O CASO DAS ROSAS por pamg
Capítulo 21 - A redoma de vidro
— Emyyyyy, cadê você? Estou na porta da sua casa, Beatriz vai entrar no ar em uma rádio local, em 10 minutos. Preciso falar com você. Abre aqui.
— Eu acabei de escutar isso. Não estou em casa, Li, estou na Aly. Aproveita que está aí e, por favor, usa sua chave reserva, entra na minha casa e pega uma muda de roupa para mim. Você poderia trazer para mim, por favor?
— Claro, Emy, sem problemas.
— Mas antes, ligue para essa radio e diz que eu vou prender todo mundo por obstrução de justiça se a entrevista ao ar... Espera um pouco, Li. — Tapou o telefone e se virou para a morena. — Aly, liga para o advogado da Beatriz e avise que se ela entrar no ar vou prendê-la por obstrução de justiça e cancelo o acordo.
— Ok!— A morena concordou e acatou o pedido.
— Li, voltei, liga para a rádio e diz que eles foram avisados, serão presos como cúmplices, já que estamos falando de uma investigação em andamento.
— Ok, até daqui a pouco.
— Obrigada, Li.
Desligou o telefone, se virou para a detetive que ainda estava ao telefone e escutou o restante da conversa que ela tinha com o advogado.
— Isso não é uma ameaça, é um aviso. Aham. Sim. Bom, entenda o seguinte, a décima segunda cláusula do acordo assinado por sua cliente diz: “a beneficiária se compromete a não passar qualquer informação sobre o caso supracitado e sobre as pessoas envolvidas nele, sem prévia autorização do oficial responsável pela condução da investigação”.
Emily observava encantada a morena. Alycia não tinha o acordo em mãos, mas falava de forma segura como se estivesse lendo cada uma das palavras. — Eu não acredito que ela decorou. A loira pensou.
— Ok, mas saiba que o senhor tem cinco minutos para retornar essa ligação. Na próxima vez que nos falarmos, o senhor me dirá que Beatriz desistiu de entrar no ar e que estará na delegacia em uma hora, cumprindo a décima cláusula do acordo. Se ela entrar no ar, não precisa me ligar, mas saiba que sua cliente estará presa no mesmo prazo, em uma hora. Ah! Não se esqueça, nós temos um caso contra sua cliente, só não o executamos porque a promotora fez um acordo. Se ela quebrar o acordo, seguiremos com o caso…. Não, não precisa argumentar. Cinco minutos.
A morena desligou e percebeu que a loira a observava.
— Quê?
— Décima segunda cláusula, décima cláusula? — A loira disse sorrindo. — É sério que você decorou o acordo?
— Ah, para Emy! Espero que ele nos ligue. — Disse sentando-se ao lado da loira.
— Ele seria louco se não ligasse. Até eu fiquei com medo de você.
— Para Emy! — Alycia estava um pouco constrangida.
— Tô brincando, amor. É que eu fico tão admirada com sua inteligência e competência.
— O que você disse?
— Que eu fico admirada com sua inteligência e competência
— Não, antes.
— Tô brincando!
— Não, depois.
— Amor?
— Isso.
— Você ainda tem dúvidas que é meu amor?
— Mas essa é a primeira vez que você me chama assim.
As duas sorriram e se beijaram. A carícia foi interrompida pelo toque do telefone de Alycia.
A detetive olhou para a tela, viu quem era e sorriu. Atendeu:
— Me encontre em uma hora e leve sua cliente.
A morena disse apenas essa frase e desligou. Ela sabia que o advogado estava se borrando de medo. Achou melhor explorar isso, para que ele colocasse um pouco de juízo na cabeça de Beatriz. A loira que observava a cena, ia brincar com Alycia, não conseguia deixar de pensar em quão sexy sua morena ficava quando estava “trabalhando”, mas achou melhor não constrangê-la.
— Agora que as coisas estão voltando ao normal, vamos tomar café porque estou louca para provar o que você fez para mim, meu amor.
Alycia estava adorando escutar aquilo e, mesmo com o rebuliço causado por Beatriz há poucos instantes, se sentia nas nuvens.
Não demorou muito e Elize chegou com as roupas de Emily. Em quarenta minutos as três chegaram na delegacia. Elize deu carona para as outras duas.
______________________________________________________________________________
Na sala de depoimentos
— Qual é o seu problema, Beatriz?
— A senhora, delegada!
— Como é?
— A senhora fez um acordo comigo e não cumpriu, porque eu deveria cumprir meu acordo com você?
— Porque a delegada não fez um acordo com você, ela disse que tentaria conseguir um encontro entre você e seu pai. TENTARIA. Você, pelo contrário, tem um acordo com a justiça. Entendeu a diferença? — A morena aparentava calma, mas sentia muita raiva da forma como Beatriz estava se dirigindo à Emily.
— Olha, a namoradinha da delegada sabe falar!
— Sei falar, pensar e prender. E se não quiser que eu execute meu último dom, o de prender, a partir de agora me chame de detetive Dias.
— Escolheu bem, heim. — Beatriz disse olhando de forma irônica para a delegada.
— Para de gracinha, garota. — Emily estava realmente nervosa, tanto pelo destrato à Alycia quanto pela audácia da jovem.
— Não está mais aqui quem falou. — Beatriz disse levantando as mãos simulando rendição. — Por que vocês me chamaram aqui?
— Para te dar um aviso formal. Você não pode falar com a mídia sobre nada relativo a esse caso.
— Já entendi, delegada. Vocês deram o recado muito bem dado. Meu advogado quase teve um infarto hoje. Mais alguma coisa?
— Sim, você não falará com seu pai, mas pode escrever uma carta que nós entregaremos.
— Ah! Claro, primeiro vocês lerão, depois entregarão.
— Não posso garantir nada.
— Ah!Não é possível!
— Confiar em mim é sua única opção.
— Ok. Trarei a carta essa tarde. Mais alguma coisa?
— Sim, o aviso formal que você recebeu é o primeiro e o último, se qualquer emissora de rádio ou TV, site, blog ou rede social aparecer com qualquer informação sigilosa, você será presa imediatamente e só para ficar claro, nós não acreditamos em sua inocência, nem gostamos do acordo que você fez. Não hesitaremos em te prender.
Beatriz revirou os olhos e deixo a sala, não se despediu. O advogado a seguiu. Alycia e Emily ainda ficaram um pouco no ambiente.
— Por que você não quer que ela se encontre com o pai?
— Não sei, Aly. Sinto que isso teria um resultado ruim. Eu sei que não trabalhamos com sensação ou sentimento, mas essa é verdade. Parece-me que a Beatriz está em uma cruzada de vingança.
— Se você acha isso, eu confio. Vamos nos precaver.
A delegada e a detetive passaram o restante da manhã debruçadas sobre o caso. Emily não deixou que os agentes retomassem o apuração dos vídeo.
________________________________________________________________________
— Bom dia, pessoal! Pedi a detetive Dias para me reunir com vocês pois quero lhes informar que o caso dos abusos praticados pelo pais de Beatriz ficará com outra unidade aqui do departamento. Ainda estará em nossa casa, mas não conosco. Perícia, identificação das vítimas e todos os outros procedimentos serão feitos pela equipe do detetive Camargo. Assim, que ele apurar todos os fatos, anexaremos os dois casos. Não fiquem frustrados com essa situação, precisamos nos concentrar no caso em aberto, em achar Maria Francisca e uma falha que incrimine Beatriz.
Emily tinha consciência de que não era uma decisão puramente racional, queria proteger Alycia daquele material, mas mesmo assim o fez. Sabia também que não estava prejudicando o caso. À princípio a detetive, aproveitou que foram almoçar juntas e questionou a decisão da delegada. Entretanto, Emily fez um excelente trabalho convencendo-a de que era melhor para a equipe se concentrar no caso principal.
Às 14 horas, o advogado de Beatriz chegou ao DP com a carta de sua cliente. Entregou o bilhete para a delegada. Ela avisou que leria por questão de segurança. Entrou para sua sala junto com a detetive, abriu o pequeno envelope e viu um papel menor ainda.
Liberte-se da culpa. Eu imagino que se sinta em uma redoma de vidro. Não se preocupe, terá o meu perdão.
— Que disgrama é essa?
— Emy!
— Desculpa, Aly, mas o que é isso? Olha esse bilhete! Ela fez aquele barulho todo, interrompeu meu café da manhã, me faz madrugar nesse lugar, para escrever um bilhete?
— Ela é desequilibrada, Emy.
— Talvez você tenha razão. — Emily pegou o telefone. — Rose, fala com o advogado parado aí que pode entrar, por favor.
O homem entrou.
— O senhor será testemunha de que entregamos o bilhete, nos acompanhe.
As duas seguiram até a pequena carceragem que ficava nos fundos do DP. O homem ainda estava preso lá, seria transferido no dia seguinte. Não foi permitido que ficasse com o bilhete. Ele leu, pareceu ficar assustado. Depois sentou-se em sua cama e não disse mais nada.
A situação foi estranha. Assim que chegaram na sala da delegada, essa questionou:
— Aly, você está calada, o que houve?
— Aquele bilhete.
— É ridículo, eu sei.
— Não é isso. Aliás, deve ser isso também, mas eu acho que tem algo por trás disso. Quem usa termos como “redoma de vidro”?
— Você tem razão, mas tem algo em mente?
— Ainda não.
Elas conversaram por mais algum tempo na sala da delegada, depois cada uma seguiu com seus afazeres. Emily tinha uma reunião importante e Alycia ficou no QG ajudando a equipe que estava tentando rastrear Maria Francisca. A morena, entretanto, não tirava o bilhete da cabeça.
No final do dia, Helena mandou mensagem no grupo do whatsapp chamando todas para jantarem juntas. Emily chamou a morena em sua sala para falar que não queria muito.
A verdade é que estava um pouco resistente, pois queria mais tempo com a morena. Essa, por sua vez, queria ver a amiga e negociou:
— Se você topar encontrar com Helena, eu topo ir para sua casa depois.
A loira não respondeu, olhou para a morena, pegou o celular, digitou uma mensagem e mandou no grupo. Alycia olhava divertida para a loira e pegou seu celular para ver o que ela havia escrito. Abriu a aba do grupo:
Emily: Ei, Helena! Ótima ideia, conte comigo e com a Alycia. :)
Alycia começou a rir.
— Você não existe, Emily Rios! — Recebeu uma piscada como resposta. — Deixa eu voltar para o meu trabalho.
A morena saiu da sala da delegada, sem falar mais nada. O jeito que Emily demonstrava que a deseja lhe entorpecia os sentidos. Assim, achou melhor sair daquela sala fechada, a chances de agarrar a loira eram grandes.
O restante da tarde passou tranquila. Emily, que havia deixado o carro da delegacia, na noite anterior, foi quem dirigiu dessa vez. Passaram na casa de Alycia para que ela pegasse suas coisas e tomasse um banho. Depois, seguiram para a casa loira.
Assim que entraram na sala da casa de Emily, ela puxou Alcvia para um beijo.
— Eu não estava conseguindo me segurar. Seu cheiro está maravilhoso.
— E porque estava se segurando?
A loira ergueu a sobrancelha, incrédula. Como a morena conseguia lhe surpreender. Além disso, cada vez Alycia estava cedendo mais, era uma delícia sentir e viver isso.
— Vem cá. — Puxou ainda mais a morena para si. Foi aprofundando o beijo e quando o ar faltou e se separam disse:
— Vou tomar banho, meu amor. Quero ficar cheirosa igual a você.
— Você é cheirosa!
— Mas não estou. — Sorriu para a morena. — E você não merece uma pessoa cheirando à delegacia. Fica à vontade, meu amor. Coloque uma música para se distrair.
Assim que disse isso saiu. Alycia pensou em ir atrás da loira, mas achou melhor não, porque chegariam atrasadas. Foi até o ipod da loira e colocou a primeira música que apareceu. Assim que o aparelho começou a ecoar aquele som, Alycia ficou encantada, era You Are My Sunshine (nota da autora: escutem!), na voz de Jasmine Thompson.
