Caminhei desolada até minha fazenda eram muitos sentimentos agindo ao mesmo tempo nunca me passara pela cabeça que o meu pai é um estuprador, mas há única coisa que me deixava aliviada era saber que a Sonia não estava com ele por amor apenas por vingança.

 

Cheguei à fazenda com intuito de mudanças não iria perder a minha fazenda, conversei com Rômulo em particular e ele concordou em me ajudar.

 

Mais tarde Letícia chegou comprou umas coisas na cidade e veio me abraçar.

 

-Então conseguiu achar o que queria ?

 

-Não, mas isso é o de menos agora.

 

Me levantei levando-a pra varanda disse que iríamos viajar passar uns quatro dias fora e que o Rômulo vai estar a frente da fazenda.

 

-Isso é loucura Isa não podemos.

 

A interrompi com um beijo ao me separar disse que podíamos tudo é que desde que cheguei tivemos pouco tempo pra nós.

 

Em nenhum momento estava substituindo a Sonia pela Letícia só que agora as coisas seriam diferentes cada uma ficaria na sua, ela com a sua vingança é eu com a minha vida e recuperação da fazenda.

 

Me dói muito pensar que faço parte dessa conspiração quando tudo isso acabar ela voltara pra sua vida de antes e eu pra minha.

 

 

Fiquei um bom tempo em pé do outro lado da ponte tentando controlar a vontade de correr atrás dela, mas já tinha feito demais a mesma quase matou o próprio pai meus planos foram por água abaixo.

 

Voltei pra fazenda e encontrei com o meu amigo que por sinal estava muito furioso.

 

-Que porr* aconteceu aqui Sonia!

 

-Ela descobriu tudo apenas isso.

 

Me sentei enquanto meu amigo me encarava me acusou de contar a verdade pra Isa.

 

-Eu não contei juro, ela descobriu através de uma nota no jornal chegou aqui com uma espingarda na mão invadindo o meu quarto o resto você já deve saber.

 

Rubens ficou mais chocado ainda não era pra ela ter descoberto isso agora.

 

-Álvaro estar disposto a mandar prender a filha.

 

-Não pode, ninguém a viu chegar é bom eu joguei a arma no rio.

 

-Protegendo a filha do assassino da sua irmã Sonia.

 

Se levantou inconformado entendia o porquê desde que eu o conheci minha fome por vingança chegava a ser a flor da pele, Rubens sempre me ouviu dizer que acabaria com Álvaro nem que pra isso teria que matá-lo.

 

  -Posso saber o que pretende fazer agora ? Porque o seu plano de madrasta que odeia a enteada não cola mais.

 

-Eu preciso continuar o plano ele vai cavar a própria cova disso eu não tenho duvidas.

 

Nem Rubens sabia do meu plano final, mas demoraria um tempo pra ele se suceder.

 

 

A semana começou muito bem desde o incidente com Álvaro não obtive mais noticias da Isa, o mesmo já estava de volta insisti pra que ele não levasse adiante o plano de castigar a filha, afirmava fortemente que não era um estuprador.

 

Todas as vezes que ele me falava isso meu sangue fervia minha vontade era de matá-lo dormindo acabar de vez com isso tudo, quanto mais tempo passava ao seu lado mais chances a Letícia poderia ter com a Isa.

 

 

Precisava respirar outros ares fomos pra outra cidade curtir uma boa praia e ficamos juntinhas livres de rivalidades e intrigas.

 

Estava sentada na espreguiçadeira enquanto Letícia trazia o meu suco se sentando ao meu lado.

 

-Obrigada amor.

 

-Não se acostume riu.

 

Encostou a cabeça em meu peito e ficamos olhando o por do sol, as noites eram mais festeiras com direito a lual e noites quentes em nosso quarto.

 

-Nem acredito que estamos aqui.

 

Letícia nunca tinha saído assim da fazenda e proporcionar isso tudo pra ela pra mim e muito gratificante.

-Tenho mais uma surpresa pra você antes de irmos, sussurrei em seu ouvido

 

-Serio e o que é.

 

-Uma coisa boa.

 

Quarto dias depois...

 

Sem noticias alguma disse pra Álvaro que ficaria a frente da obra da pousada que estava indo muito bem.

 

Peguei o carro com intuito de ir atrás da Isa é assim o fiz, estacionei perto da sua fazenda tudo parecia estar se encaminhando muito bem.

 

Ao chegar um empregado veio me atender perguntei sobre sua patroa ele me disse que ela tinha ido viajar com a Letícia.

 

Tive que conter minha raiva e fingir indiferença ao longe um carro estava se aproximando eram elas.

 

O motorista estacionou e as duas saíram do carro de mãos dadas ao me verem ali parada ficamos uma olhando pra outra.

 

-O que faz aqui Sonia  ? Perguntou Isa com um rostinho mais alegre e com uma pele bronzeada.

 

-Falar com você.

 

-Tudo bem, amor entra e descansa um pouco beijou os lábios daquela caipira na minha frente.

 

Estava aponto de explodir ali mesmo pensei tanto em minha vingança que acabei deixando Isa solta demais.

 

O empregado levou as malas enquanto Letícia a acompanhava me lançou um olhar indecifrável a cretina deve estar cantando vitoria, mas não por muito tempo.

 

Isa e eu fomos pra um lugar mais reservado não muito longe da fazenda não precisávamos nos esconder todas as cartas estavam em cima da mesa.

 

-Seu pai não ira prende-la.

 

- Afinal ele tem mais culpa do que eu né verdade.

 

-Voltou mais abusada Isabela ?

 

-Precisamos de uma mudança as vezes interna é externa.

 

Suas palavras mansas estavam me desconfortando parecia que tudo tinha se perdido sentia sua falta.

 

-Isa, me aproximei da mesma que me olhou indiferente.

 

-Diga.

 

-Falta pouco pra que tudo acabe eu quero que vá embora comigo.

 

-Impossível.

 

-Porque se for por causa da fazenda pode deixá-la na mão de uma pessoa de confiança.

 

-Eu não irei a lugar algum sem a Letícia.

 

-Há, por favor, Isa sei que não ama essa garota só estar com ela pra me atingir.

 

-Não estou com ela por capricho estou com ela porque a amo, você já se intrometeu demais em minha vida quer sua vingança fique com ela agora me deixe viver em paz.

 

Deu as costas pra mim, mas a impedi ficando em sua frente.

 

-Você a ama  ?

 

-Sim eu a amo,  sorriu e levantou a mão.

 

-Eu me casei com ela.

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo