja!-Disseram algumas ninfas que avançaram para cima da suprema caçadora, com o intuito de tampar-lhe a visão. Aproveitaram também para tocar sutilmente a deusa..

--Nossa, quanto mistério!-Exclamou Diana divertindo-se com a situação.-Fiquem calmas. Já estou dando meia volta.

 

 

          ----------------------------------------

 

 

Todos estavam no salão principal da casa de Vênus(Afrodite). Estavam falando sobre sua leoa e o quanto era rápida. Alguns já queriam pegá-la emprestada. A deusa do amor absorvia os elogios tal como uma planta absorve a luz solar para a fotossíntese.

--De fato, um animal digno de uma narrativa épica.-Constatou Eros.

--Obrigada, meu bem.-Respondeu carinhosamente Vênus(Afrodite).

 

Desta vez, Cupido não estava lá para se morder de ciúmes, pois fora depositar a leoa em seu vasto quarto, que a deusa do amor fez questão que fosse construído para ela.

 

Após ter a posto lá e a paparicado um pouco, o arqueiro da paixão foi ter com os outros. O corredor por onde Cupido passara estava vazio, mas não por muito tempo. Depois de um curto período de tempo, dois seres apareceram por lá de uma forma um tanto furtiva: era Juno(Hera) e Íris. As duas andavam como se estivessem devendo suas vidas a alguém. Após um tempo de procura, encontraram a porta que buscavam e por ela entraram. Lá estava o que buscavam: a veloz leoa.

 

raram. Lá estava o que buscavam: a veloz leoa.

--Agora sim podemos vê-la de perto.-Disse Íris correndo animadamente para perto do animal, deixando-o assustado.

--Agora sim posso notar os defeitos desta leoa devidamente.-Constatou a deusa dos céus.

--Pensei que estivesse vindo admirá-la de perto também.-Disse a deusa mensageira enquanto acariciava o animal.

--Admira tu de perto, e eu noto os defeitos dela.

--Não acredito que Vênus, a obsoleta fútil, tem um ser tão precioso como este.-Resmungou Íris.

--Peça aos teus pais algo parecido de aniversário.-Sugeriu Juno(Hera), enquanto focava avidamente em tentar notar um defeito agravante do animal, para que o mesmo fosse devidamente degustado em uma boa e sutil roda de fofoca.

--Juno...-Chamou a deusa mensageira.

--Diga.

--Olhe esta leoa.

--O que tem? Notastes algum defeito?!-Perguntou a deusa dos céus de modo esperançoso.

--Olhe os olhos dela.-Comandou Íris enquanto analisava fixamente o animal.

--O que tem os olhos dela?

--Não lhe parece familiar?-Questionou a deusa da capa multicolorida.

--Deixe-me ver...-Disse Juno(Hera) enquanto analisava minuciosamente os olhos da leoa e concluiu:-Não, não vejo nada de familiar.

--Ah, sim. Pensei que eu tivesse percebido algo. É uma bela leoa, porém, só de me lembrar a quem ela pertence, já me dá vontade de vomitar.-Desabafou a mensageira.

--Se eu pudesse, mataria esta leoa agora mesmo para acabar com aquele sorrizinho nojento de Vênus.-Desabafou a deusa dos céus, fazendo com que Atalanta, que recebia as carícias de Íris, sentisse uma energia percorrendo sua espinha, fazendo-a enrigecer na hora.

--Levei em conta de que algo desse tipo pudesse acontecer, e tomei a liberdade de trazer isto comigo.-Disse a deusa mensageira, sacando uma adaga de ouro com detalhes de cristal.

--Íris, sagrada és! Utilidade, com certeza, é o seu segundo nome! É a minha adaga preferida!-Exclamou Juno(Hera) surpresa, deixando Íris cheia de orgulho, e Atalanta morta de medo.-Agora, meu bem,  fique calma. Não vai doer nada.

 

A deusa dos céus azuis começou a mover-se em direção à leoa, quem, a este ponto, possuía o coração acelerado como se fosse a sair de seu corpo. Juno(Hera) possuía um sorriso sádico, sendo acompanhada por Íris.

 

---------------------

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

30 dias?! Sério???!!!! Nunca pensei que demoraria tanto para postar!  (T---T)

 

Só tenho a pedir desculpas.

 

Eu falei que eu levaria de cinco a a sete dias para postar, e agora eu acabo de levar TRINTA DIAS!

 

Eu tinha falado aquilo antes de receber minha grade de horários. Agora que recebi, vi que tudo era ledo engano.

 

Estou fazendo o possível e o impossível para postar os capítulos.

 

Só a deusa sabe quando postarei o próximo, mas não tardará como este.

 

Mais uma vez, desculpa.    :/


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