Capítulo 60
-- Magalhães?
Caroline ouviu seu superior a chamar, rapidamente levantou- se ficando em prontidão.
-- Os organizadores do show de hoje pedirem apoio, você será responsável pela equipe. -- Advertiu sério como sempre.
-- Mas... -- Caroline iria protestar, não era ela a escalada aquela noite, mas o olhar irritado do homem a deteu. -- Sim senhor!
-- Eles tem segurança dentro, então será apenas apoio do lado de fora, começa às vinte, terá uma viatura e não quero ninguém tomando a frente em nada que não for de sua jurisdição. Tem a tarde de folga. -- Advertiu e logo em seguida deu a costa para a loira.
-- Sim senhor. -- Disse descansando.
-- O quê que deu nele? -- Um colega e amigo dela questionou notando a rispidez do chefe.
-- Ele é sempre assim.
-- É, mas hoje tá pior. -- O outro observou.
-- Não teve presente noite passada. -- Carol disse baixo e ambos riram. -- Droga Neto, não era o antipático do Vieira que ia fazer isso? -- Questionou irritada.
-- Parece que adoeceu.
-- Aff, tinha que ser. -- Bateu o punho na mesa.
-- Calminha gata. -- Ele avisou calmo. -- Pelo menos tem à tarde de folga. -- Sorriu.
-- Grandes coisas. -- Suspirou pensativa. -- Pensando bem, preciso resolver umas coisas. -- Falou pegando sua jaqueta, não estava fardada, usava apenas uma camisa branca com o símbolo da corporação a qual cobriu com a jaqueta. Verificou a arma e a pôs no cós do jeans. -- Bye! -- Sorriu pegando sua mochila e se despedindo do amigo.
-- Vai pela sombra. -- Ele advertiu a vendo cruzar a porta de saída da sala.
-- Já, Magalhães? -- Um colega perguntou.
-- Já. Até. -- A loira proferiu saindo em definitivo do quartel alcançando o sol que ardia em seu rosto. Enfiou a mão no bolso da jaqueta e retirou o óculos escuro o pondo no rosto. Avistou seu carro e logo já assumia o volante ao mesmo tempo que, jogava a bolsa para o banco a seu lado. Ligou o carro em seguida o som e com agilidade saiu com o veículo alcançando a rua...
-- Seu amor me pegou. Cê bateu tão forte com o teu amor. Nocauteou, me tonteou. Veio à tona, fui à lona, foi K.O. -- A policial cantarolava batendo as mãos no volante e mantinha a atenção no trânsito, nesse instante uma moto a ultrapassou com velocidade. -- Apressadinha! -- Caroline disse notando que era uma mulher. -- Seu amoorrr me pegou... -- Prosseguiu cantarolando descontraída. -- Oi Marita. -- Sorriu atendendo ao celular. -- Peraí. -- Colocou o celular no viva voz. -- Pronto meritíssima. -- Disse reduzindo a velocidade do carro e entrando em um pequeno estacionamento.
-- Na rua? -- A voz de Marina soou calma.
-- Sim cabelo repique. Qual a Boa? -- Sorriu
-- Saindo do trabalho. Vamos jantar hoje? Uns amigos me convidaram, vamos?
-- Não vai da Mari, vou trabalhar no show hoje. -- Avisou.
-- Ah que pena.
-- Nem me diga. -- Carol lembrou procurando o fone de ouvido dentro da bolsa. Assim que achou colocou no celular, pegou o que precisava e saiu do carro. -- Como anda seu namoro virtual?
-- Não é namoro, ainda. -- Marina corrigiu. -- Mas estamos tendo ótimos avanços. Sinto que ela está bem mais aberta comigo em relação a nós enfim...
Caroline conversava com a amiga enquanto escolhia algumas coisas para comprar.
-- Uuh! – A loira proferiu ao olhar pela janela de vidro e ver uma mulher andar em direção à entrada do estabelecimento.
-- Que foi? -- Marina questionou curiosa do outro lado da linha.
-- Uma beldade que acabou de entrar aqui. -- Falou sem desviar a atenção da mulher que entrava.
-- Humm. Vai dizer um oi. -- Marina estimulou em um sorriso.
-- Haha. -- Carol riu desviando o olhar da mulher para a prateleira da sessão onde estava, procurava um biscoito em específico. -- Vou trabalhar hoje à noite e também não tô afim de conquista pra trans* hoje não.
-- Tu está e com preguiça Cá, te manca. -- Marina riu em constatação e a loira a acompanhou. -- Peraí, se bem que ir a paquera com essa cesta com porcarias não é favorável pra ti mesmo não. -- Advertiu prendendo o riso.
-- Hei!? -- A policial protestou rindo. -- E como sabe que tenho um cesta?
-- Ahh vá, Cá tem o que ai? Batata palha e bolachas recheadas?
Caroline ouviu a amiga questionar, então riu e fitou a cesta em sua mão. -- É. -- meneou a cabeça, ria. -- Não seria nada sedutor eu cantar uma gostosa daquela enquanto segurava uma cesta com dois danones, bolachas recheadas, chicletes, batatas fritas e pipoca. -- Descreveu rindo.
-- Eh tem razão, não sei como não engorda.
-- Por Deus tu faz compra em loja de conveniência, só come porcaria. -- Marina constatou para uma gargalhada da loira que andava calmamente pela sessão. -- Não sei como não engorda eu não tenho essa sorte. -- Marina disse indignada enquanto ria.
-- Sou amiga das atividades físicas, conhece? -- Riu. -- Posso te apresentar. -- Avisou.
-- Ehh, engraçadinha.
-- O trabalho também ajuda. -- Confessou.
-- Ela já foi? -- Marina questionou se referindo a mulher citada.
-- Não sei. -- Carol lembrou levantando o olhar na mesma direção que tinha a visto pela última vez, não a vendo mais. -- Não a vejo mais. -- Falou dando de ombros.
-- Porr* Cá, não te reconheço mais, tá ficando enferrujada hein!? -- Marina disse sem rodeios deixando a amiga sem palavras. -- A Caroline de antes não perderia tempo, ao menos uma trans* tu teria hoje à noite, ou amanhã, enfim. -- Completou.
-- Obrigada, pela consi... -- Caroline proferiu abrindo os braços, ou tentou. Pois o braço junto com a cesta segura nele atingiu em cheio a pessoa que passava a seu lado. A loira olhou rapidamente notando a merd* que tinha feito e para desespero maior ou culpa, não sabia ao certo era a mulher de quem ela e Marina falavam.
-- Caralh*! -- A outra proferiu em tom moderado, mas repassando toda a fúria que sentiu com o ato.
-- Ai me desculpa, por favor. -- Caroline pediu apressada praticamente jogando a cesta no chão e levando ambas as mãos ao corpo da outra num ato de cuidado e desespero. A garota estava com o corpo inclinado, sua mão esquerda estava lhe apoiando no joelho e a direita estava sobre o abdômen em um ato de proteção.
-- Cá o que aconteceu? -- Marina questionou preocupada do outro lado da linha.
-- Desculpa mesmo foi sem querer. -- Carol pediu tocando o ombro da outra.
-- Sai, não me toca sua louca! -- A mulher gritou empurrando as mãos da policial.
-- Quer saber? -- Caroline questionou agora com raiva. -- Bem feito e vai pro inferno! -- Verbalizou em fúria e indignação, só estava querendo ajudar.
-- Te vejo lá, idiota! -- A outra avisou finalmente levantando o olhar e encarando Caroline. Os olhares se chocaram em fúria e assim ficaram em um duelo de ressentimento e encantamento.
-- Cá, que merd* está acontecendo aí? -- A voz de Marina soou gritada no fone de ouvido.
A loira escutou, entretanto, estava atordoada demais para proferir alguma resposta. O olhar da outra a deixou numa confusão interna de irritação e fascínio. O rosto dela era todo em um desenho delicado, mas a expressão era forte e orgulhoso. Os cabelos cor de fogo era uma confusão estilosa, parte dele não chegava à altura dos seios enquanto que a outra seguia longo até a cintura, a qual estava perfeitamente modelada por uma blusa solta de cor preta, aliás toda ela usava preto...
-- Algum problema? -- Um funcionário indagou?
Nenhuma das duas soube dizer por quanto tempo se encararam.
-- Pergunta aí pra senhora ignorância. -- Carol advertiu voltando a realidade, lembrando de sua irritação.
-- Haha. -- A outra riu irônica e debochada. -- Olha quem fala a gentileza em pessoa. -- Falou gesticulando o braço esquerdo enquanto ria. -- A louca que fica dançando com uma cesta, cheia de porcarias, por sinal em um local onde circula pessoas civilizadas. -- Dramatizou encarando a loira com um sorriso raivoso.
-- Ah falou a dondoca que esqueceu o endereço do cabeleireiro e pra ter que cortar o próprio cabelo. -- Carol provocou deixando transparecer um sorriso de canto em deboche. -- E como se não bastasse isso, resolveu sapecar o cabelo provavelmente usando o ferro de passar da mamãe. -- Cruzou os braços em orgulho.
-- Ahh! -- A mulher proferiu ofendida, porém não se deixou abater. -- Escuta aqui loira oxigenada... -- Apontou o dedo na direção de Carol.
-- Desculpa, mas está tudo bem ai? -- O rapaz do estabelecimento insistiu.
-- Não! -- As duas deletaram olhando o homem que se assustou.
-- Ah quer saber estou dando o fora. -- Caroline proferiu dando as costas para a outra mulher se afastando a passo as largos.
-- Bom mesmo sua louca perturbada.
A loira ouviu e estancou de imediato. Sua vontade era de voltar e dizer umas boas verdade a outra, além de uma vontade de agredi-la fisicamente também, não sabia explicar de onde vinha aquela antipatia repentina e enorme pela outra.
-- Caroline saia daí, agora! -- Ouviu a voz da amiga soar nos fones ainda em seus ouvidos.
-- Caralh*! -- A loira xingou voltando a andar e logo saiu da conveniência e alcançando o carro. -- Garota dos infernos. -- Disse batendo a porta do carro com força após entrar.
-- Calma. -- Marina pediu ainda sem entender absolutamente nada do que havia acontecido. -- O que aconteceu, afinal? -- Questionou.
-- Aconteceu que a garota que te falei é uma estressadinha, ignorante... -- Caroline falou pondo as suas mãos no volante e apertando, acabou se estressando e precisava se acalmar. -- Sem querer eu abri os braços e a cesta bateu nela, fui toda educada pedir desculpa e ela veio com tudo pra cima de mim. Ah droga me irritei e mandei ela pro inferno. -- Confessou.
-- É eu ouvi toda a discussão. -- Marina disse sem conter o riso.
-- Quier?
-- Ela te chamou de loira oxigenada que come porcarias. Alguém concorda comigo. -- Gargalhou. -- Com a parte das porcarias claro. Gostei dela.
-- Ah me poupe, Marina! -- Carol disse realmente irritada. -- Saco! -- Proferiu retirando os fones e jogando para o lado e ligou o carro. Realmente não conseguia entender seu estado atual. Buscou a entrada da loja e para seu azar ou não, não sabia ao certo, a mulher saiu ficando parada em frente, levou a boca uma garrafa de água e solveu todo o líquido de uma só vez, se livrou da garrafa e levou a mão ao abdômen...
-- Ah nem foi pra tanto. -- Caroline disse em constatação se referindo a batida naquele local pela cesta. Ainda atenta a viu seguir calmamente em um andar firme e sensual e parar ao lado de uma moto, ela retirou a jaqueta de couro da cintura, vestiu, em seguida pegou o capacete o pôs na cabeça, montou e rapidamente saiu em velocidade. Lembrou a moto que a ultrapassou na estrada, era ela. -- O que tem de ignorante tem de gostosa! -- Observou tendo que confessar a si mesmo que a outra tinha certa beleza, sorriu balançando a cabeça em negação. Nisso, viu que Marina ainda estava na linha, pegou os fones novamente. -- Pensei que tinha desligado.
-- E perder você confessando que está caidinha pela mulher gostosa que sapecou o cabelo com ferro de passar? -- Marina observou para ouvir uma gargalhada da loira. -- Não mesmo! -- Avisou rindo.
-- Tu é uma peste, isso sim. -- Carol avisou resolvendo pôr o carro em movimento, Estava mais relaxada. -- Acabei nem comprando meus quitutes, aff. -- Lembrou fazendo a amiga rir.
-- Volta lá ué.
-- Perdeu a graça. -- A policial confessou.
-- Sei, e também perdeu uma trans* com a gostosa. -- Riu.
-- Para de se meter na minha vida sexual criatura. -- A loira advertiu sorrindo.
-- Você quer dizer na falta dela né querida. -- Marina a corrigiu.
-- Olha quem fala. -- Carol recorrigiu e ambas riram, era um fato. -- Mari preciso desligar.
-- Tá bom. Vê se não vai brigar de novo.
