— Ei, Elize! Tudo bem? Atrapalho? — A detetive disse após bater e abrir um pouco a porta da sala onde a ruiva estava.

— Ei, Aly! Nada, entra. — Fez sinal para que a detetive entrasse na sala. — Ops! Desculpa, nem perguntei se posso te chamar de Aly aqui.

— Claro que pode, Elize. — Sorriu para a ruiva que era um poço de simpatia.

— Que bom. — Levantou-se para cumprimentar Alycia. — Desculpe não ter te falado sobre trabalhar aqui temporariamente, mas foi tudo tão de repente.

— Não se preocupe, Elize! A chefe é a Emily, se ela te chamou é por sabe que é o melhor. — A ruiva e a morena sabiam que Elize estava tapando o buraco deixado por Patrícia, mas nenhuma das duas quis render esse assunto.

 

A ruiva, foi quem primeiro mudou o tema da conversa:

— Como foi lá? — Perguntou se referindo ao interrogatória de Beatriz.

— Nossa! Pesado demais! Beatriz é doente, sua frieza em manipular os fatos não é normal.

— Imagino! Não sei como vocês conseguem.

— Acho que é amor ao trabalho mesmo, nós gostamos de tudo aqui. Mas me diga, e por aqui?

— Acho que nunca atendi um volume tão grande de demandas de imprensa, Aly. Inclusive, quero ver com vocês sobre a possibilidade de marcarmos uma coletiva. Tem muitos veículos pedindo entrevista, não acho uma boa ideia responder individualmente, mas acho que para não deixá-los na mão, uma coletiva pode ser a saída.

— Vou falar com Emily. Quando você precisa dessa resposta?

— Quando vocês puderem. Fique tranquila!

— Ótimo, vou resolver isso com Emily. Ah! Elize, eu vim aqui por outro motivo. Topa jantar lá em casa? Você, Helena e Emily, claro.

— Uai, acho que sim, tenho que ver com a Helena, será que podemos esperá-la, ela virá aqui mais tarde.

—Então, essa é outra questão. Emily disse que vai resolver tudo entre Bárbara, Helena e ela. Pediu que eu e você não ficássemos aqui para não ter problemas secundários.

 

Elize soltou uma gargalhada gostosa.

 

— Tenho certeza que ela usou outras palavras. Algo do tipo "tira Elize daqui para evitar um assassinato!". —  A ruiva disse divertida. Alycia confirmou com a cabeça.

— Não esquenta, Aly. Minha prima me conhece.

— Então podemos ir juntas?

— Claro!

— Ótimo! Se estiver tudo certo, sairemos cinco e pouco, porque a Bárbara deve chegar por volta das 18h.

— Combinado.

— Ah! Duas coisas que você precisa saber, agora à tarde vou liberar minha equipe em operações de rastreamento, para tentar localizar a tia de Beatriz com base nas informações do depoimento e também efetuaremos a prisão preventiva do pai de Beatriz por abuso. Não responda as demandas que chegarem sobre isso ainda, tenta enrolar. Ok? Estou te avisando porque não demora a sair na mídia, principalmente sobre a prisão.

—  Beleza, pode deixar comigo, mas você acha que teremos como jantar juntas mesmo? Vai que vocês descobrem algo nessas operações.

—  Tem cerca de 0% de chance de alguma dica de Beatriz resultar na prisão da tia dela. Fique tranquila. Ela é esperta. Oh! Vou lá no QG começar a resolver isso. Beijo e até daqui mais tarde.

—  Até Aly.

 

Ao entrar no QG, Alycia viu que todos já estavam ali. Percebeu certa movimentação e concluiu que todos deveriam estar esperando um retorno sobre o depoimento de Beatriz.

 

— Oi, pessoal! Preciso de um minuto da atenção de todos.—  Todos se calaram e prontamente deixaram Alycia falar. — Acabamos de entrevistar Beatriz e não teve nada muito diferente do que pensamos.

—  Chefe, podemos ter acesso ao depoimento? —  Foi Mendonça quem perguntou e a forma como se referiu a Alycia deixou-a um pouco espantada, mas feliz.

—  Vocês terão acesso ao relatório em breve. Por enquanto, temos outro trabalho.  Beatriz nos deu o endereço de três esconderijos em que esteve com sua tia. Quero cada um deles virados do avesso. Dividam-se em três pequenos grupos! Mendonça, Bianca e Moura serão os responsáveis pelas equipes. Me avisem sobre qualquer coisa que chamar a atenção de vocês. Assis, preciso que você e mais dois agentes, de sua escolha, permaneçam aqui. Vou receber um mandado para efetuar a prisão do pai de Beatriz a qualquer momento e quero que o execute.

 

Todos estavam, de certa forma, animados. Era como se finalmente o caso estivesse caminhando outra vez. Não era o ideal, mas estavam caminhando.  Assim, em menos de uma hora o mandado chegou e a equipe de Assis partiu em busca do homem.

 

Possivelmente desconfiando do que lhe esperava após a rendição da filha, o homem se escondeu na casa de alguns amigos em Sarzedo, um município vizinho de Belo Horizonte. A equipe teve um pouco de trabalho, mas logo o encontrou.

 

Às 17h, Alycia sabia que toda a sua equipe estava cumprindo com maestria as suas tarefas e que não havia quaisquer pistas do paradeiro de Maria Francisca, a tia de Beatriz. Pensou em dar um retorno imediato para Emily, mas imaginou que Bárbara já estivesse por lá. Então, mandou uma mensagem:

 

Emy, já demos andamento em tudo. O pai de Beatriz já está detido e os esconderijos sendo periciados, mas todos foram abandonados há tempos. Nem sinal de Maria Francisca. Eu e Elize estamos saindo daqui a pouco. Bjo e até mais tarde.

 

Sorriu ao ler a respostas de Emily que chegou poucos segundos depois.

 

Cuide-se e me avise quando chegar. Nós vemos daqui a pouco. Um bjo (Confie em mim, minha linda)!

 

No carro, Alycia e Elize estavam tensas. A presença de Bárbara no mesmo ambiente que Emily e Helena as deixavam preocupadas.

 

— Você também está com essa sensação estranha, Aly? Pelo seu sorriso ao ler a resposta da minha prima, acho que está tudo bem, né? Eu sou uma boba, no fundo sei  que Emily vai cuidar de tudo, mas estou com uma sensação estranha.

— Ela pediu para eu confiar nela. —  Quando recebeu a resposta de Emily, Alycia sorriu porque em poucas palavras a loira havia demonstrado muito carinho e cuidado, mas ela não falaria de coisas tão íntimas assim com a ruiva. Achou melhor resumir.

— E você confia?

— Mais do que eu jamais imaginei que confiaria em alguém algum dia.

— Posso perguntar algo sobre vocês? Eu sei que você é reservada e se achar invasivo, não precisa responder.

— Helena é como minha irmã, logo, você é como minha cunhada. Então fique à vontade. — E eu achei que falaríamos de coisas tão íntimas hoje. Pensou.

 

A ruiva sorriu. Essa resposta não era exatamente um: “sim, claro que pode perguntar”, mas ela entendia o jeito reservado da outra e não viu problemas na pergunta que iria fazer.

 

— Você a ama? —  Elize perguntou e olhou para a morena. Essa mantinha seus olhos fixos na direção.

— Você disse que ia fazer uma pergunta sobre nós, mas essa pergunta é só sobre mim.

 

A ruiva soltou uma gargalhada e a morena sorriu um pouco envergonhada sem olhar em momento algum para Elize.

 

— Eu sei a resposta da minha prima para essa pergunta.

— Sabe? E qual é? — Alycia perguntou.

— Ah! fala sério, Aly! Você não sabe?

— Eu... eu… Ah.. Sei lá!

— Ela te ama! Nunca vi ela gostar tanto de alguém assim.

— Teve a Bárbara. Se dependesse de Emily, elas estariam casadas.

— Não, era diferente. Era paixão! E uma paixão cega. Com você é amor. Tem intensidade e encantamento, mas não é só isso. É mais profundo. Quando teve aquela questão com Bárbara, na semana passada, ela ficou abaladíssima com a possibilidade de te perder. Eu nunca a vi com tanto medo.

 

A morena não respondeu Elize. Por algum tempo, ambas ficaram em silêncio até que Alycia falou:

 

— Ela disse que quer construir algo comigo.

— Hum, isso é bom. —  A ruiva, na verdade, queria perguntar se a morena sentia algo recíproco, mas a não resposta à pergunta anterior fez com que Elize não fizesse mais perguntas.

— É sim, eu acho. Eu espero que seja. Acho que nunca senti por alguém o que sinto por ela. Opa, chegamos! Nem vi o caminho.

 

Alycia emendou uma coisa na outra e, embora Elize tenha ficado muito feliz com o que escutou, achou melhor não render. As palavras da morena pareciam mais uma reflexão.

 

_________________

 

 

— Elize, vou tomar um banho antes de começar a mexer nas coisas. Esqueci de perguntar se você queria passar na sua casa quando estávamos vindo. Quer tomar um banho também?
— Posso te emprestar uma roupa.

— Ai, se não for te incomodar, eu quero sim. O dia foi longo.

Alycia separou uma roupa fresquinha para a ruiva, toalha e mostrou o quarto de hóspedes onde havia um pequeno banheiro. Deixou que sua convidada ficasse à vontade e foi para o seu quarto tomar banho também.

 

A morena e a ruiva se davam bem, conversaram muito enquanto preparavam o jantar. Alycia optou por fazer uma salada caesar e alguns petiscos.  

 

Não demorou muito para o interfone anunciar que suas amadas já estavam lá.

 

— Você pode atender, por gentileza?

— Claro, Aly!

 

Elize abriu a porta já abraçando e dando um selinho em sua namorada.

 

— Oi, meu amor! Que saudade que estava de você! — A ruiva disse para sua morena.

— Oi, para você também, Li. —  Emily disse fazendo graça.

 

— IIIIII!! Eu ja ia te cumprimentar também, chorume! — Riu da loira e em um tom mais baixo disse: — Vai lá matar a saudade da sua morena e deixa eu matar a saudade da minha. Aiiiii —  Levou um tapa da loira que já seguiu em direção à cozinha.

 

— Oi. —  Disse ao chegar na cozinha e sorriu para a morena.

— Oi. —  A morena sorriu de volta e se virou para uma bancada onde preparava a salada. Talvez por nervosismo, começou a falar sobre o caso sem virar para a loira novamente.

 

Emily não tinha a intenção de correr com nada e não sabia qual era o status do relacionamento delas, mas aquele sorriso de Alycia a tirava de órbita. Então, caminhou na direção da morena e abraçou-a por trás. Alycia se calou ao sentir o toque, parou o que estava fazendo e fechou os olhos desfrutando o contato. Emily afastou o cabelo da morena que estava preso em um rabo, e beijou sua nuca enquanto suas mãos a envolviam.

 

— Senti falta de sentir você.

— Eu também. —  Foram as duas palavras que a morena conseguiu articular.

 

A loira virou Alycia para si, com calma, os olhos estavam fixos um no outro, por vezes, desviavam apenas para contemplar os lábios uma da outra. Emily trouxe Alycia para mais perto, os corpos estavam colados. Foi Alycia quem tomou os lábios de Emily. O beijo foi lento e suave era como carícias que quando começaram a se aprofundar foram interrompidas pelo som de vozes que se aproximavam, Helena e Elize.

 

— Da próxima a gente deixa elas em outro lugar.

— Boba. —  Alycia respondeu com um lindo sorriso e virou novamente para a bancada.

— Boba nada, esperta. Isso sim. Posso te ajudar em algo? —  Deu um beijo estalado na bochecha da morena e se afastou. O outro casal entrava no ambiente.

— O cheiro tá bom? — Foi Helena quem falou animada. Elize estava abraçada com a namorada e apenas balançou a cabeça concordando.

— Emy, você pode colocar uma música e arrumar a mesa.—  Sorriu para a loira que concordou e logo seguiu para fazer o que havia sido pedido. —  E fico feliz que vocês duas estejam gostando do cheiro. A estratégia aqui em casa é fazer algo com um cheiro bom, deixar a visita esperando muito e só então servir. Assim ninguém se importa com o sabor.

 

A ruiva deu uma de suas gargalhadas que enchiam o ambiente e logo música começou.

 

Ô dengo, me fala tudo sobre o mundo

Que eu não consigo debater

Me apresenta tuas opiniões

Deixa eu lhe convencer

Que tu é o ser mais bonito

Que eu tive a sorte de conhecer

E agora que 'tá aqui comigo

Não vai mais não

 

Ô dengo, se tu prometer ficar

Te canto todos os dias

Todas as alegrias

Que você me presentear

Juro café da manhã preparar

Dar-te mil beijos pra te acordar

Me deixa cumprir

É só não ir

 

É que dengo

Em você encontrei o meu melhor, e não

Consigo amarrar um outro nó com alguém

Além de ti meu bem, não sei por que

Meu dengo

Eu consigo planejar todo um futuro

Do teu lado e parece tão seguro

Me envolver

E sentir

E querer

Teu dengo

 

Se tu não quiser ficar

Te canto todos os dias

Todas as alegrias

Que não vamos compartilhar

Juro não mais tentar te encontrar

Dar-te o espaço pra me apagar

Não me deixa cumprir

É só não ir

 

É que dengo

Em você encontrei o meu melhor, e não

Consigo amarrar um outro nó com alguém

Além de ti meu bem, não sei por que

Meu dengo

Eu consigo planejar todo um futuro

Do teu lado e parece tão seguro

Me envolver

E sentir

E querer

É que dengo

Em você encontrei o meu melhor, e não

Consigo amarrar um outro nó com alguém

Além de ti meu bem, não sei por que

Meu dengo

Eu consigo planejar todo um futuro

Do teu lado e parece tão seguro

Me envolver

E sentir

E querer

Teu dengo

 

 

— Aly, Aly, ALY… Tá me ouvindo?

— Desculpa, Lê. Eu me distraí.

— Sei, por acaso foi com uma música que mais parece um bilhetinho de correio elegante vindo da sala.

— Deixa de ser boba, o que você estava falando? — Helena estava certíssima, a música tinha mexido com Alycia. A morena tinha certeza que Emily a colocara de propósito, foi a música que escutaram pouco antes do primeiro beijo.

 

A loira entrou  na cozinha novamente falando:

— Voltei. A sala já está pronta, Aly! Do que vocês estavam falando?

— Eu estava tentando perguntar sobre o depoimento de Beatriz, mas Aly ficou perdida no mundo da lua.

— Porque disso? —  Emily perguntou com um ar brincalhão.

— Não sei! — Alycia estreitou os olhos fazendo a loira rir. Depois virou para Helena e continuou a conversa: —  Diga, Helena, o que você quer saber?

—  Uai, quero saber como foi?

—  Pesado! —  Foi a loira quem respondeu. Alycia começava a levar as coisas para mesa e deu continuidade na resposta: — Beatriz é dissimulada e tem uma frieza ímpar, mas o fato dela ter sido abusada na infância, mexe com a gente, sabe?!

— Sim, estar perto dela causa sentimentos dúbios o tempo inteiro.

 

Todas estavam à mesa e serviram-se. Alycia cozinhava bem e ninguém poupou elogios. Emily, entretanto, era a mais entusiasmada. O papo girou em torno do depoimento por quase uma hora. Em um dado momento, Elize mudou de assunto.

