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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

Ver comentários: 11

Ver lista de capítulos

Palavras: 4098
Acessos: 7921   |  Postado em: 26/03/2018

Capítulo 60

 

 

 

-- Magalhães?

Caroline ouviu seu superior a chamar, rapidamente levantou- se ficando em prontidão.

-- Os organizadores do show de hoje pedirem apoio, você será responsável pela equipe. -- Advertiu sério como sempre.

-- Mas... -- Caroline iria protestar, não era ela a escalada aquela noite, mas o olhar irritado do homem a deteu. -- Sim senhor!

-- Eles tem segurança dentro, então será apenas apoio do lado de fora, começa às vinte, terá uma viatura e não quero ninguém tomando a frente em nada que não for de sua jurisdição. Tem a tarde de folga. -- Advertiu e logo em seguida deu a costa para a loira.

-- Sim senhor. -- Disse descansando.

-- O quê que deu nele? -- Um colega e amigo dela questionou notando a rispidez do chefe. 

-- Ele é sempre assim.

-- É, mas hoje tá pior. -- O outro observou.

-- Não teve presente noite passada. -- Carol disse baixo e ambos riram. -- Droga Neto, não era o antipático do Vieira que ia fazer isso? -- Questionou irritada.

-- Parece que adoeceu.

-- Aff, tinha que ser. -- Bateu o punho na mesa.

-- Calminha gata. -- Ele avisou calmo. -- Pelo menos tem à tarde de folga. -- Sorriu.

-- Grandes coisas. -- Suspirou pensativa. -- Pensando bem, preciso resolver umas coisas. -- Falou pegando sua jaqueta, não estava fardada, usava apenas uma camisa branca com o símbolo da corporação a qual cobriu com a jaqueta. Verificou a arma e a pôs no cós do jeans. -- Bye! -- Sorriu pegando sua mochila e se despedindo do amigo.

-- Vai pela sombra. -- Ele advertiu a vendo cruzar a porta de saída da sala.

-- Já, Magalhães?  -- Um colega perguntou.

-- Já. Até. -- A loira proferiu saindo em definitivo do quartel alcançando o sol que ardia em seu rosto. Enfiou a mão no bolso da jaqueta e retirou o óculos escuro o pondo no rosto. Avistou seu carro e logo já assumia o volante ao mesmo tempo que, jogava a bolsa para o banco a seu lado. Ligou o carro em seguida o som e com agilidade saiu com o veículo alcançando a rua...

-- Seu amor me pegou. Cê bateu tão forte com o teu amor. Nocauteou, me tonteou. Veio à tona, fui à lona, foi K.O. -- A policial cantarolava batendo as mãos no volante e mantinha a atenção no trânsito, nesse instante uma moto a ultrapassou com velocidade. -- Apressadinha! -- Caroline disse notando que era uma mulher. -- Seu amoorrr me pegou... -- Prosseguiu cantarolando descontraída.  -- Oi Marita. -- Sorriu atendendo ao celular. -- Peraí. -- Colocou o celular no viva voz. -- Pronto meritíssima. -- Disse reduzindo a velocidade do carro e entrando em um pequeno estacionamento.

-- Na rua? -- A voz de Marina soou calma.

-- Sim cabelo repique. Qual a Boa? -- Sorriu

-- Saindo do trabalho. Vamos jantar hoje? Uns amigos me convidaram, vamos?

-- Não vai da Mari, vou trabalhar no show hoje. -- Avisou.

-- Ah que pena.

-- Nem me diga. -- Carol lembrou procurando o fone de ouvido dentro da bolsa. Assim que achou colocou no celular, pegou o que precisava e saiu do carro. -- Como anda seu namoro virtual?

-- Não é namoro, ainda. -- Marina corrigiu. -- Mas estamos tendo ótimos avanços. Sinto que ela está bem mais aberta comigo em relação a nós enfim...

Caroline conversava com a amiga enquanto escolhia algumas coisas para comprar.

-- Uuh! – A loira proferiu ao olhar pela janela de vidro e ver uma mulher andar em direção à entrada do estabelecimento.

-- Que foi? -- Marina questionou curiosa do outro lado da linha.

