Capítulo 61
Amanda estava sentada em um banco ao lado da lanchonete, foleava um relatório que havia impresso para ler enquanto acompanhava Agatha em sua aula de Natação. Na verdade, aquela tarde de quarta era de uma pequena competição interna organizada pelos professores, apenas estimulo para os pequenos... Amanda resolveu deixar o relatório de lado, não conseguia se concentrar nele.
-- Eu falei que não ia dá certo. -- Natelly avisou rindo.
-- Humm. -- Amanda balbuciou mostrando a língua para a filha sentada a seu lado. -- Feliz que esteja aqui. -- Confessou.
-- Eu não deixaria de ver minha irmãzinha ganhando. -- A jovem advertiu sorrindo.
Amanda sorriu, passando a observar a menina brincava com os colegas enquanto esperava a sua vez de cair na piscina. Havia mais gente que o normal naquele dia, mas de onde estava, tinha visão total de onde a pequena estava junto com as demais crianças de mesma idade. Vez e outra tinha o olhar de Agatha e ambas sorriam, logo ali perto, Valéria era outra que estava atenta em Agatha, mas ao contrário do olhar, a segurança circulava calma pelo local próximo da criança, sempre repetia esse ciclo quando achava necessário. A mulher havia se adaptado a rotina de sua filha, já não vestia o tão formal terninho preto, não em todos os ambientes, no momento por exemplo, usava uma calça jeans e uma camisa branca mais solta, sorriu satisfeita.
“Senhores pais, a próxima competição é a categoria B, nado livre.”
Amanda ouviu, era a vez de Agatha, sentiu um frio na barriga, ao contrário da filha que, brincava alegre.
-- É a dela, mãe. -- Natelly disse empolgada.
-- Vamos lá... Sua vez meu amor. -- Amanda avisou a chamando próximo de onde estava. Agatha sorriu e correu até elas, Amanda lhe estendendo a mão logo pega pela criança, e assim seguiram para a borda da piscina. -- Nervosa? -- Amanda indagou enquanto ajudava-a retirar o roupão e arrumar o óculos.
-- Não! -- Agatha negou com naturalidade.
-- Eu tô. -- Amanda pensou. -- Boa sorte meu amor. -- Desejou lhe dando um beijo, então Agatha correu e com cuidado desceu caindo na água, a largada seria de dentro da piscina mesmo.
Amanda olhou em volta, todos os pais incentivavam os filhos a seu modo, avistou Valéria ali próximo, sorriu em cumprimento.
-- Arrasaaaa gatinha! -- Natelly gritou, e Agatha riu a vendo logo atrás de Amanda.
-- É pra filmar tudo, filha. -- Amanda lembrou Natelly. -- Eu não vou conseguir fazer isso. -- Confessou e ambas riram.
-- Já estou gravando. -- A jovem sorriu realmente filmando.
E a largada foi dada... Amanda então voltou sua atenção somente para Agatha.
-- Vai lá meu amor. -- Amanda gritou batendo palmas, sorriu em empolgação, as crianças tinham que ir até o outro lado e voltar.
“Agatha virou em primeiro...” -- Alguém disse ao microfone.
-- Uhhuuuuu. -- Amanda gritou em comemoração, não ouvia mais nada a sua volta, foi mais para borda e bateu palmas. -- Nada pra mamãe filha. -- Gritou em incentivo. -- Wouuu, rápido amor. -- Sorria vendo ela se aproximar, estava na frente. Amanda sabia que ela ganharia, pulou, gritou, bateu palmas, praticamente estava fora de si em felicidade.
“E quem vence e Agatha Christine, em segundo...”
-- Wuuooouuu! -- Vez foi Natelly em gritou em comemoração deixando o celular de lado e indo até a irmã. -- Você arrasou, gatinha! Ganhou! -- Avisou.
-- Eu ganhei!? -- Agatha proferiu em um sorriso ainda de dentro da piscina.
-- Sim, meu amor. -- Amanda afirmou a ajudando sair da água enquanto também sorria nitidamente orgulhosa.
