-Por que.. Porque ela não possui verba pra isso.

Todos agora cochichavam tentando entender os argumentos de nós duas, passei na frente da Letícia pegando o microfone sobre os olhares de Sonia.

 

-Eu posso não ter muita verba,mas eu tenho palavra e a herança que a minha mãe deixou vocês podem confiar na Letícia e em mim.

 

Agora estávamos empatadas evitei olhar pra aquela mulher, mas toda vez que nossos olhares se encontravam eu tirava uma força de dentro de mim que a intimidava.

 

Meu pai tomou o microfone olhou novamente pra futura esposa com aquele olhar amoroso, como eu odiava isso.

 

-Pra que vocês não fiquem com duvidas na cabeça trouxemos um contrato a onde vamos assinar e depois tirar uma foto pra amostrar nossas reais intenções com todos vocês.

 

Aquilo só podia ser brincadeira Sonia estava disposta mesmo a me ferrar, não quis ficar nenhum minuto se quer em cima daquele palco nem a mão da Letícia me impediu, covardia não e sim bom censo.

 

Fiquei do lado de fora enquanto ouvia o povo dialogar com o engenheiro e o arquiteto, eu me sentia uma inútil que sempre da muro em ponta de faca como pude acreditar que ela não me faria mal novamente.

 

-Uma noite Isabela apenas isso.

 

Letícia tinha toda a razão ela queria tudo pra ela família nunca importou pra uma pessoa como a Sonia.

 

Alguns aplausos foram dados e a musica voltou a tomar conta do lugar, eu olhava pro céu em busca de algo que não tinha nisso sinto uma mão em meu ombro ao me virar dou de cara com o demônio de vestido vermelho me olhando intensamente.

-O que você quer.

 

-Te dar os parabéns por tentar entrar política.

 

Comecei a rir aquilo não fazia parte do seu escrip tentei me retirar, mas fui impedida pelo  seu braço.

 

- Eu preciso falar com você.

 

-Me solta se não a coisa vai ficar feia, meu sangue já fervia quem ela pensa que é pra mandar em mim de anjo ao demônio não combinava com sua pessoa.

 

-Se conversamos educadamente nenhuma sairá ferida.

 

Meus olhos respondiam por mim então ela o soltou caminhamos até o estacionamento dos fundos pelo menos aqui ninguém atrapalharia nem tão cedo.

 

Logo fui surpreendida por um beijo apressado e cheio de desejo explorando minha boca a procura da minha língua quando eu a imporei.

 

-Ficou louca!

 

Limpei a boca com uma criança faria tirando o pouco de bato vermelho de meus lábios.

 

-Eu senti saudades precisava disso tentou se aproximar novamente.

 

-Você só pode ser bipolar que porr* pensa que estar fazendo a alguns minutos atrás você estava naquele palco prometendo mundos e fundos, agora vem com esse ar todo sensual pra cima de mim, há não comigo não!

 

-Você não entenderia o porque eu faço esses coisas, mas eu não vou permitir que a sua empregada ganhe de mim nas eleições.

 

-Há então estar assim por causa da Letícia, fique sabendo que ela é muito melhor que você se for pra falar na cara ela fala não fica com inveja de ninguém estudiosa linda por dentro e por fora.

 

-E você Sonia o que você é uma mulherzinha ordinária e sem escrúpulos.

 

-Eu entendo a sua fúria.

 

Como ela estava bonita naquele vestido curto vermelho os cabelos soltos a maquiagem um pouco leve.

 

-Escute eu vou te contar o motivo de tudo isso, mas só posso te revelar depois do casamento.

 

Gargalhei alto ela acha mesmo que eu era idiota, depois do casamento ela teria todos os direitos de esposa amante madrasta.

 

-Antes disso eu prefiro morrer.

 

Nisso sou impurada contra um murinho sendo calada por seu dedo indicador.

 

-Nunca mais fale isso estar me ouvindo, nunca mais.

 

Seu rosto estava alguns centímetros do meu pude ver a beleza estampada naquela mulher seus olhos estavam marejados.

 

-Não estar vendo não sente o quanto eu me preocupo com você.

 

-Não é o que me parece.

 

Seus olhos se afastaram então ela deu passagem pra mim sair se encostando no murinho.

 

Aproveitei pra ir embora enquanto eu me afastava pude ouvir a sua voz fraca.

 

-A casa perto do River.