 

— Gente, eu não quero estragar esse momento, mas vocês podem me dizer o que conversaram com aquela demônia? Eu não queria perguntar, mas não dou conta.

 

Alycia também queria saber e internamente ficou feliz com a “intromissão” da ruiva.

 

— Que isso amor, não tem problema, eu já ia te contar. Emily foi maravilhosa! —  Helena disse com um sorriso imenso e logo começou a narrar a história. Emily continuou comendo e não demonstrou muito entusiasmo para falar sobre o assunto.

 

Em dado momento quando olhou para o lado, viu que Alycia a observava e sustentou o olhar. Apenas Helena e a ruiva falavam, aquela narrando e essa perguntando, a delegada e a detetive pareciam conversar apenas com o olhar.

 

Alycia estava admirada com a força de Emily. Queria beijá-la, mas se contentou em pegar sua mão sobre a mesa. O ato não passou despercebido do outro casal, mas nada comentaram. A partir daí, Helena deu ênfase teatral à narrativa enaltecendo Emily.

 

— Nossa, prima!!! Vc é foda!! Que orgulho!! — Elize ficou em êxtase quando sua namorada contou sobre as ordens restritivas e completou: —  Mas eu quero uma ordem também!

— Gente, era muito poder. — Helena completo risonha.

 

Emily não queria quebrar o clima, mas realmente não estava à vontade falando sobre isso. Acima de tudo, estava com medo da reação de Alycia.

 

— E o que temos de sobremesa? — Emily tentou desviar o assunto.

— Não deu tempo de preparar nada. Então vai ser sorvete. Vem, me ajude a preparar.

 

Alycia estendeu a mão para a loira e seguiram para a cozinha. Assim que entraram no espaço, a detetive se voltou para a loira e disse:

 

— Eu acho que amo você.

Emily mal podia acreditar que as coisas estavam voltando aos eixos. Beijou Alycia e com a testa colada na morena falou baixo:

 

— Porque nós convidamos elas mesmo? —  Se referiu as convidadas que as aguardavam na sala.

— Boba! Porque eu estou gostando de ter todas vocês na minha vida, por isso.

— Linda! Eu também te amo. — As duas não conseguiam se desgrudar, ficaram abraçadas por algum tempo.

 

Emily então resolveu perguntar:

— Aly, o que somos?

— Um amor em construção. —  A morena tinha um lindo sorriso no rosto. — Vem, Emy, me ajude a levar tudo para a sala!

 

A loira, que não cabia em si de felicidade, o fez. O papo ainda durou algumas horas. Aos poucos, todas sentiram que estava na hora de ir. Emily queria ficar, mas ficou com medo de constranger Alycia. Além disso, ela daria carona às outras duas. Então disse que precisava ir para a casa.

 

Assim que Emily se deitou resolveu mandar uma mensagem para Alycia:

 

— O que é um amor em construção?

— É um amor no infinitivo: amar hoje, amanhã…

— Se depender de mim, te amarei para sempre.

 

As duas se deitaram sentindo uma paz que há muito não se fazia presente! Emily teve uma idéia, sorriu para si mesmo e acabou pegando no sono pensando no que faria no dia seguinte.

 

No dia seguinte, às 7h00 da manhã, o interfone do apartamento de Alycia tocou:

 

— Quem é? —  A voz da morena era de poucos amigos.

— Entrega para a senhora Alycia Dias.

— Não pedi ou comprei nada.

— A encomenda foi feita por Emily Rios.

— Pode subir.

 

O entregador deixou uma caixa e um cartão com a morena e se foi. No cartão havia os seguintes dizeres:

 

 

Sonhos para um amor em construção!

 

Dentro da caixa havia quatro sonhos (doce de padaria). Em cima de cada uma plaquinha:

 

Sonho 1 -  Te conquistar

Sonho 2 -  Ter sua confiança

Sonho 3 - Ter seu amor

Sonho 4 - Casar com você

 

 

 

 

 

Fim do capítulo