-- Tchau Mari! -- Caroline riu desligando
* * * *
-- Deixa eu ver se a Agatha já largou aquele tablet. -- Samantha falou.
-- Podemos trocar hoje? -- Amanda questionou e Samantha a fitou intrigada. -- É que tentei de tudo pra animar a Naty e nada, ela ainda está chateada comigo por prende-la aqui. -- Falou triste.
-- Ei não fique assim. -- Samantha a abraçou. -- Só mais uns dias e tudo isso acaba, amor. -- A olhou franca. -- E o que está fazendo não é uma prisão. É pro bem dela. -- Esclareceu sincera.
-- Eu sei, mas acho que ela ver assim, sei lá é difícil. -- Amanda afirmou.
-- Eu sei. -- A médica compreendia. -- Vou ver o que posso fazer. -- Sorriu e a beijou nos lábios.
-- Obrigada.
-- Não por isso. -- Samantha sorriu amorosa. -- Troca aceita, vou lá.
-- Ela já está no quarto. -- Amanda avisou ao ver a noiva tomar o rumo da escada, antes a jovem estava na biblioteca.
-- Por isso que eu vou pra lá. -- Samantha mudou a rota rapidamente e Amanda riu. -- Ei? -- Samantha disse chamando a atenção de Natelly que, estava sentada na cama tendo a costa encostada na cabeceira da mesma.
Natelly sorriu observando Samantha se aproximar. -- Sua mãe me disse que estava aqui. -- Disse a olhando de pé ao lado da cama.
-- Mais confortável para ler, depois cair no sono. -- A jovem confessou.
-- Sei bem como se sente. -- Samantha sorriu ainda parada ali a sua frente.
-- Senta aí. -- Natelly pediu se incomodando com a formalidade da outra.
-- Excelente escolha. -- Samantha falou sentando ao lado dela.
-- Ah. -- Natelly sorriu dando conta de que ela estava referindo ao livro tinha em suas mãos. -- Eu gostei, quase no fim já. -- Declarou. -- Confesso que esperava uma narração mais contida e romântica.
Disse e Samantha riu em compreensão. -- Pra época eles eram bem modernos.
-- Né isso. -- Natelly advertiu rindo.
-- Natelly... -- Samantha aderiu um tom mais sério, porém brando. -- Você não acha que está sendo um pouco injusta com sua mãe? -- Questionou a fitando com uma serenidade firme.
Natelly não disse nada, apenas suspirou pensando na pergunta da madrasta.
-- Ela te mantém aqui, não por que quer te ver presa sem sua vida, seus amigos ou seu namorado. Mas sim, por que até então você corre um perigo real e como mãe eu entendo muito bem tudo que ela faz para te proteger, mesmo que isso custe a ela um certo desprezo ou chateação de sua parte. -- Samantha disse sem rodeios observando-a. Natelly escutava agora de cabeça abaixada enquanto desenhava algo imaginário no livro. Então Samantha resolveu continuar. -- Eu sei que você também sofre com tudo isso, de forma diferentes, ambas sofrem. -- Disse lembrando de Amanda. -- Amanda está fazendo o que pode pra te ver segura e também feliz hoje e sempre será assim, então você deveria pensar um pouco mais antes de descontar sua chateação ou o que quer que seja na pessoa errada, principalmente nela. -- Argumentou.
-- Ela te pediu pra fazer isso? -- A menina questionou buscando o olhar da morena.
-- Desde quando ela precisa que alguém argumente por ela? -- Samantha rebateu também firme.
-- Tem razão. -- Natelly suspirou. -- Não é que eu queira, acaba saindo, meu humor não anda nada bem esses dias, até eu me estresso comigo mesmo às vezes. -- Ela confessou sincera.
-- É compreensivo meu bem. -- Samantha notou. -- Mas não deixe tudo isso influenciar no seu dia a dia com sua mãe, nem ela nem você merece isso. -- Advertiu a olhando com carinho e sorriu. -- Aproveite esse tempo que têm para ficar junto dela.
-- Você está certa, não vou deixar, e vou aproveitar sim. -- Abriu um sorriso sincero.
-- Ótimo. Fico feliz em cumprir com meu papel de madrasta boa. -- Samantha observou e ambas riram.
-- Você é demais, Sam. -- A garota avisou com o sorriso no rosto. -- A mamãe é muito feliz com você. -- Avisou.
-- E eu feliz com ela. -- Samantha sorriu boba, seus pensamentos eram todos na noiva.