-- Eu ganhei. -- Agatha gritou eufórica. -- Viu mãe? Eu nadei e ganhei! -- Agatha avisou a olhando com um sorriso plenamente feliz. -- Viu? -- Ela insistia na pergunta. Mas Amanda não conseguia responder, pois a palavra "Mãe" ecoava nítida em sua cabeça, sorriu sentindo seu coração bater mais forte do que nunca e completamente feliz, era a primeira vez que Agatha a chama de mãe, levou sua mão até a boca ainda em surpresa e emoção, fora inevitável conter as lágrimas que inundavam seus olhos brilhantes de alegria, então as deixou cair, lágrimas de felicidade.
-- Eu vi sim, filha. -- Amanda afirmou rindo e chorando. -- A mamãe viu tudo e estou orgulhosa. -- Ajoelhou-se e a puxou para um abraço carinhoso enquanto a beijava no rosto e pescoço, Agatha ria. -- Muito orgulhosa e feliz. -- Sorria. -- Muito, muito...
-- Te molhei toda. -- Agatha falou ainda no abraço.
-- Não me importo. -- Amanda a sacudia em seus braços. -- Estou muito feliz. -- Avisou a olhando sorrindo. -- Você notou que me chamou de mãe? -- Questionou fazendo um carinho nela.
-- Foi? -- Agatha sorriu surpresa.
-- Foi. -- Amanda sorriu em compreensão, o calor do momento a fez lhe chamar de mãe, mas estava feliz, pois notara a espontaneidade e a sinceridade naquele ato.
-- Não lembro. -- Agatha confessou. -- Mas eu quero te chamar de mãe. -- Falou em um sorriso sincero.
-- Tudo bem, pode me chamar de mãe quando quiser, vou amar. -- Amanda sorriu. -- Pode me chamar de Amanda também, me chame como quiser, está bem? -- Avisou e sorriu.
-- Tá bom. -- A pequena sorriu entendendo.
-- Vem cá. -- Amanda a abraçou mais uma vez. -- Minha filha linda, te amo. -- Falou e a beijou no rosto. -- Ai, nunca vou esquecer esse dia. -- Afirmou e a soltou.
-- Eu ganhei! -- Agatha gritou pulando na piscina.
-- Meu Deus! -- Amanda riu levantando rápido para não molhar-se ainda mais.
-- Ela tem que sair da piscina. -- Igor avisou.
-- Desculpa. -- Amanda pediu. -- Filha, você tem que sair.
-- Vem nadadora. -- O professor a resgatou da água.
-- Eu ganhei tio Igor.
-- Eu vi e estou baita orgulhoso. -- Ele sorriu. -- Agora essa campeã, precisa ficar com a mamãe e sair daqui. -- Ele avisou calmo e fitou Amanda. -- Agora ela está bem mais confiante. -- Observou e Amanda riu concordando. -- Te vejo depois campeã. -- Disse e voltou para onde estava na organização.
-- Vem amor. -- Amanda a chamou e saíram dali, estava com a blusa e parte da calça molhada, mas não se importava.
-- Val você viu? Eu ganhei. -- A pequena questionou risonha.
-- Ah claro que vi. -- A segurança avisou também em um sorriso. -- Bate. -- Disse mostrando o punho fechado. -- Aê. -- Falou após ela fazer o que pediu.
-- Posso me trocar, Amanda?
-- Pode, vamos lá. -- Sorriu a acompanhando.
Agatha se trocou rapidamente, e a pedido dela elas foram para a lanchonete. Amanda teve que insistir para que Valéria sentasse com elas à mesa e mais ainda para fazê-la tomar ao menos um suco, a mulher ainda era deveras profissional, o que de verdade a agradava bastante. Como a premiação era apenas ao final de todas as competições, elas tiveram que esperar um tempinho. Todas as crianças que competiram, subiram a um único e grande pódio e ganharam suas medalhas, no entanto, somente os três primeiros lugares tinham isso descrito na medalha que recebiam. E na de Agatha, estava em destaque o seu merecido primeiro lugar, o que deixava Amanda super orgulhosa, mas nada superaria ser chamada de mãe pela sua pequena.
-- Éhhh campeãaaa. -- Elas gritavam animadas dentro do carro, até Valéria gritava algumas vezes.
-- Oi meu amor? -- Amanda atendeu o celular rindo.
-- Que animação boa. -- Samantha disse ao ouvir tudo através do celular.
-- Desculpa, não ouvi. -- Amanda teve que falar mais alto. -- Meus amores parem um instante é a Sam. -- Pediu sorrindo. -- O que disse?