You Are My Sunshine
The other night, dear, as I lay sleeping
I dreamed I held you in my arms
When I awoke, dear, I was mistaken
So I bowed my head and I cried
You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are grey
You'll never know, dear, how much I love you
Please, don't take my sunshine away
I've always loved you and made you happy
And nothing else could come between
But now you've left me to love another
You have shattered all of my dreams
You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are grey
You'll never know, dear, how much I love you
Please, don't take my sunshine away
_____
Você É Meu Raio de Sol
Outra noite, querida, eu estava dormindo
Sonhei que tinha você em meus braços
Quando acordei, querida, eu estava enganado
Então eu baixei minha cabeça e chorei
Você é meu raio de sol, meu único raio de sol
Você me faz feliz quando o céu está nublado
Você nunca saberá, querida, o quanto eu te amo
Por favor, não leve meu raio de sol para longe
Eu sempre te amei e fiz você feliz
E nada podia nos atrapalhar
Mas agora você me deixou para amar outro
Você esmagou todos os meus sonhos
Você é meu raio de sol, meu único raio de sol
Você me faz feliz quando o céu está nublado
Você nunca saberá, querida, o quanto eu te amo
Por favor, não leve meu raio de sol para longe
Alycia colocou para repetir, assim que a música chegou ao fim. Sentou-se no sofá, fechou os olhos e ficou se deliciando com a letra. Depois de um tempo, escutou a voz de Emily bem próxima de si cantando:
You are my sunshine, my only sunshine
You make me happy when skies are grey
You'll never know, dear, how much I love you
Please, don't take my sunshine away
— Sempre que escuto essa música, penso em você.
Disse ao terminar essa estrofe. Alycia, que mantinha os olhos fechados, sorriu.
— É? — Alycia perguntou.
— Uhum. — Abraçou a morena, sentando-se ao seu lado.
Emily puxou Alycia contra seu corpo, segurando firme em sua cintura e em um gesto apaixonado a bejiou. A morena segurava o rosto da loira delicadamente.
— Agora é o seu cheiro que está mexendo comigo. — As palavras saíram da boca de Alycia quase que em um sussurro.
Emily mordeu o queixo de Alycia, depois subiu novamente para seu lábio inferior, mordendo e ch*pando levemente. A morena gem*u e a loira subiu uma das mãos, que estava na cintura, até o seio, mas foi impedida pela detetive.
— A gente precisa ir, Emy.
— Ai, Helena, por que cargas d’água você quer nossa presença? — A loira disse como se fizesse uma súplica indignada.
— Eu estou com vontade de vê-la, Emy.
— Eu sei, meu amor. Eu sei que devemos ir! Vou terminar de me arrumar e já volto. — Emily havia saído do quarto quando escutou a música tocando na sala, mas ainda não estava pronta. Terminou de se arrumar e com muita dificuldade para deixarem aquele clima gostoso, ambas seguiram para a casa de Helena.
________________________________________________________________________
— Ei, meninas, entrem!
— Elize está no banho, já já aparece.
— E como estão as coisas na universidade, Helena, gostando?
— Como se estivesse sonhando. Assumi um grupo de estudos pré-acadêmicos que é minha nova paixão. — Filha de Furtado falava enquanto elas, se acomodavam na sala. .
— Oi, meninas! — A ruiva apareceu no cômodo.
— Ei, Li. Sua namorada estava nos contando do grupo de estudos que ela está participando.
— Ela disse participando? — A ruiva sorriu. — Prima, você não faz ideia de quão bacana é a ideia dessa mulher maravilhosa. — Abraçou a namorada. — E la não está participando, está coordenando.
— Pára, amor!
— É verdade, oras! Vem gente, vamos nos servir que vou contar para vocês.
A casa era de Helena, o convite para se servirem veio da Elize, isso e outras coisas ao longo da noite, mostraram o quanto as duas mulheres estavam íntimas e apaixonadas. Alycia estava achando a relação linda, Já Emily estava assustada com a versão apaixonada de Elize. A ruiva falava sobre Helena com verdadeira adoração.
— Então, essa moça linda e humilde aqui começou um grupo de estudos para estudantes carentes que querem ingressar no mestrado e no doutorado.
— Nossa!! — A morena disse sorrindo para amiga. — Como funciona isso, Lê?
— Então, os processos seletivos para pós são muito elitistas, exigem que o candidato domine um idioma, tenha desenvoltura com a linguagem acadêmica e saiba como funciona a dinâmica de pesquisa. E a maioria da população não tem acesso a esse tipo de informação, sabe? Assim, muitos não se sentem aptos nem mesmo a se candidatar ao processo seletivo. A ideia é prepará-los.
Helena não notava a grandeza da sua idéia e trabalho. Contava como se fosse algo normal. As meninas, fizeram questão de falar da grandeza da ideia e o papo girou em torno de Helena. Após quatro horas de conversa, Emily decidiu encerrar a noite. Afinal, ainda estavam em dia de semana. Elize e Helena não se opuseram. Era uma situação engraçada, os casais estavam felizes por estarem em grupo, mas, ao mesmo tempo, desejam ficar sozinhas com suas amadas.
Assim que entraram na casa da delegada, essa agarrou Alycia novamente.
— Eu estou morrendo de vontade você!
Alycia não teve tempo de responder, tentou balbuciar algumas palavras, mas a delegada a silenciou com um beijo. A loira encostou a morena na parede, beijou seu pescoço e mordeu de leve. Prendeu os braços dela para cima e explorava seu colo. Aproveitou os braços erguidos da outra e tirou sua blusa. Parou um pouco para observar o sutiã branco de renda que a morena usava. O contraste com o tom da pele, tornava aquela imagem enlouquecedora.
Alycia trocou as posições. Uma das mãos que estavam no rosto da loira, desceu até o seio, a outra pressionava o corpo da loira, para mais próximo do seu. A morena começou a guiar Emily para o sofá, enquanto tirava sua blusa. Ao ver a lingerie preta da outra, abaixou-se, beijando sua barriga, subindo para os seios, chegando ao colo e voltando, finalmente, aos lábios.
Alycia fez a loira sentar-se no sofá e aos poucos, em meio aos beijos e carícias, se colocou sobre ela fazendo-a deitar. A loira, obedecia e respondia a cada toque ou ação da morena. A detetive tirou a calça que Emily vestia, ergueu-se e tirou a própria calça. A loira aproveitou para erguer-se também e convidou Alycia para seu quarto.
No cômodo, Alycia novamente estava no comando, fez a loira deitar e explorou cada parte daquele corpo que se desnudava à sua frente.
— A sua pele é tão macia. — Alycia sussurrou no ouvido de Emily e mordeu o lóbulo da orelha dela. Essa abriu as pernas e enlaçou a cintura da loira, sentindo o peso do corpo dela sobre o seu.
— Isso é golpe baixo, Aly. — Beijou o queixo da morena. Se encararam por alguns instantes.
— Eu te amo, Emily. Não sei como ficou tão intenso, tão rapidamente, mas é tão forte que me fez acreditar em outras vidas. Me sinto em casa, com você. É como se estivéssemos nos reencontrando.
Essas palavras transformaram o momento em algo menos urgente, havia desejo, mas acima de tudo era um momento de amor. Alycia tirou o sutiã e a calcinha de Emily. Tirou suas próprias peças, ao mesmo tempo que seus corpos se uniam. Ela fez o caminho inverso ao de antes, desceu beijando cada parte do corpo da delegada até chegar onde queria. A loira gem*u, quando sentiu os lábios da morena em si. A língua de Alycia era hábil e fazia coisas inimagináveis. Suas mãos não abandonavam os seios da amante. O sabor de Emily era a melhor coisas que Alycia havia provado na vida. Os gemidos da delegada foram ficando mais intensos e logo seu corpo estremeceu. Alycia, então, subiu salpicando beijos pelo corpo da loira até chegar aos lábios novamente.
— Você é caixinha de surpresas mais linda, sexy, gentil e encantadora. que eu tive o prazer de encontrar. Nunca mais quero uma vida sem você. — Emily falou já recuperada das sensações de alguns minutos atrás.