-- Uma beldade que acabou de entrar aqui. -- Falou sem desviar a atenção da mulher que entrava.

-- Humm. Vai dizer um oi. -- Marina estimulou em um sorriso.

-- Haha. -- Carol riu desviando o olhar da mulher para a prateleira da sessão onde estava, procurava um biscoito em específico. -- Vou trabalhar hoje à noite e também não tô afim de conquista pra trans* hoje não.

-- Tu está e com preguiça Cá, te manca. -- Marina riu em constatação e a loira a acompanhou. -- Peraí, se bem que ir a paquera com essa cesta com porcarias não é favorável pra ti mesmo não. -- Advertiu prendendo o riso.

-- Hei!? -- A policial protestou rindo. -- E como sabe que tenho um cesta?

-- Ahh vá, Cá tem o que ai? Batata palha e bolachas recheadas?

Caroline ouviu a amiga questionar, então riu e fitou a cesta em sua mão. -- É. -- meneou a cabeça, ria. -- Não seria nada sedutor eu cantar uma gostosa daquela enquanto segurava uma cesta com dois danones, bolachas recheadas, chicletes, batatas fritas e pipoca. -- Descreveu rindo.

-- Eh tem razão, não sei como não engorda.

-- Por Deus tu faz compra em loja de conveniência, só come porcaria. -- Marina constatou para uma gargalhada da loira que andava calmamente pela sessão. -- Não sei como não engorda eu não tenho essa sorte. -- Marina disse indignada enquanto ria.

-- Sou amiga das atividades físicas, conhece? -- Riu. -- Posso te apresentar. -- Avisou.

-- Ehh, engraçadinha.

-- O trabalho também ajuda. -- Confessou.

-- Ela já foi? -- Marina questionou se referindo a mulher citada.

-- Não sei. -- Carol lembrou levantando o olhar na mesma direção que tinha a visto pela última vez, não a vendo mais. -- Não a vejo mais. -- Falou dando de ombros.

-- Porr* Cá, não te reconheço mais, tá ficando enferrujada hein!? -- Marina disse sem rodeios deixando a amiga sem palavras. -- A Caroline de antes não perderia tempo, ao menos uma trans* tu teria hoje à noite, ou amanhã, enfim. -- Completou.

-- Obrigada, pela consi... -- Caroline proferiu abrindo os braços, ou tentou. Pois o braço junto com a cesta segura nele atingiu em cheio a pessoa que passava a seu lado. A loira olhou rapidamente notando a merd* que tinha feito e para desespero maior ou culpa, não sabia ao certo era a mulher de quem ela e Marina falavam.

-- Caralh*! -- A outra proferiu em tom moderado, mas repassando toda a fúria que sentiu com o ato.

-- Ai me desculpa, por favor. -- Caroline pediu apressada praticamente jogando a cesta no chão e levando ambas as mãos ao corpo da outra num ato de cuidado e desespero. A garota estava com o corpo inclinado, sua mão esquerda estava lhe apoiando no joelho e a direita estava sobre o abdômen em um ato de proteção.

-- Cá o que aconteceu? -- Marina questionou preocupada do outro lado da linha.

-- Desculpa mesmo foi sem querer. -- Carol pediu tocando o ombro da outra.

-- Sai, não me toca sua louca! -- A mulher gritou empurrando as mãos da policial.

-- Quer saber? -- Caroline questionou agora com raiva. -- Bem feito e vai pro inferno! -- Verbalizou em fúria e indignação, só estava querendo ajudar.

-- Te vejo lá, idiota! -- A outra avisou finalmente levantando o olhar e encarando Caroline. Os olhares se chocaram em fúria e assim ficaram em um duelo de ressentimento e encantamento.   

-- Cá, que merd* está acontecendo aí? -- A voz de Marina soou gritada no fone de ouvido.

A loira escutou, entretanto, estava atordoada demais para proferir alguma resposta. O olhar da outra a deixou numa confusão interna de irritação e fascínio. O rosto dela era todo em um desenho delicado, mas a expressão era forte e orgulhoso. Os cabelos cor de fogo era uma confusão estilosa, parte dele não chegava à altura dos seios enquanto que a outra seguia longo até a cintura, a qual estava perfeitamente modelada por uma blusa solta de cor preta, aliás toda ela usava preto...

-- Algum problema? -- Um funcionário indagou?

Nenhuma das duas soube dizer por quanto tempo se encararam.

-- Pergunta aí pra senhora ignorância. -- Carol advertiu voltando a realidade, lembrando de sua irritação.

-- Haha. -- A outra riu irônica e debochada. -- Olha quem fala a gentileza em pessoa. -- Falou gesticulando o braço esquerdo enquanto ria. -- A louca que fica dançando com uma cesta, cheia de porcarias, por sinal em um local onde circula pessoas civilizadas. -- Dramatizou encarando a loira com um sorriso raivoso.

-- Ah falou a dondoca que esqueceu o endereço do cabeleireiro e pra ter que cortar o próprio cabelo. -- Carol provocou deixando transparecer um sorriso de canto em deboche. -- E como se não bastasse isso, resolveu sapecar o cabelo provavelmente usando o ferro de passar da mamãe. -- Cruzou os braços em orgulho.

-- Ahh! -- A mulher proferiu ofendida, porém não se deixou abater. -- Escuta aqui loira oxigenada... -- Apontou o dedo na direção de Carol.

-- Desculpa, mas está tudo bem ai? -- O rapaz do estabelecimento insistiu.

-- Não! -- As duas deletaram olhando o homem que se assustou.

-- Ah quer saber estou dando o fora. -- Caroline proferiu dando as costas para a outra mulher se afastando a passo as largos.

-- Bom mesmo sua louca perturbada.

A loira ouviu e estancou de imediato. Sua vontade era de voltar e dizer umas boas verdade a outra, além de uma vontade de agredi-la fisicamente também, não sabia explicar de onde vinha aquela antipatia repentina e enorme pela outra.

-- Caroline saia daí, agora! -- Ouviu a voz da amiga soar nos fones ainda em seus ouvidos.

-- Caralh*! -- A loira xingou voltando a andar e logo saiu da conveniência e alcançando o carro. -- Garota dos infernos. -- Disse batendo a porta do carro com força após entrar.

-- Calma. -- Marina pediu ainda sem entender absolutamente nada do que havia acontecido. -- O que aconteceu, afinal? -- Questionou.

-- Aconteceu que a garota que te falei é uma estressadinha, ignorante... -- Caroline falou pondo as suas mãos no volante e apertando, acabou se estressando e precisava se acalmar. -- Sem querer eu abri os braços e a cesta bateu nela, fui toda educada pedir desculpa e ela veio com tudo pra cima de mim. Ah droga me irritei e mandei ela pro inferno. -- Confessou.

-- É eu ouvi toda a discussão. -- Marina disse sem conter o riso.

-- Quier?

-- Ela te chamou de loira oxigenada que come porcarias. Alguém concorda comigo. -- Gargalhou. -- Com a parte das porcarias claro. Gostei dela.

-- Ah me poupe, Marina! -- Carol disse realmente irritada. -- Saco! -- Proferiu retirando os fones e jogando para o lado e ligou o carro. Realmente não conseguia entender seu estado atual. Buscou a entrada da loja e para seu azar ou não, não sabia ao certo, a mulher saiu ficando parada em frente, levou a boca uma garrafa de água e solveu todo o líquido de uma só vez, se livrou da garrafa e levou a mão ao abdômen...

-- Ah nem foi pra tanto. -- Caroline disse em constatação se referindo a batida naquele local pela cesta. Ainda atenta a viu seguir calmamente em um andar firme e sensual e parar ao lado de uma moto, ela retirou a jaqueta de couro da cintura, vestiu, em seguida pegou o capacete o pôs na cabeça, montou e rapidamente saiu em velocidade. Lembrou a moto que a ultrapassou na estrada, era ela. -- O que tem de ignorante tem de gostosa! -- Observou tendo que confessar a si mesmo que a outra tinha certa beleza, sorriu balançando a cabeça em negação. Nisso, viu que Marina ainda estava na linha, pegou os fones novamente. -- Pensei que tinha desligado.