-- Que estavam em uma animação boa. -- A voz da médica soou sorrindo.
-- Sim amor. -- Amanda confessou.
-- Manhê eu ganhei e tenho uma medalha. -- Agatha gritou, estava ao lado de Amanda no banco de trás.
-- Ouviu? -- Amanda perguntou rindo.
-- Alto e claro. -- A morena advertiu rindo, já estava sabendo sobre a conquista da filha, estava orgulhosa e muito feliz. -- Liguei para saber se já estão vindo.
-- Já amor, estamos pertinho já. -- Amanda avisou. -- Demorou pra terminar, mas já estamos chegando.
-- Ótimo, estou à espera. -- A morena sorriu. -- Te amo.
-- E eu amo você. -- Amanda sorriu e desligou.
E como havia afirmado à noiva, em poucos minutos elas já estavam em casa.
-- Mãeee. -- Agatha correu para onde Samantha que, levantou do sofá a recebendo com um abraço apertado a erguendo do chão.
-- Oi. -- Amanda se aproximou da namorada e lhe beijou os lábios.
-- Oi querida. -- Samantha disse para Natelly que, sorriu de volta e voltou a atenção ao celular se jogando no sofá.
-- Olha mãe. -- Agatha disse mostrando o objeto em seu pescoço, ainda estava no colo da mãe.
-- Primeiro lugar. -- Samantha observou com alegria, não só pelo objeto, sua alegria maior era a felicidade da filha. -- Linda filha, meus parabéns. -- A beijou com eterno amor. Amanda e Natelly sorriam com a cena.
-- Gostou? -- Agatha questionou curiosa.
-- Eu amei meu amor. -- Samantha confessou e a pois no chão. -- Me desculpa por não ter te visto ganhar. -- Samantha pediu com sinceridade enquanto olhava a filha agora sentada a seu lado. -- A mamãe queria muito ter ido, mas não pude, tive uma emergência no hospital. -- Explicou.
-- A senhora vai se eu for nadar de novo? -- Foi o questionamento da menina.
-- Prometo. -- Samantha sorriu em sinceridade.
-- Tá bom então. -- A menina sorriu, para ela estava tudo certo. Samantha a abraçou e a beijou mais uma vez e ambas sorriram felizes.
-- Te amo minha pequena. -- A morena declarou e sorriu alcançando o olhar de Amanda sobre elas. -- Estão com fome?
-- Muiiita fome. -- Agatha foi a primeira a confessar.
-- Ótimo. -- Samantha proferiu animada. -- Porque a meu pedido a Cida fez algo especial para comermos e comemorarmos. -- Confessou sorrindo.
-- Ebaaa. -- Comemorou e engatou em um bocejo, estava cansada.
-- Muita fome e parece que muito sono. -- Amanda observou.
-- Humhum. -- Agatha proferiu negando em um aceno de cabeça.
-- Tá sim. -- Samantha riu.
-- Mas quero comer a comida especial. -- Avisou.
-- Sendo assim, corre e tome um banho rapidão e vem comer. -- Samantha avisou.
-- Tá. -- Agatha concordou e saiu apressada deixando suas mães a olhando sorrindo.
-- Posso ir logo também? -- Natelly indagou chamando atenção delas para si.
-- Vai amor, só não demora. -- Amanda pediu.
-- Pode deixar. -- A jovem subiu as deixando sozinhas.
-- Vem cá. -- Samantha chamou a noiva para perto de si e a beijou levemente os lábios. -- Qual a novidade que tem pra me contar? -- Perguntou curiosa admirando os olhos cor de mel.
Amanda sorriu lembrando do que se tratava, narrou para a namorada praticamente tudo da tarde delas três, inclusive que tinha uma novidade, mas se recusou a contar por mensagem.
-- Agatha me chamou de mãe pela primeira vez. -- Confessou em felicidade. Samantha entreabriu levemente a boca ficando sem palavras por alguns instantes, sorriu. -- O que acha? -- Amanda perguntou mediante o silêncio da outra.
-- O que eu acho? -- Samantha repetiu a pergunta. -- Maravilhoso, fantástico... isso é o que eu acho. -- A médica falou sorrindo em sinceridade, sabia o quão aquilo estava sendo importante para Amanda, era um passo enorme na relação entre ela e Agatha e todas ali só tinham a ganhar com aquele amor e carinho sincero as envolvendo, fato disso era a demonstração de Agatha naquela tarde. -- E como foi? -- Quis saber.
-- Ah, eu estava na beira da piscina gritando como uma louca, você viu. -- Amanda riu, havia enviado o vídeo para a noiva. -- Quase que o vídeo pega o momento, mas a Naty encerrou antes. -- Lembrou. -- Quando ela falou "Viu mãe?" Ah... -- Amanda sorriu emocionada. -- Meu coração disparou tão forte, sabe? -- Olhava uma Samantha sorridente de alegria. -- Então eu a abracei sorrindo e chorando.
-- Isso eu vi nas fotos. -- Samantha observou. -- Pensei que era pela vitória emocionante. -- Riu.
-- Eu chorava por isso também, a felicidade dela quando ganhou foi linda de ver. Mas... ouvir um “mãe” dela, foi tão... é inexplicável, amor... -- Amanda confessou em um sorriso deixando uma lágrima feliz escapulir. -- Foi tão bom. -- Completou e Samantha sorriu a puxando para um beijo e em seguida um abraço terno, também estava feliz. -- Quero ela me chamando de mãe sempre que quiser.
-- Ela vai meu amor. -- Samantha as separou e sorriu lhe fazendo um carinho e limpando a lágrima solitária. -- Te amo.
Amanda sorriu levando sua mão e acariciando a de Samantha em seu rosto. -- Eu te amo muito mais.
-- Eu que te amo muito, muito mais. -- Samantha avisou sorrindo e a beijou, dessa vez o beijo foi mais intenso e cheio de saudade, as bocas se buscavam em uma caricia quente de paixão, felicidade, amor...
* * * *
Alexsandra sorriu encostando o ombro na pilastra da entrada de acesso à cozinha, a visão que tinha era inesperada e muito sedutora. Laila estava em pé em frente ao fogão e entretida mexia uma colher dentro da panela ao fogo, balbuciava uma música que não soube identificar, no entanto, não foi isto que, lhe despertou tanta atenção e sim o fato de como ela estava vestida fazendo aquilo. Laila usava uma regata folgada na parte superior e na parte de baixo, apenas uma calcinha de cor bege desenhava sua bunda sensual e extremamente sexy aos olhos da mastologista que, mordeu o lábio inferior mediante a cena. Laila ainda não havia notado sua presença ali, de repente, viu que ela se afastou um pouco e curvou o tronco abrindo o forno o ato poderia ser simples, se não fosse pela bunda dela mais exposta ainda aos olhos desejosos da morena ali próximo. Alexsandra pendeu a cabeça acompanhando cada movimento, encarava o traseiro da namorada em transe, seria mentira negar que a cena estava a excitando, tanto que, sua vontade era de espalmar sua mão em uma tapa naquela região redonda e macia, sua mente viajava sem pudor algum.
-- Chegou amor... -- Laila disse a notando ali.
-- Não se mexa! -- Alexsandra gritou estendendo ambas as mãos à frente em sinal de pare ao ver que a namorada sairia daquela posição.
-- Aiii! -- Laila deu um grito fino e contrariando a outra, correu se jogando em um só pulo contra o corpo de Alexsandra. Esta, que não estava nem um pouco preparada para aquele movimento, se viu com o corpo menor escalando o seu enquanto gritava "O que foi?" sem parar. Alexsandra tentou se equilibrar e segurar no mesmo lugar onde estava encostada, mas foi impossível devido a euforia de Laila em seu colo, e ambas foram ao chão, com Laila ficando por cima dela.
-- Meu Deus! -- Laila proferiu, agora assustada com a queda. -- Machucou? -- Perguntou pegando no rosto de Alexsandra de forma preocupada, ela havia feito uma careta e ainda estava de olhos fechados. -- Amor, me perdoa, eu...
Laila teve suas palavras interrompidas com a gargalhada da mulher embaixo de si, não entendeu absolutamente nada, mas pelo visto Alexsandra estava bem, ou bêbada? Pensou sem acreditar naquele último pensamento, e ainda sem conseguir ver motivos para aquela risada toda, saiu de cima dela se pondo de pé a seu lado.
