Um divino amor. por SrtaM
Boa leitura! :)
A corrida!
Tárcilis e Linus acomodaram-se ao lado esquerdo de uma grande macieira. Logo após, chegou um suposto grupo de pessoas, e tal grupo sentou-se à direita da árvore. Ao lado da árvore estava Mercúrio (Hermes); Ao lado de Mercúrio (Hermes) estava Minerva(Atena); Ao lado de Minerva (Atena) estava Diana;Ao lado de Diana estava Íris; Ao lado de Íris estava Juno(Hera); Ao lado de Juno(Hera) estava Salmácis.
A ruiva e seu amigo trocaram sorrisos hospitaleiros com o grupo, que eles julgaram ser de viajantes, pois nunca os viram. Muitos homens estavam inscrevendo-se de última hora para a corrida. Outros não se inscreveram por medo, pois haviam muitos homens lá, e poderia haver muitos acidentes.
--Nossa, quantos homens!-Exclamou Salmácis surpresa.
--De fato.-Disse Minerva(Atena)
--Isto realmente é apenas uma competição de velocidade? Pois nunca vi tanta gente dar tanto valor para isto.-Disse a ninfa.
--É uma corrida para selecionar o homem mais digno de ganhar a mão de uma mulher, minha cara.-Disse Juno(Hera) em tom lecionador.
--Porém, nenhum deles ganhará!-Exclamou Diana entrando na conversa enquanto segurava o cabo de seu arco que estava em sua bolsa. Tal ato não passou despercebido pelos atentos olhos de Minerva(Atena).
--Diana, nem pense nisto.-Repreendeu a deusa do saber.
--Eu? Pensar em que?-Perguntou Diana com uma expressão de inocência.
--Deixe-a ter uma disputa justa sem tua interferência.
--Eu? Interferir?! Eu nunca faria isso! Que blasfêmia!-Disse a deusa da caça com cinismo.
--Acho bom...-Disse Minerva(Atena).
--Esta disputa está longe de ser justa. Difícil será ela se locomover com tanta gente.-Posicionou-se Mercúrio(Hermes).
--Infelizmente, nada podemos nós deuses fazer, pois ela não tem nos pedido nossas bençãos ou ajuda, e, nós, em respeito a sua escolha, não interferiremos.-Disse a deusa do saber.
--Ahan...Está bem...-Disse Diana de forma irônica.
--Onde está aquele rapazinho? O Hipomene.-Questionou Juno(Hera) enquanto que, curiosamente, procurava o caçador com o olhar.
--Verdade. Ele não está aqui. É estranho, pois ele era o último homem que eu achei que faltaria à corrida.-Disse Minerva(Atena).
--É estranho mesmo...-Constatou a deusa da caça enquanto olhava Mercúrio com rabo de olho.-...Mas foi ótimo, pois assim economizo uma de minhas flechas.
--Diana, o que eu acabei de dizer-lhe?!-Exigiu a deusa do saber.
--Não comeces, Minrerva...-Disse Diana.
--Realmente esse jovem não é de confiança. Ele era o que eu mais achava que trapacearia.-Disse Juno(Hera)
--Acho bom esta tal mulher realmente impressionar-me com sua velocidade!-Exigiu Salmácis.-Eu quero piscar meus olhos na hora da largada, e, na hora de levantá-los, quero vê-la cruzando a linha de chegada!
--Verás mais do que isto!-Exclamou Diana.-Ela é a mais veloz de todos os corredores!
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--Oras, onde está Atalanta?!-Cochichou Tárcilis no ouvido de Linus.
--Eu não sei, Tárcilis. Ela deve está se preparando para vir.-Respondeu Linus.
--Quase todos os competidores já estão na pista, e ela ainda nem chegou. Será que ela fugiu?-A ruiva mostrava-se bem ansiosa.
--Não sejas boba! Atalanta ama um bom desafio!
--Este é meu medo. Só queria cuidar dela...-Disse Tárcilis de forma preocupada.
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As orelhas de Diana viraram-se como as de um gato quando ouve algo suspeito.
--''Quem é esta menina que fala com se fosse bem íntima de Atalanta?! Queria cuidar dela?!''-Pensou a deusa. Rapidamente cochichou no ouvido de Minerva(Atena).-Aquela menina alí gosta de Atalanta também. Ouviu o que ela disse?!
--O que? Diana, do que estás a falar? Eu não ouví nada.-Respondeu a deusa do saber.
--Não ouvistes, pois não tens um ouvido apurado de caçadora como eu tenho.-Disse a deusa caçadora em tom esnobe.-Enfim, consigo ver nos olhos dela! Veja como ela demonstra que possui um tipo de paixão medíocre pela minha mulher!-Constatava Diana entre potentes sussurros.
--Tua mulher? Não sejas tão convencida, Diana! E se ela for amiga de Atalanta? Ou melhor: e, se ela possuir vínculos eróticos com Atalanta, o que farás?!-Questionou a deusa do saber.
--Sei bem o que farei...-Respondeu a deusa da caça enquanto que, involuntariamente, segurava seu arco.
--Diana!-Exclamou Minerva(Atena).
--O que?!-Perguntou Diana, quem acabara de levar um susto.
--Não podes sair matando todos de quem não gostas!-Repreendeu a deusa do saber.-E se esta mortal possuir um forte peso emocional para Atalanta?! Se matá-la, Atalanta será condenada a infelicidade de tê-la perdido!
--Como és estraga prazeres!-Exclamou Diana com braços cruzados e com um biquinho nos lábios.
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Num castelo em Círos, a jovem corredora afundava-se numa poltrona enquanto esperava seu pai terminar suas preces em seu quarto. De vez em quando, as palavras de suas preces reverberavam pelas rústicas paredes do local atingindo o ouvido de Atalanta. A jovem queria apressar seu pai, porém ela sabia que levaria um sermão dele. Após alguns minutos, o senhor de expressiva idade foi à sua filha com sua face ainda úmida e vermelha, e disse:
--Minha filha, não farás tuas preces?
--Creio que não será necessário, meu pai.-Respondeu Atalanta de forma calma enquanto olhava pela janela. Ao voltar-se ao seu pai, viu-o com uma expressão de decepção, que partiu-lhe o coração. A corredora, então, corrigiu-se.-L-Levarei aquele galho de oliveira.
--Maravilhoso! Diana te protegerá!-O semblante de Esqueneu mudara para um animador.
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--Olhe! Acabam de chegar as preces de Esqueneu aos meus ouvidos!-Exclamou Mercúrio(Hermes) em tom orgulhoso.
--Aos meus ouvidos não chegaram nenhuma...-Resmungou Diana como uma criança reclamona.-...Ele pediu ajuda logo a ti, quem é apenas um mensageiro!
--Meu bem, não fiques com inveja de Mercúrio(Hermes). É claro que em uma corrida ele seja o deus mais indicado.-Pronunciou-se Juno(Hera), quem não suportava desavenças entre os meio-irmãos.
--É. Eu sou o mais indicado, Diana.-Disse o deus mensageiro com um tom esnobe e cínico
--Pois bem, Mercúrio(Hermes) tem o direito de proteger Atalanta!-Sentenciou Minerva(Atena).
--Não eras nem para estares aqui, Minerva(Atena), e ainda ficas a palpitar! E se eu não quiser seguir esta regra?! Farás o que? Eu que lhe arrebento esta tua cara de ''dona do mundo''!-Exclamou Diana pronta para começar uma briga.
--Cara Diana, creio que um diálogo seja o modo mais viável para resolvermos algo.-Retrucou Minerva(Atena) em tom calmo e sábio, o que irritou caçadora.
--Viável?-A deusa da caça fingiu compreensão.-Viável será o trajeto do meu punho até seu nariz!
--Juno, Diana está a ameaçar minha integridade corpórea inteligível!-Apelou a deusa do saber à deusa dos céus.
--Diana, não ameaces a integridade corpórea inteligível de Minerva...-Disse Juno(Hera), quem nem ao menos estava a se importar com a discussão.
