Carol
Letícia me olhou como se não acredita-se no que acabara de ouvir, meu pai sorriu disse que daqui a alguns dias dará uma festa pra todos desta cidade nunca mais esquecerem.
Depois desse convite nada amistoso foram embora com a Sonia empurrando o velho nojento e assassino na cadeira de rodas.
Sente-me no sofá pra relaxar um pouco enquanto Letícia ainda estava de pé e me encarava.
-O que foi tudo isso ?
-Atitude meu amor.
-Atitude serio Isa ? Você ao menos me consultou.
Levantei-me tentando amassar a leoa que estava processa em minha sala, me aproximando ainda mais do seu corpo moreno.
-Não fique assim faço isso pelo nosso bem.
-Sei nosso bem.
Toquei em seu rosto fazendo um leve carinho, aos poucos aquela Letícia doce e simples com quem me casei foi retornando.
-Daqui a pouco seremos rivais nas urnas tenho que saber com quem estou lidando.
Ela sorriu - Acho bom mesmo que seja só isso.
-Olha tenho uma esposa ciumenta.
Ela me deu uns tapinhas no ombro enquanto ainda permanecia com minhas mãos agora em sua cintura.
-Tem mais que isso.
Fomos caminhar um pouco ver como estava tudo sem nossa ausência, quase tudo estava em seu devido lugar alguém tinha invadido minhas terras .
-RÔMULO!!
Meu empregado veio correndo até onde estávamos, se aproximou ofegante.
- Sim senhora.
-Essa cerca não estava assim, quem entrou aqui ?
-Calma querida.
-Como calma alguém entrou em minhas terras pra me ferrarem é questão de tempo. Diga logo!
Isa pressionava o homem que aparentava não saber de nada, isso a deixou mais nervosa ainda.
-Reúna os empregados AGORA!
-Sim senhora.
Ela se aproximou da cerca com as estacas de madeira olhando a fazendo ao longe.
-Me desculpa não devia ter gritado com você.
-Estar tudo bem, isso e o de menos.
Ela negou tudo àquilo com a cabeça seus olhos estavam fixos na fazenda da Sonia.
-Preciso ganhar.
-Você vai ganhar, confia em mim.
A abracei por trás dando-lhe conforto e segurança seus ombros estavam tensos, sabia que nada ficaria bem depois que nós duas voltássemos.
-Acho que o Rômulo já teve tempo pra reuni-los, vem vamos.
Peguei em sua mão e fomos caminhando ao longe os empregados estavam reunidos, ao nos vermos se levantaram.
-Não quero rodeios, quem invadiu minhas terras enquanto estava fora ?
Os homens se olhavam um pro outro e o silencio tomou conta do ambiente.
-Estão querendo perder o emprego de VOCÊS! QUEM ENTROU EM MINHAS TERRAS!
Uma mão foi erguida Isa deu atenção pro senhor que trabalha pra família a alguns anos, mas agora fica na área das plantações de alface.
-Algumas semanas atrás homens estavam rondando a fazenda ,eram os mesmos que trabalhavam aqui.
Letícia me olhou conhecia aquele olhar eram os mesmos homens que se demitiram quando cheguei.
-É nenhum de vocês os viram entrando?
-Não senhora.
Bastou isso pra acabar de vez com sua sanidade.
-Não acredito bando de INCOMPETENTES!
-Isa por favor.
-VOCÊS ESTAO CEGOS SURDOS E MUDOS, COMO POSSO COMPETIR COM AQUELA MULHER SE NEM MEUS PROPRIOS EMPREGADOS SABEM COMO VIGIAR E CUIDAR DAS COISAS QUANDO ESTOU FORA, DAQUI A POUCO VOU CONTRATAR HOMENS COM ARMAS PRA CUIDAR DO QUE É MEU.
Todos ficaram apreensivos de perderem seu único emprego a crise atual tinha afetado quase tudo, até mesmo em algumas fazendas vizinhas.
-Isa por favor.
-Estão DEMITIDOS!
E saiu voltando pra casa deixando-os abalados e tristes, a segui ao entrar em casa a encontrei na cozinha bebendo água.
-Não pode fazer isso.
-Posso sim tanto que fiz!
-Eles precisam do trabalho, são pessoas que dependem desse dinheiro.
-Eu preciso de segurança Letícia, a mesma segurança que possuo ao seu lado.
Falava de costas pra mim a abracei por trás
- É eles precisam de uma segunda chance como te dei lembra ?
Como poderia esquecer foi logo depois daquela noite suspirei não sou mulher de voltar atrás.
-Se estar querendo atenção agora terá.
-Como assim ?
A olhei confusa terminou de beber sua água me olhou.
-Essa fazenda é sua agora caso queira que eles fiquem pode contratá-los, obedeceram apenas a você.
A abracei forte enchendo-a de beijos no rosto.
-Obrigada meu amor, muito obrigada.
-Não precisa agradecer minha linda, ser minha esposa não te torna minha submissa, apenas dona de tudo que é meu.
-Mas contratarei alguns empregados.
E assim o papo se encerrou Letícia foi dar à boa noticia pros empregados e eu fui dar uma volta pra pensar um pouco.
No dia Seguinte.
-Não acredito que ela aceitou assim tão fácil ?
-Sim Rubens ela aceitou.
Tomávamos café enquanto Álvaro inspecionava a sua maneira os empregados contratados da empreiteira.
-As obras começaram finalmente.
-É começaram.
- O que foi saber que a Isabela estar casada te afetou tanto assim ?
-Por favor Rubens não me lembre disso, AH que ódio que possuo por essa caipira dos infernos.
-Pensei que fosse dar o troco.
-Falar a verdade pra Isa sobre meus sentimentos não ajuda então vou inverter o jogo.
Um empregado trouxe Álvaro de volta sua perna não estava lá das melhores o tiro foi profundo, mas não quis se ausentar de sua fazenda por muito tempo.
-Estava vendo como vai ficar já pronta vamos lucrar bastante.
O idiota estava feliz era bom ele pensar assim, terminei o café enquanto ele tentava chegar perto de mim.
A essa altura não agüenta nem se quer um olhar seu ainda mais um contato físico, demos um selinho e logo me levantei alegando que tinha que ir a cidade.
-Ultimamente você anda saindo muito.
-Negócios querido negócios, ainda mais não vou sozinha Rubens vai comigo.
Ele se levantou passando por Álvaro tocando em seus ombros como se fossem velhos amigos.
-Dirija.
-Pode deixar.
Ao chegarmos a cidade pedi que ele fosse comigo pra rodoviária estranhou e assim fomos.
-Pelo que sei não possui parente.
-Não, mas espero por uma pessoa.
O ônibus chegou algumas pessoas desceram se encontrando com seus familiares, Rubens estava inquieto.
-Ela estar descendo.
Ao descer me aproximei a me ver veio me abraçando forte.
-Como estar Sonia ?
-Melhor agora que você chegou.
Ao nos afastarmos a apresentei ao meu amigo que não estava entendo nada.
-Rubens essa é Carol a nova enfermeira do Álvaro.
Fim do capítulo
Essa semana sairá o capitulo da festa, espero que estejam gostando :)
Comentar este capítulo:
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]