Não acreditei no que estava vendo, a aliança simples cabia perfeitamente naquele dedo fino e delicado.

 

-Eu sei o que você pretende com isso.

 

Olhei em seus olhos e ficamos nos desafiando Isa não estava nem aí pro que fosse acontecer, mas sabia muito bem como amansar a fera.

 

-É o que seria ?

 

-Estar querendo-me ver perder a cabeça,  ou ouvir minhas famosas frases de por favor fica comigo, mas isso não irar rolar.

 

Isa suspirou pesadamente olhou no relógio nossa conversa estava cansando-a.

 

 

-Sonia me diga o que quer minha esposa me espera.

 

Caminhei lentamente a onde ela estava seus cheiro mexia comigo alguns botões de sua camisa estavam abertas, mais o ódio que estava sentindo da Letícia nesse momento não iria por meus planos a perder.

 

-Fui muito boa pra você até esse momento Isabela, mas vou continuar com a minha vingança.

 

-Eu sei respondeu.

 

-Mas tome cuidado pra não receber as faíscas que ainda estão por vim.

 

-Isso é uma ameaça.

Estávamos tão próximas minha vontade era de beijá-la ali mesmo e levá-la pra longe deste lugar, mas tudo estava tão enraizado naquelas terras.

 

-Entenda como quiser.

 

-Ótimo.

 

 

Retirou-se me deixando sozinha ao vê-la ao longe fez minha ira aumentar mais ainda.

 

 

-Se for pra fazer, que faça direito.

 

 

Voltei pra fazenda encontrando meu amigo bebendo um pouco pra distrair peguei a garrafa de rum e enchi o copo.

 

-Vai com calma aí.

 

-Não enche preciso pelo menos disso.

 

Sentei-me ainda não acreditando no que tinha visto e ouvindo, desgraçada consegui o que queria.

 

-Posso saber o que houve pra estar assim ?

 

-A Isabela se casou com a Letícia.

 

-Uau por essa não esperava ela mesmo te disse isso ?

-Sim, acabamos de ter uma conversa nada amigável, teve a coragem de esfregar aquela maldita aliança na minha cara.

 

 

-O que pretende fazer agora ?

 

 

Olhei pra ele tomei o restante da bebida e olhei praquelas terras pros empregados ao longe e por tudo que passei nessa vida até agora.

 

 

-Parece que vai ter o que tanto espera amigo, vou parti de frente contra essa vingança e se a Isabela ficar no meu caminho vai acabar se machucando também.

 

 

-Essa é a Sonia que conheço.

 

 

Encheu o meu copo e brindamos, às vezes precisamos deixar o amor de lado pra tomar as rédeas da situação.

 

 

Cheguei em casa e olhei minha esposa lavando a louça usando um vestido curto e ouvindo a música do radio.

 

Aproximei com cuidado pra não fazer barulho e a abracei por trás a assustando, sorri ao ver sua expressão.

 

-Quer me matar ?

 

-Quero sim, mas de outras coisas.

 

 Cheirava seu pescoço enquanto lavava a louça agora com um pouco de dificuldade.

 

-Assim não termino o serviço.

 

-Eu ajudo.

 

Sussurrei em seu ouvido e comecei a ajudá-la.

 

-Como foi a conversa com a Sonia ?

 

-O de sempre, sabe que ela irar se casar com o meu pai.

 

 

-Nem acredito que ela será sua madrasta, chega me dar um calafrio só de pensar.

 

 

-Não precisa ter medo dela agora você tem a mim.

 

 

-Quem disse que tenho medo dela ? Não sabe mesmo com quem se casou.

 

-Há sei sim, a tirei de perto daquela pia a colocando sentada na mesa ficando entre suas pernas, suas mãos mexiam nos botões da minha blusa.

 

-Me casei com uma mulher linda trabalhadora doce e determinada que não tem receio de por a mão na massa.

-Olha nunca ouvi isso de você parece que estamos evoluindo.

 

 

Beijei aqueles lábios doces e carnudos ouvindo barulho de carro ao longe, mas não dei muita importância.

 

 

-Algumas vezes pensava que fosse alguma brincadeira em suas mãos apesar de não termos nada

 

Toquei em seu rosto com as duas mãos fazendo um leve carinho.

 

 

-Você foi uma brincadeira pra mim minha linda.

 

 

-Que lindo.

 

Olhamos pra sala e avistei meu pai Sonia e dois homens o sangue ferveu, Letícia desceu da mesa e me seguiu até a sala.

 

 

-O que pensa que estar fazendo aqui!

 

 

-Soube do seu casamento com a Letícia parabéns.

 

 

Foi ela essa cretina o trouxe aqui, minha esposa segurava em meu braço tentando me acalmar.

-O que quer ?

 

 

-Olha filha temos nossas desavenças, mas somos pai e filha já que não fui convidado pro casamento pelo menos deixe dar uma festa.

 

 

Rir da cara de pau daqueles dois festa um monstro é uma víbora então seria assim.

 

 

-Pode ser aqui mesmo ofereço o melhor que tenho.

 

 

-Eu aceito.

 

 

Sua expressão mudou radicalmente por essa ela não esperava não é mesmo.

 

 

 

Fim do capítulo