Salmácis, ao perceber que a discussão que estava a desgustar fora encerrada, sentiu-se entediada. Ao ver que o colo de Juno(Hera) estava vazio, pôs, delicadamente, seus dedos na beirada de uma das pernas da deusa. Ao ver que a mesma não reclamara, pôs sua mão. Ao ver que Juno(Hera) nada dissera, pôs seu cotovelo, e assim foi até que sua cabeça estivesse deitada sobre o colo da deusa, quem, automaticamente, começou a acariciar os cabelos da ninfa. Assim o fez por puro instinto maternal.
De repente, os olhares de todos foram apreendidos pela figura feminina que chegava na pista de corrida. Atalanta estava deslumbrante. Trajava um vestido dourado de linho muito fino para ajudá-la a correr. Todos os rapazes começaram a admirar seu corpo. Alguns homens que não se inscreveram, ao verem do que se tratava o prêmio da corrida, correram rapidamente para assim o fazer.
--Como és bela!-Exclamou Diana juntamente de Tárcilis de forma uníssona.
Ambas, ao ouvirem a outra dizendo as mesmas palavras de admiração à corredora, encararam-se mortalmente. O olhar da ruiva era tão penetrante quanto o da caçadora. Perceberam, no tom de voz da outra, o quanto uma se sentia atraída por Atalanta.
--''Oras, nem bem chega na cidade e já se acha a galanteadora!''-Pensou Tárcilis.
--De fato, sinto que esta mortal sente algo bem forte pela disputada corredora.-Cochichou Minerva(Atena) no ouvido da caçadora.-Parece que encontraras uma rival à altura.
--À altura de meus pés, só se for.-Retrucou uma furiosa Diana.
Atalanta foi, como de costume,à grande cadeira onde seu pai estava sentado, e pediu sua benção. A corredora posicionou-se em seu lugar na linha de largada. A velocista, como um guepardo prestes a abater sua presa, ou melhor, como uma presa prestes a fugir do abatimento de um guepardo, analisou minuciosamente a situação. Muitos homens estavam a observá-la. Atalanta percebia quem a olhava por puro desejo, e quem a olhava tramando algo. Estava muito calor, e as areias da pista voava com o vento. Atalanta sentia-se parte disto. A corredora respirava ofegantemente como tentando alinhar sua respiração com o calor da emoção. A velocista encarou sua mão direita. Lá repousava-se o galho de oliveira. Atalanta, ao mover o galho, viu que ele era estranhamente volátil. A corredora não queria usá-lo, porém prometera à sua amiga e ao seu pai.
--''Assim farei por ti, Tárcilis''-Confessou a corredora em seu pensamento, para, logo após, curvar o galho em um arco de parábola e botá-lo sobre sua cabeça, como uma coroa de louros.
Diana assistia a preparação da corredora em puro deslumbre. Via o vento bater sobre o corpo de Atalanta fazendo seu vestido colar no mesmo, assim, denunciando suas curvas. Via os raios solares esquentar o corpo da corredora, assim fazendo-o brilhar mesmo coberto pela poeira que o vento levantava. De repente, a caçadora viu Atalanta pondo algo em sua cabeça. Ao estreitar o olhar, Diana viu que a corredora estava pondo o galho de oliveira que dera a Esqueneu. Embora Atalanta estivesse pondo a improvisada coroa a contra gosto, para Diana, era a maior prova de amor que recebera, e derreria-se por completo.
--Olhe, ela está usando o galho de oliveira eu lhe dei!-Exclamou Diana a Mercúrio(Hermes) e Minerva(Atena).
--Pois bem, Diana, podes proteger Atalanta.-Sentenciou Minerva(Atena) com seu ar sábio.
--Ah, que bom...-Respondeu Diana em tom irônico olhando a deusa do saber com rabo de olho, porém pensava.-''Como se eu não fosse a proteger mesmo sem esta planta na cabeça...''
--Agora vejo que ela precisará de ajuda. A cada minuto aparece mais homens. Quanta falta de estratégia! Bom seria se eles se separassem em grupos, e cada leva deles disputassem em determinados dias! Agora, a pista parece uma carnificina!-Constatou a deusa do saber indignadamente .
--Eles estão desesperados.-Disse Juno(Hera).-E, também, não é para menos. Olhe que mocinha mais linda! De fato, gostaria de ter um jantar com ela e contigo, Diana. Quero conhecê-la melhor.
--Depois. Não vamos assustá-la.-Disse Diana.
Tárcilis sentia-se incomodada com a conversa do grupo ao lado. Era inevitável que algumas palavras vindas de lá chegassem aos seus ouvidos.
--''E agora essa mulher quer um jantar para conversar com Atalanta! Quem raios são eles?! Atalanta nunca me disse nada sobre eles!"-Pensou a ruiva, quem estava decidida a mostrar que era ela quem estaria com a corredora no final.
Esqueneu estava muito contente com o ato de sua filha. Ao seu lado estava Nárcis e Tífani. O casal tentava esconder seus maliciosos sorrisos. Atalanta tirara suas sandálias com os pés, e os esfregava na areia da pista. Queria estar com total alinhamento com o ambiente.
--Atalanta!-Uma voz feminina gritava seu nome, e, ao virar-se, percebeu que vinha de Tárcilis.
--''Que vergonha..''-Pensou Atalanta enquanto dava acenos e sorrisos simpáticos a sua amiga.
Tárcilis, ao receber o terno comprimento de sua amiga, fez questão de que sua suposta rival soubesse. A mesma apertava seus punhos enquanto apertava igualmente seus dentes.
--Diana...-Disse Minerva(Atena) não mais em tom repreensivo, mas, sim, suplicativo.
Atalanta, ainda tensa, olhou para o seu pai, respirou fundo e tomou uma decisão. Embora seu vestido fosse bem fino para ajudá-la a correr, a corredora não queria uma grama sequer sobre si, sem falar que muitos homens agarrariam sua vestimenta na hora da largada. Atalanta, então, delicadamente, suspendeu a alça de seu vestido, e, logo após, largou. Seu vestido caiu de seu corpo como uma brisa. O vestido estava agora no chão. Todos olharam aquela cena em puro deslumbre. Diana acompanhara a queda da veste da corredora como o se mundo tivesse parado naquele momento. Os competidores começaram a se agitar para verem o corpo de Atalanta. O amontoado de homens que não haviam se inscrito na corrida por medo rapidamente inscreveram-se. Diana estava extasiada observando o corpo da corredora. Nenhum detalhe passara-lhe despercebido.
--Como era mesmo aquela história de pudor em dia?-Cochichou Íris entre risos no ouvido de Juno(Hera), quem estava pasma.
--Se antes tínhamos dúvidas de que todos os homens da cidade estariam participando, agora temos certeza.-Constatou Mercúrio(Hermes) impressionado.
--Olhe só o corpo dela! Suas curvas são simetricamente maravilhosas. Adoraria medí-las com meu esquadro!-Disse Minerva(Atena) para provocar Diana.
A deusa da caça, que, até então, estava em puro deslumbre com a visão do corpo da corredora, ao ouvir o comentário de Minerva(Atena), caiu por si, e percebeu que não era a única a ter a visão do corpo escultural de Atalanta.
--Tire seus olhos dela, Minerva!-Exclamou Diana possessa de ciúmes.
--Estamos apenas vendo a corrida, Diana.-Disse Mercúrio (Hermes) rindo para provocar a deusa ciumenta. O deus mensageiro curvou seu corpo até o joelho como se tivesse a esconder algo.
--Mercúrio!-Bradou Diana.
--O que foi? O Mercúrio debaixo ficou curioso para ver a corredora também.-Justificou-se o deus mensageiro entre risadas.
--Oras, seu...-Disse Diana entre dentes enquanto avançava para cima de Mercúrio(Hermes) com o intuito de tapar seus olhos com a mão.-Não irás ver nada! Não irás ver nada!-Exclamava a deusa, porém, ao ver que a deusa do saber estava rindo, voltou sua mão vaga aos olhos dela.-Minerva, tu também não verás nada!-A deusa voltou seu olhar à Íris, quem estava ajeitando uma dobra de suas vestes a qual estava desalinhada.-Tu também, Íris! Não se faças de desentendida!-Exclamou Diana enquanto lançava seu pé contra o rosto da pobre e inocente deusa mensageira, quem estava alheia à confusão, com o intuito de tampar-lhe também a visão.
--Pare com isto, Diana!-Protestavam Minerva(Atena) e Mercúrio(Hermes) se divertindo com o ciúmes da deusa da caça.
--Todos os três, vejam teus modos! Daqui a pouco, todos estarão a nos observar!-Repreendeu Juno(Hera).
--Verdade, Diana.-Concordou Íris enquanto tentava desgrudar o pé da deusa de sua face.
O alvoroço dos deuses começou a chamar a atenção de todos. Diana, Mercúrio (Hermes), Minerva(Atena) e Íris estavam entrelaçados de tal forma que não dava para saber quais pernas eram de quem e quais vozes pertenciam a quem. Juno(Hera), ao perceber que todos olhavam para ela e o grupo, viu sua face abaixar, e começou a encarar o chão. Levou a mão ao rosto, como quem assim faz para proteger a visão do Sol, enquanto que, com um sorriso amarelo, justificava-se:
--Eu nunca os vi em minha vida! Estou apenas aqui para que minha filha desfrute da sombra da árvore.-Disse a deusa referindo-se à Salmácis.
Juno(Hera) começou a afastar ela e a ninfa para longe do grupo. Tárcilis, quem já estava cultivando uma desavença por Diana, viu naquela algazarra uma chance de provocar a ira dela.
--Oras, nem és de Ciros, e ainda ficas a atrapalhar a competição. Não podes comportar-se como uma pessoa normal?!-Disse Tárcilis, quem estava igualmente enciumada, à Diana.
De repente, um silêncio tomou conta do local de tal forma que não era possível nem se ouvir barulho de respiração. Minerva(Atena), Mercúrio (Hermes) e Íris encararam o chão com uma expressão amendrontadora. De seus lábios, podia-se ouvir um sutil ''...Ui...''. Diana parara bruscamente o que estava a fazer para encarar bem a ruiva. Um clima tenso pairava pelo ar. Nenhuma das duas demonstrava sinal de fraqueza nem de rendição. Linus, nervoso com o clima, que estava martelando em sua cabeça, quebrou o silêncio para advertir sua amiga:
--T-Tárcilis, não utilizes deste tom para com a viajante. Tu nem mesmo a conheces!
--É, Tárcilis. Tu nem mesmo me conheces.-Disse Diana de forma cínica tentando, com todo o ardor, conter sua ira.
Como se não desse para piorar a situação, Atlanta sacou um vidro de óleo e o espalhou por seu corpo de forma estratégica, que para os outros fora executado de forma bem sensual, fazendo seu corpo brilhar com o reflexo do Sol.
--''Ai, ai, ai, Atalanta...Quando estiveres a morar comigo, teremos uma conversa sobre teu modo de correr.''-Pensava Diana enquanto mantinha a visão dos três cativa novamente.
De repente, soaram-se os sinais que indicavam que faltavam apenas alguns segundos para iniciar a corrida. O momento de tensão pela desavança das pessoas que estavam próximas à macieira foi trocado pelo momento de tensão pela largada da corrida. Atalanta mostrava-se centrada para iniciar a corrida. Inclinara seu corpo para pegar impulso de forma bem atlética e profissional.
Com o rugir de uma trombeta, deu-se a largada. Atalanta mais que velozmente corria para livrar-se do amontoado de homens. Alguns deles tentavam agarrar a corredora, porém era uma tarefa impossível, pois com a oleosidade de seu corpo e sua velocidade, conseguia escapulir facilmente das mãos dos trapaceiros. Diana sacara seu arco e flecha para ajudar Atalanta, mas viu que não seria necessário. Mesmo assim, a deusa queria acertar sua flecha neles, pois as ásperas mãos dos homens passavam pelo corpo da corredora de tal forma que parecia uma veste. Assim faria se não fosse a repressiva Minerva(Atena). Como haviam muitos homens, muitos deles acabavam caindo e sendo pisoteados, fora os outros que eram esfaqueados por alguns que aproveitavam o grande aglomerado para trapacear.
--Nossa, isto está virando um banho de sangue!-Constatou Minerva(Atena) de forma surpresa.
--Assim que é bom! Eles tinham nem que estar participando desta corrida para início de conversa!-Disse Diana enquanto deleitava-se com a cena.
Atalanta, em poucos segundos, destacara-se dos demais, e corria a muitos e muitos metros de distância deles. Diana, quem disputava sua torcida contra a de Tárcilis, por sua perfeita visão periférica viu algo surgindo dos arbustos próximo a linha de chegada. Prontamente a deusa da caça sacou seu arco e mirou bem no homem, enquanto dizia:
--Nem penses nisto, espertinho!
A flecha após passar bem próxima à face de Minerva(Atena), o que fez com que a deusa do saber medisse o tamanho de seu nariz, atingira bem o calcanhar do homem fazendo sua perna automaticamente virar pedra. A corrida de Atalanta era realmente magnífica. Seu suor mesclava-se com o óleo em seu corpo enquanto que seus músculos contraiam-se a cada passo. Sua barriga bem definida era um espetáculo para qualquer um. Em poucos segundos a velocista cruzara a linha de chegada. A mesma, como um ritual de vitória, pegou a areia do chão, e jogou sobre sua cabeça.
Todos vibraram com a vitória de Atalanta. Diana gritava e batia palmas. Tárcilis, como sua cartada final, pegou um manto, correu apressadamente para onde sua amiga estava, e cobriu-lhe a nudez. Logo após, depositou um terno beijo sobre a testa de Atalanta. Tal ato foi retribuído ternamente pela corredora.
--Vamos, Diana, antes que acabes fazendo uma besteira.-Disse Juno(Hera) puxando a deusa caçadora, quem não despregava seus furiosos olhos da cena.
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--Oras, por que Atalanta demora tanto?-Perguntava-se Hipomene, quem ainda estava deitado sobre a grama.
Logo após, surgiu Apolo, quem cultivava uma expressão furiosa enquanto dirigia-se ao caçador.
--Seu idiota, o que fazes aqui?! Por que não está na maldita corrida?!-Interrogou o deus solar.
--Oras, meu caro Apolo, saibas que Atalanta desistiu da corrida para casar-se comigo!-Dizia Hipomene com um ar orgulhoso.
--És idiota?! Bebestes novamente?! Atalanta está na corrida!-Bradava Apolo tentando domar sua impaciência.
--Claro que não! Ela estava comigo agora pouco!
--Impossível, Hipomene! Eu a observei a manhã toda e a segui até a corrida, lugar onde não estavas!
--O-O que?! Tive uma ilusão então?!-Perguntou Hipomene de forma desesperada.
--Acho que já sei o que lhe aconteceu...-Disse Apolo num suspiro.-...Corra para o templo de Vênus(Afrodite). Lembre-se que ela saberá o que fazer.
Fim do capítulo
Mais um capítulo, porém, desta vez, um pouco mais magrinho.
Acabaram os capítulos que eu estava adiantando. Portanto, precisarei de, mais ou menos, cinco dias para postar(ou menos :D). De uma semana não passa! Obrigada por estarem lendo! <3
Comentar este capítulo:
Nanni
Em: 12/02/2018
Top top autora... Parabéns...
Ansiosa pelo próximo
Hahaha essa familia de deuses é mega engraçada... Ri demais com as loucuras de Diana
Beijo
Resposta do autor:
Poxa, obrigada! :)
Já estou começando a escrever o próximo capítulo. (>___<)
Quem nunca fez loucura por ciúmes, né? :D
Beijo.
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