-- Me dá... -- Alexsandra tentou falar, porém ria sem parar, mostrou apenas o dedo indicador pedindo alguns instantes à Laila que a observava ali no chão. -- Você... escalou... -- Gargalhou novamente tentando se levantar. -- Mais um pouco, você montava no meu ombro. -- As palavras saíram em um espremido apressado, e Alexsandra deixava o corpo cair novamente rindo. Laila até tentou não rir da cena, mas não conseguiu, sabia que a morena estava sendo sincera naquele ato inesperado... Alexsandra riu por mais alguns instantes e após respirar fundo algumas vezes, ela conseguiu se levantar, mas foi só olhar para Laila e repassar a cena em sua mente que a vontade de rir voltou, riu, mas um pouco mais contida dessa vez.
-- Para Alê. -- Laila disse rindo. -- Por que está rindo desse jeito? -- Indagou.
-- De você. -- Avisou a encarando rindo. -- Eu falei pra ficar quieta e você vem com tudo pra cima de mim? -- Lembrou.
-- A culpa foi sua. -- Laila declarou apontando-a o dedo indicador.
-- Minha? -- Alexsandra questionou. -- Por quê? -- Queria saber.
-- Ah Alê. Você estava quietinha num lugar e de repente grita veemente pra eu não me mexer, do nada. -- Narrou gesticulando os braços. -- Eu que não ia ficar esperando a desgraça ali parada. -- Lembrou sincera cruzando os braços e Alexsandra riu com a observação dela.
-- Não tinha nada, era só pra você ficar para. -- Informou. -- O que achava que era? -- Indagou curiosa.
-- Um bicho perigoso!? Eu sei lá. -- Laila abriu os braços em confissão.
-- Uma barata voadora. -- Alexsandra provocou.
-- Para Alê, ainda não vi graça. -- Avisou. -- Não pensei, só fiquei assustada. -- Confessou para a risonha namorada na sua frente.
-- Tudo bem. -- A mastologista se aproximou a tocando no rosto, sorriu. -- Me desculpa, não quis te assustar. -- Declarou sincera e após um selinho carinhoso a abraçou, notando assim, que, ela estava sem a peça íntima por baixo da blusa, lembrando também que, a namorada ainda estava só de calcinha, sorriu sentindo o prazer terno daquele abraço começar a se transformar em excitação.
-- Amor?
-- Humm. -- Alexsandra proferiu sem desfazer o abraço.
-- Preciso me vestir. -- Laila finalmente lembrara de como estava, agora tudo fazia sentido, pensou ao ligar os fatos e isso a deixou um tanto acanhada.
Alexsandra sorriu e as separou para olhá-la. -- Por quê? -- Indagou. -- Você está muito bem assim. -- Confessou em um sorriso genuíno e Laila sorriu numa confusão de tranquilidade e atrapalhação.
-- Ainda tem vergonha de mim? De ficar assim na minha presença? -- Alexsandra a olhava em curiosidade.
-- Não. -- Negou de pronto, pois era a verdade. -- Não é isso, Alê. -- Falou e levou a mão aos cabelos procurando uma explicação adequada, fazendo assim a blusa levantar e mostrar um pouco de seu abdômen, ato completamente percebido por Alexsandra. -- É que... -- Laila disse a olhando. -- Tá vendo!? -- Disse em tom altivo que, Alexsandra se assustou passando olha-la mais em cima, no rosto. -- Você fica me olhando de... um jeito, sua expressão muda, fica... -- Procurava palavras. -- Fica com um... entusiasmo, seus olhos ficam em negros mais brilhantes, você sorrir de canto e vem andando pro meu lado como se tivesse em câmera lenta... -- Narrava como se estivesse se libertando de um segredo.
Alexsandra estava surpresa com a revelação, sabia do que se tratava, aquilo acontecia quando a olhava com excitação, tesão, prazer, mas não sabia que Laila lhe conhecia tão bem a ponto de narrar com clareza tal fato.
-- Você não gosta? -- Perguntou ambígua.
-- Não. -- Laila negou deixando Alexsandra sem palavras. -- Eu gosto! -- Resolveu ser mais clara, no entanto, fez confusão.
-- Gosta ou não gosta? -- Alexsandra riu, sabia que a namorava ficava meio nervosa quanto o assunto era daquele teor.
-- Eu amo! -- Laila confessou com sinceridade encarando os olhos negros da namorada que, sorriu em contentamento. -- Eu simplesmente adoro quando você me olha dessa forma. -- Completou branda. -- Só que ainda não sei como agir direito, sei lá... -- Deu uma pausa organizando os pensamentos. -- Às vezes não sei quando ou como te deixo dessa forma...
-- Excitada?
-- É. -- Laila sorriu concordando. -- Quando noto você já está com a mesma expressão no olhar, eu gosto, gosto muito, mas na maioria das vezes nem imagino o que foi que eu fiz para te deixar excitada ou coisa assim. -- Confessou. -- Pra mim, quase sempre estou agindo normalmente, sempre careta, não sei. -- Riu.
Alexsandra sorriu a compreendendo perfeitamente, Laila era linda e como se não bastasse isso, ela tinha uma delicadeza, uma determinação altiva, dentre tantas outras coisas e a sensualidade simples e natural dela encantava a morena mais alta de forma arrebatadora nos mais inesperados momentos e ações.
-- Isso que me irrita, não saber me comportar mediante os desejos que desperto em você meio que sem querer, sem saber que provoquei, entende? -- Laila completou.
-- Vem cá. -- Alexsandra lhe rodeou ambos os braços na cintura. -- Não precisa se irritar, amor. -- Avisou calma. -- Eu amo esse seu jeito, ele me encanta, me excita, me enche de prazer. -- Afirmou e sorriu arrancando outro de Laila. -- Apenas seja, você, porque foi por você que me apaixonei, assim, dessa forma, sem mas. -- Declarou para um sorriso encantador de Laila que, foi beijada com paixão.
-- A lasanha! -- Laila desfez o contato delas e correu para o fogão.
-- Ótimo, trocada por uma lasanha. -- Alexsandra enunciou contrariada.
-- Foi nada, amor. -- Laila avisou rindo do drama da outra.
-- Não? Então como que se explica, o fato de que, essas mãozinhas ai, estão acariciando essa bandeja e não o meu corpinho sexy? -- Questionou e Laila riu alto enquanto retirava a bandeja do forno.
-- O fato de que você trabalhou demais hoje e está faminta que eu sei. -- Esclareceu pondo a bandeja sobre a bancada e Alexsandra teve que concordar. -- E isso é a única comida que temos. -- Laila apontou a lasanha à frente delas.
-- Eu discordo... -- Alexsandra observou a olhando com aquele sorriso.
-- Alê! -- Laila entendeu perfeitamente a observação da namorada. -- Desse tipo de comida aqui, só tem essa. -- Advertiu rindo.
-- Humm, pelo cheiro está ótima. -- Proferiu ao sentir o cheiro da mesma. -- Então vamos comer isso que quero logo a sobremesa. -- Avisou descarada.
-- Ótimo, fiz brigadeiro de panela. -- Anunciou sem desviar o olhar, entendera perfeitamente a alusão da namorada.
-- Não era a essa sobremesa que eu me referia. -- Alexsandra avisou debruçando mais sobre a bancada deixando seu rosto próximo ao de Laila, esta, riu, adorava aquele lado insinuante de Alexsandra.
* * * *
-- Eu fiz a inseminação artificial, no nosso caso vai ser a in vitro, um pouquinho mais complexa. -- Samanta respondia a mais um questionamento da namorada que, a escutava atenta. -- Nós duas vamos passar pelos mesmos procedimentos, com exceção, da gravidez, que será com você. -- Esclareceu. -- Mais alguma dúvida senhorita Franco do Vale? -- Samantha olhava a mulher a sua frente de forma bastante carinhosa. Amanda sorriu com a forma do questionamento. -- Por enquanto. -- A médica se referia ao sobrenome da noiva. Sorriram em cumplicidade, elas estavam a mais de uma hora em uma conversa esclarecedora e organizadora sobre como seria a gravidez delas.
-- Acho que não. -- Disse após pensar um pouco. -- Talvez amanhã tenha outros montes. -- Confessou rindo. -- Ou durante a vida toda. Como cuidar? Educar? Como não errar? -- Lembrou e Samantha sorriu em entendimento.
-- Você saberá muito bem meu amor, tenho certeza. -- A morena observou com sinceridade.
-- Nós saberemos. -- A Advogada corrigiu.
-- Sim... Você é tão linda. -- Samantha falou fazendo um doce carinho no rosto de Amanda, esta, sorriu apaixonada e a trouxe para mais um beijo calmo e sedutor. Estavam sentadas no chão ao lado da cama, uma de frente para a outra, as pernas de Amanda entrelaçadas ao corpo moreno e vice-versa, isso demonstrava a proximidade delas enquanto namoravam e conversavam, acompanhadas de um bom vinho.
-- Como era as características do doador quando você engravidou da Agatha? -- Amanda questionou curiosa. Afastou-se um pouco, pegou a taça a seu lado e levou-a a boca, pensando que ainda não conhecia aquele fato sobre a morena.
Samantha sorriu deixando sua mão esquerda passear sobre a perna a seu lado. Adorava tocar a pele macia de sua noiva, e no momento a tinha praticamente toda exposta, ambas estavam apenas de peças íntimas.
-- Da primeira vez eu escolhi meio que aleatório, olhos azuis, altura mediana, pardo, cabelos castanhos eu acho. -- Deu de ombros sem certeza e sorriu sendo acompanhada por Amanda. -- A segunda... -- Disse pegando sua taça e após solver um pouco do líquido, continuou. -- Eu escolhi um com as mesmas características que eu. -- Confessou. -- Já que eu iria ter um filho ou filha digamos que, sozinha, então que ela, pois foi menina, parecesse comigo né? -- Confessou.
-- Achei muito justo! -- Amanda declarou batendo sua taça na de Samantha e em um sorriso encantado levou a sua até a boca solvendo o restante do líquido tinto enquanto mantinha os olhos fixos nos da noiva.
Samantha a acompanhou com plena atenção, Amanda sabia ser provocante ao extremo quando queria, da forma que queria, e fazia isso com facilidade, utilizando-se das coisas mais simples, adorava, e, não escondia isso da outra. Sorriu aceitando a provocação, e em retribuição deixou sua mão seguir em caricia desde o pé, até alcançar o bumbum dela, observou-a acompanhar todo o percurso e levantar o olhar sorrindo, Samantha sorriu de volta, em seguida levou a mão para a parte interna da coxa, cravou as unhas levemente bem na beira de onde o tecido da calcinha cobria, e se deliciou quando Amanda mordeu o lábio liberando um tímido gemido, trouxe a mão naquele mesmo toque para o pé dela novamente.
-- Uii. Golpe baixo. -- Amanda declarou em um sorriso libidinoso.
-- Você sabe me provocar muito bem. -- A médica confessou a fitando.
-- Ah é? -- Amanda indagou e em instantes pegou a garrafa de vinho e meou sua taça, a seguir, fez o mesmo com a de Samantha que, atenta, ergueu a sua para ela servi-la. -- Conte-me mais sobre isso. -- Amanda pediu deixando seu corpo pender para trás, ficando apoiado sobre a mão esquerda enquanto que, com a direita, ela levava a taça a boca mantendo sempre os olhos fixos na noiva.
-- Hoje pela manhã, por exemplo. -- A morena confessou para logo molhar a boca com o vinho saboroso.
-- Humm. -- Amanda sorriu lembrando daquele momento. -- Confesso que eu perdi o controle da situação. -- Revelou risonha encarando a namorada.
-- Não gosta de perder o controle nesses momentos? -- Samantha indagou interessada, estava encostada na cama, mantendo sua mão sempre passeando em carinhos na perna da outra.
-- Depende.
-- De?
-- Eu adoro quando você perde o controle e me faz perdê-lo também. -- Sorriu ao confessar. -- É muito excitante. -- Acrescentou insinuante e Samantha sorriu em agrado.
-- Eu não me controlo quando você me provoca e nem tento. -- Declarou sincera. -- Qual a outra versão do depende? -- Bebeu mais um pouco do líquido a olhando curiosa.
Amanda ficou a observá-la por alguns instantes, enquanto pensava na pergunta, sorriu erguendo seu corpo ficando mais próximo de Samantha. Esta, a seguiu com o olhar paciente.
-- Eu gostaria de saber me controlar até o limite, para dá muito, muito prazer à você. -- Amanda articulou aquelas palavras bem próximo a boca da morena à medida que, mergulhava seu olhar no mar negro de surpresa e encantamento de Samantha, esta, sentia nos lábios o sabor quente das palavras da outra.
-- Acredite você faz isso. -- Samantha disse e tentou capturar a boca dela.
-- Não, ainda não o suficiente. -- Ela avisou se afastando rapidamente e deixando Samantha no vácuo.
Samantha sorriu olhando a bela mulher a sua frente, ao contrário do que ela próprio, deduziria, aquilo não a irritava, pelo contrário, os jogos de sedução de Amanda a instigava, excitava, e quando a outra fazia aquilo nunca sabia qual era o próximo passo, Amanda sempre a teria da forma que quisesse, e ela? Ela se entregaria de olhos fechados.
Fim do capítulo
Olá corações.
Mais um capítulo fora dos padrões de mil novecentos e antigamente kkkk, Mas, feito, como sempre, com muito carinho e dedicação e espero com todas as minhas forças, que tenham gostado.
Falando um pouco sobre a Caroline, nossa personagem “loira oxigenada”, teve comentários bastantes confiantes na torcida de que a mulher de “cabelo sapecado com ferro de passar” kkkk, continuando, esses comentários estavam na torcida de que elas se reencontrariam do dito cujo do Show que a Carol iria trabalhar. Sorry meu amores, mas seguindo a linha cronológica da história isso não seria/será possível, pois como consta lá no capítulo 60, o dia já amanheceu, ou seja, é quarta-feira, manhã quente para Sam e Amanda na porta da sala. Então, escrever meio que fazendo o retorno no tempo, a meu ver, não ficaria muito legal. Porém, fiquem despreocupadas que A mulher, até então sem nome aparecerá sim, mas em um outro momento, digamos que seguindo o plano “deusinha aqui”. Kkkk Reforçando, elas se encontrarão logo, prometo, inclusive já escrevi o próximo encontro delas. Uhuuu. Era isso, achei que deveria me explicar.
Lindas, eu quero de coração agradecer e todas vocês que me acompanham desde o início, sei que venho a anos escrevendo essa história, e a demora acaba fazendo muitas desistirem, e sinto por isso. No entanto, sei que tem muitas leitoras que estão aqui comigo firme e forte, e sou muito, muito grata mesmo a todas vocês. Agradeço por todo carinho e atenção desde quem fica na moita a àquela que fielmente comenta sobre tudo em todos os lugares, muito obrigada mesmo, fico feliz por isso e saibam que continuarei escrevendo e vou até o fim. Obrigadão!!!
Grande Beijo a todas!
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Andreia
Em: 16/11/2020
Enny está parte o de a Agatha chama a Amanda de mãe eu acho que não tem preço ficou muito lindo está parte ela depois contando para doutora foi muito legal.
Alex e Laila forma uma casal muito lindo, diverti e RI da conversa das duas sobre uma provocar outra deixar excitada e Alex muito carinhosa e atenciosa com ela a m falar no amor q Alex tem pela Laila né se cada casal no mundo todo tivesse pelo menos 1%de amor, carinho, respeito, companherismo,amizade, diálogo e mais tudo que VC passa através dos casais o mundo as família o universo seria muito melhor p viver.
Bjsssssss.
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luaone
Em: 05/04/2018
CComo sempre a forma de escrever foi encantadors... um momento fofinho pra quebrar e ao mesmo tempo aumentar a ansiedade...
Bom, a Eloá será diba de casa? A Samantha sempre foi boa mãe e agora tá deixando tudo nas mãos da Eloá... acho errado isso... enfim..
Chega da Samantha chamá-la por Amanda... a Agatha tudo bem que é uma criança, mas até els já mudará para "mamãe" e a Sam continua com isso? Acho que já deu né?! (Aproveitei a onda do comentário da Amanda AA e me empolguei)
Já dá pra casá-las autora??? Sem enrolação no próximo...
Kkkkkkkkk
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Quanto a mim, sempre estarei torcendo para que o teu sucesso seja muito, mas muito brilhante!
Amei o capítulo! Vc continua sendo D+ na continuação do raciocínio da história, que mesmo que demore um pouco pra postar nao perco o foco do capítulo anterior. Parabéns!
¡Besitos!
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Mille
Em: 04/04/2018
Olá Enny
Ágatha emocionando Amanda e todas as leitoras.
Ale é uma graça sempre deixando a Laila envergonhada.
Logo a família aumenta mais sabe que estou com medo está tudo tao calmo e maravilhoso logo fico preocupada com os silêncios do inimigos.
Bjus e até o próximo capítulo
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