 

Parei a onde eu estava qualquer coisa que ela me disse-se dali mesmo eu iria embora.

 

-O que tem ela.

 

-Eu morei la.

 

Minha surpresa foi tão grande que mal conseguia respirar ao me virar vi seus olhos baixos encarando o chão.

 

Me aproximei com cuidado por essa eu não esperava nos olhamos por algum tempo.

 

-Então você e a Luisa.

 

-Não.

 

-E complicado falar essas coisas e esse não me parece o momento apropriado, passou por mim quando eu ia pará-la escutei a voz do meu pai chamando por ela, a deixei ir com um certo receio de tudo aquilo que tinha ouvido até agora.

 

Voltei pra festa encontrando Letícia preocupada disse que precisava respirar um pouco, aproveitei pra dançar com a mesma sorrimos e nos divertimos muito, de vez em quando nossos olhos se encontravam Sonia estava apreensiva o restante da noite correu tudo bem.

 

Na volta pra casa eu e a Letícia estávamos muito animadinhas e intimas, aquele tempo todo sem sex* estava mexendo com minha cabeça então uma coisa levou a outra estávamos de volta.

 

Transamos aquela noite com muita fome e vontade acumulada de ambas as partes, mas eu estivesse preocupadíssima.

 

-Le.

 

-Sim

 

Suas mãos faziam carinho em minha barriga enquanto seus olhos estavam presos nos meus.

 

-Tem como ver pra mim aquela investigação amanhã.

 

-Nunca te vi com tanta pressa em uma coisa.

 

-Realmente eu preciso.

 

-Ta bom eu vejo pra você.

 

Nos beijamos enquanto ela se aconchegava em meu corpo, meu sono foi agitado durante a madrugada toda apenas de manhãzinha eu consegui pegar no sono.

 

Naquela noite eu pensava se contava mesmo a verdade pra Isabela, meu amigo me aconselhou a não dizer nada poderia estragar nossos planos, na volta pra casa ele ainda não tinha chegado da cidade vizinha eu e Alvaro ficamos a sós seu hálito de cachaça estava acabando comigo.

 

Ficou animadinho até demais eu não poderia largar o barco agora nem que eu me afundasse com ele, tentaria me agarrar em todas as provas que eu tinha.

 

 

Quando amanheceu preparei o café da manhã do jeitinho que a Isa gosta e parti rumo a biblioteca, passei quase a manhã inteira pesquisando tudo imprimi bastante coisa e pedi que o motoboy enviasse pra Isa enquanto eu ia resolver um problema na faculdade.

 

Não senti Letícia na cama abri os olhos me espreguiçando toda fiz minha higiene me vesti uma roupa simples e antiga pra ajudar na colheita, ao abrir a porta vejo o motoboy chegando em minha fazenda.

 

-Bom dia a senhorita precisa assinar.

 

-Bom dia.

 

Assinei pegando o envelope amarelo entrando em casa ao tirar o bolo de papel analisei tudo bem devagar demorou uma hora pra analisar um por um uns era sobre plantação outros sobre maquinas rurais e hospital da cidade entre outras coisas quando eu analiso o próximo papel, minhas mãos tremem minha garganta fica seca.

 

-Não pode ser.

 

Desaparecimento de Luisa de Souza chega ao fim policiais encontraram o corpo da menina no River Lea já em estado de composição, a pericia analisou a morte e relatou marcas de dedos no pescoço e um possível estrupro.

 

-Isso foi uma semana depois que eu fui pro internato.

 

Acordei com um barulho de calvalgada olhei no régio era cedo ainda, Alvaro roncava feito um porco do meu lado meu corpo se encontrava dolorido depois da noite de sex*.

 

Me sentei na cama ajeitando os cabelos pensava em como contar isso delicadamente pra Isa quando um barulho estrondoso se fez presente no quarto.

 

Isa chutou a porta do nosso quarto seu olhar era de ódio e fúria Álvaro acordou assustado com o barulho olhou pra filha e não acreditou muito na cena.

 

Isa engatilhou a arma novamente e apontou pra Álvaro suas mãos tremiam devido a fúria que já não estava mais contida.

 

-Isa foi a única coisa que eu consegui dizer.

 

Nossos olhos se encontraram naquele impasse de seus lábios saíra uma frase da qual eu não estava pronta pra ouvir não agora.

 

-Eu sei de tudo!  

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo