Duas vitimas amor e uma vingança
Segurava o papel com as mãos tremendo a imagem que eu estava vendo não poderia ser verdade, era uma pequena noticia da pagina policial de tão pequena que se não olha-se atentamente eu passaria direto pelo meu campo de visão.
Fechei os olhos tentando me lembrar daquele dia eu ajudava minha mãe a fazer um bolo pra levar pras famílias carentes, quando meu pai chegou em casa sujo de lama minha mãe perguntou a onde ele estava ele disse que resolvendo problemas da fazenda, olhei atentamente pra suas botas aquela lama não era da nossa fazenda conhecia minhas terras como ninguém.
Fui até a casa dos fundos a onde Letícia estava e contei o que tinha acontecido ela disse pra mim não me preocupar, os dias se passaram e eles brigavam muito todos os dias sem motivo aparente eu conhecia a Luiza éramos amigas fui até a sua casa, mas ela estava fechada achei estranho na volta encontrei com o meu pai ele me olhou assustado me pegou pelo braço me foi arrastando até em casa, uns dias se passaram e o assunto era sobre o meu futuro minha mãe ainda tentou contestar mais ele não deixou disse que era pro meu bem e que eu teria uma boa educação.
Foi tudo tão rápido a despedida de duas pessoas que eu mais amava e uma visão da culpa em seus olhos.
-Isa por favor abaixa essa arma
Fui trazida de volta pela voz tremula de Sonia que estava tentando proteger aquele miserável.
-Sai daí Sonia.
-Não enquanto você abaixar essa arma.
-Saia!
Grite chamando a atenção de alguns empregados da casa ela apenas se levantou fiz sinal com a cabeça pra ela ficar atrás de mim, e assim o fez.
-Agora minha conversa é com você.
Meu pai me olhava com temor não entendendo o porquê de a sua única filha estar apontando uma arma na sua frente.
-Ficou maluca Isabela eu sou o seu pai.
Meu sangue ferveu com a sua ultima frase estava perdendo totalmente o controle ouvia a voz baixinha da Sonia em meu ouvido pedindo pra abaixar a arma.
-Infelizmente eu possuo o seu sangue correndo nas minhas veias, mais eu vou refrescar a sua memória.
-Do que estar falando indagou preocupado e com medo.
-Eu sei que você matou uma menina e por isso me mandou pro internado seu filho da puta!
-Isso é mentira onde já se viu acusar o seu pai de uma tragédia dessas.
Ele ameaçou a se levantar e eu atirei no teto o assustando.
-Você não vai sair daqui, foi por isso que minha mãe ficou mal aposto que ela descobriu isso tudo você a matou seu desgraçado.
-Eu não vou permitir que você fale assim comigo sua mal criada.
Ele se levantou mais uma vez e desta vez eu não tive piedade eu atirei em sua perna o fazendo cair no chão e se contorcer de dor.
Senti os braços de Sonia me puxando pra fora do quarto o trancando por fora, eu apenas andei apressadamente pelo corredor querendo sair logo daquela casa quando me deparei com um homem entrando, apontei a arma pro mesmo que se assustou.
-Mais o que é isso.
-Isa não! Ele e meu primo
Nesse instante eu não sabia mais em quem acreditar senti quando suas mãos tocaram as minhas me fazendo abaixar a arma, meu pai gritava pra todos ouvirem na fazenda pedindo socorro e uma ambulância.
-Cuida do Álvaro.
Ouvíamos passos vindos da entrada ela apenas me guiou para os fundos da casa me levando pra parte externa, rapidamente estávamos bem longe da sua fazenda e eu ainda nervosa tremendo e com o coração disparado.
-Eu não acredito que você fez isso Isabela.
Me virei fitando-a mesmo com tudo isso ela continuava linda usando apenas um robe preto.
-Agora eu sei qual o seu papel aqui.
-Não era pra ser assim, não era.
Ela tomou a arma da minha mão e a jogou no River a essa altura isso era o que menos importava pra mim, o estrago havia sido feito.
-Uma mãe morta um pai estrupador e uma ex amante que agora procura vingança, me enconstei numa arvore olhando a fazenda ao longe.
-Como você descobriu ?
-Eu pedi pra Letícia fazer uma investigação pra mim, nunca pensaria que iria encontrar algo tão sujo e cruel naquelas paginas, eu vi a foto da correntinha que minha mãe tinha dado pra ele.
Sonia se aproximou não o bastante eu estava com tanta raiva de mim do meu pai de tudo que resultou a minha vida até agora, mas eu ainda queria me vingar dele mais não sabia como muitos anos se passaram.
-Ela era minha irmã.
Nesse instante eu a fitei seus olhos estavam lagrimejando tentava segurar tudo o que tinha guardado esses anos todos, e ali com todo o meu ódio interno.
-Eu não sabia que ela tinha uma irmã.
-Eu estudava em outra cidade vinha apenas aos fins de semana pra casa, e.. Num desses fins de semana a gente estava voltando pra casa depois de uma festinha na cidade quando ela ficou pra trás pra comprar duas maças do amor, percebi que ela estava demorando muito foi quando eu a vi ao longe com o seu pai, depois a perdi de vista foi quando escutei seus gritos e corri em sua direção, mas já era tarde eu presencie o final do estupro e o seu corpo sendo jogado no River.
Um silencio se fez presente eu não sabia o que falar olhei pra ela e vi a mulher forte que estava a minha frente, não era teatro eu apenas caminhei em sua direção e a abracei forte.
Ela desabou na minha frente chorava feito uma criança seu corpo estava trêmulo.
-Eu não devia tê-la deixado sozinha.
-Você não podia adivinhar o que viria.
Aos poucos ela foi se acalmando enquanto eu afagava seus cabelos.
-Eu prometo acabar com isso, disse afirmando algo que eu mesmo faria.
Ela se afastou e me olhou seria apenas negou com a cabeça o que eu tinha falado.
-Não Isabela, quem vai fazer isso sou eu.
Me afastei da mesma não entendendo muito bem.
-Vai continuar com esse homem a se deitar com ele se.. Casar com ele ?
-Eu preciso por mais que isso te machuque eu preciso disso é a minha vingança e não sua, não vou deixar você destruir sua vida por causa da minha.
Ela se aproximou tentou me beijar mais eu me afastei, tentava reformular tudo o que ela tinha me dito ela iria me prejudicar se casar com o assassino da própria irmã, eu não era uma ajuda bem vinda eu era apenas mais uma vitima.
-Isa
-Não! Eu estou com a Letícia, e ela não merece essa canalhice da minha parte.
-Eu não acredito que você estar com essa caipira.
-Olha como você fala da Letícia, quer saber fique com a sua vingança faça o que bem entender é me esquece.
Sai andando deixando-a pra trás pegando uma trilha que me levava de volta pra casa, enquanto a mesma me seguia falando sobre seus sentimentos e outras coisas.
Subi na ponte quando senti seus braços se impedirem de prosseguir.
-Vai me dizer me estar apaixonada por aquela caipira sem sal, que não sente nada quando estar comigo.
-Não eu não sinto.
-Mentira! Se não não teria me tirado daquele quarto, ou me salvado na estrada ou até mesmo me amado naquela casa.
Desvencilhei-me de seu braço por mais que ela quisesse vingança ela tinha um poder enorme sobre mim da qual eu não queria que tivesse, eu estava confusa nervosa eu só queria sumir de vez.
-Isabela! Eu te amo
Ela gritou me fazendo parar me virei pra olhá-la linda na entrada da ponte ao retornar dei mais um passo pro meu próprio fim.
Fim do capítulo
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