-- E perder você confessando que está caidinha pela mulher gostosa que sapecou o cabelo com ferro de passar? -- Marina observou para ouvir uma gargalhada da loira. -- Não mesmo! -- Avisou rindo.

-- Tu é uma peste, isso sim. -- Carol avisou resolvendo pôr o carro em movimento, Estava mais relaxada. -- Acabei nem comprando meus quitutes, aff. -- Lembrou fazendo a amiga rir.

-- Volta lá ué.

-- Perdeu a graça. -- A policial confessou.

-- Sei, e também perdeu uma trans* com a gostosa. -- Riu.

-- Para de se meter na minha vida sexual criatura. -- A loira advertiu sorrindo. 

-- Você quer dizer na falta dela né querida. -- Marina a corrigiu.

-- Olha quem fala. -- Carol recorrigiu e ambas riram, era um fato. -- Mari preciso desligar.

-- Tá bom. Vê se não vai brigar de novo.

-- Tchau Mari! -- Caroline riu desligando

 

* * * *

 

-- Deixa eu ver se a Agatha já largou aquele tablet. -- Samantha falou.

-- Podemos trocar hoje? -- Amanda questionou e Samantha a fitou intrigada. -- É que tentei de tudo pra animar a Naty e nada, ela ainda está chateada comigo por prende-la aqui. -- Falou triste.

-- Ei não fique assim. -- Samantha a abraçou. -- Só mais uns dias e tudo isso acaba, amor. -- A olhou franca. -- E o que está fazendo não é uma prisão. É pro bem dela. -- Esclareceu sincera.

-- Eu sei, mas acho que ela ver assim, sei lá é difícil. -- Amanda afirmou.

-- Eu sei. -- A médica compreendia. -- Vou ver o que posso fazer. -- Sorriu e a beijou nos lábios.

-- Obrigada.

-- Não por isso. -- Samantha sorriu amorosa. -- Troca aceita, vou lá. 

-- Ela já está no quarto. -- Amanda avisou ao ver a noiva tomar o rumo da escada, antes a jovem estava na biblioteca.

-- Por isso que eu vou pra lá. -- Samantha mudou a rota rapidamente e Amanda riu. -- Ei? -- Samantha disse chamando a atenção de Natelly que, estava sentada na cama tendo a costa encostada na cabeceira da mesma.

Natelly sorriu observando Samantha se aproximar. -- Sua mãe me disse que estava aqui. -- Disse a olhando de pé ao lado da cama.

-- Mais confortável para ler, depois cair no sono. -- A jovem confessou.

-- Sei bem como se sente. -- Samantha sorriu ainda parada ali a sua frente.

-- Senta aí. -- Natelly pediu se incomodando com a formalidade da outra.

-- Excelente escolha. -- Samantha falou sentando ao lado dela.  

-- Ah. -- Natelly sorriu dando conta de que ela estava referindo ao livro tinha em suas mãos. -- Eu gostei, quase no fim já. -- Declarou. -- Confesso que esperava uma narração mais contida e romântica.

Disse e Samantha riu em compreensão. -- Pra época eles eram bem modernos.

-- Né isso. -- Natelly advertiu rindo.

-- Natelly... -- Samantha aderiu um tom mais sério, porém brando. -- Você não acha que está sendo um pouco injusta com sua mãe? -- Questionou a fitando com uma serenidade firme.

Natelly não disse nada, apenas suspirou pensando na pergunta da madrasta.

-- Ela te mantém aqui, não por que quer te ver presa sem sua vida, seus amigos ou seu namorado. Mas sim, por que até então você corre um perigo real e como mãe eu entendo muito bem tudo que ela faz para te proteger, mesmo que isso custe a ela um certo desprezo ou chateação de sua parte. -- Samantha disse sem rodeios observando-a. Natelly escutava agora de cabeça abaixada enquanto desenhava algo imaginário no livro. Então Samantha resolveu continuar. -- Eu sei que você também sofre com tudo isso, de forma diferentes, ambas sofrem. -- Disse lembrando de Amanda. -- Amanda está fazendo o que pode pra te ver segura e também feliz hoje e sempre será assim, então você deveria pensar um pouco mais antes de descontar sua chateação ou o que quer que seja na pessoa errada, principalmente nela. -- Argumentou.