-- E eu feliz por ela, por vocês.
-- Todo mundo feliz. -- Samantha afirmou e riram.
-- Ei me dá uma dica. Ela morre? -- A garota perguntou se referindo a personagem do livro que lia.
-- Descubra. -- Samantha disse. -- Só posso dizer que é bem legal. -- Sorriu.
-- É já é alguma coisa. -- Natelly admitiu.
-- Um ótimo incentivo. -- Samantha sorriu. -- Você não jantou, precisa comer. -- Samantha disse preocupada.
-- Não estou com fome. -- Confessou a fitando com uma carinha sentida. -- Mas prometo que estou bem. -- Avisou.
-- Tudo bem... Tenho uma cirurgia amanhã, preciso descansar, vai ficar bem? -- Samantha indagou interessada.
-- Vou sim. -- A Jovem afirmou. -- Vou ficar lendo só mais um pouco.
-- Certo... Boa noite... -- A morena sorriu.
-- Boa noite, Sam. -- Natelly desejou.
No entanto, Samantha ficou a encará-la, a verdade era que não sabia como se despedir da menina.
-- Que foi? -- Natelly sorriu.
-- Nada. -- Negou. -- Vou indo... -- Sorriu levantando.
-- A mamãe me daria um beijo, Sam. -- Disse em aviso, notando que Samantha não sabia ao certo o que fazer, de fato era a primeira vez que a médica conversava com ela antes de dormir, sempre era sua mãe quem fazia aquilo.
-- Claro. -- Sorriu com o óbvio, e sem mais enrolações a morena debruçou até Natelly e lhe beijou a testa com carinho, sorriu a olhando. -- Durma bem, querida. -- E após a jovem concordar a morena saiu a deixando continuar a leitura.
* * * *
-- Bomm diaa. -- Amanda apareceu na cozinha vestida em um robe e uma toalha na cabeça.
-- Bom dia, querida. -- Cida a saudou sorridente enquanto andava pela cozinha arrumando os detalhes do café da manhã da família.
-- Bom dia, mãe. -- Natelly lhe sorriu.
Amanda sorriu deveras animada notando a mudança de postura da filha para com ela.
-- Amanda você tá engraçada com isso aí na cabeça. -- Agatha advertiu rindo.
-- Ah é, vou te mostrar a graça. -- Amanda disse indo o até ela e lhe fazendo cócegas. A menina riu com vontade. -- Termine seu café meu amor. -- A Advogada sorriu após a beija-la com carinho em seguida olhou a filha. -- Não precisa acordar cedo filha. -- Fitava Natelly.
-- É o costume. -- A jovem confessou em um sorriso iniciando seu desjejum.
-- Tudo bem. -- Amanda lhe beijou o topo da cabeça, a compreendia. -- Oi. -- Sorriu olhando a noiva a seu lado. Samantha até então só observava em silêncio enquanto também tomava seu café.
-- Bom dia. -- Samantha lhe sorriu amorosa para logo ganhar um só singelo beijo de bom dia.
-- Cida? -- Amanda a olhava andar por ali.
-- Oi querida? -- A mulher a encarou.
Amanda apenas meneou a cabeça lhe indicando uma cadeira vazia a mesa, Cida sorriu.
-- Eu avisei. -- Samantha avisou olhando a secretária enquanto levantava. -- Preciso ir. -- Avisou buscando o olhar de Amanda.
-- Tão cedo? -- Amanda observou também se levantou.
-- Sim meu amor, preciso organizar a cirurgia. -- Explicou. -- Beijo, meus amore. -- Deu um beijo em Agatha e outro em Natelly, agora com mais naturalidade. -- Tchau Cida.
-- Bom trabalho, querida. -- Cida desejou.
-- Já volto. -- Amanda acompanhou Samantha até a porta.
-- Gostei do look. -- A Ortopedista falou prendendo Amanda em um abraço amoroso.
-- Uii. -- Amanda sorriu maliciosa levando as mãos a nuca de sua morena. -- Pena que já tem que ir. -- Disse e a puxou para próximo de seu rosto. -- Porque estou sem nada por baixo. -- A voz provocante ao pé do ouvido de Samantha não a ajudava em nada, pois seu corpo foi ao delírio com aquilo. Ainda descrente que Amanda lhe provocava daquela forma, a fitou, Amanda sorria sexy, o que a deixou mais fora de si ainda.