E assim, beijou sua morena, se posicionando por cima dela. Agora era ela quem percorria com beijos e leves mordidas o corpo da morena. Se deteve nos seios de sua amada, beijava-os, mordia-os. Depois de muito excitar Alycia, Emily passou a língua em sua virilha, para em seguida se deliciar no sex* de sua detetive. A todo momento, mantinha as mãos nos seios da morena, proporcionando-lhe mais prazer. Alycia gozou e Emily se posicionou em suas costas, como se lhe acolhesse. Beijou sua nuca e orelha. Disse baixinho: — Eu te amo, Aly.
_________________________________________________________________________
Quando Alycia acordou, não demorou muito para sorrir. Sentia, novamente, o corpo de Emily junto ao seu. Mas o sorriso logo se desfez, quando ia se virar para a loira, avistou a estante de livros que a delega tinha no quarto e viu um com uma capa roxa, cuja as letras brancas garrafais diziam: “A redoma de vidro”.
— É isso, Emy! — A morena disse se levantando e acordando a outra.
— O que foi amor? — A loira não estava entendendo nada.
A morena correu até a estante pegou o livro:
— Amor, a redoma de vidro, da Sylvia Plath, de forma geral fala sobre depressão, tentativa de suicídio e tal… A personagem, Esther Greenwood, é uma retratação da própria autora, que pouco depois da publicação, se mata. É isso! Beatriz estava falando com o pai para fazer o mesmo.
Emily pegou o telefone apressada e entrou em contato como departamento, pediu que alguém fosse verificar como o pai de Beatriz estava.
Fim do capítulo
Comentar este capítulo:
Mascoty
Em: 25/03/2018
Caramba! Essa Beatiz é maquiavelica! ainda bem que a Aly esta ligada nos passos dela! aposto que vem mais coisas dessa beatriz por ai.
Ainda bem que a Emily e Aly estao se acertendo, só espero nao vir a ex da Emily para pertubar.
beijos
Fica na paz
Mascoty
[Faça o login para poder comentar]
mtereza
Em: 03/03/2018
Meu Deus essa Beatriz é manipuladora inteligente e esta fora de controle é isso q a faz tão perigosa está complica parar ela mais confio nas nossas heroínas rsrsr é claro q o pai dela não merece nenhuma compaixão.
Resposta do autor:
Pois é. Decifrar a cabeça dessa Beatriz é que o problema. :(
Mas com um timão desses :)
[Faça o login para poder comentar]
Carolzit
Em: 02/03/2018
Pamg!!
Que capítulo incrível... A cada dia mais apaixonada pela Emily e Alicya.
Espero que não demore logo para ter um novo capítulo, ansiosa demais. Bjs e pergunta a Emily se ela aceita casar comigo kkkkkkkkk prometo casa, comida e roupa lavada kkkk
Resposta do autor:
Vc pediu para não demorar e eu voltei rapidinho ahahah ;)
Ah! Ja ia me esquecendo, perguntei para Emily, ela disse que to coração dela tem o nome da morena tatuado. Pediu para te pedir desculpas e falar que tem certeza que vai aparecer uma outra Emy para você ahah
Bjo, Carol!<3
[Faça o login para poder comentar]
preguicella
Em: 02/03/2018
Sou só elogios para a história! É super bem conduzida, nos deixando com um gostinho de quero mais ao final dos capítulos! A Fofura dos casais, até a bandidagem da Beatriz são super convincentes! Parabéns moça!
Bjão e até o próximo!
Resposta do autor:
Você sempre tão gentil :)
Muito obrigada pelo carinho, preguicella! <3
(P.S: amo esse nickname preguicella)
[Faça o login para poder comentar]
zilla
Em: 02/03/2018
Olá Pamg!
Parabéns pela sua história, cada capítulo postado uma emoção diferente!!
Essa Beatriz é uma "the monia" viu puff!!
Volta logo pfv, amando sua história
Resposta do autor:
AHAHAH ADORO "The monia" ahahahah
Obrigada pelo carinho, querida Zilla! Um bjo!
Ah! Postei um outro capítulo hoje só pq vc pediu pra eu voltar logo ahah
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]