-- Ela te pediu pra fazer isso?  -- A menina questionou buscando o olhar da morena.

-- Desde quando ela precisa que alguém argumente por ela? -- Samantha rebateu também firme.

-- Tem razão. -- Natelly suspirou. -- Não é que eu queira, acaba saindo, meu humor não anda nada bem esses dias, até eu me estresso comigo mesmo às vezes. -- Ela confessou sincera.

-- É compreensivo meu bem. -- Samantha notou. -- Mas não deixe tudo isso influenciar no seu dia a dia com sua mãe, nem ela nem você merece isso. -- Advertiu a olhando com carinho e sorriu. -- Aproveite esse tempo que têm para ficar junto dela.

-- Você está certa, não vou deixar, e vou aproveitar sim. -- Abriu um sorriso sincero.

-- Ótimo. Fico feliz em cumprir com meu papel de madrasta boa. -- Samantha observou e ambas riram.

-- Você é demais, Sam. -- A garota avisou com o sorriso no rosto. -- A mamãe é muito feliz com você. -- Avisou.

-- E eu feliz com ela. -- Samantha sorriu boba, seus pensamentos eram todos na noiva.

-- E eu feliz por ela, por vocês.

-- Todo mundo feliz. -- Samantha afirmou e riram.

-- Ei me dá uma dica. Ela morre? -- A garota perguntou se referindo a personagem do livro que lia.

-- Descubra. -- Samantha disse. -- Só posso dizer que é bem legal. -- Sorriu.

-- É já é alguma coisa. -- Natelly admitiu.

-- Um ótimo incentivo. -- Samantha sorriu. -- Você não jantou, precisa comer. -- Samantha disse preocupada.

-- Não estou com fome. -- Confessou a fitando com uma carinha sentida. -- Mas prometo que estou bem. -- Avisou.

-- Tudo bem... Tenho uma cirurgia amanhã, preciso descansar, vai ficar bem? -- Samantha indagou interessada.

-- Vou sim. -- A Jovem afirmou. -- Vou ficar lendo só mais um pouco.

-- Certo... Boa noite... -- A morena sorriu.

-- Boa noite, Sam. -- Natelly desejou.

 No entanto, Samantha ficou a encará-la, a verdade era que não sabia como se despedir da menina.

-- Que foi? -- Natelly sorriu.

-- Nada. -- Negou. -- Vou indo... -- Sorriu levantando.

-- A mamãe me daria um beijo, Sam. -- Disse em aviso, notando que Samantha não sabia ao certo o que fazer, de fato era a primeira vez que a médica conversava com ela antes de dormir, sempre era sua mãe quem fazia aquilo.

-- Claro. -- Sorriu com o óbvio, e sem mais enrolações a morena debruçou até Natelly e lhe beijou a testa com carinho, sorriu a olhando. -- Durma bem, querida. -- E após a jovem concordar a morena saiu a deixando continuar a leitura.  

 

* * * *

 

-- Bomm diaa. -- Amanda apareceu na cozinha vestida em um robe e uma toalha na cabeça.

-- Bom dia, querida. -- Cida a saudou sorridente enquanto andava pela cozinha arrumando os detalhes do café da manhã da família.

-- Bom dia, mãe. -- Natelly lhe sorriu.

Amanda sorriu deveras animada notando a mudança de postura da filha para com ela.  

-- Amanda você tá engraçada com isso aí na cabeça. -- Agatha advertiu rindo.

-- Ah é, vou te mostrar a graça. -- Amanda disse indo o até ela e lhe fazendo cócegas. A menina riu com vontade. -- Termine seu café meu amor. -- A Advogada sorriu após a beija-la com carinho em seguida olhou a filha. -- Não precisa acordar cedo filha. -- Fitava Natelly.

-- É o costume. -- A jovem confessou em um sorriso iniciando seu desjejum.

-- Tudo bem. -- Amanda lhe beijou o topo da cabeça, a compreendia. -- Oi. -- Sorriu olhando a noiva a seu lado. Samantha até então só observava em silêncio enquanto também tomava seu café. 

-- Bom dia. -- Samantha lhe sorriu amorosa para logo ganhar um só singelo beijo de bom dia.

-- Cida? -- Amanda a olhava andar por ali.

-- Oi querida? -- A mulher a encarou.

Amanda apenas meneou a cabeça lhe indicando uma cadeira vazia a mesa, Cida sorriu.

-- Eu avisei. -- Samantha avisou olhando a secretária enquanto levantava. -- Preciso ir. -- Avisou buscando o olhar de Amanda.

-- Tão cedo? -- Amanda observou também se levantou.

-- Sim meu amor, preciso organizar a cirurgia. -- Explicou. -- Beijo, meus amore. -- Deu um beijo em Agatha e outro em Natelly, agora com mais naturalidade. -- Tchau Cida.

-- Bom trabalho, querida. -- Cida desejou.

-- Já volto. -- Amanda acompanhou Samantha até a porta.

-- Gostei do look. -- A Ortopedista falou prendendo Amanda em um abraço amoroso.

-- Uii. -- Amanda sorriu maliciosa levando as mãos a nuca de sua morena. -- Pena que já tem que ir. -- Disse e a puxou para próximo de seu rosto. -- Porque estou sem nada por baixo. -- A voz provocante ao pé do ouvido de Samantha não a ajudava em nada, pois seu corpo foi ao delírio com aquilo. Ainda descrente que Amanda lhe provocava daquela forma, a fitou, Amanda sorria sexy, o que a deixou mais fora de si ainda. 

-- Quero ver. -- Samantha afirmou a encostando a porta, levou as mãos ao robe e o desamarrou, foi tudo tão rápido que, dessa vez, quem ficara sem ação foi Amanda. E quando se deu conta já tinha o olhar faminto de prazer e desejo de Samantha sobre a parte da frente de seu corpo a amostra. Sua primeira reação foi olhar na direção que ficava a cozinha, estava bastante exposta ali.  

-- Amor, não! -- Amanda proferiu ao sentir a boca de Samantha em um de seus seios e ambas as mãos dela já passeavam em seu corpo também.

-- Estou apenas respondendo a provocação. -- A morena sorriu estranhamente natural ao olhos de Amanda que, gem*u leve ao sentir dedos atrevidos lhe tocar o sex* e ali permanecer em uma doce massagem. Sentia o prazer daquele toque, assim como, o desespero de serem pegas ali daquela forma.

-- É que esse lugar não é nem um pouco seguro. -- Amanda olhou novamente na direção do cômodo onde as outras estavam. -- Alguém pode aparecer aqui. -- Lembrou ainda na esperança de que Samantha parasse, mesmo a contragosto, era de fato o certo.

-- Apenas aproveite, certo!? -- Samantha lhe disse e desceu.

-- O quê.... Oh, droga. -- Amanda perdeu a linha de pensamentos sobre o que deveria fazer, quando sentiu que a morena deslizou um longo dedo dentro de si e praticamente junto notou a língua da médica lhe invadiu o sex*, gem*u, alto por sinal, levou a mão a sua própria boca. Quando foi que ela perdeu o controle da situação? Fechou os olhos e instantaneamente abriu lembrando onde estavam, por Deus, ela precisava fazer alguma coisa, rápido. -- Para. -- Pediu sem franqueza alguma naquela frase. Sua vontade era que a noiva fosse em frente e era o que ela fazia, dando ch*padas cada vez mais forte enquanto o dedo lhe invadia o centro agora, incrivelmente molhado. Era um fato que não conseguiria fazê-la parar, e muito menos queria que ela parasse, a sentia lhe ch*par quase que desesperadamente e quanto mais sua amante se encarregava daquele ato deveras insano, mais Amanda gemia, estava tão entregue, seus gemidos uma hora contidos outras nem tanto e seu corpo tremulo demostravam todo seu prazer. Prolongou o quanto pode manter seus olhos atentos na direção da cozinha, assim como uma das mãos segurando o tecido leve lhe cobrindo os seios... Simplesmente a coisa mais deliciosa que experimentava no momento, era excitante ao extremo, não aguentava mais, sentia seu corpo tremendo, sua respiração alta, levou sua mão que segurava o robe aos cabelos negros os segurando firme, e foi extraordinário atingir seu limite naquela loucura prazerosa... Ainda de olhos fechados e completamente sem forças para se preocupar com alguma coisa, Amanda sentiu sua perna esquerda ser abaixada, riu, não viu a hora que ela fora parar no ombro da morena.

-- Você gozou pra mim. -- Samantha disse no ouvido de Amanda que, riu alto.  

-- Sam, que loucura, meu Deus. -- Amanda suspirou forte, estava cansada.

 -- Você quem começou. -- A morena avisou e lhe beijou os lábios. -- Eu queria ficar ali lambendo e bebendo seu líquido maravilhoso, mas precisava te fazer goz*r logo. -- Observou e ambas riram safadas. -- Tenho que ir. -- Lembrou se afastando e recolhendo sua bolsa do chão. -- Amei a despedida. -- Afirmou lhe beijando nos lábios e saiu, caso contrário, elas partiriam para o segundo round.

-- Ai como eu amo essa mulher! -- Amanda sorriu sincera e voltou para a cozinha, seu segundo banho seria depois de se alimentar.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá lindas,

Capítulo pequeno, mas feito com carinho, espero que tenham gostado.

Aquele beijo e até o próximo!

 


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Comentários para 60 - Capítulo 60:
Andreia
Andreia

Em: 16/11/2020

Parabéns capítulo lindo.

Será que namorado da Natty participou MSM da tentativa do sequestro dela ou tudo realmente não passou somente de uma pura consciência né. Muito bacana conversa da médica com enteada.

A Amanda foi brincar com fogo saiu queimada kkkk. Bjsss

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rhina
rhina

Em: 14/07/2020

 

Eu já disse que amo a Carol???

Rhina

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luaone
luaone

Em: 03/04/2018

Cadê o casamento???

Pelo visto será uma festa cheeeeeeia de surpresas...

Volta!!!!!!!

Responder

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Lana queen
Lana queen

Em: 27/03/2018

Sua linda...capítulo curto porém muito interessante...E da pra matar a Saudades...Volta logo 

Responder

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rhina
rhina

Em: 27/03/2018

 

Olá 

Boa tarde 

Certamente que a ruiva vai está no show 

Se não for a dona do local ou ainda a atração principal do show. 

E  seria um tiro no escuro dizer que a ruiva está grávida? 

Muito bom....gosto quando coloca suas outras personagens. ....

Rhina

Responder

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Gi Costa
Gi Costa

Em: 26/03/2018

No Review

Responder

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NovaAqui
NovaAqui

Em: 26/03/2018

Caroline vai reencontrar essa ruiva no show! Vai ser o máximo se isso acontecer

Amanda foi brincar com fogo kkkk se queimou kkkkk

Sam fazendo seu papel de segunda mãe. Adorei!

Capítulo enorme, Menina!

Abraços fraternos procês aí!

Responder

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Lujan
Lujan

Em: 26/03/2018

Amei o capítulo estava ansiosa ou querida não demora muito RSS parabéns pela história

Responder

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luaone
luaone

Em: 26/03/2018

Uma palavra pra essas duas: Loucas!!! Kkkkkkkk

Mas quem nunca né?!

Responder

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Mille
Mille

Em: 26/03/2018

Mais um  capítulo show 

Se a misteriosa e gostosa mulher aparecer no show é o destino jogando com a Caroline.

Essas duas são fogos e a cada dia aumenta a cumplicidade delas. Adoro quando a Sam conversa com a Natty.

Bjus e até o próximo capítulo 

Responder

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Pryscylla
Pryscylla

Em: 26/03/2018

Eitaaaa!!! Amanda mexeu com fogo kkkkkk

Bjus  ;) 

Responder

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ik felix
ik felix

Em: 26/03/2018

Adorei  a Carol com a Ruiva apressadinha kkkkk

Beijo e até o próximo.

Responder

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