-- Quero ver. -- Samantha afirmou a encostando a porta, levou as mãos ao robe e o desamarrou, foi tudo tão rápido que, dessa vez, quem ficara sem ação foi Amanda. E quando se deu conta já tinha o olhar faminto de prazer e desejo de Samantha sobre a parte da frente de seu corpo a amostra. Sua primeira reação foi olhar na direção que ficava a cozinha, estava bastante exposta ali.
-- Amor, não! -- Amanda proferiu ao sentir a boca de Samantha em um de seus seios e ambas as mãos dela já passeavam em seu corpo também.
-- Estou apenas respondendo a provocação. -- A morena sorriu estranhamente natural ao olhos de Amanda que, gem*u leve ao sentir dedos atrevidos lhe tocar o sex* e ali permanecer em uma doce massagem. Sentia o prazer daquele toque, assim como, o desespero de serem pegas ali daquela forma.
-- É que esse lugar não é nem um pouco seguro. -- Amanda olhou novamente na direção do cômodo onde as outras estavam. -- Alguém pode aparecer aqui. -- Lembrou ainda na esperança de que Samantha parasse, mesmo a contragosto, era de fato o certo.
-- Apenas aproveite, certo!? -- Samantha lhe disse e desceu.
-- O quê.... Oh, droga. -- Amanda perdeu a linha de pensamentos sobre o que deveria fazer, quando sentiu que a morena deslizou um longo dedo dentro de si e praticamente junto notou a língua da médica lhe invadiu o sex*, gem*u, alto por sinal, levou a mão a sua própria boca. Quando foi que ela perdeu o controle da situação? Fechou os olhos e instantaneamente abriu lembrando onde estavam, por Deus, ela precisava fazer alguma coisa, rápido. -- Para. -- Pediu sem franqueza alguma naquela frase. Sua vontade era que a noiva fosse em frente e era o que ela fazia, dando ch*padas cada vez mais forte enquanto o dedo lhe invadia o centro agora, incrivelmente molhado. Era um fato que não conseguiria fazê-la parar, e muito menos queria que ela parasse, a sentia lhe ch*par quase que desesperadamente e quanto mais sua amante se encarregava daquele ato deveras insano, mais Amanda gemia, estava tão entregue, seus gemidos uma hora contidos outras nem tanto e seu corpo tremulo demostravam todo seu prazer. Prolongou o quanto pode manter seus olhos atentos na direção da cozinha, assim como uma das mãos segurando o tecido leve lhe cobrindo os seios... Simplesmente a coisa mais deliciosa que experimentava no momento, era excitante ao extremo, não aguentava mais, sentia seu corpo tremendo, sua respiração alta, levou sua mão que segurava o robe aos cabelos negros os segurando firme, e foi extraordinário atingir seu limite naquela loucura prazerosa... Ainda de olhos fechados e completamente sem forças para se preocupar com alguma coisa, Amanda sentiu sua perna esquerda ser abaixada, riu, não viu a hora que ela fora parar no ombro da morena.
-- Você gozou pra mim. -- Samantha disse no ouvido de Amanda que, riu alto.
-- Sam, que loucura, meu Deus. -- Amanda suspirou forte, estava cansada.
-- Você quem começou. -- A morena avisou e lhe beijou os lábios. -- Eu queria ficar ali lambendo e bebendo seu líquido maravilhoso, mas precisava te fazer goz*r logo. -- Observou e ambas riram safadas. -- Tenho que ir. -- Lembrou se afastando e recolhendo sua bolsa do chão. -- Amei a despedida. -- Afirmou lhe beijando nos lábios e saiu, caso contrário, elas partiriam para o segundo round.
-- Ai como eu amo essa mulher! -- Amanda sorriu sincera e voltou para a cozinha, seu segundo banho seria depois de se alimentar.
Fim do capítulo
Olá lindas,
Capítulo pequeno, mas feito com carinho, espero que tenham gostado.
Aquele beijo e até o próximo!
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Lana queen
Em: 27/03/2018
Sua linda...capítulo curto porém muito interessante...E da pra matar a Saudades...Volta logo
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rhina
Em: 27/03/2018
Olá
Boa tarde
Certamente que a ruiva vai está no show
Se não for a dona do local ou ainda a atração principal do show.
E seria um tiro no escuro dizer que a ruiva está grávida?
Muito bom....gosto quando coloca suas outras personagens. ....
Rhina
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